no âmbito do perfil nacional em ciências do mar

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AS CIÊNCIAS DO MAR
Conferência “POLÍTICAS PÚBLICAS DO MAR –
Por um Novo Conceito Estratégico Nacional”
Maria José Costa1, Emanuel Gonçalves2
1Centro
de Oceanografia, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, [email protected]
2Unidade
de Investigação em Eco-Etologia, ISPA – Instituto Universitário, [email protected]
23 Novembro 2010
BIBLIOGRAFIA
GPEARI (2009a). Produção Científica Portuguesa, 1990 - 2008: Séries Estatísticas. Direcção
de Serviços de Informação Estatística em Ciência e Tecnologia. Gabinete de Planeamento,
Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais. Ministério da Ciência, Tecnologia e
Ensino Superior.
GPEARI (2009b). IPCTN08: Resultados Provisórios. [Novembro de 2009]. Direcção de
Serviços de Informação Estatística em Ciência e Tecnologia. Gabinete de Planeamento,
Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais. Ministério da Ciência, Tecnologia e
Ensino Superior.
GPEARI (2009c). Dotações Orçamentais para C&T e I&D 2009 [versão corrigida]. Direcção
de Serviços de Informação Estatística em Ciência e Tecnologia. Gabinete de Planeamento,
Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais. Ministério da Ciência, Tecnologia e
Ensino Superior.
GPEARI (2010). Produção Científica Nacional. Direcção de Serviços de Informação
Estatística em Ciência e Tecnologia. Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e
Relações Internacionais. Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
JNICT (1990). Perfil Nacional em Ciências do Mar - Nível II Portugal. Junta Nacional de
Investigação Científica e Tecnológica, Lisboa.
FCT (2010). Global Report (Ed. C.E. Sunkel). Research Units Evaluation 2007. FCT, Lisboa.
Portugal:
Universidades. Lab.
Estado, Unidades
I&D, Autarquias,
Ministérios, ONGs
Reino Unido
Alemanha
Espanha
Itália
Suécia
Dinamarca
Holanda
França
EUA
Cabo
Verde
México
Quénia
Tanzânia
Argentina
Chile
Angola
Austrália
Moçambique
Brasil África do Sul
ALGUNS MARCOS IMPORTANTES:
1898
D. Carlos (no 4º
centenário da partida
de Vasco da Gama
para a Índia),
inaugura o Aquário
Vasco da Gama.
1987
Programa Mobilizador
das Ciências e
Tecnologias do Mar
(JNICT);
Ciências e Tecnologias
do Mar surgiram
como área de
referência.
1998
Ano Internacional dos
Oceanos e a Exposição
Mundial de Lisboa (Expo 98),
“O oceano, um património
para o futuro”;
Comissão Oceanográfica
Intersectorial;
Programa Dinamizador das
Ciências e Tecnologias do
Mar (PDCTM);
Comissão Interministerial
para a Delimitação da
Plataforma Continental;
Criação da Equipa de Missão
(Conselho de ministros
88/98,89/98 e 90/98).
1972
“N.R.P.
Almeida
Carvalho”
Instituto
Hidrográfico
(IH)
1977/1978
1992
Navio
“Mestre
Navio
Costeiro
Capricórnio
Instituto de
INIP
Investigação
das Pescas
e do Mar
(IPIMAR)
1995
Navio
“Arquipélago”
Departamento
de
Oceanografia
e Pescas
(DOP) da
Universidade
dos Açores
1997
“N.R.P. D.
Carlos I” do
IH, foi
adaptado às
funções de
navio
oceanográfico
2004 actual
configuração
• 2007 - O navio do IH “N.R.P. Almirante Gago Coutinho é reequipado para missões
oceanográficas. 2008 - é equipado com um ROV com capacidade para atingir os
6.000 m de profundidade. A estes junta-se uma vasta frota de outros navios e veículos
subaquáticos estrangeiros com os quais diversos cientistas nacionais têm colaborado
nos últimos anos.
NO ÂMBITO DO PERFIL NACIONAL EM CIÊNCIAS DO MAR
(JNICT, 1990)
• 50% dos projectos apresentaram uma componente de investigação
aplicada e 25% uma componente de desenvolvimento experimental,
sendo 10% de investigação fundamental e os restantes 15% de outras
actividades científicas e técnicas
• As equipas de investigação apresentavam um tamanho muito reduzido,
com uma média de 2,5 investigadores por projecto e cerca de 2/3 dos
projectos desenvolviam-se apenas na unidade de investigação promotora
(sem parcerias)
• O financiamento proveniente de empresas ou do estrangeiro era residual
(geologia marinha, engenharia química, electrónica)
• A percentagem de doutorados era de apenas 14%, com 8% dos
investigadores com o grau de mestre, 73% licenciados e 5% bacharéis
FRAQUEZAS DETECTADAS A NÍVEL NACIONAL
(1990)
• Insuficiência de conhecimento do meio marinho e recursos;
• Carência de recursos humanos e desequilíbrio nas diferentes áreas
de conhecimento;
• Fragmentação ou dispersão do esforço de investigação por
inúmeras instituições, muitas vezes sem massa crítica ou metas
claras para a investigação aplicada;
• Insuficiência de infra-estruturas e meios e a fraca partilha das
existentes;
• Reduzido envolvimento em planos internacionais.
Nº DE DOUTORES: ÁREA DO MAR
500
458
450
400
336
350
300
235
250
200
150
112
100
50
0
1996
1999
2003
2007
OBJECTIVOS DO PDCTM (2006):
• Reforçar o conhecimento do meio marinho e da prospecção de novos
recursos (vivos, minerais e energéticos)
• Fomentar o aproveitamento das potencialidades e recursos do mar no
contexto da UE através da modernização das indústrias marinhas e do
desenvolvimento de novas tecnologias
• Acelerar de forma decisiva a formação de recursos humanos nas áreas
científicas e técnicas em C&TM
• Reforçar infra-estruturas e meios pesados e serviços comuns de apoio,
incluindo sistemas de dados e de detecção remota
• Contribuir para uma política nacional de investigação do Oceano e
mecanismos de acção concertada das instituições das C&TM
• Intensificar a colaboração institucional quer a nível bilateral, quer no
âmbito das grandes organizações internacionais
ALTERAÇÕES AOS LABORATÓRIOS DE ESTADO COM
IMPLICAÇÕES NA ÁREA DAS CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS DO
MAR:
Extinção do INETI
Criação do INRB
Criação do consórcio RISCOS
Criação do consórcio OCEANOS, constituído por 11
parceiros, incluindo:
•
•
•
•
5
1
4
1
Laboratórios de Estado
Laboratório Associado
Universidades
Rede de Investigação e Desenvolvimento
REPRESENTAÇÃO
Dinâmica dos
Oceanos e
Clima
ESQUEMÁTICA DA INVESTIGAÇÃO PROPOSTA PARA O
CONSÓRCIO OCEANOS
Dinâmica do
Leito do Mar
Bioquímica
Marinha
Funcionamento
e Dinâmica de
Ecossistemas
Oceanografia Operacional
Gestão de Dados
Tecnologias Marinhas e Infraestruturas
Gestão dos
Recursos
Marinhos e
Planeamento
Espacial
Centro de Ambiente e Tecnologia Marítimos
(MARETEC)
Ramiro Neves
Nº de Doutorados: 9
Centro de Investigação Marinha e
Ambiental (CIMA)
Tomasz Boski
Nº de Doutorados: 30
Centro de Oceanografia (CO)
Faculdade de Ciências da Universidade de
Lisboa (FCUL)
Maria José Costa
Nº de Doutorados: 46
Centro Interdisciplinar de Coimbra,
Universidade de Coimbra (IMAR)
João Carlos
Marques
Nº de Doutorados: 80
Unidade de Investigação em Eco-Etologia
ISPA – Instituto Universitário
Victor
Almada
Nº de Doutorados: 18
Centro de Estudos do Ambiente e do
Mar, LA (CESAM)
Casimiro Pio
Nº de Doutorados: 141
CIMAR LA – Centro de Investigação Marinha e Ambiental, LA;
CIIMAR – Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e
Ambiental/CCMAR – Centro de Ciências do Mar
João
Coimbra
Nº de Doutorados: 202
LA – Instituto de Sistemas e Robótica (ISR-Lisboa)
Departamento de Oceanografia e Pescas da
Universidade dos Açores (DOP)
Ricardo
Serrão
Santos
Nº de Doutorados: 24
IPIMAR do Instituto Nacional dos
Recursos Biológicos, IP (INRB)
Carlos Costa
Monteiro
Nº de Doutorados: 9
Instituto Hidrográfico (IH)
Agostinho
Ramos da
Silva
Nº de Doutorados: 4
Nome/Centros Associados
Responsável
Nº total de
investigadores
/(Nº de
Doutorados)
Nº de
Publicações
Citadas no
ISI (20052009)
Nº artigos
internacionais
em 2009 em
revistas „peerreview‟
Projectos
investigação /
(intervenção)
(2005-2009)
Financiamento (EUR)
projectos de
investigação/
(intervenção) (20052009)
UNIDADES DE I&D
MARETEC
Ramiro Neves
32 (9)
27
10
11 (9)
2.000.000
(1.200.000)
CIMA
Tomaz Boski
104 (30)
207
48
84 (8)
3.227.828 (633.222)
Centro de Oceanografia
Maria José
Costa
120 (46)
306
91
95 (108)
1.444.858
(2.175.392)
IMAR
João Carlos
Marques
173 (80)
442
144
40 (15)
(aprox.)
8.000.000
(2.000.000) (aprox.)
ISPA – Instituto Universitário
Vítor Almada
37 (18)
190
39
17 (7)
2.533.137 (33.550)
LABORATÓRIOS ASSOCIADOS
CESAM
Casimiro A. Pio
390 (141)
910
266
109 (20)
5.000.000 (550.000)
CIMAR LA; CIIMAR/CCMAR
João Coimbra
433 (202)
1315
326
162 (96)
10.734.000
(3.165.000)
LA – ISR-Lisboa; DOP
Ricardo Serrão
Santos
58 (24)
182
48
40 (5)
8.958.450
(1.073.273)
IPIMAR, IP (INRB)
Carlos Costa
Monteiro
(IPIMAR)
74 (64)
412
107
65/ano
(variável)
5.138.000
(7.269.000)
Agostinho
Ramos da Silva
12 (4)
24
5
30 (190)
5.500.000
(28.500.000)
LABORATÓRIOS DO ESTADO
Instituto Hidrográfico
UNIDADES I&D
LAB. ASSOCIADOS
IH
IPIMAR, IP (INRB)
LA - ISR-Lisboa; DOP
EM
CIMAR LA; LA: CIIMAR/CCMAR
DOUTORADO
CESAM
ISPA
POR
IMAR
CO
CIMA
MARETEC
Média artigos / Doutorados 2009
MÉDIA DE ARTIGOS
2009 (REVISTAS INDEXADAS)
2,50
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
LAB. ESTADO
DESAFIOS A NÍVEL NACIONAL E INTERNACIONAL
• A reestruturação do sistema científico nacional, incluindo a reestruturação
do sistema universitário;
• A implementação da Estratégia Nacional para o Mar e da Estratégia
Nacional para a Biodiversidade;
• O projecto de extensão da plataforma continental portuguesa;
• O desenvolvimento de uma política marítima europeia, com a discussão
sobre o plano de acção a ser efectuada durante a presidência portuguesa
da UE;
• A aposta num sistema científico europeu baseado em redes de excelência;
• O crescente interesse pela indústria em novas formas de exploração do
oceano;
• A aposta em formas alternativas de energia renovável e a mitigação dos
efeitos das alterações climáticas;
• As discussões a nível das Nações Unidas sobre a conservação e
exploração do mar alto;
• A implementação da Directiva-Quadro da Água em ligação com a
implementação da Estratégia Nacional para o Mar.
ÁREAS CENTRAIS
DESENVOLVIMENTO DE UMA ESTRATÉGIA
INVESTIGAÇÃO DO MAR:
PARA O
Biodiversidade
Recursos Genéticos
Biotecnologia Marinha
Oceanografia e Hidrografia
Indústria e Tecnologias Navais
Energia e Geologia
Património Cultural Subaquático
DE
CONCRETIZAR OS OBJECTIVOS
• Estabelecimento de uma rede integrada e multidisciplinar de laboratórios
de estado, laboratórios associados, unidades e centros de investigação e
empresas, que permita partilhar meios, dividir tarefas, garantir
financiamentos. Dotar esta rede de um conjunto de infra-estruturas
partilhadas necessárias para o estudo e monitorização do oceano
• Ligação entre os laboratórios, centros e institutos de investigação ao
sistema empresarial
• Um sistema de integração de dados capaz de gerar os produtos
necessários para apoio à decisão, para a implementação de um sistema
integrado de planeamento e ordenamento espacial e para o
desenvolvimento das indústrias marítimas
• O Consórcio Oceanos poderá ser um passo importante neste caminho.
De que forma este consórcio irá orientar a sua actividade, agregar
a si as entidades na área do mar e garantir os financiamentos
necessários para desenvolver os programas a que se propõe?
PRINCIPAIS DESAFIOS PARA AS CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS DO MAR
EUROPA (DECLARAÇÃO DE GALWAY, EUROCEAN 2004)
NA
• Implementação de uma abordagem ecossistémica integrada
• Compreensão dos aspectos funcionais dos complexos ecossistemas dos
oceanos
• Aposta nas energias oceânicas renováveis
• Desenvolvimento do transporte marítimo costeiro
• Desenvolvimento de um sistema de observação integrado do oceano
• Conservação da biodiversidade marinha e desenvolvimento do seu uso
• Exploração do oceano profundo e das margens continentais e avaliação
do seu potencial em recursos
• Resposta às consequências das alterações climáticas e aos seus impactos
nos ambientes e comunidades marinhas e costeiras
• Desenvolvimento de um novo paradigma de cooperação institucional no
contexto de uma Europa alargada.
ESTRATÉGIA NACIONAL PARA O MAR (ENM)
(RCM 163/2006)
“… só através de uma aposta coerente e sustentada na investigação
científica e no desenvolvimento de novas tecnologias aplicadas ao
Oceano e às zonas costeiras é possível criar uma base sólida para as
decisões de governação, numa perspectiva de desenvolvimento
sustentável e de gestão integrada.”
AGRADECIMENTOS
Os nossos agradecimentos aos colegas que colaboraram com os
inquéritos das suas instituições nomeadamente, Isabel Ambar (CO),
Tomasz Boski (CIMA), João Coimbra e Susana Moreira (CIMAR),
Henrique Queiroga e Casimiro Pio (CESAM), João Carlos Marques
(IMAR), Costa Monteiro (IPIMAR), Ramiro Neves (MARETEC),
Ricardo Santos (DOP), Ventura Soares (IH), Carlos Vale (IPIMAR).
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