3º ANO 2013 – 2014 Unidade Curricular Obrigatória Virologia ECTS: 6 Nº de aulas teóricas: 26 Nº de aulas práticas: 13 Professor Responsável: José Miguel Azevedo Pereira Outros Docentes: Quirina Santos Costa e Helena Rebelo de Andrade PROGRAMA Ensino Teórico 2.2.6. I Parte: Virologia Molecular 3. Genomas virais 3.1. Objectivos específicos: 3.1.1. Conhecer a organização genómica dos vírus 3.1.2. Compreender os mecanismos que participam na evolução dos vírus 1. Introdução à Virologia 1.1. Objectivos específicos 1.1.1. Comparar os vírus com outros agente infecciosos valorizando as propriedades que os diferenciam 1.1.2. Conhecer a evolução da Virologia como ciência independente no contexto da Microbiologia 1.2. Tópicos abordados 1.2.1. Definição de vírus 1.2.2. O s v í r u s c o m o e l e m e n t o s ubiquitários no universo biológico 1.2.3. História da Virologia 1.2.4. Os vírus como parasitas celulares obrigatórios e como agentes infecciosos. Comparação com bactérias e prions. 2. Estrutura e composição dos vírus 2.1. Objectivos específicos: 2.1.1. Conhecer e relacionar os componentes da partícula viral, valorizando as características usadas com fins taxonómicos 2.1.2. Classificar os vírus de acordo com a sua organização estrutural 2.2. Tópicos abordados: 2.2.1. Anatomia e nomenclatura da partícula viral. 2.2.2. Padrões de simetria das partículas virais. 2.2.3. Componentes da partícula viral 2.2.4. Elementos de classificação. Taxonomia viral 2.2.5. Sequenciação do genoma viral: sua utilidade na identificação, classificação e epidemiologia Identificação e caracterização de proteínas virais 3.2. Tópicos abordados: 3.2.1. Organização dos genomas virais. Diferenças em relação a outros organismos 3.2.2. Mutações 3.2.3. Taxas de mutações nos vírus com genoma do tipo DNA ou RNA 3.2.4. Recombinação e complementação genética entre agentes virais 3.2.5. Consequências das mutações e recombinações. 3.2.6. A evolução dos vírus. Teorias da origem dos vírus com base na evolução genética 3.2.7. Uso dos vírus como vectores de informação genética - aplicações práticas em terapia génica 4. Interacção vírus-célula 4.1. Objectivos específicos: 4.1.1. Conhecer as etapas do ciclo replicativo viral 4.1.2. Comparar as estratégias replicativas dos vírus RNA e DNA 4.1.3. Identificar os diferentes tipos de ciclos replicativos e as respectivas consequências para a fisiologia da célula 4.2. Tópicos abordados: 4.2.1. Entrada do vírus na célula: 4.2.2. E x p r e ssã o e r e p l i c a ç ã o d o genoma viral. 1/4 2013 – 2014 4.2.3. 4.2.4. 4.2.5. 4.2.6. 3º ANO Auto-montagem e libertação das partículas virais Tipos de ciclos replicativos Repercussões da infecção viral na fisiologia da célula. Consequências da infecção viral 5. Interacção vírus-hospedeiro 5.1. Objetivos específicos: 5.1.1. Conhecer os determinantes virais e do hospedeiro que condicionam a entrada, disseminação, localização, virulência e transmissão dos vírus 5.1.2. Compreender as estratégias dos vírus para se evadirem às defesas do hospedeiro humano e para persistirem na natureza. 5.2. Tópicos abordados 5.2.1. Vias de entrada e disseminação dos vírus no hospedeiro. 5.2.2. Tropismo viral. Consequências do tropismo viral 5.2.3. Fases da multiplicação do vírus no novo hospedeiro. Replicação primária e secundária. 5.2.4. Defesas do hospedeiro: defesas específicas e não específicas. 5.2.5. Efeitos patológicos das infecções virais 5.2.6. Padrões da infecção viral 5.2.7. Factores que determinam a persistência viral 5.2.8. Infecções latente 5.2.9. Mecanismos de oncogénese viral 6. Mecanismos de inibição da replicação viral 6.1. Objectivos específicos: 6.1.1. Conhecer os alvos moleculares passíveis de serem inibidos 6.1.2. Conhecer exemplos concretos de inibidores específicos de diferentes fases do ciclo replicativo 6.2. Tópicos abordados: 6.2.1. Alvos moleculares virais e celulares 6.2.2. Exemplos de inibidores: a) Inibidores da ligação aos receptores b) Inibidores da fusão do vírus com a célula c) Inibidores da descapsidação d) Inibidores dos ácidos nucleicos e) Inibidores das fases tardias do ciclo replicativo II Parte: Virologia Clínica 1. Estudo de infecções virais associadas a patologias no ser humano 1.1. Objectivos específicos 1.1.1. Conhecer os principais vírus envolvidos em patologias no ser humano 1.1.2. Conhecer os mecanismos básicos envolvidos na patogénese da infecção de alguns vírus mais relevantes. 1.1.3. Conhecer os principais métodos de diagnóstico (complementado pela componente de ensino prático) e de prevenção aplicados a cada um desses vírus. 1.2. Tópicos abordados 1.2.1. Infecções por vírus de genoma DNA de cadeia dupla: Adenovirus Herpesvirus: HSV, VZV, EBV, CMV, HHV-6, HHV-7, HHV-8 Poxvirus Papilomavirus Poliomavírus 1.2.2. Infecções por vírus DNA de cadeia simples: a) Parvovirus 1.2.3. Infecções por vírus RNA de cadeia dupla: a) Reovirus 1.2.4. Infecções por vírus RNA de cadeia simples com polaridade positiva: a) Togavirus b) Flavivirus c) Coronavirus d) Picornavirus: Enterovirus, Hepatovirus e Rinovirus e) Calicivirus f) Astrovirus 1.2.5. Infecções por vírus RNA de cadeia simples com polaridade negativa: a) Rabdovirus b) Paramyxovirus c) Ortomyxovirus d) Filovirus e) Bunyavirus f) Arenavirus 2/4 3º ANO 1.2.6. 1.2.7. 1.2.8. 1.2.9. 2013 – 2014 Infecções por vírus DNA parcialmente de cadeia dupla: a) Hepadnavirus Infecções por Retrovirus: a) HIV-1 e HIV-2 b) HTLV-1 e HTLV-2 Patologias associadas a vírus defectivos, retrovirus endógenos e agentes sub-virais Vírus emergentes: a) Exemplos b) Origens dos vírus emergentes Ensino Prático 1. Introdução à Virologia Laboratorial 1.1. Organização geral de um laboratório de virologia 1.2. V i s i t a a o l a b o r a t ó r i o p a r a apresentação do equipamento e materiais mais usuais 1.3. Regras de segurança no laboratório de virologia 2. Métodos de diagnóstico directo das infecções virais: 2.1. Cultura viral 2.2. Microscopia electrónica 2.3. Detecção de antigénios virais 2.4. Detecção do genoma viral 2.5. Detecção de corpos de inclusão 3. Métodos de diagnóstico indirecto 3.1. Ensaios imunoenzimáticos (EIA) 3.2. Ensaios radioimunológicos (RIA) 3.3. Aglutinação 3.4. Western-blot 3.5. Recombinant Immunoblot assay (RIBA) 3.6. Imunofluorescência indirecta 3.7. Fixação do complemento 3.8. Inibição da hemaglutinação 6.1. 6.2. 6.3. Detecção do antigénio viral em células de lesões Isolamento viral Diagnóstico serológico 7. D i a g n ó s t i c o d a s i n f e c ç õ e s p o r citomegalovirus (CMV) 7.1. Diagnóstico serológico 7.2. Avidez das IgG 7.3. Cultura viral tradicional e por método “Shell vial” 7.4. Detecção do genoma viral 7.5. Importância do diagnóstico na mulher grávida e no recém-nascido 8. Diagnóstico das infecções pelo vírus da rubéola 8.1. Diagnóstico serológico 8.2. Interpretação de resultados práticos 9. Diagnóstico das infecções respiratórias 9.1. Colheita e processamento da amostra 9.2. Métodos usados 10. Diagnóstico das infecções pelo vírus da hepatite B 10.1. Diagnóstico baseado na detecção de anticorpos, antigénios e genoma virais 10.2. Interpretação de resultados práticos 11. Diagnóstico das infecções pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) 11.1. Diagnóstico directo e indirecto 11.2. Técnicas de Western-blot 11.3. Determinação da carga viral e proviral 11.4. Interpretação de resultados práticos 4. Culturas celulares em Virologia 4.1. Tipos de culturas celulares 4.2. Metodologias associadas à cultura de células 5. Alterações na fisiologia e morfologia da célula infectada: exemplos de efeito citopático (ECP) induzidos por alguns vírus 6. Diagnóstico das infecções por vírus herpes simplex (HSV) 3/4 2013 – 2014 Bibliografia Geral de base: Jawetz, Melnick & Adelberg’s Medical Microbiology 24th ed. McGraw Hill 2007. Prescott, Harley and Klein’s Microbiology 7th ed. McGraw-Hill 2007. Bibliografia Específica recomendada: Collier, Kellam & Oxford (Eds). Human Virology 4th Ed. Oxford University Press 2011. Neal Nathanson (Ed). Viral Pathogenesis and Immunity 2nd Ed. Academic Press. 2007, Página de internet dos docentes: http://www.ff.ul.pt/~jazevedo/Site/Entrada.html 3º ANO Metodologia de avaliação do ensino Prático/laboratorial: Os alunos têm de frequentar, no mínimo, 2/3 das aulas práticas realizadas. A avaliação prática é feita tendo em consideração: a execução, apresentação e discussão de trabalhos seleccionados, os conhecimentos demonstrados (através de um teste final), a assiduidade e a participação ao longo das aulas. Todos os alunos deverão ter uma avaliação prática válida à data do exame teórico. Os alunos com o estatuto de trabalhadorestudante que não tenham frequentado no mínimo 2/3 das aulas práticas realizadas, apesar de não reprovarem por excesso de faltas, terão de realizar uma prova de avaliação prática em data a combinar com o responsável da Unidade Curricular, a fim de validar a componente prática da avaliação. http://www.ff.ul.pt/~santoscostaq/ santoscostaq/Santos-CostaQ.html Metodologia de avaliação do ensino teórico: Contributo da avaliação do Ensino Teórico para a classificação final: 60%. Contributo da avaliação do Ensino Prático/ Laboratorial para a classificação final: 40%.. A avaliação da componente teórica faz-se através de um exame escrito final. A cotação do exame é de 20 valores. Os alunos cuja classificação esteja compreendida entre 7,5 e 9,4 valores deverão fazer um exame oral. É considerado aprovado o aluno que tenha uma nota superior a 9,5 valores. 4/4