Mudanças climáticas globais e seus possíveis impactos na

Propaganda
I Forum de Geoinformação
Uso de Informações geográficas na tomada de decisões
Mudanças climáticas globais
e seus possíveis impactos na
agricultura brasileira
Goiânia, 20 maio de 2009
Eduardo Delgado Assad
Embrapa Informática Agropecuária
ÍNDICE
Sobre o Estudo
Agricultura e Mudanças Climáticas
A Nova Geografia da Produção Agrícola
Ações de Mitigação e Adaptação
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
SOBRE O ESTUDO
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
SOBRE O ESTUDO
OBJETIVOS DO ESTUDO
Diagnosticar os efeitos do aquecimento global na produção de algodão, arroz, café, cana‐de‐açúcar, feijão, girassol, mandioca, milho e soja até 2070.
Avaliar o impacto econômico do aumento da temperatura na
agricultura brasileira, tomando como referência o zoneamento
de riscos climáticos do Brasil.
Propor ações de mitigação e adaptação aos efeitos das
mudanças climáticas nos próximos 50 anos.
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
SOBRE O ESTUDO
PESQUISADORES
Coordenadores do estudo:
Hilton Silveira Pinto
Cepagri/Unicamp REALIZAÇÃO: Eduardo Delgado Assad
Embrapa Informática Agropecuária
APOIO: AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
SOBRE O ESTUDO
METODOLOGIA
9 culturas que correspondem a 86,17% do total de área plantada
Zoneamento de riscos climáticos do Brasil foi usado como referência
Simulação dos cenários agrícolas para 2010, 2020, 2050, 2070 em todos os municípios do país (exceto Amazônia)
Alteração de temperatura projetada pelo IPCC (A2 mais otimista e B2 mais
pessimista)
Projeções regionais através dos cenários climáticos futuros do CPTEC/INPE
Extremos de temperatura, deficiência hídrica e evapotranspiração
Indicações por municípios e não por bioma
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
AGRICULTURA E MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Agricultura é responsável por 18,0% das emissões anuais de gás
carbônico equivalente, segundo o IPCC
A agricultura emitiu em 2005 de 5,1 a 6,6 gigatoneladas de CO2eq
Gases entéricos
Fezes de gado
Alagados de arroz
Fertilizantes
Queima de biomassa
A mudança de uso da terra, especialmente a derrubada de florestas
coloca o Brasil como o quarto emissor de CO2 no mundo*
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
AGRICULTURA E MUDANÇAS CLIMÁTICAS
AGRICULTURA É TAMBÉM VÍTIMA
Redução de chuvas nos trópicos gera o encolhimento das
terras agriculturáveis (áreas de baixo risco)
Ondas de calor geram abortamentos de flores
Ondas de calor geram abortos em porcas, redução da
produção de leite e morte de aves confinadas
Mudança na geografia da produção agrícola
Migração de plantas
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
Mudança X Variabilidade
Variação da temperatura global da Terra no último
milhão de anos em relação à condição atual
1
2
3
O problema:
Variação na composição da atmosfera
Mudança
Na composição
Da atmosfera
O que indicam os modelos
CENÁRIOS
CO2 Emissions
(Gt C)
CO2 Concentrations
(ppm)
A2
A2
B2
B2
COA NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
2 de Origem Fóssil& Intensidade do Uso de Carbono
Emissões
estão
seguindo o
cenário de
mais altas
emissões
[2ppm/CO2/ano]
Raupach et al.
(2007)
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
Cenários Climáticos globais para América do Sul
Projeções de anomalias de temperatura (mm/dia) para América do Sul para o
período de 2090-2099 (Cenário A2) em relação ao período base de 1961-1990
para 15 diferentes modelos climáticos globais disponíveis através do IPCC.
Cenários Climáticos globais para América do Sul
Projeções de anomalias de precipitação (mm/dia) para América do Sul para o
período de 2090-2099 (Cenário A2) em relação ao período base de 1961-1990
para 15 diferentes modelos climáticos globais disponíveis através do IPCC.
Geographic resolution characteristic of the
generations of climate models used in the
IPCC Assessment Reports: FAR (1990),
SAR (1996), TAR (2001), and AR4 (2007).
. The complexity of climate models has increased over the
last few decades. This is shown pictorially by the differen
features of the world included in the models.
PROBIO-IPCC Modelos Globais do IPCC TAR (HadCM3)
Downscaling
Modelo do IPCC: HadAMP3(Cox et al., 1999)
Climatologia
1961-90
Climatologia
modelo regional
1961-90
Modelos regionais
RegCM3
HadRM3
Cenários IPCC
A2, B2
Eta CCS
Mapas de
cenários de
mudanças
climáticas
(Regional
multimodel
ensemble)
2071-2100, A2, B2
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
O AQUECIMENTO
Projeções de aumento de temperatura feitas pelo IPCC (AR4 de 2007) até 2100.
CENÁRIO A2 Pessimista
aumento entre 2⁰C e 5,4⁰C
CENÁRIO B2 Otimista
aumento entre 1,4⁰C e 3,8⁰C
População crescendo continuamente
Soluções locais de sustentabilidade
Gases crescendo continuamente
econômica, social e ambiental
Novas tecnologias (lenta e regional Redução da emissão de gases
sem adoção de novos padrões)
População cresce mais lentamente
Novas tecnologias
(lenta, diversificada)
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
Tmax (Precis‐A2) 2010 – media 1960‐1990
[⁰C]
8 a 6.5
6 a 5
4.5 a 3
2.5 a 1.5
1 a 0
‐0.5 a ‐2
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
Tmax (Precis‐A2) 2020 – media 1960‐1990
[⁰C]
8 a 6.5
6 a 5
4.5 a 3
2.5 a 1.5
1 a 0
‐0.5 a ‐2
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
Tmax (Precis‐A2) 2030 – media 1960‐1990
[⁰C]
8 a 6.5
6 a 5
4.5 a 3
2.5 a 1.5
1 a 0
‐0.5 a ‐2
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
Tmax (Precis‐A2) 2040 – media 1960‐1990
[⁰C]
8 a 6.5
6 a 5
4.5 a 3
2.5 a 1.5
1 a 0
‐0.5 a ‐2
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
Tmax (Precis‐A2) 2050 – media 1960‐1990
[⁰C]
8 a 6.5
6 a 5
4.5 a 3
2.5 a 1.5
1 a 0
‐0.5 a ‐2
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
Tmax (Precis‐A2) 2060 – media 1960‐1990
[⁰C]
8 a 6.5
6 a 5
4.5 a 3
2.5 a 1.5
1 a 0
‐0.5 a ‐2
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
Tmax (Precis‐A2) 2070 – média 1960‐1990
[⁰C]
8 a 6.5
6 a 5
4.5 a 3
2.5 a 1.5
1 a 0
‐0.5 a ‐2
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
Variação da temperatura mínima - Pelotas RS
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
Fonte -UFPEL
2,4
1,9
M édia A nual
M édia M ó vel 5 ano s
y = 0,0091x - 17,804
R 2 = 0,3843
1,4
ΔTmin
= 1,6ºC
0,9
0,4
ΔTmin
= 1ºC
-0,1
-0,6
-1,1
50 anos
13 anos
-1,6
-2,1
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
A no s
Fonte: Marcos S. Wrege & Flavio G. Herter - Lab. Agrometeorologia da Embrapa Clima Temperado (2007)
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
TEMPERATURA
MÍNIMA
ANUAL MÉDIA
EM CAMPINAS, SP
MEAN MINIMUM ANNUAL
TEMPERATURES
- CAMPINAS,SP.
Mov.Avg
5 - DATA
SOURCE:IAC
Média Móvel
5 anos
– Fonte: IAC
17,0
16,5
15,5
15,0
14,5
y = 0,0211x + 14,164
2
R = 0,878
14,0
13,5
13,0
1893
1898
1903
1908
1913
1918
1923
1928
1933
1938
1943
1948
1953
1958
1963
1968
1973
1978
1983
1988
1993
1998
TEM P ºC
16,0
YEARS
Anos
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
Campinas - SP
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
70
50
40
Tmin<10ºC
30
20
10
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
Ano
2007
2001
1995
1989
1983
1977
1971
1965
1959
1953
1947
1941
1935
1929
1920
1914
1908
1902
1896
0
1890
Frequência Absoluta
60
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
150
100
50
Tmin<10ºC
0
1893
1900
1906
1912
1918
1924
1930
1936
1942
1948
1954
1961
1967
1973
1979
1985
1991
1997
2003
Frequência A bsoluta
Pelotas - RS
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
TEMPERATURA MÍNIMA
Estação de Caçador (1961 - 2006)
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
15
Estação de Campos Novos (1931 - 2006)
5
y = 0,0084x + 3,5142
= + 4,5 ºC
0
jan/60
jan/70
jan/80
jan/90
jan/00
jan/10
Mês/Ano
Temperatura Mínima
Média Mensal (ºC)
25
10
y = 0,0031x + 9,4659
= + 2,8ºC
20
15
10
5
0
jan/20
jan/35
jan/50
jan/65
jan/80
jan/95
Mês/Ano
Estação de São Joaquim (1955 - 2006)
Temperatura Mínima
Média Mensal (°C)
Temperatura Mínima
Média Mensal (°C)
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
jan/50
y = 0,0051x + 4,9121
= + 3,2 °C
jan/60
jan/70
jan/80
jan/90
jan/00
jan/10
Mês/Ano
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
Camargo, C.G.C. et al., 2006
jan/10
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
Fonte: Cunha et Al (2007) Embrapa Trig
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
Fonte Lamepe ITEP-2008
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS ANALISADAS – MINAS GERAIS
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
Tese UFLA - J. P. R. A. D. BARBOSA
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
Bacia Hidrográfica do Paraná - CENÁRIO B2
35,00
1800,00
1800,00
33,00
1600,00
35,00
33,00
1600,00
31,00
1400,00
31,00
1200,00
29,00
1000,00
27,00
800,00
25,00
600,00
23,00
400,00
21,00
19,00
27,00
1000,00
25,00
23,00
400,00
21,00
200,00
19,00
200,00
0,00
17,00
0,00
P (mm)
2011 a 2040
DEF (mm)
2041 a 2070
EXC (mm)
P (mm)
Temp (oC)
Bacia Hidrográfica do Tocantins - CENÁRIO A2
DEF (mm)
2041 a 2070
EXC (mm)
2071 a 2100
Temp (oC)
Bacia Hidrográfica do Tocantins - CENÁRIO B2
35,00
2000,00
35,00
1800,00
33,00
1800,00
33,00
1600,00
31,00
1600,00
31,00
27,00
1000,00
25,00
800,00
23,00
600,00
(mm/ano)
1200,00
1400,00
o
29,00
Temp média ( C)
(mm/ano)
2011 a 2040
2000,00
1400,00
29,00
1200,00
27,00
1000,00
25,00
800,00
23,00
600,00
400,00
21,00
400,00
21,00
200,00
19,00
200,00
19,00
0,00
17,00
0,00
1961 a 1990
P (mm)
2011 a 2040
DEF (mm)
2041 a 2070
EXC (mm)
P (mm)
Temp (oC)
1200,00
Temp (oC)
1600,00
35,00
33,00
1400,00
33,00
1200,00
31,00
31,00
29,00
1000,00
27,00
800,00
25,00
600,00
23,00
400,00
21,00
200,00
19,00
0,00
EXC (mm)
2071 a 2100
35,00
(mm/ano)
1400,00
Cortesia: E. Salati FBDS
DEF (mm)
2041 a 2070
29,00
o
1600,00
2011 a 2040
Bacia Hidrográfica do NE Oriental - CENÁRIO B2
Temp média ( C)
1800,00
17,00
1961 a 1990
2071 a 2100
Bacia Hidrográfica do NE Oriental - CENÁRIO A2
(mm/ano)
17,00
1961 a 1990
2071 a 2100
1000,00
27,00
800,00
25,00
600,00
23,00
400,00
21,00
200,00
19,00
17,00
0,00
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL –
2008
1961 a 1990
P (mm)
2011 a 2040
DEF (mm)
2041 a 2070
EXC (mm)
2071 a 2100
Temp (oC)
o
1961 a 1990
Temp média ( C)
600,00
1961 a 1990
P (mm)
2011 a 2040
DEF (mm)
17,00
2041 a 2070
EXC (mm)
2071 a 2100
Temp (oC)
o
800,00
Temp média ( C)
1200,00
o
29,00
(mm/ano)
(mm/ano)
1400,00
Temp média ( C)
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
o
2000,00
Temp média ( C)
Bacia Hidrográfica do Paraná - CENÁRIO A2
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
Cortesia
R. Schaefer
COPPE
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
COMO O AQUECIMENTO AFETA A TERRA?
Elevação da evapotranspiração
Aumento da deficiência hídrica
Aumenta o risco climático
Diminuição das áreas de baixo risco (menos áreas produtivas
para plantar)
Diminuição das geadas. No Sul, o frio “queima” as folhas
Portanto, o aquecimento é até certo ponto benéfico
No Nordeste, as altas temperaturas inibem a fotossíntese, aumentam a deficiência hídrica
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
CONSEQUÊNCIAS
Todas as culturas vão sofrer grande perda de valor (exceto cana e mandioca)
Perda na safra de grãos de R$ 7,4 bi em 2020 e pode subir para R$ 14 bi em 2070
A área mais afetada será o Nordeste
Migração agrícola para região Sul
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
CONSEQUÊNCIAS PARA A SOJA
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
SOJA
O Brasil é o segundo produtor mundial e exportador de soja
Temperatura ideal: 20⁰C a 30⁰C
Abaixo de 10⁰C: a soja não cresce
A 40⁰C: há distúrbios de floração
Pode haver comprometimento do ciclo de semeadura
Disponibilidade de água (650mm no Centro Oeste e 850m no Sul) AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
Cultura: Soja
Cenário A2 ‐ Ano ‐ 2010
apta e produtora
apta
inapta
inapta e produtora
área de proteção
ou excluída
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
Cultura: Soja
Cenário A2 ‐ Ano ‐ 2020
Área de baixo risco
23,59%
apta e produtora
apta
Prejuízo em bilhões
R$ 4,3 AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
inapta
inapta e produtora
área de proteção
ou excluída
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
Cultura: Soja
Cenário A2 ‐ Ano ‐ 2050
Área de baixo risco
34,15%
apta e produtora
apta
Prejuízo em bilhões
R$ 6,3 AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
inapta
inapta e produtora
área de proteção
ou excluída
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
Cultura: Soja
Cenário A2 ‐ Ano ‐ 2070
Área de baixo risco
41,39%
apta e produtora
apta
Prejuízo em bilhões
R$ 7,6 AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
inapta
inapta e produtora
área de proteção
ou excluída
CONSEQUÊNCIAS PARA O CAFÉ
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
CAFÉ
O Brasil é o maior produtor e exportador mundial
Café Arábica – Temperatura ideal: 18⁰C a 23⁰C
Frio excessivo no inverno ou calor excessivo na fase de florescimento
prejudicam a produção
Condições de mais umidade – vegetação e frutificação
Condições mais secas – maturação e colheita dos frutos
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
Cultura: Café Arábica
Zoneamento Atual
irrigação necessária
baixo risco climático
irrigação recomendada
risco de geadas
risco de temp. elevadas
alto risco climático
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
Cultura: Café Arábica
Cenário A2 ‐ Ano ‐ 2020
Área de baixo risco
9,48%
irrigação necessária
Prejuízo em milhões
R$ 882,6
baixo risco climático
irrigação recomendada
risco de geadas
risco de temp. elevadas
alto risco climático
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
Cultura: Café Arábica
Cenário A2 ‐ Ano ‐ 2050
Área de baixo risco
17,15%
irrigação necessária
Prejuízo em bilhões
R$ 1,6
baixo risco climático
irrigação recomendada
risco de geadas
risco de temp. elevadas
alto risco climático
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
Cultura: Café Arábica
Cenário A2 ‐ Ano ‐ 2070
Área de baixo risco
33,01%
irrigação necessária
Prejuízo em bilhões
R$ 3
baixo risco climático
irrigação recomendada
risco de geadas
risco de temp. elevadas
alto risco climático
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
CONSEQUÊNCIAS PARA A CANA DE AÇÚCAR
CONSEQUÊNCIAS PARA A CANA‐DE‐AÇÚCAR
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
CANA‐DE‐AÇÚCAR
Brasil ampliou sua produção principalmente em razão da demanda por
álcool no mercado interno e externo
São Paulo é o maior produtor
Possui ciclo anual
Temperatura ideal: entre 22 e 30⁰C
Acima de 38⁰C o crescimento é nulo
Menos de 20⁰C há problemas de restrição térmica
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
Cultura: Cana
Cenário A2 ‐ Ano ‐ 2010
baixo risco climático
risco de temperatura baixa
risco excesso hídrico
baixo risco com irrigação
de manutenção
baixo risco com forte
irrigação de manutenção
alto risco climático
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
Cultura: Cana
Cenário A2 ‐ Ano ‐ 2020
Área de baixo risco
159,76%
baixo risco climático
risco de temperatura baixa
Ganho em bilhões
R$ 27
risco excesso hídrico
baixo risco com irrigação
de manutenção
baixo risco com forte
irrigação de manutenção
alto risco climático
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
Cultura: Cana
Cenário A2 ‐ Ano ‐ 2050
Área de baixo risco
138,58%
baixo risco climático
risco de temperatura baixa
Ganho em bilhões
R$ 23,5
risco excesso hídrico
baixo risco com irrigação
de manutenção
baixo risco com forte
irrigação de manutenção
alto risco climático
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
VARIATION IN PRODUCTION VALUE IN SCENARIO A2,
COMPARED TO CURRENT IBGE
VALUES FOR 2006.
Ratio real/U$ = 0,4
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A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
General situation – trends 2070
2020
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
MITIGAÇÃO E ADAPTAÇÃO
MITIGAÇÃO
ABERTURA DE SEÇÃO
AÇÕES DE MITIGAÇÃO E ADAPTAÇÃO
AÇÕES DE MITIGAÇÃO
Como podemos amenizar os efeitos do aquecimento?
Controle e redução do desmatamento
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AÇÕES DE MITIGAÇÃO
Número
de focos
0
5
10
15
20
50
100
200
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AÇÕES DE MITIGAÇÃO
Incentivo ao sistema de plantio direto
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AÇÕES DE MITIGAÇÃO
Adoção de sistemas agroflorestais ou agrosilvopastoris
Sistema Agrossilvipastoril
Terceiro ao décimo ano
Segundo ano
Terceiro Ano
Ótima opção para parte da fazenda
Eucalipto ‐ Pastagem ‐ Animal
Eucalipto + soja
Pastagem
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AÇÕES DE MITIGAÇÃO
Integração da lavoura e pecuária
Redução da abertura de novas áreas
Aumento da lotação das pastagens
Aumento da produção animal por área
Melhoria nos índices zootécnicos do rebanho nacional
Redução das emissões de GEG
Maior eficiência no sequestro de carbono AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
AÇÕES DE ADAPTAÇÃO
Arborização nos cafezais
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
AÇÕES DE ADAPTAÇÃO
Expressão de gene tolerante à seca na soja
P58 (BR‐16 com gene)
2.5% Umidade do solo
P58 (BR‐16 sem gene)
2.5% Umidade do solo
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Novembro 2008
AÇÕES DE ADAPTAÇÃO
Novembro 2070
Cultivares novos com estratégia de
Cultivares com ciclo de 110 dias.
biotec. Consumo de água reduzido
Novembro de 2070.
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2008
em 20%. Novembreo de 2070
AÇÕES DE ADAPTAÇÃO
Primeira aproximação, Custos da adaptação com melhoramento
Annual cost for breeding adaptation
PRECIS RCM A2 ‐ 2020
400.000.000,00
Cost/Year
350.000.000,00
Estimated U$
300.000.000,00
Arroz
17,000,000.00
Algodão
19,000,000.00
Café
52,000,000.00
Feijão
13.500,000.00
Soja
185.500.000.00
Milho
140,000.000.00
Arroz
250.000.000,00
R$/Ano
Crop
Algodão
Café
200.000.000,00
Feijão
Soja
150.000.000,00
Milho
100.000.000,00
50.000.000,00
0,00
2020
Total 450 milhões U$/year
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AÇÕES DE ADAPTAÇÃO
Ações efetivas de adaptação
• Desenvolvimento de cultivares de soja e feijão tolerantes a deficiência hídrica (EMBRAPA e IAPAR
• Desenvolvimento de variedades de café tolerantes a altas temperaturas(FUNCAFÉ, PROCAFÉ,IAC)
• Desenvolvimento de variedades de nectarina tolerantes a altas temperaturas(IAC)
• Desenvolvimento de variedades de Maçã tolerantes a altas temperaturas (EPAGRI)
• Estudos de regionalização de produtos face ao aumento de temperatura e deficiência hídrica(EPAGRI, EMBRAPA –Hortaliças)
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AÇÕES DE ADAPTAÇÃO
Propostas para o Futuro-Pesquisa e
Desenvolvimento – Sub rede agricultura MCT
1. Quantificação de emissão e medidas de redução de emissões de
gases de efeito estufa nos pelos sistemas agro/florestais.
2. Análise de tendência da temperatura e precipitação e probabilidade de
ocorrência de estiagens, ondas de calor e eventos extremos.
3. Modelagem de Sistemas Agro/Florestais
4. Modelagem do Desenvolvimento de Pragas e Doenças
5. Modelagem de balanço hidrológico e impactos nos recursos hídricos
6. Adaptação de novos sistemas de cultivo aos cenários futuros previstos
7. Balanço de carbono e medidas para aumento de acúmulo nos
diversos sistemas agro/florestais.
8. Segurança alimentar e análise de impacto e sustentabilidade
ambiental, social e econômica dos sistemas produtivos
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AÇÕES DE ADAPTAÇÃO
9. Fontes e sistemas alternativos de energia e biocombustíveis
10.Sistemas madeireiros de baixo impacto, aproveitamento da
megabiodiversidade e de produtos não-madeireiros.
11.Redução de emissões no processamentos de produtos (pós-colheita) e
resíduos dos sistemas produtivos agro/florestais e geração de energia
a partir dos resíduos.
12.Estudos básicos de biologia molecular e fisiologia vegetal relacionados
a adaptação de espécies a temperaturas mais elevadas e estresses
hídricos e maior eficiência fotossintética (incluindo respiração).
13.Desenvolvimento de cultivares de espécies de interesse econômico
adaptadas a temperaturas mais elevadas e uso reduzido de água
14.Estudos básicos de fertilização por CO2.
15.Priorizar os estudos de fertilizantes alternativos
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A VERDADEIRA EXPRESSÃO DA ADAPTAÇÃO
Muito obrigado.
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www.agritempo.gov.br
www.climaeagricultura.org.br
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