Resoluções das Atividades

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VOLUME 2 | BIOLOGIA 3
Resoluções das Atividades
Sumário
Aula 9 – Morfologia e anatomia da raiz............................................................. 1
Aula 10 – Morfologia e anatomia do caule........................................................ 2
Aula 9
Morfologia e anatomia da raiz
Atividades para Sala
01 c
A figura representa as duas formas de transporte de materiais depois de absorvidos. Em A, ocorre o transporte através do apoplasto, espaço existente entre as paredes das
células. Em B, temos o transporte através do simplasto, ou
seja, através da passagem do material pelo citoplasma de
cada uma das células. Entretanto, antes de atingir o xilema
(D) independente da via de transporte, os materiais devem
passar pelo citoplasma das células que constituem a endoderme (C). Isso ocorre devido à presença das estrias casparianas que cimentam as células vizinhas que compõem
a endoderme. Dessa forma, a endoderme exerce um controle sobre o movimento de substâncias através do cilindro
vascular da raiz.
02 A
As raízes tuberosas são inchadas e especializadas como
órgãos de reserva, acumulando principalmente o glicídio
amido. Podem ser classificadas como pivotante (cenoura,
beterraba e nabo) ou como lateral (batata-doce e mandioca).
03 E
Haustórios são adaptações de raízes de certas plantas
que parasitam outras. Essas estruturas possibilitam que a
planta parasita perfure o caule da planta hospedeira até
atingir, de acordo com o tipo de planta parasita, o xilema
ou o floema para sugar seiva dos mesmos.
04 c
Pneumatóforos são raízes aéreas com função respiratória que se diferenciam a partir de uma raiz subterrânea e
crescem em direção à superfície, ficando expostas ao ar
ou à água. Possuem pequenos orifícios, os pneumatódios,
através dos quais acontecem trocas gasosas entre a raiz
e o meio. Ocorre em plantas que vivem em solos pobres
em oxigênio, como a Avicennia schaueriana, frequente nos
manguezais brasileiros.
Atividades Propostas
01 B
Como em áreas de clima semiárido existe um déficit de
água, plantas dotadas de raiz do tipo pivotante e profunda, como o algodoeiro, podem obter água de camadas mais profundas do solo, tendo mais chances de resistir à escassez de água ao longo de alguns dias e à falta
da mesma nas camadas superficiais do solo devido à alta
insolação e evaporação d'água.
02 d
Devido à baixa disponiblidade de oxigênio, a vegetação
de manguezal deve apresentar raízes respiratórias ou
pneumatóforas. A espécie Avicennia schaueriana, típica
de regiões de manguezal, possui esse tipo de raiz que
apresenta geotropismo negativo, crescendo em direção à
superfície do solo para realizar as trocas gasosas com a
atmosfera. Essas raízes possuem pequenos orifícios denominados pneumatódios por onde penetra o ar.
03 E
Manguezais: raízes-escora (maior suporte à planta em solo
argiloso) e pneumatóforos (obtenção de oxigênio diretamente do ar, dada a pobreza do solo dessa substância);
Lagos: aerênquima (garante a flutuação);
Cerrado: caules tortuosos (escleromorfismo oligotrófico);
Caatinga: espinhos (adaptação foliar que diminui as perdas de água por evaporação).
04 A
A coifa é um capuz formado por células vivas que reveste a
zona de multiplicação celular das raízes.
05 B
Palmeiras, em geral, sendo monocotiledôneas, apresentam sistema radicular do tipo fasciculado.
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06 d
Os tecidos de uma raiz são originados a partir de divisões
mitóticas que ocorrem no tecido meristemático ou meristema radicular, localizado no ápice radicular. Devido à fragilidade dessas células, a extremidade da raiz apresenta uma
camada de células protetoras denominada coifa (semelhante
a um dedal), que ainda é recoberta por um muco que diminui
o atrito das células da extremidade da raiz com o solo.
07 E
O barbatimão (Stryphnodendron adstringens) é uma planta
típica do cerrado brasileiro, utilizada há muito tempo
devido a suas propriedades medicinais (cicatrizante, antibacteriana, antifúngica etc). Essa angiosperma apresenta
raiz do tipo pivotante que consegue atingir maior profundidade que as gramíneas típicas do cerrrado. Ao atingir
maior profundidade, tal raiz fica capacitada a explorar
reservatórios de água do lençol freático, que se encontram
inacessíveis às raízes mais superficiais das gramíneas.
08 A
As raízes sugadoras, também chamadas de haustórios,
ocorrem em vegetais parasitas e perfuram o caule da
planta hospedeira até atingir os seus vasos condutores
para sugar-lhes a seiva. Uma dessas plantas é a erva-de-passarinho, que absorve seiva bruta do vegetal hospedeiro, sendo, por isso, denominada hemiparasita. Já o
cipó-chumbo, como é desprovido de clorofila, extraem a
seiva elaborada da planta hospedeira, sendo considerado
um holoparasita.
09 B
A casca de uma árvore como a jabuticabeira é constituída
pela periderme, uma camada formada pelo súber ou
felema, pelo felogênio ou câmbio da casca e pela feloderme. Quando as células constituintes dessa camada
atingem a maturidade, elas morrem devido ao acúmulo
do lipídio impermeabilizante suberina. Ainda que mortas,
tal camada de células fornece às camadas de células vivas
mais internas proteção mecânica, térmica e contra a desidratação.
10 A
A utilização de células meristemáticas para a produção de
mudas em larga escala é ideal, pois tais células são indiferenciadas e multiplicam-se continuamente. Com isso,
pode-se obter um número indeterminado de células e,
com a correta manipulação das mesmas, por meio de alterações nas concentrações hormonais (fitormônios), pode
ser induzido o desenvolvimento de mudas com a mesma
composição genética daquela planta que forneceu o
material biológico.
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Aula 10
Morfologia e anatomia do caule
Atividades para Sala
01 c
O esquema refere-se à organização de uma planta. O
número 1 indica a gema auxiliar, responsável pela formação dos ramos laterais (galhos); o número 2 indica a folha,
onde existem os parênquimas clorofilianos responsáveis
pela fotossíntese; o número 3 indica a zona pilífera, onde
estão os pelos absorventes, que são anexos da epiderme
da raiz; o número 4 indica o meristema apical, responsável
pelo crescimento.
02 E
Raízes tuberosas e caules do tipo tubérculo são inchados e
especializados como órgãos de reserva, principalmente de
amido. Entretanto, como característica distintiva, encontramos a presença de gemas laterais ou meristema axilar
apenas em estruturas caulinares.
03 d
As palmeiras são plantas monocotiledôneas pertencentes
à família Arecaceae (Palmae). Esses vegetais apresentam
caule do tipo estipe. Na extremidade superior da estipe,
encontramos o meristema apical dessa planta, que fica
protegido pelas bainhas das folhas em desenvolvimento. É
nessa área que se encontra a estrutura conhecida popularmente como palmito ou miolo da palmeira. Dessa forma,
como o palmito é um alimento obtido da região próxima
ao meristema apical, do interior do pecíolo das folhas de
determinadas espécies de palmeiras, sua extração implica
na morte da palmeira, que perde seu meristema apical
(tecido meristemático onde ocorre a multiplicação das
células e sua subsequente diferenciação).
04 c
As diferentes representações esquemáticas de caule podem
ser reconhecidas corretamente como os seguintes tipos e
características:
1. Tronco: caule típico do que normalmente chamamos
de árvore. Tem forma ereta, é lenhoso e possui ramificações (galhos). Ex: mangueira, cajueiro, pau-brasil etc.
2. Haste: normalmente é um caule de pequeno porte,
não lenhoso e de cor verde, devido à abundância de
células clorofiladas. Ex: tomate, pimentão, arroz etc.
3. Estipe: caule típico do que chamamos genericamente
de palmeira. Tem formato cilíndrico, lenhoso e sem
ramificações laterais .Ex: coqueiro, carnaúba, buriti etc.
4. Colmo: caule que apresenta uma clara divisão entre
nós e entrenós, sendo desprovido de ramificações laterais. Ex: bambu, cana-de-açúcar, milho etc.
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5. Cladódio: de forma geralmente achatada, desprovido
de folhas e de coloração verde, por ter assumido o
papel de principal estrutura fotossintetizante da planta.
Ex: palma, mandacaru, coroa-de-frade etc.
Atividades Propostas
01 B
A mandioca é um órgão de reserva da planta, sendo classificada como uma raiz tuberosa. Quando moemos ou mastigamos a cana-de-açúcar, utilizamos o caule desta planta,
que produz e acumula grande quantidade de glicídios
nesse órgão.
02 B
Geralmente, os caules do tipo rizoma podem acumular
grande quantidade de material nutritivo. Tais caules, como
o da batata-inglesa e o do gengibre, são denominados
tubérculos.
03 d
A batata-inglesa é classificada como caule subterrâneo do
tipo tubérculo, rico em material nutritivo de reserva. Já a
Avicennia schaueriana, que ocorre em mangues, é uma
raiz respiratória aérea.
04 E
Caules do tipo estolho ou estolão são longos, finos e
rastejantes. Eles apresentam vários pontos de fixação no
solo. Isso ocorre porque formam-se gemas ao longo do
caule seguindo certo espaçamento. Nesses pontos de
fixação, podem ser originadas novas plantas com raízes e
folhas. Isto possibilita que a separação desses caules artificialmente gere indivíduos independentes. Ocorre, dessa
forma, uma reprodução assexuada. Já os caules do tipo
cladódio são adaptados à realização da fotossíntese em
substituição às folhas, que foram transformadas em espinhos ao longo da evolução desse grupo de plantas. Algumas espécies também podem armazenar água.
05 E
O caule de uma planta tem origem a partir do meristema
apical do embrião. Eles apresentam uma série de modificações caulinares (espinhos, gavinhas etc.), entretanto, roseiras não apresentam espinhos, e sim acúleos. De acordo
com uma série de caraterísticas, os caules recebem diferentes denominações, como o caule do tipo tronco de uma
mangueira, a estipe de uma palmeira ou o colmo da cana-de-açúcar. Os caules crescem em comprimento (altura)
devido à atividade de células meristemáticas localizadas no
ápice caulinar. As regiões chamadas nós também apresen-
tam gemas, as gemas laterais, que são responsáveis pelo
crescimento dos ramos ou galhos da planta. As gemas são
estruturas que também possibilitam a formação de folhas e
flores, além de serem encontradas tipicamente nos caules,
possibilitando assim a distinção destes das raízes.
06 c
Troncos são caules aéreos lenhosos e com desenvolvimento maior na base. É o caule típico das árvores. Os rizomas são caules subterrâneos e, alguns deles, acumulam
substâncias nutritivas, como é o caso da batata-inglesa. Os
colmos possuem nós e entrenós ou entrenós bem evidentes. Eles podem ser colmos cheios, como o da cana-de-açúcar, ou colmos ocos, como o do bambu. Os cladódios
são caules que assumem o aspecto de folhas quando elas
faltam, realizando fotossíntese e, alguns deles, podem
agir como órgão de reserva de água. Finalmente, os caules do tipo estipe geralmente não possuem ramificações
(galhos), apresentando apenas meristema apical e tendo
folhas somente em seu ápice caulinar.
07 d
Figura ilustrativa de um caule de dicotiledônea (feixes
liberolenhosos organizados de modo a formar um cilindro
quase contínuo na região central do caule). A e B correspondem, respectivamente, ao floema e ao xilema.
08 B
Caule do tipo rizoma: samambaia e bananeira.
Caule do tipo tubérculo: batatinha (batata-inglesa).
Caule do tipo bulbo: cebola.
09 E
Tubérculos com botões vegetativos como a batata-inglesa:
caule (tubérculo).
Escamas que acumulam substâncias nutritivas como a
cebola: folha (catáfilos).
Cladódios: caules.
10 d
(V) Plantas que apresentam brácteas, ou seja, folhas que
podem ter coloração pouco vistosa (ex.: verde) e têm
por função proteger a inflorescência, ou então apresentam coloração viva (ex.: vermelha) e atuam como
atrativo para os agentes bióticos (polinizadores como
insetos, aves, macacos etc.).
(F) Os espinhos encontrados nos limoeiros e nas roseiras
são, na verdade, acúleos, estruturas protetoras formadas por projeções pontiagudas e resistentes da epiderme e que ocorrem, geralmente, no caule.
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(V) Os catáfilos são folhas normalmente reduzidas e que
atuam normalmente na proteção e reserva de nutrientes de gemas dormentes. Em casos como o da cebola e
do alho, os catáfilos atuam como estruturas de reserva.
(F) Raízes adventícias do tipo escoras são raízes que aparecem em certas espécies de figueiras. Surgem a partir
de ramos caulinares e crescem em direção ao solo. Ao
alcançá-lo, a raiz se ramifica e passa a absorver água e
sais minerais presentes nele. Como é regra nas dicotiledôneas, com o tempo, essas raízes crescem em espessura e passam a assumir também a função de sustentação da planta.
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