moscas - Universo de Cursos

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03/03/2016
MOSCAS
Parte 1
Prof.ª M.V. Thalita Fer nanda Araújo
ORDEM DIPTERA, MOSCAS
 Um par de asas funcionais
 Outro par funciona como órgão de equilíbrio
 Metamorfose completa
 Três grandes grupos:
 Subordem Nematocera: Mosquitos e pernilongos
 Subordem Brachycera: Mutucas e butucas
 Subordem Cyclorrhapha: moscas das carcaças,
moscas varejeiras, moscas de berne, moscas tsé-tsé e
moscas hipoboscídeas.
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Subordem Nematocera
 Pequenos e delicados.
 Antenas longas e segmentadas.
 Geralmente se reproduzem em habitats aquáticos ou
semiaquáticos.
 Larvas são providas de apêndices próprios para nadar,
respirar e forragear na água.
 Apenas as fêmeas são hematófagas.
 Machos se alimentam de néctar e sucos de plantas.
Família Culicidae, pernilongos
 Fêmeas são hematófagas, pois no sangue há a proteína
da qual é necessária à maturação dos ovários.
 A alimentação tem intervalo de poucos dias e cada
refeição é utilizada para formar a próxima desova. O que
torna as fêmeas excelentes vetores da doença.
 Em algumas espécies os ovários podem madurarem
sem necessidade do sangue.
 Certas espécies se alimentam de plantas e por isso não
tem interesse no nosso estudo.
 Principais hospedeiros (vítimas) são mamíferos e aves.
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MORFOLOGIA
PROBÓSCIDE DESENVOLVIDA
CABEÇA
TÓRAX
ANTENA
ASA
ABDOMÊN
PERNAS
LONGAS
Ciclo Biológico
2 dias a 1 semana
Menos de uma semana
2 semanas
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Ciclo Biológico
 Adultos depositam seus ovos na água ou em lugares secos
que tendem a serem inundados. Ovos eclodem em menos
de uma semana.
 As larvas respiram o ar na superfície da água.
 As larvas sofrem 4 mudas, geralmente no espaço de 2
semanas e atingem o estágio de pupa.
 Adultos emergem através de um fenda em forma de T no
dorso da pele da última larva.
 O estágio pupal dura normalmente 2 dias a uma semana,
mas poucas horas são suficientes para algumas espécies.
 Passadas 24 horas após a emersão, as asas já se
expandiram e endureceram e o adulto pode voar.
Transmissão de Doenças
 VETOR: animal, com frequência um artrópode, que transmite
um organismo infectante de um hospedeiro para o outro.
 FÔMITE: objeto inanimado que age transmitindo infecções.
 VETOR MECÂNICO: transmite organismos infectantes
diretamente e rapidamente para um hospedeiro receptor sem
que tenha ocorrido nenhum desenvolvimento ou multiplicação
do organismo.
 VETOR BIOLÓGICO: é aquele em que o organismo infectante
sofreu algum desenvolvimento e/ou se multiplicou antes de ser
transmitido para o hospedeiro receptor.
 HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: organismos causadores de
doenças que se reproduzem sexualmente ou assexuadamente
e hospedem estágios em desenvolvimento.
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Gêneros
 Culex, Aedes, Anopheles e outros gêneros são vetores
biológicos (Hospedeiro intermediário) de:
 Vermes filarídeos como Dilofilaria immitis (Verme do coração
em cães).
 Filariose humana, filarídeo Wuchereria bancrofti. (Elefantíase)
 Malária em Aves, protozoário Plasmodium.
 Vírus da encefalomielite equina (Vírus do Oeste do Nilo).
 Vírus Mixomatose dos coelhos
 Febre amarela, dengue ......
 Cuidado com surtos!!!
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Aedes spp.
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Família Simullidae, borrachudos
 São mosquitos pequenos, corpo robusto, pretos, cinzentos,
ou de cor castanho-amarelado.
 Se reproduzem apenas em águas correntes.
 Os ovos são depositados na superfície da água ou em
objetos parcialmente submersos.
 As Larvas eclodem, agarram-se nas pedras e se alimentam
de matéria orgânica.
 Quando estão prontas para pupar, as larvas produzem
casulos sedosos que as seguram no substrato.
 Os adultos que emergem desses pupários são carregados
até à superfície numa bolha de ar e saem voando à procura
de sangue.
Revoadas acontecem
durante o dia.
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Transmissão de doenças
 Fêmea é uma picadora terrível.
 Partes bucais são em forma de estiletes achatados que
dilacera os tecidos até que forme uma pocinha de
sangue para se alimentar.
 Pode ocorrer uma severa reação ao hospedeiro.
Principais espécies
 Simulium aureum
 Simulium vittatum
 Simulium jenningsi
 Simulium pictipes
CONTROLE
Pode ser feito através de fumaça.
Gado mantido no estábulo até o pôr do sol.
Aplicação de gel de petróleo nas orelhas
dos cavalos.
 Podem transmitir:
 Leucocitozoonose – acomete aves, causada por um
protozoário.
 HI do filarídeo Onchocerca gutturosa – inócuo a bovinos.
 Vetores Oncocercose humana
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Família Ceratopogonidae,
maruins, “mosquito pólvora”
 Mosquitos pequenos (2mm), desprovidos de pelos.
 Algumas espécies requerem habitats de água doce e
outras de água salgada.
 Alguns se reproduzem em cavidades cheio de águas em
árvores, outros em vegetação em decomposição...
 Adultos são crepusculares e noturnos.
 Principais gêneros são Culicoides e Leptoconops.
Ciclo Biológico
Ovos: Período de incubação é de 2 a 7 dias dependendo das
condições do ambiente. Fêmeas fazem postura em pedras e
paus.
Larvas: Desenvolve-se em meio aquático e semi-aquático.
Habitat ideal é o mangue. Se alimentam de microorganismos.
Possui seis estágios larvais.
Adultos: São encontrados em mangues, zonas de maré, voam
pouco. Fêmeas sugam a hemolinfa de outros insetos e do
próprio macho após a cópula. As fêmeas são hematófogas e
atacam vorazmente o homem.
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Transmissão de doenças
 A picada é semelhante ao fósforo abceso no braço, faz
formações bolhosas na pele levando a infecções.
 Causa dermatite em equinos com perda da pele.
 A picada produz lesões eczematosas urticarianas.
 Transmite filarias e vírus da língua azul para ovinos e
bovinos.
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Família Psychodidae,
“mosquito palha”, birigui
 Mosquitos pequenos, sem brilho, delicados com longas
antenas.
 Gênero Phlebotomus (Encontrado na Europa).
 Gênero Lutzomyia (Encontrado nas Américas).
Ciclo Biológico
Ovos: Depositados em ambiente aquático ou semiaquático.
Larvas: Quatro estágios larvais. O desenvolvimento ocorre
na água, em matérias vegetal em decomposição, nos
buracos de árvores cheios de folhas apodrecidas e em
excrementos. Se dá em 30 dias e depois de quatro mudas
de pele forma a pupa.
Pupa: A fase transcorre em 10 a 15 dias.
Adulto: Pequenos. Habitam florestas
próximas as matas. Duram 27 dias.
e habitações
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Transmissão de doenças
 Hospedeiro intermediário da Leishmaniose em humanos
e cães.
 Transmitem também muitos vírus, dentre eles o da
estomatite vesicular , doença séria em bovinos, cavalos
e suínos.
Subordem Brachycera
Família Tabanidae, mutucas e butucas
 Moscas de corpo grande, podendo ser do tamanho de
uma mosca doméstica ou tão grandes como beija-flores.
 Antenas grossas projetadas para frente.
 Fêmeas precisam de sangue para maturação de seus
ovos, porém se alimentam de seiva, néctar, fezes de
afídeos, como os machos.
 Tende a concentrar-se ao longo dos rios.
 Mamíferos, aves, répteis são seus hospedeiros.
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Ciclo Biológico
Ovos: São cuidadosamente grudados em aglomerados de
400 a 1000 na folhagem suspensa em cima da água.
Larvas: Eclodem em uma semana aproximadamente,
dependendo das condições favoráveis, Larvas de primeiro
e segundo estágio não se alimentam, mas a partir do
terceiro estágio são agressivamente carnívoras ou
saprófagas. No inverno podem hibernar até a próxima
primavera se enterrando na terra ou em vegetação morta.
Há então uma geração por ano. Podem durar até três anos.
Pupa: fase pode durar entre seis e doze dias.
Adulto: Ocorre no final do verão. As mutucas adultas são
boas voadoras e partem imediatamente à procura de
alimento e de um parceiro.
Transmissão de doenças
 As lesões causadas por essas moscas são muito
dolorosas além de causarem grandes eczemas e
infecções secundárias.
 Animais perdem tempo e energia ao ficarem se
esquivando dos ataques com isso não pastam e
consequentemente diminuem a produção.
 Ficam sugando até se saciarem.
 Atacam durante o dia.
 A melhor prevenção seria manter os animais
estabulados até diminuir a atividade das moscas.
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Transmissão de doenças
 Como a picada é muito dolorosa e os hospedeiros
tendem a espantar as moscas antes de terminarem sua
refeição, aumenta a eficiência enquanto vetor de
doenças.
 Anaplasmose
 Antrax
 Tulameria
 Vírus da anemia infecciosa equina
 Tripanosomose ...
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Subordem Cyclorrhapha
 Auge da evolução dos dípteros
 No lugar do habitat aquático, preferem reproduzir em
plantas, tecidos em decomposição, esterco...
 Antena (3 segmentos)
 Olhos grandes (macho juntos, fêmeas separados)
 Pupário com fenda
 Larvas com espiráculo
 Peças bucais: rígidas
lambedoras/ atrofiada
e
pungitivas
/dilatadas
e
Importância
 Polinizadoras
 Decompositoras
 Fonte de alimento
 Predadoras de larvas
 Sinantrópicas (habitações humanas e seus arredores)
 Deambulação (sem rumo definido)
 Hematofagia
 Veiculação de patógenos
 Miíases (parasitismo por larvas de mosca)
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IMPORTÂNCIA
Polinizadoras
Decompositoras
Fonte de alimento
Predadoras de larvas
Sinantrópicas
Deambulação
Hematofagia
Veiculação de patógenos
Miíases
62 famílias
Muscidae, Calliphoridae, Cuterebridae
MORFOLOGIA
Olho Cabeça
Arista
Antena
Asa
Tórax
Abdômen
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CICLO BIOLÓGICO GERAL
HOLOMETÁBOLO
FAMÍLIA MUSCIDAE
 Gênero Musca é formado por 26 espécies
 Musca domestica, Musca autumnalis, Musca vetustissima
 6-9 mm
 Tórax cinza amarelado
 4 listras
 Abdômen amarelado
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BIOLOGIA
 Postura na matéria orgânica: lixo, fezes frescas, material
orgânico em decomposição.
 Fêmeas bota 2000 ovos numa vida que dura de 6-8 semanas.
 Lambedoras
 Leite, seiva, frutas em decomposição, fezes, sangue.....
 24 h eclode larva = L1, L2 e L3 (5 a 8 dias)
 Pupa = (4 a 6 dias )
 Adulto sai do pupário (30 dias)
 Boas voadoras (3Km/dia)
IMPORTÂNCIA
 Regurgitação alimentar (saliva)
 Veiculação de patógenos nas patas
 HI (Habronema, Raillietina)
Controle




Inseticida = resistência
Erradicação = impossível
Controle = manejo do lixo (cinco dias)
Tela, cartões, ventiladores, eletrocussão
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FAMÍLIA MUSCIDAE
 Stomoxys calcitrans
 Mosca do estábulo
 17 espécies
 2ª mais importante
 Probóscide rígida = hematófaga
 Arista com certas dorsais
 Abdômen com três manchas dorsais
 Frequenta parede, moirões, fios
BIOLOGIA
 Hematófagas
 Postura em fezes de equinos e bovinos
 Cama de galinheiro, silagem, bagaço
 Ovos (800)
 4 dias L1 - L2 - L3 (20 dias)
 Pupa (20 dias) - adulto (60 dias)
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IMPORTÂNCIA
 HI (Sertaria, Habronema)
 Transmite Trypanosoma evansi
 Bacillus anthracis
 Hematofagia dolorosa
 Enxame = inquietação, emagrece
 Ataca homem pela roupa
Controle
 Limpeza dos estábulos, currais
 Aplicação de inseticida no animal não funciona
 Aplicar em cerca, fios, muros
FAMÍLIA MUSCIDAE
 Haematobia irritans
 Mosca do chifre
 Hematófaga = 10 a 20 minutos
 Alta infestação suga em todo corpo
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BIOLOGIA
 Pousam de cabeça para baixo
 Asas 60º
 Hematófagas
 Permanece dia e noite no animal
 Postura em fezes de bovinos recém eliminadas
 Ovos até adulto = 10 dias
IMPORTÂNCIA
 Picam 40 vezes ao dia
 Inquietação = menos alimento
 Infecções secundárias = desvaloriza couro
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CONTROLE
 Difícil = criadouro fezes frescas
 EMBRAPA
 Gado de corte.
 Besouro coprófago (Onthophagus gazella)
 Inseticida = resistência
 Estação de chuva:
Introdução do besouro e tratamento com
inseticidas. Seca não fazer protocolo.
 Gado de Leite
 A ingestão contínua do alho, ao nível de 5% na mistura mineral,
produz efeitos repelentes reduzindo significativamente o estresse
causado pelas picadas das moscas.
FAMÍLIA MUSCIDAE
 Glossina spp.
 Mosca tsé-tsé
 Encontrada na África
 Cada antena tem um arista plumosa
 Até 1 cm de comprimento
 Coloração âmbar
 Abdômen (na parte de trás) listrado
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BIOLOGIA
 Fêmea só carrega uma larva por vez
 O desenvolvimento completa-se no abdômen da mãe,
três estágios larvais, e se alimentam de fluidos
secretados por glândulas uterinas especiais.
 Período larval – 1 a 4 semanas, tendo a mãe que
realizar várias refeições de sangue a intervalos
regulares.
 Após o período a mãe expulsa a larva do abdômen e
essa se enterra no solo para o desenvolvimento pupal.
 Dentro da pupa ainda ocorre um quarto estágio larval até
a metamorfose em adulto.
IMPORTÂNCIA
 Vetor Biológico de várias tripanosomíases humanas e
doenças relacionadas a animais.
Controle
 Existe um projeto de erradicação dessa mosca no continente
africano visando o bem estar da população humana, quanto da
população da vida selvagem.
 Soltura de animais estéreis.
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FAMÍLIA HIPPOBOSCIDAE
 Hipoboscídeo
 Mosca achatadas dorso-ventralmente, às vezes sem asas.
 Partes bucais perfurantes
 Gênero Hippobosca - asas
 Gênero Melophagus – sem asas
 Gênero Lipoptena – asas por um tempo
 Ataque desagradável
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BIOLOGIA
 O desenvolvimento completa-se no abdômen da mãe,
três estágios larvais, e se alimentam de fluidos
secretados por glândulas uterinas especiais. Até estar
prontos para pupar.
 Período larval – 1 semana ou semanas.
 E larvas podem pupar poucas horas até a emersão do
adulto.
 Pupas ficam no pelo do hospedeiro.
IMPORTÂNCIA
 M. ovinus é hospedeiro de Trypanossoma melophagium, que
transmite ao carneiro.
 T. theilei aos bovinos.
 Os agente infectantes são mais ofensivos aos insetos do que
aos hospedeiros.
Controle
 Banhos de imersão ou spray fornecem excelente controle.
 Tosa.
 Controle nas baias de Cavalos – insetos erram de
hospedeiro.
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