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Museu de Topografia Prof. Laureano Ibrahim Chaffe
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS
História do mundo
Texto original: Wikipedia, a enciclopédia livre
Março/2011
Ampliação e ilustrações: Iran Carlos Stalliviere Corrêa-IG/UFRGS
A história do mundo ou história da humanidade são os
registros dos feitos do homo sapiens na Terra desde que passou a ter
a capacidade necessária para efetuar tais registros através da escrita.
Este momento é tomado como o marco da divisão entre a história e a
pré-história, período este da existência dos humanóides, porém estes
eram ainda incapazes de manter tais registros dos acontecimentos.
Este período conhecido como história já se estende por
aproximadamente mais de quatro mil anos. A história do mundo nos
relata descobertas, invenções e os grandes feitos da humanidade.
Também estão registrados os costumes de cada época em cada
localidade bem como a mudança destes através de revoluções, guerras
e catástrofes. Relata também a expansão do conhecimento humano
sobre mundo que o cerca e o avanço tecnológico que deste modo foi
possível.
Origem da humanidade
Os seres humanos apareceram na Terra há mais de 400 mil anos
durante o período Paleolítico. Na época, a Terra estava em uma era
glacial, com um clima muito mais frio que na atualidade.
Os antepassados dos humanos, como o homo erectus haviam
usado ferramentas simples durante milênios, porém, nesta época, as
ferramentas melhoraram, construiram ferramentas mais precisas e
complexas. Em algum momento, os humanos começaram a usar o fogo
para se aquecer e cozinhar. Também desenvolveram a linguagem,
assim como os ritos funerários. Neste período, todos os humanos
viviam da caça e da coleta de frutos, sendo nômades; o elemento
chave é que não produziam seu próprio sustento.
Homos erectus
Migrações humanas em todo o globo (os números indicam os milênios antes da
nossa era).
Há uns 50.000 anos, os seres humanos lançaram-se à conquista
do planeta em diferentes rumos desde África. Um rumo alcançou a
Austrália. A outra chegou a Ásia Central, para logo se dividir em dois,
uma a Europa, e a outra caminhou até cruzar o Estreito de Bering e
chegou a América. As últimas áreas a serem colonizadas foram as ilhas
da Polinésia, durante o primeiro milênio d.C.
Os criacionistas mais literáricos discutem este esquema, baseados
nos primeiros capítulos do Gênesis, pois a evidência científica não só
colabora contundentemente a origem do homem na África e sua
expansão gradual sobre o globo, mas que chegaram a determinar que o
relato do Gênesis é uma adaptação de antigas lendas mesopotâmicas
coletadas desde a Epopeia de Gilgamesh, e portanto, dificilmente
poderia ter conteúdo divino.
Surgimento da civilização
Desenho de um arado puxado por boi encontrado no Egito.
A vida dos homens estava passando por muitas transformações no
momento em que ocorre o surgimento da escrita em diversas partes
do planeta. A Revolução Agrícola no período Neolítico fazia o homem
trocar a vida nômade, baseada na caça, na pesca e na coleta, pela vida
sedentária, ou seja, com residência fixa.
Isso se tornou possível através do desenvolvimento da
agricultura e da domesticação dos animais que traziam o alimento
necessário para perto da habitação dos homens. As técnicas agrícolas
não pararam de se desenvolver levando ao surgimento de técnicas
como a irrigação e ferramentas como o arado puxado por animais.
Sistema de irrigação
Agricultura
Os homens passam a então se agrupar em terras férteis, propícias
a agricultura. Destes agrupamentos surgem vilarejos que seriam os
embriões de sociedades mais estruturadas e complexas que iriam se
formar: civilizações. A tecnologia avançava e as ferramentas de pedra
polida eram substituídas pelos metais maleáveis como o cobre, o
estanho, o bronze e posteriormente metais rígidos o ferro no que é
chamado de Idade dos Metais.
Ferramentas e armas da Idade dos Metais
É nesse cenário que surge a escrita e as primeiras civilizações.
Formam-se governos criando os Estados, criam-se relações de troca
que dariam origem aos mercados e a possibilidade de impor a força
através de exércitos.
Sociedade primitiva
Revolução agrícola
Com o descobrimento da agricultura e a da criação de animais,
o ser humano começa a cultivar diversos cereais como o cevada, o trigo
e os tubérculos, em diversas regiões do globo entre o sexto e o quinto
milênio a.C.. Assim, deixa de depender da caça, a pesca e a coletação
de frutos, se transforma em autosuficiente, adotando um modo de vida
sedentário (se bem algumas atividades como o pastoreio requereram a
prática do nomadismo e do semi-nomandismo). No Japão encontramos
um temporão desenvolvido da piscicultura. Também trocavam as
práticas alimentícias: inventaram o pão, e também as bebidas alcólicas.
Desenvolvimento da agricultura e pastoreio
Ao haver crescido em isolamento as primeiras civilizações, as
dietas próprias de cada uma foram diversas, em função de aqueles
produtos vegetais e animais que existiram em seu entorno imediato.
Assim, o porco, a galinha e o arroz foram próprios da dieta da China; o
trigo, a vide, a vaca e a ovelha, foram próprios do Oriente Médio e o
mundo mediterrâneo; e o milho, o tomate, a batata ou o tabaco foram
próprios da América Précolombiana. No entanto, estas barreiras
alimentícias foram caindo a medida que as distintas civilizações
históricas foram entrando em contato umas com as outras e
comercializando entre si. Desta maneira, as espéciarias (pimenta, noz
moscada, etc) chegaram desde o Oriente a Europa graças ao comércio
muçulmano durante a Idade Média, e distintos produtos americanos
fizeram o mesmo depois de que América e Europa entraram em contato
durante o passar dos séculos XV a XVI.

Primeiras cidades do mundo: Jericó, Catal Huyuk, Ur.
Cidade de Jericó
Cidade de Catal Huyuk
Cidade de Ur
Estrutura social
A medida que os assentamentos urbanos foram crescendo, a
sociedade ficou cada vez mais complexa. Para os agricultores, surgiu
uma classe social de mercadores, que logo enviaram expedições a
terras estranhas e fundaram colônias para comercializar. Também se
desenvolveu
os
templos
religiosos,
que
baixaram
suas
responsabilidades a guia das distintas comunidades. Tempo mais tarde,
surge o poder civil separado do poder religioso, comandado pelos
reis seculares trabalhando em estreita relação com burocracias
sacerdotais, às vezes, bastante extensas: por exemplo, o faraó e os
escribas egípcios.
Um antigo barco usado nas expedições antigas (Galé).
Uma consequência de tudo isso, foi a invenção da escrita, em
vários lugares do planeta ao mesmo tempo e de maneira independente,
e que pela primeira vez, permitiu armazenar o conhecimento de
maneira mais segura que pela tradição oral, ao mesmo tempo que
permitiu desenvolver a burocracia governamental. As primeiras
escrituras eram ideográficas, logo evoluíram para sistemas fonéticos,
tendo os fenícios os crédito de criar o antecedente do alfabeto
moderno. Exemplos são os hieróglifos ou a escrita cuneiforme. No
Império Inca, desenvolveu-se a engenhosa solução dos quipus. Em
geral, a maioria dos povos da terra conhecem algum sistema de escrita
ou de símbolos desenhados ou escritos em torno do ano 1.000 da era
cristã.
Hieróglifos
Escrita Cuneiforme
Escrita Quipus dos Incas
Ao mesmo tempo, o desenvolvimento na navegação levou às
primeiras audácias expedições de exploração. Do Egito Antigo, partiram
expedições para o país do Punt, e navegadores fenícios alcançaram a
Inglaterra, e provavelmente deram a volta na África. Por sua parte, os
polinésios empreenderam uma marcha lenta e implacável pelo oceano
Pacífico, colonizando lugares tão arejados como o Havaí ou a ilha da
Páscoa.
Metais
Um machado da Idade dos metais feito de ferro.
Já desde a Antiguidade, quase todas as grandes civilizações
aprenderam a trabalhar os metais. O avanço dos trabalhos feitos a
pedra aos metais, fez os instrumentos humanos ficarem mais
versátios, significando uma grande revolução. Geralmente, a Idade
dos Metais é dividida em três fases sucessivas: Idade do Cobre,
Idade do Bronze e Idade do Ferro. Durante a primeira (Calcolítico)
trabalhou-se o cobre de maneira pura. Durante a segunda, descobriuse que a junção de cobre e estanho (bronze) era mais resistente, se
bem que o estanho era um metal escasso (os fenícios iam buscar o
estanho nas Ilhas Britânicas). O manejo do ferro foi mais tardio,
porque suas técnicas tiveram que ser aprefeiçoadas. As técnicas
descobertas para o trabalhar o ferro foi a fundição, já que o ferro tem
um ponto de ebulição mais alto.
Armas e ferramentas
criadas na Idade dos Metais
Fundição de cobre pelos antigos egípcios
As aplicações dos metais foram enormemente variada.
Dispensou-se a pedra na elaboração dos machados para cortar árvores,
e a madeira nas grades do arado. Também permitiram a elaboração de
espadas para as guerras.
Também nesta época apareceu o uso dos metais preciosos,
incluindo o ouro e a prata, como o material de ricos enxovais
funerários de numerosas tumbas. Estes metais foram utilizados
primeiramente para fazer ornamentos, e como medida de riqueza
depois, incluindo a acunhação de moedas (foram complementadas com
o cobre, para a moeda fracionada).
Moedas antigas de ouro e prata
Antigamente se pensava que os povos da Idade dos Metais eram
pré-históricos, mas hoje em dia sabemos que muitos deles já eram
altamente civilizados. Na Grécia, por exemplo, a Idade do Bronze
coincide com os Reinos Micênicos, e no Oriente Médio, o poderio hitita
explica-se em parte pelo monopólio do segredo da fundição do ferro,
enquanto que seu inimigos usavam espadas de bronze, mais frágeis.
Cultura e religião
Deus Rá, da religião egípcia.
As primeiras manifestações religiosas surgiram em tempos do
homem de Neanderthal. Eram cultos vinculados as práticas arcaicas.
A primeira grande religião conhecida foi o culto da Grande Deusa
Mãe, predominante na Eurásia. Andando o tempo, com o
desenvolvimento da vida na sociedade, surgiram os cultos patriarcais.
Também, a medida que as culturas e os ritos locais foram cruzando-se,
surgiram mitologias complexas e ciclos épicos.
O desenvolvimento da escrita permitiu o surgimento da vida
cultural. Assim, nasceu a literatura. As obras mais antigas
conservadas são epopéias. Logo mais tarde, surge a literatura
sapiencial. O estudo científico da história é mais tardio e teve que
esperar até os gregos, como Heródoto ou Tucídides (século V a.C.),
para que se separe definitivamente da tradição religiosa e literária.
A primeira grande revolução filosófica aconteceu no século VI
a.C., época que coincidiram, e provavelmente superam suas
respectivas doutrinas, as figuras de Pitágoras de Samos, Tales de
Mileto, o Segundo Isaías, Zaratustra, Buda, Mahavira e Confúcio. Não
são os primeiros em suas respectivas tradições, mas acenderam a um
mundo mais "globalizado" que seus precendentes.
A ciência foi monopólio da classe alta, frequentemente dos
sacerdotes enquanto que o baixo povo não tinha acesso a ela. Neste
tempo fizeram-se as primeiras observações astronômicas,
desenvolveu-se a medicina, e a necessidade de medir a terra e chegar
a contabilidade comercial e tributária levaram ao desenvolvimento da
geometria e a aritmética. Os antigos gregos levaram incluso a
desenvolver as bases da Álgebra.
Estruturas megalíticas, Stonehenge
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Religiões antigas: Judaísmo, Zoroastrismo, Atonismo, Budismo,
Hinduísmo.
Mitologias antigas: Mitologia grega, mitologia babilônica,
mitologia egípcia, mitologia chinesa, mitologia japonesa, mitologia
asteca, mitologia inca.
Epopéias antigas: Epopéia de Gilgamesh, a Bíblia, a Ilíada, a
Odisséia, o Ramayana.
Outros artigos relacionados: Profeta, Filosofia, Upanishad.
Crescente fértil
Mapa da localização da crescente fértil.
A crescente fértil é uma região localizada na Ásia e África, onde
se desenvolveu as primeiras civilizações da história. Essa região é um
bom lugar para práticas agrícolas. Algumas civilizações como:
Egípcios, Hebreus, Fenícios, Mesopotâmicos, etc, se desenvolveram na
crescente fértil. Os principais rios da crescente fértil são: o rio
Eufrates, rio Tigre, rio Nilo, rio Jordão, etc. A cresecente fértil
recebeu esse nome devido ao formato da região que se parece a lua
crescente. A região cobre uma superfície de cerca de 400.000 a
500.000 km² e é povoada por 40 a 50 milhões de indivíduos. Ela
estende-se das planícies aluviais do Nilo, continuando pela margem
leste do Mediterrâneo, em torno do norte do deserto sírio e através da
Península Arábica e da Mesopotâmia, até o Golfo Pérsico.
Formação dos impérios
Escrita cuneiforme.
As primeiras civilizações surgiram na região da Crescente Fértil e
no vale do rio Indo, regiões propícias a agricultura. O
desenvolvimento levou a formação de grandes cidades que iriam levar
a formação dos Estados. Muitos destes Estados possuíam exércitos para
demonstrar a sua força e um grupo de políticos para controlar os
interesses.
Mesopotâmia
A Mesopotâmia (a palavra grega mesopotamia, "entre rios") está
situada entre os rios Eufrates e Tigre, no sudoeste da Ásia. Embora
seus limites territoriais variassem em diferentes períodos de sua
história, de modo geral a Mesopotâmia abrangia, na Antiguidade, o
território do atual Iraque. Com raros obstáculos naturais, era uma
região de fácil acesso por todos os lados. Isso nos ajuda a entender por
que tantos povos a dominaram. As civilizações da Mesopotâmia
desapareceram há quase 2.500 anos. Devido às sucessivas invasões,
pelos povos persas, macedônios, árabes, mongóis, etc., a região foi
perdendo vestígios de sua história. Suas cidades foram destruídas ou
abandonadas e, com o passar do tempo, foram cobertas pela terra.
Além disso, as línguas que lá eram faladas desapareceram. Assim, o
mundo mesopotâmico foi esquecido. No século XIX, porém,
pesquisadores europeus começaram a escavar a região. Desenterraram
uma infinidade de objetos e monumentos que foram transferidos para
museus na Europa. Analisando esses objetos, arqueólogos e
historiadores tentaram entender as civilizações que viveram na
Mesopotâmia. A região da Mesopotâmia era muito usada para
irrigação de plantações. Os povos que viveram na região
desenvolveram a matemática, astronomia, escrita, etc. A região foi
habitada por diversos povos, de línguas e culturas diferentes: sumérios,
babilônios, assírios e outros.
Sumérios
Estátua de Gudéia, governador de Lagash, uma das mais belas peças da escultura
sumeriana e de toda a arte mesopotâmica (Museu do Louvre, Paris).
O primeiro povo a criar uma vida urbanizada na Mesopotâmia
foram os sumérios. Eles colonizaram os pantanais do Baixo Eufrates
que, somando-se ao Tigre, deságua no golfo Pérsico. A origem desse
povo é praticamente desconhecida. Sua língua não se assemelha a
qualquer outra já conhecida. Um pouco antes do IV milênio a.C., os
sumérios chegaram à Mesopotâmia, e, nos mil anos seguintes
fundaram cidades e desenvolveram sua escrita cuneiforme, gravada
em tabuletas de barro. Eles desapareceram há 4.000 anos.
Acadianos
Região conquistada pelos ácades, liderados por Sargão.
Ao norte da Suméria havia uma cidade semita chamada Akkad
(Ácade). Por volta de 2400 a.C., os ácades, liderados por Sargão o
Grande, o rei guerreiro, consquistaram as cidades sumérias. Os reis
acadianos foram os primeiros a manifestar a ambição de governar o
que consideravam ser a terra inteira. Por isso Sargão ficou conhecido
como o "soberano dos quatro cantos do mundo". Os acadianos
construíram um império que se estendia do golfo Pérsico ao mar
Mediterrâneo. Por volta de 2100 a.C., o Império Ácade desmoronou.
Invasões conjugadas a disputas internas provocaram sua queda. Após
um período de prolongados conflitos, por volta do século XVIII a.C., o
rei da Babilônia, Hamurabi, realizou uma série de conquistas criando,
na região, o Primeiro Império Babilônico.
Babilônios
Babilônia
Código de Hamurabi
O Império Babilônico subjugou os sumérios, os acádios e os
assírios. Para governar povos tão diferentes, Hamurabi organizou o
primeiro código escrito de leis de que se tem notícia, o Código de
Hamurabi. O Código defendia basicamente a vida e o direito de
propriedade; mas também contemplava a honra, a dignidade e a
família. Fundamentava-se sobretudo na Lei do talião "olho por olho,
dente por dente". Previa, portanto, que para se punir os crimes,
deveriam ser aplicados castigos como o afogamento, a amputação da
língua e de outras partes do corpo, por exemplo.
A prosperidade econômica gerada pelas conquistas ajudou a
transformar a cidade da Babilônia num dos grandes centros da
Antiguidade. Muitos monumentos foram erguidos. O mais famoso deles
é o zigurate de Babel, que aparece na Bíblia como a Torre de Babel.
Apesar da riqueza desse período, ondas invasoras de hititas e cassitas,
revoltas internas e a morte de Hamurabi acabaram favorecendo o
colapso do Império Babilônico e sua fragmentação.
Zigurate de Ur
A região voltaria a ser dividida entre o sul e o norte, depois que os
reis cassitas, procedentes dos montes Zagros, a leste da Mesopotâmia,
derrubaram a dinastia de Hamurabi. Os cassitas mantiveram a cultura
e as tradições babilônicas, mas transformaram o reino com uma ampla
reestruturação administrativa. A dinastia cassita governou até cerca
de 1430 a.C., e seu domínio foi marcado por uma significativa produção
de textos. Após o período da dinastia cassita, a Babilônia perdeu sua
influência política, ao mesmo tempo que o poderio dos assírios crescia
consideravelmente.
Assírios
O Império assírio em 824 a.C. (verde escuro) e 671 a.C. (verde claro).
Um touro alado assírio
O rei Sargão II, à direita,
e o príncipe, Senaqueribe
Os assírios surgiram por volta de 1800 a.C. Entre 883 a.C. e 612
a.C., consquistaram um vasto império. Eram guerreiros, impondo o
domínio pelo terror: saqueavam, destruiam e massacravam os
vencidos. Os assírios foram os primeiros povos a ter um exército
organizado, os jovens eram obrigados a participar do exército e de
guerras. O auge do império assírio foi durante o reinado de Sargão
II, Senaqueribe e Assurbanipal. A principal capital do império assírio
era a cidade de Assur. Em 612 a.C., os Medos tomaram as cidades de
Assur e Nínive, tormando assim, o fim do império assírio.
Caldeus
Representação dos jardins suspensos da Babilónia,
como imaginados por Martin Heemskerck.
Os caldeus também são chamados de: "o segundo Império
Babilônio". Após a derrota assíria, a Babilônia voltou a ser a cidade
mais importante da Mesopotâmia. O Império seria novamente
reconstituído e viveria um novo apogeu sob o governo de
Nabucodonosor (século VI a.C.). Durante seu reinado (604-562 a.C.),
Nabucodonosor empreedeu várias campanhas militares que lhe
renderam muita riqueza. Uma sublevação do reino de Judá obrigou-o
a manter uma guerra que durou de 598 a 587 a.C., ano em que
destruiu Jerusalém e deportou milhares de judeus (o "cativeiro da
Babilônia"). As riquezas provenientes da expansão territorial permitiam
a realização de obras grandiosas como templos, jardins suspensos e
grandes palácios. Foram os caldeus que criaram os Jardins
Suspensos da Babilônia, no século VI a.C. Com a morte do
imperador, as lutas internas enfraqueceram a região, que acabou
ocupada pelos persas em 539 a.C.
Nabucodonosor
Egito Antigo
Na África, a civilização egípcia desenvolveu-se no fértil vale do
rio Nilo. Inundado anualmente, durante a cheia, o Nilo depositava uma
camada de húmus sobre a terra, que, cultivada, proporcionava
colheitas abundantes. Por meio da construção de diques e barragens, o
trabalho humano modificou o traçado do rio e melhorou as plantações.
A agricultura gerava grãos duros e resistentes como o trigo e a cevada,
que, mantidos secos em armazéns, alimentavam contingentes
populacionais cada vez maiores.
Pirâmides do Egito.
Agricultura devido as cheias do Nilo
As navegações a remo e a vela eram aperfeiçoadas
continuamente. Para se ir ao norte bastava seguir a corrente do rio. Em
sentido contrário era suficiente aproveitar os ventos que sopram
constantemente do mar Mediterrâneo em direção ao sul. À medida que
as concentrações humanas aumentavam, algumas das vilas que haviam
se formado nas margens do rio Nilo tornavam-se comunidades locais e
regionais conhecidas como nomos.
Máscara funerária de Tutankhamon. Museu Egípcio do Cairo.
Ao longo do tempo os nomos foram se associando. Nasceram
assim duas federações, uma ao norte e outra ao sul, e seus chefes
foram elevados à dignidade real. Alguns arqueólogos levantam a
hipótesede que tal elite teria assumido o poder por conhecer como
ocorriam determinados fenômenos naturais (relacionando os períodos
de cheias do rio com mudanças nas estrelas, por exemplo).
Em 3200 a.C. a federação de nomos do sul (Alto Egito), liderada
por Menés (ou Narmer), marchou até o norte (Baixo Egito) tomando
Mênfis, uma de suas principais cidades. Foi estabelecido um novo
governo unificado com o poder centralizado nas mãos de um único
soberano - o faraó Menés.
Plantações ao longo do Nilo
O Faraó Menés
Sociedade egípcia
Desenho egípcio de um faraó.
Abaixo do faraó encontrava-se a nobreza composta pela família
real, pelos altos funcionários, e pela casta dos sacerdotes, que
detinham muito poder e tinha influência com o faraó. Os sacerdotes
administravam todos os bens que os fiéis e o próprio Estado ofereciam
aos deuses. As funções da nobreza eram hereditárias, ou seja,
passavam de pai para filho. Abaixo da nobreza, estavam os numerosos
escribas, funcionários modestos, inúmeros sacerdotes de pequenos
templos, oficiais militares, artistas e artesãos especializados a serviço
do faraó ou da corte. E, finalmente, sustentando as outras camadas, na
base da pirâmide, estavam os trabalhadores, que prestavam serviços
sobretudo nas pedreiras, minas, pirâmides, oficinas astesanais,
agricultura, etc.
Sacerdotes egípcios
Religião egípcia
Anúbis
Isis
Amon
Ré
Após a morte, a alma seria conduzida pelo deus Anúbis até o
Tribunal de Osíris. Levaria consigo o Livro dos mortos, redigido pelos
escribas e que testemunhava suas virtudes, e seria julgada pelo deus
Osíris na presença de 42 deuses. Seu coração seria colocado num dos
pratos de uma balança e deveria pesar menos que a pena que se
encontrava em outro prato. Se fosse absolvida, a alma retornaria para
encontrar o corpo. Para isso se faziam inscrições nas parede dos
túmulos. Mas se fosse condenada, a alma seria devorada por uma
deusa com a cabeça de crocodilo.
Osíris
Seth
Maát
Neftis
Os egípcios adoravam muitos deuses, por isso eram politeístas.
Alguns representavam o poder da natureza, como o Sol, a Terra e a
Lua; outros representavam idéias, como a verdade e a justiça; e outros
ainda misturavam a forma humana e animal. Estes eram deuses
antopozoomórficos.
De todos os deuses cultuados, o deus solar Rá, depois chamado
de Amon-Rá, era o mais importante, e Osíris era o mais popular de
todas as camadas sociais. Amon-Rá era o deus criador de todos os
deuses e navegava com sua barca sagrada pelo céu. Amón-Rá
adquiriu tanta importância que uma cidade, chamada Heliópolis, foi
edificada para seu culto. Para se chegar ao templo, foi construída uma
avenida ladeada de esfinges e obeliscos. A influência política dos
sacerdotes de Heliópolis ameaçou muitas vezes o poder do próprio
faraó.
Heliópolis
Antigo Império (3200 a.C. - 2300 a.C.)
Esfinge de Gizé.
A época dos primeiros faraós ficou conhecida como Antigo
Império. Foi nesse período que os faraós tornaram-se grandes
edificações. O tijolo foi substituído pela pedra para se construir as
pirâmides. Sob forte controle do Estado, por volta do século XXVII a.C.,
ergueram-se as pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos, faraós
da IV dinastia, e a esfinge de Gizé. O território se estendeu e o
comércio marítimo no Mediterrâneo oriental se ampliou.
Por volta de 2300 a.C. a relativa estabilidade do Antigo Império
foi interrompida por diversos problemas internos: diminuição das
enchentes do Nilo, fome, pestes, gastos do Estado e revoltas sociais.
Em meio às disputas pelo poder, os chefes dos nomos tornaram-se
mais independentes. Aos poucos o poder centralizador do faraó ia
desaparecendo. A crise política desorganizava a produção agrícola,
fragilizando ainda mais a economia. Era o início de uma época de
dificuldades que facilitariam as invasões asiáticas. O Antigo Império
chegou ao fim.
Médio Império (2000 a.C. - 1580 a.C.)
Desenho egípcio no papiro.
No século XXII a.C., os governantes de Tebas afirmaram seu
poder e fundaram a XI dinastia, dos Mentuhoep, dando início ao
Médio Império, com capital em Tebas. Os canais de irrigação e
contenção foram ampliados e as áreas de agricultura cresceram. O
comércio também se desenvolveu, favorecendo maior contato com
outros povos. A construção de templos e tumbas marcava a força de
um Estado que privilegiava poucos e explorava as comunidades
camponesas. Questões sociais e econômicas mais uma vez
alimentavam as pressões políticas e abalavam o poder dos faraós. Os
camponeses protestavam enquanto as elite locais voltavam a exigir
mais poder. As divisões internas facilitaram a penetração dos hebreus
e dos hicsos, que tiveram seu domínio facilitado pelo uso em larga
escala de cavalos, carros de guerra e armas mais resistentes,
desconhecidas dos egípcios. Após quase dois séculos de domínio dos
hicsos, os egípcios conseguiram se rearticular e expulsaram o invasor.
A unidade política foi restabelecida inaugurando-se o Novo Império.
Novo Império (1580 a.C. - 525 a.C.)
Mapa do Egito Antigo na época do Novo Império.
O sentimento de identidade cultural que crescia entre os egípcios,
em meio à luta contra os hicsos, acabou voltando-se contra os hebreus,
que findaram dominados e escravizados. Por volta de 1250 a.C., os
hebreus, sob liderança de Moisés, conseguiram fugir do Egito, no
episódio que ficou conhecido como Êxodo, registrado no Antigo
Testamento da Bíblia.
No Novo Império, um Egito militarizado ampliava seus domínios.
Alargaram-se as fronteiras, da Núbia até o Eufrates. Ocorre uma
aceleração no intercâmbio cultural e comercial com outros povos. Os
fenícios, por exemplo, adquiriram os excedentes agrícolas egípcios e os
revendiam por toda a bacia do Mediterrâneo. Luxo e poder econômico
permitiram as grandes construções desse período. Mais uma vez o
faraó se impunha como senhor supremo do Egito.
Época Greco-romana
Templo de Edfu dedicado ao deus Hórus,
uma obra construída durante a era ptolomeica.
Em 404 a.C. os egípcios conseguiram reconquistar o poder, mas
os persas tomam de novo o país em 343 a.C. Em 332 a.C. Alexandre
Magno conquista o Egipto; quando morre, em 323 a.C., Ptolemeu,
um dos seus generais, torna-se governador e em 305 a.C. rei.
Ptolemeu, de origem macedônia, dá origem à dinastia dos Lágidas
que governa o Egito nos três séculos seguintes. A última representante
desta dinastia foi a famosa rainha Cleópatra VII, derrotada em 31
a.C. pelos Romanos na Batalha de Ácio. Em 30 a.C. o Egito
transformou-se numa província de Roma, administrada por um prefeito
de origem equestre. Enquanto província, o Egito teve uma importância
fundamental para Roma, pois era do seu território que vinha o cereal
do império.
Alexandre Magno
Ptolemeu
Cleópatra VII
Hebreus
A Bíblia é um dos principais documentos de pesquisa sobre os
hebreus. Através de sua leitura e de pesquisas arqueológicas,
entedemos que eles eram pastores originalmente nômades
provenientes das regiões da Mesopotâmia. Posteriormente se fixaram
nas terras de Canaã, antiga Palestina, e ali viveram durante cerca de
dois séculos, dedicando-se à agricultura e ao pastoreio.
Crescentes dificuldades econômicas provocaram a migração de
muitos hebreus para as regiões férteis nas margens do rio Nilo. Por
muito tempo os hebreus viveram no Egito. Após a expulsão dos
invasores hicsos, eles podem ter sido escravizados, permanecendo em
território egípcio até por volta de 1250 a.C., quando foram guiados por
Moisés de volta à Palestina.
A Tábua dos Dez Mandamentos.
A Diáspora
A volta dos hebreus à Palestina é conhecida como Êxodo, e teria
durado cerca de 40 anos. Segundo a Bíblia, foi durante essa viagem
que Moisés, no alto do monte Sinai, recebeu de Iavé (Deus) a Tábua
dos Dez Mandamentos, que deveria guiar o comportamento dos
hebreus. O patriarca Josué, que substituiu Moisés ainda durante a volta
à Palestina, liderou a luta pela reconquista do território dos hebreus,
que estava ocupado por vários povos organizados em tribos. Essa luta
elevou a importância dos juízes, nomeados para comandar a expulsão
da tribo dos filisteus da Palestina. Samuel, o último dos juízes, tentou
promover a união das 12 tribos que ocupavam a região, mas isso só
ocorreria sob a liderança de Saul, considerado o primeiro rei dos
hebreus.
Rei Saul
Rei Davi
Rei Salomão
Seu sucessor, Davi, garantiu a consolidação do Estado hebraico,
caracterizado pela centralização do poder nas mãos do rei, que ainda
exercia as funções de chefe político, militar e religioso. Davi foi
substituído pelo rei Salomão, que construiu o Templo de Jerusalém,
entre outras obras públicas, fez uma aliança comercial com os fenícios,
que dominavam o comércio no Mediterrâneo, e também instituiu
inúmeras datas religiosas. Além disso, decretou o trabalho compulsório,
explorando sobretudo a população camponesa.
Templo de Jerusalém
A política social e os altos impostos criados por Salomão geraram
um grande descontentamento popular, que explodiu com sua morte
(cerca de 930 a.C.) provocando o Cisma, isto é, separação das 12
tribos hebraicas em dois reinos: Israel e Judá. Israel reunia as dez
tribos do norte e tinha por capital Samaria, já o Reino de Judá era
formado por duas tribos do sul, com capital em Jerusalém. A divisão
favoreceu a invasão estrangeira. O rei babilônico Nabucodonosor
dominou a região levando os hebreus para a Babilônia, período que
ficou conhecido como o Cativeiro da Babilônia.
Em 539 a.C., os persas conquistaram o Império Babilônico e
permitiram a volta dos hebreus para a Palestina. Em 333 a.C. a
Palestina foi dominada por Alexandre Magno, da Macedônia, e em 70
a.C. pelos romanos, que destruíram o Templo de Jerusalém
provocando a revolta dos hebreus. O movimento foi reprimido e os
hebreus, expulsos da Palestina, provocando sua dispersão pelo mundo,
que ficou conhecida como Diáspora.
Império Persa
Império persa em 490 a.C.
Os persas, povo indo-europeu, originário do sul do Irã,
conquistaram, sob o comando de Ciro o Grande, as terras entre os
rios Nilo, no Egito, e Indo, na Índia, no período de 550 a.C. a 525 a.C.
Fenícios, hebreus e mesopotâmicos foram dominados pelos persas.
Eles fundaram num único império todos os povos do Oriente Próximo e
sintetizaram as tradições culturais da região. Administrativamente, esse
imenso império era dividido em 20 províncias (satrapias) dotadas de
relativa autonomia e um surpreendente sistema de comunicação postal.
Cada satrapia era administrada por um governador (sátrapa)
responsável perante o imperador.
Ciro o Grande
O Dárico
Para se proteger contra a subversão, o rei empregava agentes
especiais - "os olhos e os ouvidos do imperador" -, que
supervisionavam as atividades dos sátrapas. O império era unificado
por uma língua única, o aramaico (a língua dos arameus da Síria),
usada pelos funcionários governamentais e pelos comerciantes. Outros
elementos unificadores eram a rede de estradas e o sistema comum de
pesos e medidas e de cunhagem da moeda, o dárico, válida em todo o
território do império.
Religião persa
O Faravahar (ou Ferohar), representação da alma humana antes do nascimento e
depois da morte, é um dos símbolos do zoroastrismo.
A civilização persa criou uma nova religião, o masdeísmo,
fundada por Zaratustra (em grego, Zoroastro), cuja divindade era Aura
Mazda (a luz). Os persas cultuavam, também, Ormuz, o criador de
espíritos benéficos, e Arimã, o espírito das trevas, mau e destruidor
entre os quais as pessoas tinham liberdade de escolher aquele que iria
seguir. A recompensa por ser bom e dizer sempre a verdade era a vida
eterna, no Paraíso. O castigo pelo comportamento oposto era ser
lançado num reino de trevas e sofrimento.
Fenícios
Uma pequena escultura de origem fenícia.
As transformações das sociedades no Egito e na Mesopotâmia
vieram acompanhadas do desenvolvimento de povos vizinhos. É o caso
dos fenícios, dos hebreus e, por fim, dos persas. Esses povos, no
entanto, não encontraram as mesmas facilidades para desenvolver a
agricultura. Seus caminhos foram outros.
Chamou-se Fenícia a antiga região que se estendia pelo território
do que mais tarde seria o Líbano, parte da Síria e da Palestina.
Habitada por um povo de artesãos, navegadores e comerciantes, suas
cidades principais foram Biblo (futura Jubayl), Sídon (Saída), Tiro (Sur),
Bérito (Beirute) e Arad.
Fenícia
Os fenícios chegaram às costas da Ásia Menor por volta de 3000
a.C. No começo, estiveram divididos em pequenos Estados locais,
dominados às vezes pelos impérios da Mesopotâmia e do Egito. Apesar
de submetidos, os fenícios conseguiram desenvolver uma florescente
atividade econômica que lhes permitiu, com o passar do tempo,
transformar-se numa potência comercial do mundo banhado pelo
Mediterrâneo.
Foram os gregos que os chamaram de Phoiníke, "país da
púrpura". A púrpura, subtância usada para tingir tecidos, era um dos
produtos fenícios mais requisitados. Os tecidos vermelhos faziam
sucesso naquela época. As elites na Antiguidade gostavam de usá-los
como sinal de posição social elevada.
A cidade de Tiro assumiu um papel fundamental na região. Em
pouco tempo, muitos de seus habitantes participaram das rotas
comerciais do interior, comercializando principalmente madeira de
cedro, azeite e perfumes. Mercadores fenícios estavam presentes na
península Ibérica, no sul da Palestina, em Cartago e, no norte da África,
assim como no Egito, sobretudo na região do delta do Nilo.
Comércio Fenício
Barco Fenício
O comércio se fez principalmente pelo mar, o que contribuiu para
desenvolver a habilidade dos fenícios como construtores navais e
navegadores. Sua fama de construtores de barcos se espalhou entre os
egípcios. Estes, em suas inscrições nas pirâmides, contam por volta de
2600 a.C. compraram 40 embarcações fenícias, feitas de cedro, um
tipo de madeira clara.
Alfabeto fenício e o atual.
A navegação também favoreceu o desenvolvimento da
Astronomia, enquanto as necessidades comerciais impulsionaram a
Matemática. Ao mesmo tempo desenvolveram sua mais significativa
contribuição para a humanidade: um alfabeto fonético simplificado,
composto de 22 letras. Todas as palavras poderiam ser representadas
pela combinação de letras evitando a necessidade de memorizar
milhares de diagramas. Assimilando, por gregos e romanos, serviu de
base para o alfabeto ocidental atual.
China Antiga
A Civilização Sínica (chinesa) é uma das oito civilizações
contemporâneas e uma das mais antigas ainda existentes. Sua principal
base é confuciana mas o taoismo e o budismo também possuem
papeis relativamente importantes na formação de uma identidade
cultural.
Vista da Grande Muralha
Vista da Cidade Proibida
A história da China está registrada em documentos que datam
do século XVI a.C. em diante e que demonstram ser aquele país uma
das civilizações mais antigas do mundo com existência contínua. Os
estudiosos entendem que a civilização chinesa surgiu em cidadesEstado no vale do rio Amarelo. O ano 221 a.C. costuma ser referido
como o momento em que a China foi unificada na forma de um grande
reino ou império. As dinastias sucessivas desenvolveram sistemas de
controle burocrático que permitiriam ao imperador chinês administrar
o vasto território que viria a ser conhecido como a China.
A fundação do que hoje se chama a civilização chinesa é
marcada pela imposição forçada de um sistema de escrita comum, pela
dinastia Qin no século III a.C., e pelo desenvolvimento de uma
ideologia estatal baseada no confucionismo, no século II a.C.
Politicamente, a China, ao que parece, alternou períodos de unidade e
fragmentação, sendo conquistada por vezes por potências externas,
algumas das quais terminaram assimiladas pela população chinesa.
Influências culturais e políticas de diversas partes da Ásia, levadas por
ondas sucessivas de imigrantes, fundiram-se para criar a imagem da
atual cultura chinesa.
Dinastia Shang
O registro mais antigo do passado da China data da Dinastia
Shang, possivelmente no século XIII a.C., na forma de inscrições
divinatórias em ossos ou carapaças de animais.
Osso oracular
Os historiadores costumam denominar de China Imperial o
período entre o início da Dinastia Qin (século III a.C.) e o fim da
Dinastia Qing (no começo do século XX). Embora seu reinado sobre
uma China unificada tenha durado apenas doze anos, o imperador
Qin logrou subjugar grande parte do que se constitui no cerne das
terras hans chinesas e uni-las sob um governo altamente centralizado
com sede em Xianyang (a atual Xian). A doutrina do legalismo, pela
qual se orientava o imperador, enfatizava a observância estrita de um
código legal e o poder absoluto do monarca. Os Qins promoveram o
silenciamento brutal da oposição política, cuja epítome foi o incidente
conhecido como a queima de livros e o sepultamento de acadêmicos
(vivos).
Mapa da Dinastia Shang
Carruagem da Dinastia Shang
A Dinastia Qin é famosa por ter iniciado a Grande Muralha da
China, que foi posteriormente ampliada e aperfeiçoada durante a
Dinastia Ming. Incluem-se entre as demais contribuições dos Qin a
unificação do direito, da linguagem escrita e da moeda da China
A Dinastia Han emergiu em 202 a.C., como a primeira a adotar a
filosofia do confucionismo, que se tornou a base ideológica de todos os
regimes chineses até o fim da China Imperial. Durante esta fase
dinástica, a China logrou grandes avanços nas artes e nas ciências. O
Imperador Wu consolidou e ampliou o império ao expulsar os
xiongnus (que alguns identificam com os hunos) para as estepes do
que é hoje a Mongólia Interior, tomando-lhes o território
correspondente às atuais províncias de Gansu, Ningxia e Qinghai. Isto
permitiu abrir as primeiras ligações comerciais entre a China e o
Ocidente: a Rota da Seda.
Imperador Wu
Bússola da Dinastia Han
Moedas da Dinastia Han
Em 18 de junho de 618, Gaozu tomou o poder e estabeleceu a
Dinastia Tang. Iniciou-se então uma era de prosperidade e inovações
nas artes e na tecnologia. O budismo, que se havia instalado
gradualmente na China a partir do século I, tornou-se a religião
predominante e foi adotada pela família imperial e pelo povo. Os
tangs, da mesma forma que os hans, mantiveram abertas as rotas
comerciais para o Ocidente e para o sul; diversos comerciantes
estrangeiros fixaram-se na China.
O Império Jin foi derrotado pelos mongóis, que em seguida
subjugaram os sungs meridionais ao cabo de uma guerra longa e
cruenta, a primeira na qual as armas de fogo desempenharam um
papel importante. Com isto, a China foi mais uma vez unificada, mas
agora como parte de um vasto Império Mongol. Neste período, Marco
Polo visitou a corte imperial em Pequim. Os mongóis dividiam-se então
entre os que preferiam manter sua base nas estepes e aqueles que
desejavam adotar os costumes dos chineses hans. Um destes era
Cublai Cã (Kublai Khan), neto de Gêngis Cã e fundador da Dinastia
Yuan, a primeira a governar toda a China a partir de Pequim.
Cublai Cã
Zhu Yuanzhang
O forte sentimento popular hostil ao governo "estrangeiro" levou a
rebeliões camponesas que terminaram por repelir os mongóis de volta
às estepes e a instituir a Dinastia Ming em 1368.
Zhu Yuanzhang (ou Hongwu), fundador da Dinastia Ming,
lançou as bases de um Estado menos interessado em comércio do que
em extrair recursos do setor agrícola. Talvez devido ao passado
camponês do imperador, o sistema econômico Ming enfatizava a
agricultura, ao contrário do que fizeram as Dinastias Sung e Mongol,
cujas finanças se baseavam no comércio. As grandes propriedades
rurais foram confiscadas pelo governo, divididas e arrendadas. Proibiuse a escravidão privada, o que fez com que os camponeses com a
posse da terra predominassem na agricultura, após a morte do
Imperador Yongle. Tais políticas permitiram aliviar a pobreza causada
pelos regimes anteriores.
A dinastia possuía um governo central forte e complexo que
unificou o império. O papel do imperador passou a ser mais autocrático,
embora Zhu Yuanzhang precisasse lançar mão dos chamados
"Grandes Secretários" para auxiliá-lo a lidar com a enorme
burocracia, a qual mais tarde causaria o declínio da dinastia, por
impedir o governo de se adaptar às mudanças sociais.
A Dinastia Qing (1644-1911) foi fundada após a derrota dos
Mings, a última dinastia han chinesa, pelas mãos dos manchus. Estes,
anteriormente conhecidos como jurchens, invadiram a China a partir do
norte no final do século XVII. Embora os manchus fossem
conquistadores estrangeiros, adotaram rapidamente as tradicionais
regras de governo confucianas e terminaram por governar na mesma
linha das dinastias nativas anteriores.
O Imperador Kangxi ordenou a criação do mais completo
dicionário de caracteres chineses até então. Durante o reinado do
Imperador Qianlong, compilou-se um catálogo das obras mais
importantes sobre cultura chinesa.
Imperador Kangxi
Imperador Qianlong
Ao longo do meio século seguinte, os manchus consolidaram o
seu controle sobre o território antes pertencente aos mings e
ampliaram sua esfera de influência para incluir Xinjiang, o Tibete e a
Mongólia.
Índia Antiga
Os dravidianos habitaram o vale do rio Indo e Ganges desde
2500 a.C. Em 1750 a.C., a região norte foi invadida pelos arianos, que
dominam a península. Do confronto entre os dois povos nasce a
civilização hindu. Dissolve-se em diversos reinos independentes de 185
a.C. até o ano 320 da era comum, quando a dinastia Gupta conquista
a hegemonia. Escitas e hunos destróem a dinastia em 535, dividindo o
reino em dois Estados.
Alto relevo da dinastia Gupta
Deus Shiva
Sidarta Gautama
Possuíram agricultura avançada, com plantações irrigadas por
canais. Desenvolveram a metalurgia (exceto a do ferro) e o comércio
fluvial. A sociedade era dividida em castas: a dos sacerdotes
(brâmanes), dos guerreiros (chátrias), dos camponeses (vaisia) e
dos servos (sudras). Os párias, marginalizados, não têm casta e
podem ser escravizados. As regras sociais eram ditadas pelo Código
de Manu, elaborado pelos sacerdotes. Utilizavam formas geométricas,
animais e motivos religiosos nas gravuras, na cerâmica e nas
edificações. A religião era politeísta e o deus principal, Shiva. A partir
de 1500 a.C., seguiram os vedas (saber sagrado), os mais antigos
documentos da literatura sacra. Admitem inúmeras divindades
subjetivas (verdade, juramento) e naturais (aurora, fogo, Sol). Por
volta de 525 a.C., o príncipe Sidarta Gautama torna-se Buda e passa
a difundir o budismo.
Japão Antigo
Duas crônicas semi-míticas, o Kojiki (registros de assuntos
antigos) e o Nihon shoki ou Nihongi (Crônicas do Japão), o primeiro
compilado em 712 d.C. e o segundo em 720 d.C., são os registros mais
antigos da história japonesa, juntamente com os relatos chineses.
Essas crônicas falam dos sucessos ocorridos entre os séculos VII a.C. e
VII d.C. e são as principais fontes da história antiga do Japão.
Os primeiros colonos do arquipélago japonês provavelmente
procediam da zona oriental da Sibéria durante o neolítico, por volta do
ano 3000 a.C., mas a evidência linguística sugere também a presença
de alguns colonizadores das ilhas polinésias. Também é possível que os
ainus tenham chegado ao arquipélago durante essa primeira fase, mas
nos primeiros tempos predominavam os protojaponeses de raça
mongol.
Pesquisas arqueológicas indicam que o Japão já era ocupado por
seres humanos primitivos entre 35 e 100 mil anos atrás, durante o
período paleolítico. Por volta de 8000 anos atrás foram fabricadas lá as
mais antigas cerâmicas do mundo. Acredita-se que esses primeiros
povos são os ancestrais dos japoneses e dos ainus. A partir de 300
a.C.começa o período Yayoi, que é marcado pelas tecnologias de
cultivo de arroz e irrigação, trazido por migrantes da Coreia, China e
outras partes da Ásia. O Japão esteve conectado ao continente
asiático, o que facilitou a migração para o arquipélago japonês.
A família imperial japonesa mantém-se de forma contínua no
trono desde o princípio do período monárquico, no século VI a.C..
Segundo o ponto de vista religioso, os imperadores traçam sua
ancestralidade até o reinado dos deuses sobre a terra, dos quais seriam
descendentes e o Imperador Jinmu, irmão do principe Giulio é o
primeiro mortal da linhagem imperial.
Imperador Jinmu
Imperador Akihito e a Imperatriz Michico
O Monte Fuji, um vulcão inativo, é o monte mais alto do Japão e
seu símbolo nacional mais famoso. Esta montanha, de 3.776 m,
encontra-se ao sul de Honshu, perto de Tóquio, e é um lugar muito
visitado por turistas e peregrinos. Nas encostas do monte Fuji, há
numerosos templos e santuários.
África Antiga
Mapa das civilizações africanas antes da colonizção europeia.
Pode dizer-se que a história recente ou "moderna" da África, no
sentido do seu registro escrito, começou quando povos de outros
continentes começaram a registrar o seu conhecimento sobre os povos
africanos – com exceção do Egito e provavelmente dos antigos reinos
de Axum e Meroe, que tiveram fortes relações com o Egito.
Axum – Etiópia
Meroe - Sudão
Assim, aparentemente, a história da África oriental começa a ser
conhecida a partir do século X, quando um estudioso viajante árabe,
Al-Masudi, descreveu uma importante atividade comercial entre as
nações da região do Golfo Pérsico e os "Zanj" ou negros africanos. No
entanto, outras partes do continente já tinham tido início a islamização,
que trouxe a estes povos a língua árabe e a sua escrita, a partir do
século VII.
As línguas bantu só começaram a ter a sua escrita própria,
quando os missionários europeus decidiram publicar a Bíblia e outros
documentos religiosos naquelas línguas, ou seja, durante a colonização
do continente, pelo menos, da sua parte subsaariana.
Al-Masudi
As primeiras civilizações surgiram na África na Antiguidade:








Antigo Egito
Etiópia
Fenícia
Axum
Meroe
Grande Zimbabwe
Paisagem Cultural de Mapungubwe
África Subsaariana
Grécia antiga
Mundo minóico
Palácio de Knossos, em Creta.
Afresco do Palácio de Knossos.
As escavações arqueológicas na ilha de Creta, no final do século
XIX, levaram à descoberta das origens da civilização grega. Cretenses
formaram uma civilização centrada no palácio, eixo da vida social, e na
cidade. Pelos restos arqueológicos foi possível concluir que eles
estavam acostumados a viagens por mar e tinham contatos com a
civilização egípcia. Produtos cretenses foram descobertos no Egito e
produtos egípcios, em Creta.
Da mesma maneira que no Egito Antigo, em Creta, a religião e a
vida social estavam intimamente integradas. A arte exprimia temas
religiosos, e símbolos sagrados eram colocados nos palácios e lares. Na
política, o rei possuia o poder político e religioso. Como sumo
sacerdote, suas leis simbolizavam a força dos deuses, e não a dos
homens.
Palácio de Cnossos - Creta
Os centros da civilização minóica, assim chamada em
homenagem ao rei Minos, foram destruídos por volta de 1450 a.C. A
causa tem sido objeto de grandes debates. Para alguns historiadores,
deveu-se a uma poderosa erupção vulcânica. No entato, a maioria
afirma que resultou da invasão e da pilhagem levada a cabo por
gregos, conhecidos como micênicos, procedentes do continente
europeu. Os micênicos teriam invadido, assimilado a cultura cretense
e, posteriormente, superado e submetido a ilha de Creta. Os minóicos
não se recuperaram e, em dois séculos, sua civilização desapareceu. No
entanto, sua participação na origem da civilização grega foi
fundamental.
Cultura Grega
Os remanescentes da cultura da Grécia clássica conservam-se
principalmente em Atenas, Esparta, Micenas, Argos e outros sítios,
enquanto as esculturas e outros objetos de arte exibidos nos museus
gregos (Nacional, de Heracléia, da Acrópole, etc.), e dos principais
centros culturais do mundo constituem uma lembrança permanente de
copiosa herança cultural helênica, que ainda continua viva na
educação dos gregos.
Atenas
Esparta
Micenas
Argos
Foi na Grécia Antiga, na cidade de Olímpia, que surgiram os
Jogos Olímpicos em homenagem aos deuses. Os gregos também
desenvolveram uma rica mitologia. Até os dias de hoje a mitologia
grega é referência para estudos e livros.
Olímpia
A filosofia também atingiu um desenvolvimento surpreendente,
principalmente em Atenas, no século V a.C. (período clássico da
Grécia). Platão e Sócrates são os filósofos mais conhecidos deste
período.
As regiões naturais da Grécia são: a Macedônia e Trácia, ao norte,
montanhosas e com planícies litorâneas de origem aluvial; a Grécia
Central, onde se encontram a Tessália e a Ática, com férteis vales; o
Peloponeso, zona muito montanhosa mas com vales litorâneos; e
Creta, a maior ilha do país, com montanhas que atingem quase 2.500m
de altitude.
Roma Antiga
Roma Antiga é o nome dado à civilização que se desenvolveu a
partir da cidade de Roma, fundada na península Itálica durante o
século VIII a.C. Durante os seus doze séculos de existência, a
civilização romana transitou da monarquia para uma república
oligárquica até se tornar num vasto império que dominou a Europa
Ocidental e ao redor de todo o mar Mediterrâneo através da conquista e
assimilação cultural. No entanto, um rol de fatores sócio-políticos
causou o seu declínio, e o império foi dividido em dois. A metade
ocidental, onde estavam incluídas a Hispânia, a Gália e a Itália,
entrou em colapso definitivo no século V e deu origem a vários reinos
independentes; a metade oriental, governada a partir de
Constantinopla passou a ser referida, pelos historiadores modernos,
como Império Bizantino a partir de 476 d.C., data tradicional da
queda de Roma e aproveitada pela historiografia para demarcar o início
da Idade Média.
A civilização romana é tipicamente inserida na chamada
Antiguidade Clássica, juntamente com a Grécia Antiga, que muito
inspirou a cultura deste povo. Roma contribuiu muito para o
desenvolvimento no mundo ocidental de várias áreas de estudo, como
o direito, teoria militar, arte, literatura, arquitetura, linguística, e a sua
história persiste como uma grande influência mundial, mesmo nos dias
de hoje.
Império Romano
O Império Romano é a fase da história da Roma Antiga
caracterizada por uma forma autocrática de governo. O Império
Romano sucedeu a República Romana que durou quase 500 anos
(509 a.C. – 27 a.C.) e tinha sido enfraquecida pelo conflito entre Caio
Mário e Sulla e pela guerra civil de Júlio César contra Pompeu.
Muitas datas são comumente propostas para marcar a transição da
República ao Império, incluindo a data da indicação de Júlio César
como ditador perpétuo (44 a.C.), a vitória do herdeiro de Otávio na
Batalha de Áccio (2 de setembro de 31 a.C.), ou a data em que o
senado romano outorgou a Otávio o título honorífico Augusto (16 de
janeiro de 27 a.C.).
Caio Mário
Pompeu
Sulla
Otávio
Júlio César
Diocleciano
Assim, Império Romano tornou-se a designação utilizada por
convenção para referir ao estado romano nos séculos que se seguiram
à reorganização política efetuada pelo primeiro imperador, César
Augusto. Embora Roma possuísse colônia e províncias antes desta
data, o estado pré-Augusto é conhecido como República Romana.
Os historiadores fazem a distinção entre o principado, período de
Augusto à crise do terceiro século, e o domínio ou dominato que se
estende de Diocleciano ao fim do império romano do ocidente.
Durante o principado (do latim princeps, "primeiro"), a natureza
autocrática do regime era velada por designações e conceitos da esfera
republicana, manifestando os imperadores relutância em se assumir
como poder imperial. No dominato (de dominus, "senhor"), pelo
contrário, estes últimos exibiam claramente os sinais do seu poder,
usando coroas, púrpuras e outros ornamentos simbólicos do seu status.
Cristianismo
O cristianismo é uma religião monoteísta baseada na vida e nos
ensinamentos de Jesus, tais como estes se encontram recolhidos nos
Evangelhos, parte integrante do Novo Testamento. Os cristãos
acreditam que Jesus é o Messias e como tal referem-se a ele como
Jesus Cristo.
O cristianismo começou no século I como uma seita do
judaísmo, partilhando por isso textos sagrados com esta religião, em
concreto o Tanakh, que os cristãos denominam de Antigo Testamento.
À semelhança do judaísmo e do Islão, o cristianismo é considerado
como uma religião abraâmica.
Segundo o Novo Testamento, os seguidores de Jesus foram
chamados pela primeira vez "cristãos" em Antioquia (Actos 11,26).
Os primeiros cristãos
Queda do Império Romano
A queda do Império Romano foi causada por uma série de
fatores que fragilizaram o Império Romano e por fim facilitaram as
invasões bárbaras e a derrubada final do Estado romano. Em geral, a
expressão "queda do Império Romano" refere-se ao fim do Império
Romano do Ocidente, ocorrido em 476 d.C., com a tomada de Roma
pelos hérulos, uma vez que a parte oriental do Império, que
posteriormente os historiadores denominariam Império Bizantino,
continuou a existir por quase mil anos, até 1453, quando ocorreu a
Queda de Constantinopla.
Mapa da cidade de Constantinopla
Islamismo
O Islão ou Islã (do árabe ‫ااااااا‬, transl. al-Islām) é uma
religião monoteísta que surgiu na Península Arábica no século VII,
baseada nos ensinamentos religiosos do profeta Maomé (Muhammad)
e numa escritura sagrada, o Alcorão. A religião é conhecida ainda por
islamismo.
Maomé
O Alcorão
Na visão muçulmana, o Islão surgiu desde a criação do homem,
ou seja, desde Adão sendo este o primeiro profeta dentre inúmeros
outros, para diversos povos, sendo o último deles Maomé.
Cerca de duzentos anos após Maomé, o Islão já se tinha
difundido em todo o Médio Oriente, no Norte de África e na península
Ibérica, bem como na direção da antiga Pérsia e Índia. Mais tarde, o
Islão atingiu a Anatólia, os Balcãs e a África subsaariana.
A mensagem do Islão caracteriza-se pela sua simplicidade: para
atingir a salvação basta acreditar num único Deus, rezar cinco vezes
por dia, submeter-se ao jejum anual no mês do Ramadão, pagar
dádivas rituais e efectuar, se possível, uma peregrinação à cidade de
Meca.
Meca
O Islão é visto pelos seus aderentes como um modo de vida que
inclui instruções que se relacionam com todos os aspectos da atividade
humana, sejam eles políticos, sociais, financeiros, legais, militares ou
interpessoais. A distinção ocidental entre o espiritual e temporal é, em
teoria, alheia ao Islão.
Império Bizantino
O Império Bizantino ou Reinado Bizantino (em grego:
Βασιλεία Ῥωμαίων), inicialmente conhecido como Império Romano do
Oriente ou Reinado Romano do Oriente, sucedeu o Império Romano
(cerca de 395) como o império e reinado dominante do Mar
Mediterrâneo. Sob Justiniano I, considerado o último grande
imperador romano, dominava áreas no atual Marrocos, Cartago, sul da
França e da Itália, bem como suas ilhas, Península Balcânica, Anatólia,
Egito, Oriente Próximo e a Península da Criméia, no Mar Negro. Sob a
perspectiva ocidental, não é errado inserir o Império Bizantino no
estudo da Idade Média, mas, a rigor, ele viveu uma extensão da
Idade Antiga. Os historiadores especializados em Bizâncio em geral
concordam que seu apogeu se deu com o grande imperador da dinastia
Macedônica, Basílio II Bulgaroctonos (Mata-Búlgaros), no início do
século IX. A sua regressão territorial gradual delineou a história da
Europa medieval, e sua queda, em 1453, frente aos turcos otomanos,
marcou o fim da Idade Média.
Justiniano I
Basílio II
Idade Média
Modo de vida no feudalismo.
Os grandes impérios da Antiguidade acabaram sucumbindo por
diversos motivos. Dinastias se revezam no poder na China e o Império
Romano se divide em duas partes autônomas que mais tarde acabam
sendo conquistadas. Na Europa destaca-se o final do Império Romano
do Ocidente, coincidindo com a expansão do cristianismo e a invasão
das tribos germânicas. Com a queda do império ocidental a Europa
mergulha na Idade Média marcada pelo feudalismo levando ao
esfriamento do comércio e da expansão do conhecimento.
No oriente médio neste mesmo período pode ser destacado o
surgimento do Islamismo liderado pelo profeta Muhammad. Sob a
bandeira da religião os árabes se unem para expandir seu território
para o norte da África e na direção oriental a região do Iraque e do Irã.
Os árabes contribuem significativamente para a ciência no período, com
destaques como Avicena, estudioso de medicina.
Cultura Medieval
Grandes Mudanças na Idade Média
Os burgueses eram os habitantes dos burgos, que eram
pequenas cidades protegidas por muros. Como eram pessoas ricas,
que trabalhavam com dinheiro, não eram bem vistas pelos integrantes
do clero católico, que era quem, até essa altura era o principal detentor
da riqueza. Os mais pobres ficavam fora das muralhas e eram
denominados de "extraburgos".
Os burgos e os extraburgos
No entanto, os burgueses não sonhavam com enriquecer-se nem,
muito menos, com tomar o poder. Desprezados pelos nobres e pelos
artesãos, estes burgueses eram herdeiros da classe medieval dos
vilões e, por falta de alternativas, dedicaram-se ao comércio, que,
alguns séculos mais tarde, serviria de base para o surgimento do
capitalismo.
Com a aparição da doutrina marx, a partir do século XIX, a
burguesia passou a ser identificada como a classe dominante do modo
de produção capitalista e, como tal, lhe foram atribuídos os méritos do
progresso tecnológico, mas foi também responsabilizada pelos males da
sociedade contemporânea.
As igrejas do Período Medieval, além de dar o conhecimento
religioso aos católicos, tomaram conta do ensinamento nas escolas, que
ficavam no fundo dos mosteiros, mas a burguesia proibiu a igreja de
continuar a dar aulas, quem tomara conta do ensino eram os burgueses
que, além do conhecimento religioso, ensinavam o que era preciso para
ser um burguês, ou seja, ensinavam o comércio e o conhecimento dos
números.
O renascimento comercial-urbano na Europa, deu-se na Baixa
Idade Média. Cidades italianas como Florença e Veneza foram as
principais impulsionadoras das atividades comerciais na Europa,
principalmente por fornecerem as especiarias vindas do Oriente, já que
tinham controle sobre o Mediterrâneo. O desenvolvimento e
intensificação das feiras-livres cresceu junto com a produção agrícola.
O fluxo das especiarias e as feiras possibilitaram a estruturação e
surgimento de rotas de comércio ligando as cidades aos pontos de
comércio (esse conjunto de ligações pode ser chamado de
entroncamento), que cresciam e se desenvolviam economicamente,
com destaque para Champanhe (França) e Flandres (Bélgica).
Florim de Ouro – Idade Média
A retomada do uso da moeda (as principais da época: Florim de
Ouro e Ducado de Ouro) auxiliou nas ações financeiras, como as
atividades de crédito e bancárias, na retomada do trabalho assalariado
e na formação de associações de controle da produção e comércio, em
destaque:


Hansas/Ligas Hanseáticas:
associações de
mercadores
(monopólio do comércio local, controle da concorrência
estrangeira, regulamentação de preços).
Corporações de Ofício/Guildas: associações de artesãos
(monopólio das atividades artesanais, controle da concorrência,
regulamentação de preços, estabelecimento de normas de
produção, controle de qualidade e assistência aos membros).
Renascimento
Renascimento ou Renascença são os termos usados para
identificar o período da História da Europa aproximadamente entre fins
do século XIII e meados do século XVII quando diversas
transformações em uma multiplicidade de áreas da vida humana
assinalam o final da Idade Média e o início da Idade Moderna.
Apesar destas transformações serem bem evidentes na cultura,
sociedade, economia, política e religião, caracterizando a transição do
feudalismo para o capitalismo e significando uma ruptura com as
estruturas medievais, o termo é mais comumente empregado para
descrever seus efeitos nas artes, na filosofia e nas ciências.
Giorgio Vasari
Jacob Burckhardt
Chamou-se "Renascimento" em virtude da redescoberta e
revalorização das referências culturais da antiguidade clássica, que
nortearam as mudanças deste período em direção a um ideal
humanista e naturalista. O termo foi registrado pela primeira vez por
Giorgio Vasari já no século XVI, mas a noção de Renascimento
como hoje o entendemos surgiu a partir da publicação do livro de
Jacob Burckhardt A cultura do Renascimento na Itália (1867), onde
ele definia o período como uma época de "descoberta do mundo e do
homem”. Apesar do grande prestígio que o Renascimento ainda
guarda entre os críticos e o público, historiadores modernos têm
começado a questionar se os tão divulgados avanços merecem ser
tomados desta forma.
A Última Ceia- Leonardo da Vinci
Convento de Santa Maria delle Grazie, Milão – Séc. XV
O Renascimento cultural manifestou-se primeiro na região
italiana da Toscana, tendo como principais centros as cidades de
Florença e Siena, de onde se difundiu para o resto da Itália e depois
para praticamente todos os países da Europa Ocidental. A Itália
permaneceu sempre como o local onde o movimento apresentou maior
expressão, porém manifestações renascentistas de grande importância
também ocorreram na Inglaterra, Alemanha, Países Baixos e, menos
intensamente, em Portugal e Espanha, e em suas colônias americanas.
Renascimento Científico
Reforma Protestante
A Reforma Protestante foi um movimento reformista cristão
iniciado no século XVI por Martinho Lutero, que, através da
publicação de suas 95 teses, protestou contra diversos pontos da
doutrina da Igreja Católica, propondo uma reforma no catolicismo. Os
princípios fundamentais da Reforma Protestante são conhecidos como
os Cinco solas.
Lutero foi apoiado por vários religiosos e governantes europeus
provocando uma revolução religiosa, iniciada na Alemanha, e
estendendo-se pela Suíça, França, Países Baixos, Reino Unido,
Escandinávia e algumas partes do Leste europeu, principalmente os
Países Bálticos e a Hungria. A resposta da Igreja Católica Romana foi
o movimento conhecido como Contra-Reforma ou Reforma Católica,
iniciada no Concílio de Trento.
O resultado da Reforma Protestante foi a divisão da chamada
Igreja do Ocidente entre os católicos romanos e os reformados ou
protestantes, originando o Protestantismo.
Martinho Lutero
Concílio de Trento – 1545-1563
Descobertas
As caravela Santa Maria, Pinta e Niña.
O feudalismo europeu acaba sucumbindo com o Renascimento
comercial e cultural, que floresce novamente com a abertura comercial.
Alguns países europeus se adiantam e iniciam a expansão ultramarina
em busca de novos territórios e novas rotas de comércio pelos oceanos,
destacando-se os países da Península Ibérica formados após a guerra
de reconquista contra os mouros. Neste contexto está o descobrimento
da América, o descobrimento do Brasil e a colonização do Novo
Mundo.
Descobrimento da América
Descobrimento do Brasil
A colonização leva ao choque de diferentes grupos humanos, cada
um em um diferente momento na história. Algumas civilizações
americanas já se encontravam bem desenvolvidas como maias e
astecas, outras ainda se encontravam em um período anterior ao
surgimento da escrita.
América Pré-Colombiana
Pré-colombiano é o período da história ocorrido antes do
"descobrimento" da América pelo navegador Cristóvão Colombo. O
evento da descoberta, entretanto, não é o marco fixo delimitador deste
período, já que vastas extensões de terra e muitas populações só
vieram a ser atingidas posteriormente. Assim, a expressão "período
pré-colombiano" designa a história ou o estado cultural dos
habitantes das Américas, antes de seu encontro com os europeus.
Astecas
Os
astecas
(1325
até
1521)
foram
uma
civilização
mesoamericana, pré-colombiana, que floresceu principalmente entre os
séculos XIV e XVI, no território correspondente ao atual México.
Na sucessão de povos mesoamericanos que deram origem a essa
civilização destacam-se os toltecas, por suas conquistas civilizatórias,
florescendo entre o século X e o século XII seguidos pelos
chichimecas imediatamente anteriores e praticamente fundadores do
Império Asteca com a queda do Império Tolteca.
O idioma asteca era o nahuatl.
Os astecas foram derrotados e sua civilização destruída pelos
conquistadores espanhóis, comandados por Fernando Cortez.
Império Tolteca
Império Asteca
Fernando Cortez
Incas
O Império Inca (Tawantinsuyu em quíchua) foi um Estado-nação
que existiu na América do Sul de cerca de 1200 até à invasão dos
conquistadores espanhóis e a execução do imperador Atahualpa em
1533.
Atahualpa
Ruínas de Cuzco
O Império Inca (Tawantinsuyu em quíchua) foi o maior império
da América pré-colombiana. A Administração, Política e Centro de
Forças Armadas do Império eram todos localizados em Cuzco (em
quíchua, "Umbigo do Mundo"), no atual Peru. O Império surgiu nas
terras altas do Peru em algum momento do século XIII. De 1438 até
1533, os Incas utilizaram vários métodos, da conquista militar a
assimilação pacifica, para incorporar uma grande porção do oeste da
América do Sul, centrado na Cordilheira dos Andes, incluindo grande
parte do atual Equador e Peru, sul e oeste da Bolívia, noroeste da
Argentina, norte do Chile e sul da Colômbia.
A língua oficial do império era o quíchua, embora dezenas se
não centenas de línguas e dialetos locais de quíchua eram faladas. O
nome quíchua para o império era Tawantinsuyu que pode ser
traduzido como as quatro regiões ou as quatro Regiões Unidas.
Tawantin é um grupo de quatro coisas (tawa significa "quatro", com o
sufixo -ntin que nomeia um grupo); Suyu significa "região" ou
"província". O império foi dividido em quatro Suyus, cujos cantos
faziam fronteira com a capital, Cuzco (Qosqo).
Havia muitas formas locais de culto, a maioria delas relativas ao
local sagrado "Huacas", mas a liderança Inca incentivou o culto a Apu
Inti - o deus do sol - e impôs a sua soberania acima dos outros cultos,
como o da Pachamama. Os Incas identificavam o seu rei como "filho
do sol".
Huacas em ouro
Apu Inti
Pachamama
Maias
A civilização maia foi uma cultura mesoamericana précolombiana, com uma rica história de 3000 anos. Contrariando a crença
popular, o povo maia nunca "desapareceu", pois milhões ainda vivem
na mesma região e muitos deles ainda falam alguns dialetos da língua
original.
Os povos maias constituem um conjunto diverso de povos
nativos americanos do sul do México e da América Central setentrional.
O termo maia é abrangente e ao mesmo tempo uma designação
coletiva conveniente que inclui os povos da região que partilham de
alguma forma uma herança cultural e linguística; porém, esta
designação abarca muitas populações, sociedades e grupos étnicos
diferentes, cada um com as suas tradições particulares, culturas e
identidade histórica.
Povo Maia
Templos Maia
Estima-se que no início do século XXI esta região seja habitada
por 6 milhões de maias. Alguns encontram-se bastante integrados nas
culturas modernas dos países em que residem, outros continuam a
seguir um modo de vida mais tradicional e culturalmente distincto,
muitas vezes falando uma das línguas maias como primeiro idioma.
As maiores populações de maias contemporâneos encontram-se
nos estados mexicanos de Yucatán, Campeche, Quintana Roo e
Chiapas, e nos países da América Central Belize, Guatemala, e nas
regiões ocidentais de Honduras e El Salvador.
O Brasil Pré-Colombiano
Os povos indígenas no Brasil incluem um grande número de
diferentes grupos étnicos que habitaram o país antes da chegada dos
europeus em torno de 1500. Diferentemente de Cristovão Colombo,
que achava que tinha atingido as Índias Orientais, o português, mais
notavelmente por Vasco da Gama, já tinha atingido a Índia através do
Oceano Índico, rota pela qual atingiu o Brasil.
A dificuldade em classificar os povos indígenas do Brasil vem do
fato de que a violência, durante cinco séculos de colonização em que
tiveram tomadas suas terras, destruídos muitos de seus meios de
sobrevivência,
proibidas
suas
religiões
sendo
explícita
ou
disfarçadamente escravizados, provocou enorme mistura de povos e
transferência de áreas.
Descobrimento do Brasil
O termo descoberta do Brasil se refere à chegada, em 22 de
abril de 1500, da frota comandada por Pedro Álvares Cabral ao
território onde hoje se encontra o Brasil, apesar de se refirir também à
suposta visita de Duarte Pacheco Pereira em 1498. A palavra
"descoberta" é usada nesse caso em uma perspectiva eurocêntrica,
referindo-se estritamente à chegada de europeus e desconsiderando a
presença dos vários povos indígenas que viviam havia diversos séculos
nas terras do atual Brasil.
Pedro Álvares Cabral
Duarte Pacheco Pereira
A Exploração do Pau-Brasil
Afirmam alguns historiadores que o corte do pau-brasil para a
obtenção de sua madeira e sua resina foi a primeira atividade
econômica dos colonos portugueses na recém-descoberta Terra de
Santa Cruz, no século XVI e que abundância desta árvore no meio a
imensidão das florestas inexploráveis teria conferido à colônia o nome
de Brasil.
A resina vermelha era utilizada pela indústria têxtil europeia
como uma alternativa aos corantes de origem terrosa e conferia aos
tecidos uma cor de qualidade superior. Isto, aliado ao aproveitamento
da madeira vermelha na marcenaria, criou uma demanda enorme no
mercado, o que forçou uma rápida e devastadora "caça" ao pau-brasil
nas matas brasileiras. Em pouco menos de um século, já não havia
mais árvores suficientes para suprir a demanda, e a atividade
econômica foi deixada de lado, embora espécimens continuassem a ser
abatidos ocasionalmente para a utilização da madeira (até os dias de
hoje, usada na confecção de arcos para violino e móveis finos).
Pau-brasil
Flor de pau-brasil
O fim da caça ao pau-brasil não livrou a espécie do perigo de
extinção. As atividades econômicas subsequentes, como o cultivo da
cana-de-açúcar e do café, além do crescimento populacional, estiveram
aliadas ao desmatamento da faixa litorânea, o que restringiu
drasticamente o habitat natural desta espécie. Mas sob o comando do
Imperador Dom Pedro II, vastas áreas de Mata Atlântica,
principalmente no estado do Rio de Janeiro, foram recuperadas, e
iniciou-se uma certa conscientização preservacionista que freou o
desmatamento. Entretanto, já se considerava o pau-brasil como uma
árvore praticamente extinta.
No século XX, a sociedade brasileira descobriu o pau-brasil como
um símbolo do país em perigo de extinção, e algumas iniciativas
foram feitas no sentido de reproduzir a planta a partir de sementes e
utilizá-la em projetos de recuperação florestal, com algum sucesso.
Atualmente, o pau-brasil tornou-se uma árvore popularmente usada
como ornamental. Se seu habitat natural será devastado por completo
no futuro, não se sabe, mas a sobrevivência da espécie parece
assegurada nos jardins das casas e canteiros urbanos.
Os Jesuítas no Brasil
A história da Companhia de Jesus no Brasil inicia com a
chegada dos jesuítas em 1549 na Bahia. Aí fundaram um colégio e
iniciaram a catequese dos índios. Posteriormente foram expulsos pelo
Marquês de Pombal. Atualmente possuem vários colégios e
universidades dispersos pelo país, além de paróquias e atuação no
apostolado social, bem como na formação do clero, religiosos e leigos
católicos.
Revolução Industrial
Um motor a vapor de Watt, o motor a vapor, alimentado principalmente com
carvão, impulsionou a Revolução Industrial no Reino Unido e no mundo.
A Revolução Industrial consistiu em um conjunto de mudanças
tecnológicas com profundo impacto no processo produtivo em nível
econômico e social. Iniciada na Inglaterra em meados do século XVIII,
expandiu-se pelo mundo a partir do século XIX.
Ao longo do processo (que de acordo com alguns autores se
registra até aos nossos dias), a era agrícola foi superada, a máquina
foi suplantando o trabalho humano, uma nova relação entre capital e
trabalho se impôs, novas relações entre nações se estabeleceram e
surgiu o fenômeno da cultura de massa, entre outros eventos.
Essa transformação foi possível devido a uma combinação de
fatores, como o liberalismo econômico, a acumulação de capital e uma
série de invenções, tais como o motor a vapor. O capitalismo tornouse o sistema econômico vigente.
Revolução Francesa
Revolução Francesa é o nome dado ao conjunto de
acontecimentos que, entre 5 de Maio de 1789 e 9 de Novembro de
1799, alteraram o quadro político e social da França. Em causa
estavam o Antigo Regime (Ancien Régime) e a autoridade do clero e
da nobreza. Foi influenciada pelos ideais do Iluminismo e da
Independência Americana (1776). Está entre as maiores revoluções
da história da humanidade.
Revolução Francesa
Luís XVI
A Revolução é considerada como o acontecimento que deu início
à Idade Contemporânea. Aboliu a servidão e os direitos feudais e
proclamou os princípios universais de "Liberdade, Igualdade e
Fraternidade" (Liberté, Egalité, Fraternité), frase de autoria de JeanJacques Rousseau. Para a França, abriu-se em 1789 o longo período de
convulsões políticas do século XIX, fazendo-a passar por várias
repúblicas, uma ditadura, uma monarquia constitucional e dois
impérios.
Unificação da Alemanha
Otto von Bismarck
A Unificação Alemã foi um processo iniciado em meados do
século XIX e finalizado em 1871, para a integração e posterior
unificação de diversos estados germânicos em apenas um: a
Alemanha. O processo foi liderado pelo primeiro-ministro prussiano
Otto von Bismarck, conhecido como chanceler de ferro, e culminou
com a formação do Segundo Reich (Império) alemão.
Revoluções e guerras
O Renascimento acaba por culminar com a formação da
monarquia absolutista em diversos países da Europa. Combinado com o
desenvolvimento científico e a demanda por uma melhor qualidade de
vida, surge a produção em larga escala. Esta necessidade culmina com
a Revolução Industrial que coloca novos países em destaque como a
Inglaterra por exemplo. Como demanda do próprio desenvolvimento a
monarquia absolutista passa a dar lugar a democracia implantada
através de movimentos como a Revolução Francesa e a Independência
dos Estados Unidos.
Crise de 1929 afeta a economia.
Na direção do crescimento propiciado por estes acontecimentos e
antigas rivalidades levam a ocorrência da Primeira Guerra Mundial.
Durante o período que se segue, a crise econômica em todo mundo
provocada pela crise de 1929 nos Estados Unidos ajuda a fomentar
soluções através de ideologias. Neste período ocorre a Revolução
Russa que leva o comunismo ao poder. Também surgem ditaduras
fascistas em vários países da Europa, notadamente na Espanha,
Alemanha e Itália.
Explossão da bomba atômica sobre Nagasaki.
Com esta tensão é iniciada a Segunda Guerra Mundial que traz
grandes perdas para a Europa. Nelas são utilizadas as duas bombas
atômicas, fruto do desenvolvimento técnico e científico da humanidade
que não pararia mais até os dias atuais.
Primeira Guerra Mundial
A Primeira Guerra Mundial (também conhecida como Grande
Guerra antes de 1939, Guerra das Guerras ou ainda como a Última
Guerra Feudal) foi um conflito mundial ocorrido entre 28 de Julho de
1914 e 11 de Novembro de 1918.
A guerra ocorreu entre a Tríplice Entente - liderada pelo Império
Britânico, França, Império Russo (até 1917) e Estados Unidos (a partir
de 1917) - que derrotou a Tríplice Aliança (liderada pelo Império
Alemão, Império Austro-Húngaro e Império Turco-Otomano), e causou
o colapso de quatro impérios e mudou de forma radical o mapa geopolítico da Europa e do Médio Oriente.
Primeira Guerra Mundial
No início da guerra (1914), a Itália era aliada dos Impérios
Centrais na Tríplice Aliança, mas, considerando que a aliança tinha
caráter defensivo (e a guerra havia sido declarada pela Áustria) e a
Itália não havia sido preventivamente consultada sobre a declaração
de guerra, o governo italiano afirmou não sentir vinculado à aliança e
que, portanto, permaneceria neutro. Mais tarde, as pressões
diplomáticas da Grã-Bretanha e da França a fizeram firmar em 26 de
abril de 1915 um pacto secreto contra o aliado austríaco, chamado
Pacto de Londres, no qual a Itália se empenharia a entrar em guerra
em um mês em troca de algumas conquistas territoriais que obtivesse
ao fim da guerra: o Trentino, o Tirol Meridional, Trieste, Gorizia,
Ístria (com exceção da cidade de Fiume), parte da Dalmácia, um
protetorado sobre a Albânia, sobre algumas ilhas do Dodecaneso e
alguns territórios do Império Turco, além de uma expansão das
colônias africanas, às custas da Alemanha (a Itália já possuía na África:
a Líbia, a Somália e a Eritréia). O não-cumprimento das promessas
feitas à Itália foi um dos fatores que a levaram a aliar-se ao Eixo na
Segunda Guerra Mundial.
Em 1917, a Rússia abandonou a guerra em razão do início da
Revolução. No mesmo ano, os EUA, que até então só participavam da
guerra como fornecedores, ao ver os seus investimentos em perigo,
entram militarmente no conflito, mudando totalmente o destino da
guerra e garantindo a vitória da Tríplice Entente.
Revolução Russa
A Revolução Russa de 1917 foi uma série de eventos políticos
na Rússia, que, após a eliminação da autocracia russa, e depois do
Governo Provisório (Duma), resultou no estabelecimento do poder
soviético sob o controle do partido bolchevique. O resultado desse
processo foi a criação da União Soviética, que durou até 1991.
Revolução Russa de 1917
A Revolução compreendeu duas fases distintas:


A Revolução de Fevereiro de 1917(março de 1917, pelo
calendário ocidental), que derrubou a autocracia do Czar Nicolau
II da Rússia, o último Czar a governar, e procurou estabelecer
em seu lugar uma república de cunho liberal.
A Revolução de Outubro (novembro de 1917, pelo calendário
ocidental), na qual o Partido Bolchevique, liderado por Vladimir
Lênin, derrubou o governo provisório e impôs o governo socialista
soviético.
Czar Nicolau II
Vladimir Lênin
Segunda Guerra Mundial
A Segunda Guerra Mundial ou II Guerra Mundial foi um
conflito militar global que durou de 1939 a 1945, envolvendo a maioria
das nações do mundo – incluindo todas as grandes potências –
organizadas em duas alianças militares opostas: os Aliados e o Eixo.
Foi a guerra mais abrangente da história, com mais de 100 milhões de
militares mobilizados. Em estado de "guerra total", os principais
envolvidos dedicaram toda sua capacidade econômica, industrial e
científica a serviço dos esforços de guerra, deixando de lado a distinção
entre recursos civis e militares. Marcado por um número significante de
ataques contra civis, incluindo o Holocausto e a única vez em que
armas nucleares foram utilizadas em combate, foi o conflito mais letal
da história da humanidade, com mais de setenta milhões de mortos.
Geralmente considera-se o ponto inicial da guerra como sendo a
invasão da Polônia pela Alemanha Nazista em 1 de setembro de 1939
e subsequentes declarações de guerra contra a Alemanha pela França
e pela maioria dos países do Império Britânico e do
Commonwealth. Alguns países já estavam em guerra nesta época,
como Etiópia e Itália na Segunda Guerra Ítalo-Etíope e China e
Japão na Segunda Guerra Sino-Japonesa. Muitos dos que não se
envolveram inicialmente acabaram aderindo ao conflito em resposta a
eventos como a invasão da União Soviética pelos alemães e os
ataques japoneses contra as forças dos Estados Unidos no Pacífico em
Pearl Harbor e em colônias ultramarítimas britânicas, que resultou em
declarações de guerra contra o Japão pelos EUA, Países Baixos e o
Commonwealth Britânico.
Segunda Guerra Mundial
A guerra terminou com a vitória dos Aliados em 1945, alterando
significativamente o alinhamento político e a estrutura social mundial.
Enquanto a Organização das Nações Unidas era estabelecida para
estimular a cooperação global e evitar futuros conflitos, a União
Soviética e os Estados Unidos emergiam como superpotências rivais,
preparando o terreno para uma Guerra Fria que se estenderia pelos
próximos quarenta e seis anos. Nesse ínterim, a aceitação do princípio
de autodeterminação acelerou movimentos de descolonização na Ásia e
na África, enquanto a Europa ocidental dava início a um movimento de
recuperação econômica e integração política.
Guerra Fria
Seguindo a Segunda Guerra Mundial o mundo se polariza em
torno das duas potências vencedoras da guerra com os Estados Unidos
e o capitalismo de um lado e a União Soviética com o socialismo de
outro. Este período passa a ser conhecido como Guerra Fria no qual as
superpotências disputam a influência no mundo sem deflagrarem uma
guerra aberta uma contra a outra.
Embora nunca tenha ocorrido um conflito armado direto entre as
duas potências elas se enfrentaram indiretamente através da corrida
armamentista, da corrida espacial e em discussões ideológicas. A
corrida armamentista seguindo a idéia da destruição mútua assegurada
levou as potências se armarem até o ponto do "equilíbrio do terror"
no qual ambas as potências poderiam se destruir mutuamente e a todo
o mundo diversas vezes.
As potências disputaram também em todo o planeta regiões de
influência de suas ideologias. Um exemplo disto foi a Europa destruída
após a guerra que passou a ser alvo de investimentos de ambos os
lados que procuravam garantir sua influência, como por exemplo o
Plano Marshall dos Estados Unidos. A maior parte do leste europeu
se alinhou com a União Soviética e adotou o socialismo enquanto a
Europa ocidental se alinhou com os Estados Unidos e o capitalismo e
surge a expressão Cortina de Ferro para denotar a divisão da Europa
nestas duas áreas de influência. O Japão e os governos da América do
Sul se alinharam com os Estados Unidos.
Em vários conflitos armados ocorridos durante este período um
dos contendores acabava recebendo patrocínio de uma potência de
acordo com a ideologia que defendia. Alguns dos conflitos inclusive
tiveram o envolvimento das potências, como a guerra da Coréia, a
guerra do Vietnã, a guerra do Afeganistão. A crise dos mísseis em
Cuba gera o maior impasse entre as potências durante a Guerra Fria.
"Buzz" Aldrin na Lua.
Queda do muro de Berlim.
Porém a União Soviética passava por problemas sociais e
econômicos e o desgaste passou a ser evidente após a derrota na
corrida espacial quando os Estados Unidos colocaram o homem na Lua
e o acidente na usina nuclear de Chernobyl. Dois planos para reformar
a União Soviética são lançados: a Glasnost e a Perestroika.
Em consequência destas reformas que permitiram maior abertura
e transparência o bloco soviético passa a ruir com a queda dos regimes
socialistas na área de influência da União Soviética na Europa. Essa
situação leva a queda do muro de Berlim em 1989. Anos depois no
final de 1991 a União Soviética iria finalmente ruir sinalizando o fim
definitivo da Guerra Fria.
Século XXI
Ataques de 11 de setembro de 2001.
Soldado americano no Iraque.
O mundo bipolar dá lugar a um mundo de múltiplos pólos no qual
vários países passam agora a ter influência global. Potências
emergentes como China, Índia e Brasil passam a ter papel de maior
destaque na economia. Este período é marcado também por uma maior
preocupação com o meio ambiente diante da perspectiva do
aquecimento global que gera grandes debates entre os líderes dos
países. Outro emblema passa a ser a guerra contra o terrorismo
liderada pelos Estados Unidos após os ataques de 11 de setembro. A
guerra na região dos Balcãs termina, e dá lugar a vários novos países:
Kosovo, Montenegro, etc.
Mundo depois do 11 de setembro
Em 11 de setembro de 2001 ocorreu em Nova Iorque, nos
Estados Unidos, o maior ataque terrorista da história. O ataque destruiu
o World Trade Center e deixou mais de 3000 mortos. Depois desse
ataque, os Estados Unidos tentaram encontrar os culpados do ataque
em Nova Iorque. O mandante do atentado foi Osama bin Laden. Os
Estados Unidos invadiram o Afeganistão em 2001 e 2002, atrás de
Osama bin Laden, mas Osama não foi encontrado. Em 20 de março de
2003, os Estados Unidos e a Inglaterra invadiram o Iraque para
procurar e desarmar supostas armas de destruição em massa
construídas no território iraquiano. Até hoje ainda existem tropas
americanas e inglesas no território iraquiano.
Atentado de 11 de setembro de 2001
Desastres naturais
No século XXI muitos desastres naturais ocorreram devido o
aquecimento global. Entre 27 e 28 de março de 2004 estados do sul do
Brasil foram alertados que se aproximava um ciclone, mas cientistas
concluíram que o suposto ciclone era na verdade um furacão. Foi
batizado de furacão Catarina e é considerado o primeiro furacão
historicamente registrado no Atlântico Sul. Outro grande desastre foi a
passagem do furacão Katrina no sudeste dos Estados Unidos em 29
de agosto de 2005 onde mais de um milhão de pessoas foram
evacuadas. Os ventos do furacão alcançaram mais de 280 quilômetros
por hora, e causaram grandes prejuízos na região litorânea do sul dos
Estados Unidos, especialmente em torno da região metropolitana de
Nova Orleães. Ocorreram cerca de 1.833 mortes.
Furacão Catarina
Economia e política
Xangai, um dos símbolos do boom econômico da China.
Depois do fim da União Soviética, em 26 de dezembro de 1991, o
mundo passou a ter apenas um país como a nova ordem mundial: os
Estados Unidos. Mas pouco tempo depois, o desenvolvimento
economico de países emergentes como: China, Índia, Brasil e Rússia
(BRIC), são os principais concorrentes para que no futuro eles sejam
uma grande potência mundial. O mundo atual é dividido em vários
pólos economicos. O Brasil passa a ser o líder economico na América
Latina. O bloco economico da União Europeia colocou em circulação, em
1 de janeiro de 2002, a moeda euro. Essa moeda foi implantada em
15 países europeus. O PIB da União Europeia é maior do que o PIB dos
Estados Unidos. A antiga guerra que acontecia na região dos Balcãs se
estabilizou e vários países fazem sua independência. A antiga Sérvia e
Montenegro foi dividida em 3 países: Sérvia (obteve independência em
5 de junho de 2006), Montenegro (obteve sua independência em 7 de
junho de 2006) e Kosovo (obteve sua independência em 17 de
fevereiro de 2008). Com a invasão do Afeganistão pelas torpas norteamericanas e inglesas em 2001, o governo do taliban é finalizado no
Afeganistão. Em 24 de fevereiro de 2008, Fidel Castro sai do poder de
Cuba depois de 49 anos de mandato. No seu lugar, entra Raúl Castro,
irmão de Fidel. A partir do fim do século XX, a economia da China
aumentou drasticamente. A China é o único país que pode chegar a ter
uma economia maior do que a economia norte-americana. Ela pode se
tornar a maior potência economica em um futuro próximo.
Tecnologia e ciências
Iphone.
MP-3
Blu-ray
A internet fica muito mais popular e muitos novos sites surgem
nela. O computador se torna um eletrodoméstico quase necessário para
os lares de alguns países, como a televisão. O DVD substitui as fitas
VHS, mas logo é inventada outra tecnologia melhor do que o DVD, o
Blu-ray. O Youtube vira o site de compartilhamento de vídeos mais
visitado no mundo. O Youtube é comprado pela Google por US$ 1,65
bilhão, em 9 de Outubro de 2006. O serviço de busca pela internet do
Google se torna o mais popular do mundo. Surge o Skype, a tecnologia
de telefonia via internet. O disquete cai em desuso, sendo substituído
pelo CD-R e posteriormente pelo pendrive. A Apple e a Microsoft
entram em uma "disputa" comercial. A Apple lança o iPod e o Iphone,
revolucionando o mercado de celulares e MP3 players. Os MP3
Players, MP4 Players, MP5 Players, Celular e a Câmera digital se tornam
populares. Em 24 de abril de 2007, foi descoberto Gliese 581 c, o
primeiro planeta possivelmente habitável fora do sistema solar. A nave
Voyager 1 (lançada em 5 de Setembro de 1977) chega à heliopausa e
ultrapassa os limites do sistema solar, tornando-se o primeiro objeto
construído pelo homem a conseguir sair do sistema solar. Foi
descoberto em 29 de Julho de 2005, o planeta-anão Éris, maior que
Plutão. A descoberta motivou a redefinição do sistema solar, criando a
categoria dos planetas-anões, dentro da qual foram incluídos Éris e
Plutão, além do antigo asteróide Ceres. Esses planetas formaram um
grupo separado dos planetas principais, que voltaram a ser oito. É
concluído o Projeto Genoma.
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