Ficha de Apoio ao Estudo de Geografia – Dinâmica Hidrográfica

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Ficha de Apoio ao Estudo de Geografia – Dinâmica Hidrográfica
O ciclo da água é um ciclo sem
fim onde da água vai mudando de
estado
entre
a
atmosfera
e
a
superfície terrestre.
Os rios constituem uma das
etapas
do
ciclo
hidrológico,
desempenhando um papel importante
devolvendo a água aos oceanos.
Fonte: Geografia, Meio Natural, 3º ciclo, Porto Editora, 2002.
O papel geográfico dos rios é enorme. Na realidade os rios trazem vida – desde sempre que o homem se fixou
junto a grandes rios, onde os terrenos eram mais férteis e a circulação mais fácil. Por outro lado, os rios são um
dos principais agentes naturais responsáveis pela transformação do relevo, devido à erosão que
provocam.
Os rios actuam no relevo de três formas: erosão, transporte e deposição.
Erosão: Consiste na extracção de fragmentos do leito e das margens;
Transporte: É o movimento dos materiais de um lugar para outro;
Deposição: Ocorre quando há acumulação de materiais.
ACÇÃO EROSIVA DOS RIOS – EROSÃO FLUVIAL
A acção da água dos rios consiste em desgastar a rocha do seu leito e margens. O material resultante é
transportado ao longo do rio e depositado quando a velocidade das águas abranda.
ANO LECTIVO 2010-2011
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1) Curso superior: Declive e velocidade grande. Desgaste
Curso superior
do fundo do leito o que origina vales fechados (V).
Predomina erosão.
Curso médio
Curso inferior
2) Curso médio: Declive suave. Maior volume do caudal o
que
origina
desgaste
das
margens.
Predomina
transporte.
3) Curso Inferior: Áreas planas com vale baixo e largo.
Predomina a deposição de materiais.
Na parte inicial do rio junto à nascente (curso superior) a velocidade das suas águas é grande pelo que a
acção dos rios é de desgaste do leito e das margens, construindo vales encaixados em forma de “V” fechado.
O material que resulta do desgaste no curso superior do rio é transportado no curso médio. Algum deste
material deposita-se no fundo do rio, enquanto a grande maioria é levada para junto da foz (parte terminal do rio).
O material transportado pelos afluentes vai engrossar a carga transportada pelo rio principal e aumentar a sua
capacidade de desgaste e construir vales sob a forma de “V” aberto.
À medida que o rio se aproxima da sua foz (curso inferior), as suas águas perdem velocidade, o que
permite que os materiais se depositem e o vale do rio adquira a forma de “U” aberto.
Desta forma, é fácil constatar que através do desgaste, transporte e acumulação (deposição) de
sedimentos, os rios vão alterando a morfologia da superfície terrestre.
Rede Hidrográfica Portuguesa
Portugal é um país de pequenas dimensões, no entanto,
dispõe de uma rede hidrográfica relativamente densa que apresenta
alguns contrastes, como poderás observar na figura 1.
- As regiões a Norte têm uma rede hidrográfica mais densa,
devido aos maiores valores de precipitação, ao relevo mais
acidentado e às menores temperaturas que justificam uma fraca
evaporação;
-As regiões a Sul, pelas razões inversas, apresentam uma
menor densidade da sua rede hidrográfica.
O regime dos rios pode ser considerado irregular, reflectindo
a variação da precipitação ao longo do ano. A sua irregularidade é
maior no Sul do que no Norte, uma vez que a estação seca é mais
prolongada no sul do país.
Em determinados anos, quando a precipitação ocorre de forma
intensa e prolongada, os rios aumentam o seu caudal de tal forma
que podem ocasionar situações de cheias. A construção de
barragens veio permitir, entre outras finalidades, a regularização dos
caudais, permitindo minimizar os estragos inerentes a esta situação.
Fonte: Fazer Geografia, Meio Natural, 3º Ciclo, Porto Editora, 2003
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Rede Hidrográfica
Bacia Hidrográfica
A área/superfície de terreno drenada por uma rede hidrográfica constitui uma bacia hidrográfica.
Os tributários aumentam o volume de água do rio principal, aumentando assim o seu caudal – volume de água
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que passa numa secção transversal do leito fluvial num dado período de tempo (m /segundo).
Principais Bacias Hidrográficas em Portugal
As principais bacias hidrográficas em Portugal Continental podem
desenvolver-se exclusivamente no território nacional, como as bacias
do rio Mondego e Sado, ou podem estender-se por território espanhol
e português, como é o caso dos rios Tejo, Douro e Guadiana.
Os rios que correm exclusivamente em território nacional têm:
- Caudais reduzidos;
- Leitos irregulares;
- Bacias hidrográficas pouco extensas.
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