A Parede Celular em Bactérias Tem como função: -Manter as formas características das células -Protecção contra alterações de pressão osmótica -Fornecer uma plataforma rígida para ligação dos apêndices superficiais AJCristóvão, Departamento Zoologia Universidade Coimbra 2003 Composição e estrutura da parede celular Composta por uma macromolécula chamada peptidoglicano, também designada por mureína. AJCristóvão, Departamento Zoologia Universidade Coimbra 2003 Peptidoglicano consiste em: 1. Um esqueleto polissacarídeo A. ácido N-acetile muramico (Mur) B. N-acetile glucosamina (Gln) 2. Cadeias peptídicas laterais contendo A. aminoácidos D- e LB. ácido diaminopimelico (em alguns casos) C. As cadeias laterais formam pontes cruzadas, que podem variar entre espécies. AJCristóvão, Departamento Zoologia Universidade Coimbra 2003 AJCristóvão, Departamento Zoologia Universidade Coimbra 2003 Envelope celular Gram + ácido lipoteóico r Peptidoglicano- ácido teóico r r r r r r r r r Membrana Citoplasmática Membrana Externa Citoplasma Envelope celular GramLipopolissacarídeo Porina Lipoproteína castanha Peptidoglicano r Membrana (citoplasmática) interna Citoplasma AJCristóvão, Departamento Zoologia Universidade Coimbra 2003 As diferentes características da parede celular permite formar 2 grandes Grupos Gram positivas e Gram negativas A coloração de Gram é baseada em características que reflectem as diferenças estruturais entre os 2 grupos. AJCristóvão, Departamento Zoologia Universidade Coimbra 2003 Características das Bactérias Gram-Positivas e Gram-Negativas I Caracteristicas Gram-Positiva Gram-Negativa Reacção ao teste Retem cristais Gram violeta e fica púrpura-violeta Pde ser descorada e recorada com safranina Canada de peptidoglicano Grossa (multicamada) fina (camada única) Ácidos teóicos Presente em muitas Ausente Espaço periplásmico Ausente Presente Membrana externa Ausente Presente Lipopolissacaride Virtualmente o nenhum Alta Conteúdo lipidico Baixo e de lipoproteínas Alta (devido à presença de uma membrana externa) AJCristóvão, Departamento Zoologia Universidade Coimbra 2003 Características das Bactérias Gram-Positivas e Gram-Negativas II Caracteristicas Gram-Positiva Gram-Negativa Estrutura 2 anéis no corpo flagelar basal Exotoxinas Toxinas promárias produzidas Resistência física Alta à ruptura 4 anéis no corpo basal Endotoxinas primárias Baixa Inhibição por corantes básicos Alta Baixa Susceptibilidade a detergentes anionicos Alta Baixa Resistência à azida de sódio Alta Baixa Resistência à secagem Alta Baixa AJCristóvão, Departamento Zoologia Universidade Coimbra 2003 Tipos de Parede Celular (Gram) COLORAÇÃO DE GRAM (POSITIVO E NEGATIVO) AJCristóvão, Departamento Zoologia Universidade Coimbra 2003 Coloração de Gram • Objectivo – Ver morfologia celular – De diagnóstico: Que tipo de parede é que uma bactéria possui – Classificação: O tipo de parede permite separar as células em 2 grandes grupos AJCristóvão, Departamento Zoologia Universidade Coimbra 2003 Reagentes para Coloração de Gram • Cristal Violeta (violeta) – Coloração primária; coloração positiva – A parede celular cora de violeta • Iodo de Gram – Mordante – Combina-se com os CV para formar um complexo insolúvel que fica aprisionado nas camadas de peptidoglicano mais grossas • Etanol/cetona – Descolorante – Os complexos CV-I são lavados para for a das células Gram-, porque as camadas de peptidoglicano não são suficientemente espessas para osreter; atravessam a membrana externa • Safranina (pink) – Cora todas as célula mas somente as Gramsão visualizadas, nas outras sobrepõem-se o violeta. AJCristóvão, Departamento Zoologia Universidade Coimbra 2003 Colocar uma gota de água na lamina e espalhar com ansa um pouco de células Colocar uma gota de corante e após o tempo necessário escorrer Secar ao ar 100x lamina Óleo Colocar uma gota de óleo de imersão e observar ao microscópio ampliação 100x Fixar à chama (NÃO QUEIMAR OS DEDOS) AJCristóvão, Departamento Zoologia Universidade Coimbra 2003 Adaptado de BROCK PASSO 1 Após secar e fixar com calor, colocar no reagente cristal violeta 1 min TODAS as células ficam violetas Após lavar com um pouco de água, colocar com iodo de Gram 1 min PASSO 2 TODAS as células continuam violetas PASSO 3 Após lavar com um pouco de água, colocar com etanol/acetona 30 s Células Gram+ violetas, restantes incolores PASSO 4 GRAM- AJCristóvão, Departamento Zoologia Universidade Coimbra 2003 Após lavar com um pouco de água, colocar em safranina, 1 min Após lavar com um pouco de água, e secar com um papel de filtro, GRAM+ as células Gram+ ficam violetas e as Gramficam vermelho a rosado Adaptado de BROCK Exemplos de Colorações Gram Gram+ AJCristóvão, Departamento Zoologia Universidade Coimbra 2003 Gram- Endósporos • Géneros que formam endósporos – Bacillus – Clostridium • É um mecanismo de sobrevivência, não é para reprodução (só se formam quando o ambiente se torna demasiado agressivo para viver) • Estas estruturas estão dormentes e podem sobreviver eternamente, porque são extremamente difíceis de destruir AJCristóvão, Departamento Zoologia Universidade Coimbra 2003 Formação de um Endósporo AJCristóvão, Departamento Zoologia Universidade Coimbra 2003 Coloração de Endósporos • Interesse: – Para diagnosticar algumas doenças – Algumas doenças são causadas por endósporos – Como são praticamente indestrutíveis algumas doenças, as bactérias que os formam podem ser particularmente patogénicas e por isso perigosas, por ex o Clostridium botulinum, que causa o botulismo. AJCristóvão, Departamento Zoologia Universidade Coimbra 2003 Reagentes a usar • Verde Malaquite (verde) – O aquecimento ajuda a passar a parede do endósporo – Só se cora o esporo e não a parede celular • Safranina (vermelho/rosa) – Agente contrastante – Não cora o endósporo – Fornece contraste para o esporo. Procedimento 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Fazer um esfregaço Colocar num suporte com água a ferver por baixo Corar com malaquite 5% 5 min (sobre água a ferver) Lavar com água Corar com safranina 30s Lavar com água Observar ao microscópio (Objectiva de imersão) AJCristóvão, Departamento Zoologia Universidade Coimbra 2003 Exemplo de endósporo corado AJCristóvão, Departamento Zoologia Universidade Coimbra 2003