Relatório de projeto As credenciais verdes de um novo armazém de pé direito alto com controle de temperatura Keith Laidlaw e Bawden Burrows, da MLM Consulting Engineers, descrevem o projeto e a construção de um armazém de pé direito alto com estrutura de aço e controle de temperatura em Stevenage, Hertfordshire, com especial atenção a suas credenciais ‘verdes’ O novo armazém construído para a Wine Society incluiu o uso inovador do Hemcrete® em sua construção. Acredita-se que é a primeira vez que esse material foi usado nesse tipo de projeto. Outra inovação foi a fabricação remota de painéis de reboco de cânhamo e cal, cuja necessidade se deveu às condições da construção. O Hemcrete® é um material sustentável para paredes produzido pela Lime Technology Ltd a partir de cânhamo especialmente preparado e um aglutinante à base de cal, que geram um material carbono-negativo de alta eficiência térmica e propriedades térmicas passivas e ativas. A combinação de isolamento térmico e de umidade reduz substancialmente a energia necessária para regular as temperaturas, o que é um fator crítico na construção e operação de instalações de armazenagem com controle de temperatura. O edifício já passou por um ciclo anual de operação, período no qual os gastos com energia foram monitorados atentamente. Demonstrou-se uma economia de energia significativa, maior do que a prevista pela modelagem térmica e muito maior do que a dos armazéns existentes no local, o que resultou em uma redução substancial dos custos energéticos. Introdução A MLM Consulting Engineers foi contratada pela Wine Society para dar assessoria estrutural, civil e de construção, trabalhando em estreita colaboração com a empresa de arquitetura Vincent & Gorbing em um novo armazém com controle de temperatura destinado a ampliar as instalações existentes em 50.000 m3 para armazenar mais 3,5 milhões de garrafas de vinho a temperaturas mantidas rigorosamente entre 13 e 16°C. O plano foi desenvolvido até um estágio avançado antes da proposta de projeto e construção e depois continuou sendo tocado pela MLM e a Vincent & Gorbing, atuando junto à empreiteira de projeto e construção Morgan Ashurst (atualmente Morgan Sindall) para finalizar os detalhes construtivos. Requisitos de projeto e desenvolvimento do plano Os edifícios dos armazéns originais foram construídos na década de 1960, sendo que uma das principais preocupações do cliente eram os gastos com energia, sempre crescentes, e o peso adicional que o novo armazém teria no custo da operação do local. O novo empreendimento tinha de se integrar bem às instalações existentes, e uma posição adequada foi identificada em uma área vaga na parte de trás do local, com ligações dos dois lados a armazéns existentes. A metragem disponível para a área do edifício, combinada aos requisitos de volume de armazenagem, resultaria em um armazém de pé direito alto, com 18 m livres até a parte inferior da estrutura da cobertura (Fig. 1). A Wine Society é um cliente muito consciente do ponto de vista ambiental e foi muito receptiva, ao longo da elaboração do projeto, a maneiras inovadoras e, em alguns casos, não comprovadas, de minimizar a pegada de carbono de seu novo 1 Planta do edifício do armazém edifício e reduzir seus gastos com energia. Esse passou a ser o fio condutor da elaboração do projeto. Logo no início do projeto, a equipe identificou o Hemcrete® como possível produto a ser usado como principal material de isolação, com base em informações fornecidas pela Lime Technology Ltd sobre o recente empreendimento da Cervejaria Adnams, em Suffolk, em que o material havia sido empregado na forma de blocos de concreto comuns para construção, com o objetivo de regular as temperaturas internas do edifício. Embora esse produto de cânhamo e aglutinante à base de cal não fosse amplamente utilizado no Reino Unido na época, trata-se de um material sustentável e consagrado, que possibilita paredes com característica carbono-negativa, de alta eficiência térmica e propriedades térmicas passivas e dinâmicas. Foi identificado como possuidor de uma série de propriedades específicas vantajosas para este empreendimento em particular. A primeira era que poderia ser pulverizado na posição desejada, de maneira similar ao concreto projetado, além de melhorar as características de permeabilidade ao ar do edifício. O segundo fator foi sua capacidade de absorver energia quando a temperatura muda; à medida que a temperatura externa aumenta, o Hemcrete® vai realmente secando, sendo que a energia é consumida na secagem do produto antes que esse calor consiga passar para dentro da estrutura. O inverso acontece quando esfria. Em terceiro lugar, ele tem um valor de carbono incorporado de 130 kg CO2/m3 devido aos processos de cultivo e fabricação. Isso ajuda a reduzir a pegada de carbono do edifício como um todo. Apesar de não influir no desempenho futuro do edifício em termos energéticos, isso foi visto pela Wine Society como uma vantagem adicional em termos de incrementar as credenciais ‘verdes’ do empreendimento. Opções construtivas Carga máxima Carga máxima de aquecimento de refrigeração (kW) (kW) 1. Edifício revestido de painéis compostos; paredes e 87,8 205,4 cobertura (Permeabilidade 5,0) 2. Paredes e cobertura revestidos de painéis compostos, com Hemcrete® 77,0 198,6 incluído na construção das paredes (Permeabilidade 4,0) 3. Paredes revestidas de painéis compostos, com Hemcrete® incluído na construção das 68,1 185,0 paredes e da cobertura; cobertura com perfis de aço simples (Permeabilidade 3,0) Tabela 1 Resultados do modelo térmico Consumo anual de energia Gás (kWh) Elétrica (kWh) 384.948 358.961 337.597 347.077 298.576 323.309 Desenvolvimento do modelo térmico Um desafio para os engenheiros foi incorporar o Hemcrete® a um modelo térmico. Embora seu efeito dinâmico seja reconhecido, não havia dados comprováveis disponíveis para modelar esse efeito com precisão. O produto só poderia ser modelado usando-se um valor de U típico com alta estanqueidade ao ar (estimada) e características dinâmicas. Para fazer a melhor avaliação, o modelo térmico foi executado usando-se as seguintes opções de revestimento: - Opção 1. Revestimento com painéis compostos tanto nas paredes como na cobertura, sem Hemcrete®. - Opção 2. Revestimento com painéis compostos tanto nas paredes como na cobertura, com Hemcrete® incluído na construção das paredes na espessura de 300 mm. - Opção 3. Revestimento com painéis compostos nas paredes, com Hemcrete® incluído na construção das paredes e da cobertura na espessura de 300 mm; cobertura com perfis de aço simples. A decisão de usar a espessura de 300 mm foi tomada a partir de discussões com a Lime Technology Ltd, pois se trata da espessura necessária para simular o efeito de isolação dos valores de U da Parte L das normas atuais. A construção com painéis compostos foi selecionada em vez de um método mais tradicional simplesmente devido à altura do edifício; porém, a melhora dos valores de U e da permeabilidade ao ar foi essencial no desenvolvimento desse plano. Para a Opção 1 de construção, tomou-se como permeabilidade ao ar do edifício o valor de 5,0 m3/h/m2, já que esse dado constava entre os dados publicados por outros fabricantes de painéis como tendo sido utilizado em empreendimentos semelhantes executados. Para as Opções 2 e 3, podia-se esperar uma melhora nos elementos que incluíam o Hemcrete® devido à maior estanqueidade ao ar, sendo que, na falta de dados técnicos publicados, foram estimados os valores de 4,0 m3/h/m2 para a Opção 2 e 3,0 m3/h/m2 para a Opção 3. Entre os outros parâmetros de projeto usados no modelo térmico estavam a temperatura máxima do espaço interno de 15°C e a temperatura mínima do espaço interno de 13°C, de acordo com os requisitos de projeto fornecidos pelo cliente. Assumiu-se a iluminação a 50%, 8 horas por dia, e usou-se um Coeficiente de Desempenho de Refrigeração de 3,6. A Tabela 1 exibe os resultados do modelo térmico com base nesses números. As cargas máximas de aquecimento e refrigeração determinaram o tamanho das instalações necessário para manter as temperaturas com base na operação 24 h por dia, 365 dias por ano. As estações de aquecimento / refrigeração basearam-se em análise psicométrica, concluindo-se que seria necessário aquecimento durante 71,5% do ano e refrigeração durante 28,5% do ano. Com base no tempo de operação de 24 horas X 365 dias = 8.760 horas e em um fator climático típico de 0,7, os valores de consumo anual de energia para cada opção constantes na tabela foram determinados da seguinte maneira, tomando a Opção 1 como exemplo: 87,8 kW x (8760 h x 71,5%) x 0,7 = 384.948 kWh. A partir desses valores, calculam-se os custos de operação com aquecimento a gás e a eletricidade. Como esperado, o modelo térmico indicou que a Opção 3 proporcionaria a maior economia de energia, mas era necessário levar em conta os custos estruturais adicionais de suportar o Hemcrete®, material muito mais pesado, na cobertura. Isso é discutido mais detalhadamente na próxima seção, sobre o projeto estrutural. Em consequência, a Opção 2 foi selecionada, com o modelo térmico projetando custos anuais de operação, no pior caso, de: Eletricidade a 7,3 p/kWh = £ 25.336 Gás a 2,7 p/kWh = £ 9.115 (Valor por kWh pago pela Wine Society na época.) Embora não pudéssemos quantificar ou modelar o efeito das propriedades dinâmicas, a experiência de uso na Cervejaria Adnams demonstrou que haveria um impacto favorável, resultando em números melhores do que os identificados no modelo térmico. Mesmo sem o efeito dinâmico dos painéis ‘verdes’, os números térmicos projetados ainda representavam uma economia substancial de gastos com energia. A Wine Society escolheu a Opção 2 do plano. Desenvolvimento do projeto estrutural A posição do edifício no local exigia um armazém de pé direito alto com estrutura de aço. Os edifícios originais do local tinham estrutura de aço com fundações em estacas e haviam sido projetados para receber, ao lado, uma ampliação com portal de vão duplo de tamanho semelhante, mas não o armazém de vão largo e pé direito alto proposto. Verificações de projeto a respeito das fundações existentes, que se estendiam sob a área do novo edifício, confirmaram que, embora elas tivessem certa capacidade adicional, esta era insuficiente para suportar as cargas do novo edifício. Investigações geotécnicas na área do novo armazém indicaram melhores condições do solo nessa área do local, as quais permitiriam o uso de fundações do tipo sapata e uma laje de apoio sobre enchimento granulado de engenharia. Com relação às fundações, a posição do edifício e as fundações existentes, que se estendiam sob as extremidades da área do novo edifício, indicaram que não se poderiam usar fundações rasas ao lado dos edifícios existentes, e que as fundações precisariam ser estaqueadas nessas áreas. O custo de mobilizar um equipamento de estaqueamento para as fundações adjacentes aos edifícios existentes resultou na decisão de fazer um estaqueamento completo. A altura do edifício, de 18 m até a parte inferior da cobertura, e o sistema de plataformas de pé direito alto exigiram uma laje de piso construída de acordo com a especificação TR34 para uma classificação de piso FM2 (Especial), com designação Superplana para as áreas de movimento definidas entre as plataformas. A MLM trabalhou em estreita colaboração com a TwinTec Flooring nos requisitos finais do projeto. O projeto da superestrutura foi desenvolvido juntamente com a modelagem térmica e levando em conta a necessidade de acomodar o Hemcrete® à solução estrutural final. No início do desenvolvimento do projeto, uma série de planos estruturais foi elaborada para avaliar com precisão os custos de construção das três soluções construtivas analisadas no processo de modelagem térmica, de modo a permitir uma estimativa completa dos custos totais. mm de espessura usando os painéis de cânhamo e cal com 18 m de altura exigia uma solução estrutural inovadora. A equipe 2 Pulverização de Hemcrete® local em painéis pré-fabricados, feita remotamente 3 Painéis pré-fabricados instalados na estrutura de aço 4 Interior do armazém de pé direito alto exibindo a parede de painéis translúcidos Kalwall O fator crucial no início do projeto da estrutura de aço foi a necessidade de levar em conta o impacto estrutural de suportar o Hemcrete® na cobertura. O cliente queria máxima flexibilidade para futuras mudanças no uso do edifício, e os projetos iniciais basearam-se em uma estrutura da cobertura com vão livre de 45 metros. Suportar na cobertura painéis de 300 mm de espessura feitos de cânhamo e cal, material cuja densidade de 275 kg/m3 quando seco resultava em cargas permanentes de isolação consideravelmente mais altas do que as de um painel composto normal, tinha implicações óbvias em uma estrutura de cobertura em vão livre. O modelo térmico previa uma vantagem térmica adicional de usar o Hemcrete® na cobertura, mas concluiu-se que os custos da solução estrutural mais robusta superariam a economia adicional de energia. Assim, o Hemcrete® foi usado somente na construção das paredes, dentro de uma estrutura de aço escorada com armações afuniladas em treliça de 3,2 m de profundidade e centros de 7,2 m sobre os 45 m de largura do edifício, além de uma treliça triangular pré-arqueada ‘envidraçada’, apoiada em uma torre de treliça na extremidade norte do edifício, conforme exibido no diagrama do modelo em 3D (Fig. 1). Não tendo sido usada anteriormente em uma situação de armazém de pé direito alto, a construção de uma parede de 300 de projeto trabalhou em estreita colaboração com a Lime Technology Ltd, que apontou uma solução que havia sido usada anteriormente apenas em edifícios de menor escala por meio da pulverização no local ou na forma de blocos não estruturais préfabricados. Pulverizar o Hemcrete® a uma altura de 18 metros envolvia problemas práticos no processo de pulverização, além da questão da contenção das sobras e do risco de afetar instalações e edifícios adjacentes. Ademais, havia a questão de suportar o peso substancial do Hemcrete® úmido, que desmoronaria e não suportaria seu próprio peso mesmo em estado seco a uma altura de 18 m. Isso significava que o edifício também era alto demais para usar o material na forma de blocos sem uma estrutura adicional de suporte secundário. Em resposta a isso, foi criada uma solução pré-fabricada que utilizaria caixotes de 3,6 m por 2,4 m montados com travessas de madeira do tipo TJI para a armação e pranchas respiráveis de Sasmox. Isso permitiu que os painéis fossem pré-fabricados remotamente e preenchidos com Hemcrete® pulverizado em um ambiente de fábrica, com rigoroso controle de qualidade (Fig. 2). Contudo, esse processo prejudicaria a estanqueidade ao ar do edifício, uma das vantagens da pulverização no local. Os painéis de 300 mm de espessura feitos com Hemcrete® pulverizado na fábrica foram então enviados ao local e inseridos em uma estrutura de aço (Fig. 3), com aços de suporte horizontal adicionais a 2,5 m verticalmente. Para restaurar a estanqueidade ao ar perdida por não se pulverizar no local, os caixotes receberam então vedação entre as unidades individuais e também entre as unidades e a estrutura de aço, usando-se uma combinação de Hemcrete® aplicado com desempenadeira e vedantes de polissulfeto. Devido ao peso dos painéis e ao fato de terem de ser içados até sua posição após a estrutura principal da cobertura e as armações terem sido concluídas, decidiu-se que não seria prático nem seguro usar guindaste. Assim, foram colocadas vigas de suspensão na altura dos beirais como parte da estrutura para fixar mecanismos de elevação para içar e instalar os painéis a partir do interior do edifício, e correias de ponto central de elevação foram inseridas nos painéis, como se pode ver na Fig. 2. Um fator crucial para o desempenho dinâmico do Hemcrete® é que a parede tinha de ‘respirar’. Para isso, o detalhe final da construção das paredes foi uma camada externa de painéis compostos exclusivos, combinada a uma camada interna de caixotes de Hemcrete® de 300 mm de espessura com uma cavidade para permitir a respiração do Hemcrete®, mantendo, ao mesmo tempo, a estanqueidade ao ar do edifício. Outro aspecto relacionado à economia de energia é o alto grau de iluminação natural possibilitado pelo uso do sistema de painéis translúcidos Kalwall na ‘lucerna’ da estrutura da cobertura e no canto nordeste da parede (Fig. 4). O Kalwall oferece níveis mais altos de isolação térmica do que o envidraçamento convencional. A orientação do edifício impede o ganho de calor solar, mas permite a penetração da luz natural no interior do armazém, minimizando, assim, os gastos com 5 Exterior do armazém iluminação sem introduzir ganho solar nem comprometer os efeitos do Hemcrete® na construção das paredes. O componente principal do sistema Kalwall é um painel estrutural translúcido do tipo sanduíche que é formado colando-se folhas de fibra de vidro aos dois lados de uma moldura de alumínio termicamente isolada. Os painéis proporcionam níveis de isolação térmica mais altos do que o envidraçamento comum e são pré-fabricados com tolerâncias rígidas para se adaptar ao tamanho e à configuração de cada projeto individual. Isso gerou um desafio estrutural interessante, já que a tolerância rígida do sistema Kalwall é incompatível com as tolerâncias normais da construção da estrutura de aço sobre o vão de 45 m e com os limites normais aceitáveis de deflexão. No projeto final, isso foi resolvido por meio do pré-arqueamento da treliça triangular principal e da instalação do sistema Kalwall em uma subestrutura adicional afixada à treliça principal após a ocorrência da deflexão causada pela carga permanente. Resultados da monitoração anual Concluído em meados de 2008, o armazém (Fig. 5) foi monitorado atentamente para avaliar os gastos efetivos com energia e compará-los às projeções do modelo térmico. Desde o princípio do processo de monitoramento, ficou bastante claro que o edifício estava demonstrando uma estabilidade térmica notável, com muito pouco uso das instalações mecânicas e elétricas, apesar das significativas variações diárias da temperatura externa e de longos períodos de temperaturas abaixo de zero durante o inverno de 2009/10. A Tabela 2 exibe os números efetivos de fim de ano registrados com relação ao uso de energia em comparação com os números projetados a partir do modelo térmico, além das economias em termos de kWh/ano e de CO2/ano. Esses números são cerca de 65% melhores do que o esperado de acordo com o modelo térmico, proporcionando uma redução significativa do custo de operação anual: Eletricidade a 7,3 p/kWh Gás a 2,7 p/kWh = £ 13.854 = £ 1.420 Tomando as duas economias de CO2, que totalizam 90,5 t de CO2/ano, a redução total de carbono ao longo da vida útil de 40 anos projetada para o edifício é da ordem de 3.618 t de CO2. Foram usados 730 m3 do produto de cânhamo e cal, o que, considerando-se o valor de carbono incorporado de 130 kg de CO2/m3, equivale a uma contribuição adicional de 94,9 t de CO2. Os armazéns existentes no local foram construídos de acordo com padrões muito diversos e têm diferentes níveis de isolação e equipamentos de idades variadas. No entanto, é útil fazer uma comparação entre os armazéns novos e antigos, confrontando os consumos de energia em termos de kWh por m3 de espaço interno. Esses cálculos indicam que o novo armazém está operando com eficiência aproximadamente 70% superior à dos armazéns existentes. Conclusão Este projeto mostrou como, através da combinação entre o processo arrojado de pensamento lateral da equipe de projeto e um cliente ambientalmente consciente, técnicas e materiais de construção ‘verdes’ e inovadores, geralmente não associados à construção de um armazém de pé direito alto com estrutura de aço, podem ser integrados a esse tipo de edifício, gerando enormes reduções nos gastos com energia sem alterar radicalmente a eficiência da solução estrutural. No estágio inicial do projeto, a equipe de projeto sabia que as propriedades dinâmicas do produto Hemcrete® resultariam em vantagens adicionais com relação ao consumo de energia, mas não era capaz de quantificar isso. Entretanto, após um ano de uso, os resultados energéticos anuais obtidos no edifício fizeram jus à confiança que o cliente depositou na solução inovadora proposta pela equipe de projeto para minimizar a pegada de carbono do novo edifício e reduzir os gastos futuros com energia. O projeto para a Wine Society mostrou as vantagens significativas que se podem obter com a integração de tecnologias ‘verdes’ relativamente simples e diretas a instalações de armazenagem nas quais temperaturas internas estáveis são essenciais para manter os produtos armazenados em condições ideais. Mostrou também como o uso dessas tecnologias resulta em gastos com energia substancialmente mais baixos, os quais serão mantidos no futuro sem quaisquer intervenções adicionais, gerando benefícios importantes para o meio-ambiente. Agradecimentos Cliente: The Wine Society, Stevenage Equipe de projeto do cliente: Arquitetura: Vincent & Gorbing Engenharia estrutural: MLM Consulting Engineers Engenharia de construção: MLM Consulting Engineers Gestão do projeto: Millbridge Empreiteira de Projeto e Construção: Morgan Ashurst (atualmente Morgan Sindall) Outros: Lime Technology Ltd Crédito das fotografias: MLM e Vincent & Gorbing