Escola Superior de Enfermagem de Lisboa Concurso de conceção público para o Projeto do Novo Edifício Pedagógico da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa Memória Descritiva e Justificativa 1. Introdução O presente documento é parte integrante da proposta que se apresenta em sede de Concurso Público de Conceção para a construção do Novo Edifício Pedagógico da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa (ESEL). De forma a clarificar as opções propostas, a memória descritiva e justificativa que se segue organiza-se em capítulos dedicados às várias especialidades. Nos termos do Programa do procedimento concursal, apresentam-se também o quadro resumo das áreas e as estimativas de custo e de prazo da obra. Os elementos supra mencionados completam-se com as peças desenhadas, e devem ser lidos em conjunto. Estas peças evidenciam as características morfológicas dos edifícios, a organização geral dos espaços, a interdependência de áreas e volumes e a compartimentação proposta, assim como todas as opções técnicas e construtivas preconizadas pelas várias Especialidades que integram a proposta. 2. Arquitetura 2.1. Caracterização da área de intervenção e sua envolvente 2.1.1. Enquadramento urbano O novo Edifício Pedagógico da ESEL localiza-se no recinto do hospital D. Maria, em Lisboa, mais especificamente no seu topo, junto das demais instalações da ESEL. Insere-se numa área de equipamentos complementada com generosos espaços verdes. O novo Edifício Pedagógico articula-se com dois edifícios existentes: o Edifício Principal e o Edifício Residência da ESEL. Estes edifícios têm um caráter ambivalente em termos de autonomia. Por um lado, possuem tipologias diferentes e funcionamentos independentes, com átrio e circulações próprias. Por outro, estão conectados ao nível do piso térreo por uma galeria interior, uma vez que neste piso do Edifício Residência se localizam o refeitório e as salas de convívio dos alunos, que servem o complexo. Relativamente ao espaço público envolvente, observa-se que a via de acesso ao Edifício Residência e o estacionamento a poente se encontram parcialmente sobrepostos ao limite de implantação do novo Edifício Pedagógico, implicando a reformulação daqueles. Observa-se ainda que existe uma rede de percursos pedonais que liga as múltiplas entradas da ESEL com o ponto de acesso ao recinto e com o Hospital Escolar (as ligações ao último fazem-se por meio de percursos informais – linhas de desejo traçadas no terreno). O polígono de implantação do novo Edifício Pedagógico insere-se num plateau com acesso viário por nordeste e ladeado por árvores a sudoeste. Para otimizar a organização dos espaços prescritos no programa funcional e atendendo às características físicas e morfológicas dos edifícios existentes, propõem-se os seguintes conceitos para o novo Edifício Pedagógico da ESEL: - Um Edifício Pedagógico contemporâneo que agrega valências e renova a imagem da ESEL; - Um complexo edificado volumetricamente fragmentário, composto por vários volumes em sequência, com cérceas similares, respeitando o equilíbrio de escalas e contribuindo para reforçar o espírito do lugar; - Uma escola com núcleos funcionais claramente definidos, distribuídos por blocos complementares, com relativa autonomia, interligados entre si; - Um equipamento sustentável que proporciona a interligação natural das formas de vida com o seu meio social. 0HPyULD'HVFULWLYDH-XVWLILFDWLYD S 2.1.2. Acessos e estacionamento O acesso viário e pedonal principal está localizado e continuará a fazer-se pelo lado norte do recinto. De acordo com as indicações no Programa preliminar (PP), devem ser mantidos o acesso viário e o número de estacionamentos exteriores existentes na área envolvente do novo edifício, e deve ainda ser criado um acesso à cave. Para o efeito, propõe-se a demolição do estacionamento existente (parcialmente sobreposto ao polígono de implantação) e a definição de uma nova bolsa de estacionamento com o mesmo número de lugares (29, dos quais três são para mobilidade reduzida). O traçado desta bolsa segue os princípios do estacionamento existente face ao Edifício Principal da escola, que possibilita o retorno dos veículos sem interferir com o acesso à cave. O circuito viário proposto desenvolve-se, assim, paralelamente ao limite do recinto hospitalar, libertando o pátio entre o Edifício Residência e o Edifício Pedagógico para usufruto dos alunos. O acesso pedonal é o meio de deslocação privilegiado. Neste sentido, a rede de percursos existente é complementada por novos percursos que conduzem ao átrio do Edifício Pedagógico a partir de vários pontos: do acesso ao recinto da ESEL, do acesso principal ao recinto hospitalar e da entrada no edifício do Hospital escolar. 2.2. Caracterização geral da solução proposta De um modo geral, a intervenção caracteriza-se pela fragmentação do polígono de implantação (em forma de L) em dois volumes puros que completam a composição do conjunto edificado existente. O conjunto passa a ser composto por quatro volumes interligados entre si por galerias de menor escala, formando um complexo fragmentário com diversas entradas. A funcionalidade deste complexo assenta na rede de percursos exteriores e interiores que se propõe. Os exteriores inserem a escola no contexto amplo do recinto hospitalar. Por sua vez, os interiores constituem a coluna dorsal do conjunto edificado, interligando de forma hierárquica as suas funções complementares. Aos dois volumes propostos correspondem grupos funcionais distintos: apoio e ensino. A envolver todo o conjunto existe um espaço exterior diversificado, com percursos e zonas de lazer em pavimento duro e áreas verdes. Mantêm-se, sempre que possível, os elementos arbóreos existentes. A esta solução corresponde uma área bruta de construção de 9 625 m², no total. 2.2.1. Sistema de acessos O sistema de acessos existente é complementado com percursos novos, de modo a conectar o Edifício Pedagógico às entradas no recinto e aos restantes edifícios que neste se inserem. A rede de percursos criada, em continuidade com a existente, desenvolve-se em troços quebrados, articulados com as várias entradas no edifício. Da simbiose entre estes trajetos e o desenho de arquitetura paisagista nasce a clareza do espaço exterior proposto. Daí resulta ainda a identificação dos vários pontos de penetração no edifício, para a qual são também preponderantes a volumetria e a organização funcional. Como anteriormente referido, centraliza-se o átrio principal no volume justaposto ao Edifício Residência e, na ótica de múltiplos acessos do complexo, propõem-se três entradas para o átrio e uma quarta no topo do volume de ensino. Nesta posição estratégica, o átrio articula os fluxos provenientes da entrada no recinto (percursos a norte e nascente), com os oriundos do Hospital Escolar (percurso a sul). A entrada direta no volume de ensino antecipa a entrada no edifício a partir do ponto de chegada, permitindo aos alunos, no uso quotidiano, um acesso mais imediato à ala de ensino. É ainda de referir o acesso de veículos à cave, no topo norte do edifício de ensino. 2.2.2. Organização funcional A organização funcional decorre da análise de várias condicionantes, designadamente, dos requisitos do PP e das características do terreno e envolvente. Propõe-se a distribuição das áreas funcionais pelos dois volumes que compõem o novo Edifício Pedagógico, como mencionado: volume de apoio e volume de ensino. O volume de apoio, justaposto ao Edifício Residência, reúne o átrio principal, o centro de documentação, as áreas de apoio social e as instalações para docentes. Por sua vez, o volume de ensino, o último do complexo, 0HPyULD'HVFULWLYDH-XVWLILFDWLYD S reúne todos os espaços de ensino, a reprografia e o centro de documentação (os dois últimos, em piso térreo, junto ao átrio principal). Em redor dos volumes construídos, organizam-se distintos tipos de espaços exteriores: áreas verdes de enquadramento (predominantes); percursos de acesso; pátio central (zona de lazer) e esplanada da cafetaria. 2.2.3. Formas e volumetrias A definição volumétrica desta proposta, inserida no polígono de implantação, parte da leitura dos edifícios da ESEL existentes. A somam-se outros dois volumes, conectados por galerias. Os volumes propostos são prismas puros, contemporâneos, com fachadas regulares e discretas. Apenas um acontecimento volumétrico quebra o equilíbrio da composição, marcando a entrada principal. Sobre um piso térreo envidraçado e transparente, um volume-caixa, na área do centro de documentação, é projetado em balanço sobre a área exterior que antecede o átrio principal do novo edifício pedagógico, na fachada norte. Por sua vez, na mesma área, na fachada sul, é afirmado um grande vão que reúne a entrada a partir do hospital, um volume-caixa negro, correspondente aos serviços de saúde, e a cafetaria. Através destes jogos volumétricos, a entrada principal do novo edifício é evidenciada em ambas as fachadas. No que diz respeito aos sistemas de sombreamento dos vãos a sudeste e sudoeste, recorre-se a brises verticais inseridos em molduras fixas exteriores ao limite da fachada, que acentuam a tensão horizontal da composição. 2.2.4. Distribuição espacial Sabe-se que é necessário garantir a ligação interna com o Edifício Residência no piso térreo. Sabe-se igualmente que algumas áreas do edifício devem ser desenvolvidas no piso térreo, nomeadamente: o átrio, a cafetaria, os serviços de saúde, a reprografia e os laboratórios de prática simulada. Sabe-se também que os laboratórios se devem organizar entre os dois conjuntos de enfermarias. Sabe-se ainda que as maiores áreas do edifício pertencem ao grupo de espaços de ensino. Este raciocínio determina a seguinte distribuição espacial: no volume: o mais pequeno e central, o apoio; e no maior e lateral, o ensino. Reunindo no piso térreo de um o átrio, a cafetaria, os serviços de saúde e a receção do centro de documentação e, no do outro, a reprografia, o centro de informação e dados, metade dos laboratórios (incluindo os de prática simulada e um conjunto de enfermarias) e as salas de aula teóricas. O volume de apoio tem, no segundo piso, a sala de leitura do centro de documentação e, nos dois últimos, as instalações dos docentes. A distribuição dos espaços no volume de ensino, além dos requisitos referidos em relação aos laboratórios, tem em conta a exposição solar, privilegiada nas salas de ensino teórico prático. Assim, o segundo piso a outra metade dos laboratórios, a norte, e as salas de demonstração, a sul. O último piso é dedicado aos anfiteatros, que necessitam de pés-direitos mais elevados e infraestruturas igualmente exigentes de espaço. 2.2.5. Circulações A circulação dos alunos, dos docentes e dos utentes externos é mais um fator muito importante que se considera. O átrio e as comunicações verticais principais de alunos e docentes são comuns. Apenas os serviços de saúde possuem uma entrada autónoma para os utentes externos, voltada para o Hospital. As circulações principais, que formam a coluna dorsal do edifício, ocorrem de forma simples e linear a partir do átrio: uma caixa de escadas e dois elevadores junto ao átrio principal atravessam todos os pisos, lançando as circulações horizontais centrais da ala de ensino e da ala de docentes. No topo oposto ao átrio principal de ambos os volumes posicionam-se acessos do exterior e escadas complementares que completam a rede de circuitos. Os caminhos de evacuação e emergência encontram-se pensados em consonância com a Segurança contra incêndios, numa integração harmoniosa com o layout de Arquitetura. São ainda de referir o acesso à cave, o acesso direto do exterior à oficina de manutenção e o acesso de serviço de cafetaria (para abastecimento) em cave. 0HPyULD'HVFULWLYDH-XVWLILFDWLYD S 3. Descrição das principais especialidades 3.1. Fundações e estruturas Na abordagem concetual da estrutura resistente é dada particular importância à distribuição dos seus elementos verticais, de forma a encontrar-se o equilíbrio entre a funcionalidade e a economia/sustentabilidade. O procedimento de conceção das Estruturas decorre, naturalmente, em paralelo à conceção quer da Arquitetura quer das restantes especialidades, com especial relevo para a Térmica, Acústica e AVAC. Procura-se uma abordagem modular, de forma a tornar a estrutura adaptável aos diversos espaços. Opta-se por uma solução estrutural convencional, constituída por lajes aligeiradas, apoiando diretamente em pilares, o que permite rapidez, simplicidade e racionalização da construção. A escolha de lajes aligeiradas sem vigas possibilita uma melhor integração de todos os sistemas, uma vez que a totalidade do espaço entre a laje e o teto falso pode ser utilizada para colocação dos respetivos equipamentos e instalações. Este aspeto é particularmente importante no que se refere ao sistema de ventilação Na determinação das secções dos diversos elementos constituintes da estrutura do edifício, procura-se, tanto quanto possível, a articulação com as alvenarias, de modo a obter a melhor solução estética, económica e resistente. Propõe-se que a estrutura vertical esteja constituída por pilares dispostos segundo uma malha ortogonal. Em termos de lajes, as mais adequadas para vencer os vãos resultantes da disposição dos elementos verticais de suporte são as fungiformes aligeiradas, constituídas por nervuras longitudinais e transversais de betão armado. Introduzem-se juntas de dilatação, sempre que necessário, prevenindo a transmissão à estrutura dos esforços decorrentes das variações de temperatura, cargas e outros fenómenos que possam provocar deslocamentos. Na laje dos anfiteatros prevê-se solução baseada em pré-esforço realizado através de cordões de aço de alta resistência, instalados no interior das lajes, com percursos longitudinal e transversal adequadamente definidos, de modo a introduzirem um estado de tensões capaz de transferir os efeitos das cargas gravíticas para os respetivos apoios, onde são absorvidas. A conceção das fundações depende, sobremaneira, da solução da superestrutura, em particular da distribuição dos elementos verticais e do nível de esforços associados. Assim, a partir do relatório geotécnico, cruzado com os correspondentes perfis e cotas de implantação previstas para as fundações, é possível estabelecer o tipo de fundação. Tomando como base as informações disponíveis, é de prever uma solução de fundações diretas, realizadas através de sapatas interligadas, formando uma malha o mais ortogonal possível, por intermédio de vigas de equilíbrio e lintéis. Esta solução tem em vista melhorar o comportamento estrutural quando da ocorrência de fenómenos telúricos ou de possíveis assentamentos diferenciais. O cálculo e dimensionamento dos diversos elementos estruturais visa a estabilidade e resistência mecânica relativamente aos esforços que se prevê ocorrerem durante o tempo de vida útil. No cálculo será considerada uma estrutura de Ductilidade Melhorada, cuja operacionalidade seja garantida após ocorrência de um sismo intenso. Uma vez que os edifícios se situam na proximidade de zona costeira, a estrutura será dimensionada para possuir uma Classe de Exposição XS1 e recobrimentos mínimos na ordem de 4,5 cm. 3.2. Movimento de terras e contenção periférica Considerando que no projeto em causa se prevê um piso enterrado, há necessidade de movimentos de terras. Importa, assim, avaliar zonas de aterro, escavação, aproveitamento de terras e locais de vazadouro. A estabilidade dos aterros e as escavações mais significativas são calculadas tendo em atenção todos os materiais afetados e o nível freático. Importa considerar as características dos materiais encontrados, sendo dado especial cuidado à caracterização, quantificação e reutilização de terras em aterros, relativamente ao movimento de terras exigido para a implantação dos edifícios e para a adaptação do terreno às condições do projeto. 0HPyULD'HVFULWLYDH-XVWLILFDWLYD S 3.3. Instalações e sistemas de águas e esgotos 3.3.1. Rede de abastecimento de água Prevê-se que os novos edifícios sejam abastecidos pela rede de abastecimento de água existente no complexo, procedendo-se caso necessário ao redimensionamento da conduta e da caixa de entrada. A partir da caixa de entrada definem-se duas condutas: uma que abastece o reservatório de combate a incêndio e outra que liga ao reservatório de água potável e ao coletor de circuitos. Ponderar-se-á junto com o Dono de Obra a possibilidade de executar uma rede de água não potável, abastecida por um sistema de aproveitamento de águas pluviais, por razões de sustentabilidade ambiental e de redução de custos de exploração. A rede de água potável alimentaria, então, todos os equipamentos do complexo escolar, com exceção das sanitas e dos urinóis, ligados à rede de água tratada abrangida pelo sistema de aproveitamento de águas pluviais. Os sistemas de abastecimento de água potável e não potável seriam independentes, de modo a respeitar a legislação em vigor e a impedir a contaminação da rede de água potável. Serão instaladas centrais de pressurização de água de consumo se a pressão for insuficiente para garantir os caudais e pressão de conforto em todos os pontos da rede. Os reservatórios e as centrais hidropressoras, caso necessários, serão instalados na área técnica localizada na cave. A produção de água quente faz-se através de painéis solares, com apoio no sistema previsto na especialidade de AVAC. Os depósitos de produção de água quente localizam-se na área técnica, na origem das respetivas redes. Estas são isoladas autonomamente com mangas de borracha sintética e, quando à vista, são protegidas de impactos mecânicos. As várias redes têm um traçado simples, procurando-se a menor extensão possível de canalizações, com vista à otimização e economia da execução (de materiais e mão de obra). Desenvolvem-se em dutos e tetos falsos, na rede principal, e são embutidas nas prumadas de alimentação. Cada grupo de equipamentos sanitários e cada equipamento de utilização e principais derivações dispõe ainda de válvulas de seccionamento tipo macho esférico. 3.3.2.Rede de incêndio A rede incêndio exterior, constituída por marcos de incêndio localizados a uma distância máxima de 30 m das portas de emergência, é alimentada pela rede exterior de incêndio existente no complexo. A rede de incêndio interior é alimentada por reservatório próprio (com duas células), com aproximadamente 3 22 m , instalado na zona técnica, o qual é, por sua vez, abastecido pelo sistema de abastecimento de água ou pelo sistema de aproveitamento de águas pluvial. Associado ao reservatório é instalada uma central de combate a incêndio, constituída por dois grupos hidropressores e uma bomba auxiliar do tipo Jockey. A rede interior, em ferro, liga a bocas de incêndio do tipo carretel, alimentadas por RIA, constituindo meio de primeira intervenção. 3.3.3.Redes de drenagem Na Avenida Professor Egas Moniz existe rede de saneamento público para onde o efluente será encaminhado, conforme orientação das entidades competentes. As redes de águas residuais, com início nos sifões dos aparelhos sanitários, têm as seguintes características: - As redes são constituídas por ramais de descarga e tubos de queda em PVC, estes inseridos em galerias verticais, e por coletores prediais realizados igualmente em PVC de classe adequada ao seu modo de instalação; - Todos os aparelhos dispõem de sifão individual, excetuando-se os ligados a caixas de pavimento sifonadas; - Aplicam-se bocas-de-limpeza ao nível de cada piso; - Sempre que necessário, é realizada ventilação secundária, através de colunas de ventilação em PVC rígido; - Sempre que possível, consideram-se ramais de ligação dos aparelhos aos tubos de queda suspensos no teto do piso inferior, de modo a facilitar a manutenção; - Em instalações sanitárias, balneários e vestiários são colocados ralos de pavimento; - Na cafetaria, os ralos e grelhas, em aço inoxidável, são providos de furos ou fendas, com a finalidade de impedir a passagem de matérias sólidas; - É assente uma câmara de retenção de gorduras a jusante da rede proveniente da cafetaria. 0HPyULD'HVFULWLYDH-XVWLILFDWLYD S O sistema de drenagem de águas pluviais contempla a recolha das águas captadas ao nível das coberturas, bem como as águas recolhidas no pátio do piso térreo, águas do fundo das caixas de elevador e a descarga dos reservatórios. Caso seja instalado o sistema de aproveitamento de águas pluviais, a drenagem será constituída por duas redes: a das águas recolhida nas coberturas, águas do fundo das caixas de elevador e a descarga dos reservatórios, que serão encaminhadas para o sistema de aproveitamento de águas pluviais; e a rede de águas recolhidas nas vias, que serão encaminhadas para a rede pública ou, no caso de esta não existir, para poço ou trincheiras de infiltração. 3.3.4.Sistema de aproveitamento de águas pluviais As águas pluviais recolhidas pelas redes anteriormente mencionadas são conduzidas para uma caixa a montante do reservatório, onde se realiza a deposição das partículas sólidas. De seguida, o efluente é 3 encaminhado para o reservatório, com capacidade de 100 m , onde passa pelos seguintes processos: filtração; transporte (mecanismo físico); retenção (mecanismo físico-químico) e acumulação de água tratada. A água, uma vez tratada é, de seguida, pressurizada para a rede secundária, que a utiliza para alimentação dos autoclismos, sistema de rega e lavagem de pavimentos. Caso a água tratada seja insuficiente para as necessidades do edifício, prevê-se a utilização de água proveniente da rede pública. Na conceção do sistema assegura-se que não exista contaminação da água da rede. 3.3.5.Eficiência hídrica De modo a garantir a eficiência hídrica, ponderar-se-á a instalação de um sistema de aproveitamento de águas pluviais, para abastecer o reservatório de combate a incêndio, os autoclismos, os urinóis, as torneiras para lavagem e as bocas de rega. Estipula-se que todos os equipamentos tenham rótulo de certificação hídrica da ANIQIP com a classificação mínima de A, para reduzir o consumo de água. Assim, os autoclismos terão a capacidade máxima de 6 litros, as torneiras de lavatório e duches serão temporizadas e os fluxómetros terão um volume de descarga máximo de 2 litros. 3.4. Instalações e sistemas elétricos 3.4.1. Alimentação e transformação A alimentação em média tensão é efetuada a partir da rede de distribuição em MT, em moldes a acordar com a entidade distribuidora. O Posto de Transformação, existente no edifício da Residência será remodelado e redimensionado de acordo com as potências já instaladas e a instalar. Propõe-se que o posto de seccionamento e o posto de transformação sejam constituídos por celas modulares de média tensão, equipados com um transformador seco. Prevê-se a instalação de dois grupos geradores com motores diesel, um de socorro/emergência e o segundo de segurança com potência suficiente para garantir o funcionamento dos equipamentos de segurança especificados no Regulamento de Segurança contra Riscos de Incêndios, e com capacidade para os três edifícios – Edifício Escolar e Edifício da Residência/Refeitório existentes e os Novos Edifícios. Com vista a alimentar de combustível os motores dos grupos eletrogéneos, prevê-se a instalação de uma cisterna enterrada que assegura o fornecimento de combustível aos depósitos de consumo diário dos grupos, por bombagem automática. Um grupo funcionará por arranque automático em caso de falha da rede pública. O PT e o GE ligarão ao Quadro Geral do edifício, a partir do qual é feita toda a distribuição de energia. A partir do quadro geral serão alimentados quadros parciais e, destes, os equipamentos localizados nas respetivas áreas de influência. Prevê-se que todos os quadros sejam dotados de energia de emergência, que alimentarão os equipamentos afetos à segurança do edifício, como iluminação de emergência, desenfumagem, pressurização de águas, centrais das instalações de segurança, etc. Todos os quadros elétricos devem dispor de uma reserva de cerca de 20%. Junto do QGBT serão instalados armários com agrupamentos de baterias de condensadores, com finalidade de fazer a compensação do fator de potência, diminuindo desta forma a fatura energética. As baterias de 0HPyULD'HVFULWLYDH-XVWLILFDWLYD S condensadores agrupam-se de forma a estabelecerem-se andares de compensação controlados por relé varimétrico. 3.4.2. Energias alternativas Será equacionada a instalação de sistema de produção de energia através de painéis fotovoltaicos. Tal opção, justificável do ponto de vista de sustentabilidade ambiental e energética, deve ser analisada do ponto de vista económico com o dono da obra, de modo a considerar a sua instalação imediata ou em momento posterior. Face à legislação em vigor, está-se em presença de uma instalação do tipo mini-geração. 3.4.3. Sistemas de alimentação ininterrupta de energia elétrica (UPS) Para socorrer, em áreas que assim se justifique, as tomadas de corrente destinadas a alimentar equipamentos informáticos, comunicações, segurança e outros prevê-se a instalação de UPS com uma potência e autonomia adequadas à instalação, que alimenta os quadros respetivos. A unidade de alimentação ininterrupta deve ter entrada e saída trifásicas, de dupla conversão, funcionamento on-line, com capacidade de limitar a distorção harmónica a montante, dispondo de interruptor de by-pass manual que permite transferir a carga para circuito alternativo sem interrupção da alimentação, bem como a realização de eventuais trabalhos de manutenção. 3.4.4. Rede de distribuição de energia em baixa tensão As redes previstas contemplam rede com alimentação normal/socorrida, rede com alimentação do grupo de segurança, rede com alimentação das UPS. Do quadro geral de baixa tensão saem ramais para alimentação dos quadros parciais, quadros de equipamento, instalações especiais, etc. 3.4.5. Rede de ligação à terra e de equipotencialidade Considera-se um único sistema de terras de proteção, constituído por anel em cobre nu, eletricamente ligado à estrutura. Complementarmente e coincidindo com as descidas do para-raios, instalam-se varetas na forma de pé de galinha, são ligadas à terra de proteção geral por ligador amovível. O neutro dos transformadores e geradores é ligado ao mesmo elétrodo de terra. Na cafetaria, instalações sanitárias, laboratórios e em todos os locais com bancadas com tampo em aço inox ou outro material condutor, é estabelecida uma rede de equipotencialidade interligando as massas metálicas. Os caminhos de cabos metálicos e as condutas de AVAC são igualmente objeto de ligação à rede de equipotencialidade. 3.4.6. Quadros elétricos Os quadros elétricos (QE) serão instalados em compartimentos a criar para o efeito, o mais próximo possível do centro de cargas que vierem a alimentar, e contendo toda a aparelhagem necessária. Serão da classe II de isolamento, tendo IP adequado aos locais da respetiva instalação. Setorizados de acordo com os circuitos a alimentar, serão do tipo capsulado para montagem embebida ou semiembebida. 3.4.7. Iluminação A conceção da iluminação atenta às suas utilizações específicas, exposição solar, níveis luminotécnicos aplicáveis e especificações internacionais de luminotécnia. A escolha das armaduras e respetivas lâmpadas terá sempre em conta os melhores índices de eficiência energética. A iluminação normal é fundamentalmente do tipo fluorescente. Nas salas de aulas aplicar-se-ão armaduras lineares equipadas com lâmpadas T5, balastro eletrónico, de alto rendimento, com difusor em grelha e refletor. Os restantes espaços serão dotados, conforme os casos, de luminárias downlight encastradas ou salientes. Nos espaços de permanência ocasional ou de dimensão reduzida, instalar-se-ão apliques de teto ou de parede. Nas zonas técnicas, serão aplicadas armaduras salientes, retangulares e estanques. A opção por equipamentos de tecnologia led ocorrerá nalguns locais. Onde for recomendável, adotar-se-á um sistema de gestão da iluminação capaz de gerar eficiência. Para o efeito, empregar-se-ão detetores de presença e com leitura automática da luminosidade, permitindo em cada 0HPyULD'HVFULWLYDH-XVWLILFDWLYD S momento manter o nível exigido, de acordo com a luminosidade natural exterior. Por outro lado, o fluxo luminoso será regulado por via de luminárias equipadas predominantemente com balastros eletrónicos digitais (HFD). Prevê-se uma fonte central de iluminação de segurança com baterias, para alimentar e monitorizar as luminárias de iluminação de segurança. Estas serão endereçáveis e equipadas com balastros eletrónicos de baixo consumo. A fonte central de iluminação de segurança CG2000 alimentará luminárias para iluminação ambiente e circulação, através dos balastros eletrónicos, sem necessidade de cablagem adicional. A iluminação será assegurada por luminárias em coluna. Durabilidade, baixo consumo e adequação aos locais a iluminar são fatores para a escolha do tipo de lâmpadas, em que a tecnologia led é opção. 3.4.8.Tomadas de força motriz e alimentações de equipamento Nos locais de utilização de aparelhos elétricos, instalar-se-ão tomadas de corrente com características adequadas à aparelhagem a ligar. Todas as tomadas disporão de dispositivo de tapamento de bornes sob tensão; as localizadas nas circulações serão ligadas a circuitos distintos. As tomadas ligadas à energia de emergência ou ininterrupta (UPS) serão expressamente identificadas. Prevê-se a alimentação para equipamentos elétricos cuja ligação não se realize através de tomadas de corrente, mas de caixas terminais, como é o caso da cafetaria e dos laboratórios. Nas salas de aula, em particular, são estabelecidas as necessárias infraestruturas de alimentação de energia para videoprojector e quadro interativo. Para os anfiteatros, prevêem-se as infraestruturas necessárias para a ligação de diversos sistemas, como sejam projeção e ecrã respetivo, som, cortinas, etc. 3.4.9. Sinalização chamada de emergência Será estabelecido um sistema de chamada de emergência nos sanitários para deficientes, constituído por um cordão envolvente ligado ao interruptor de alarme. A comunicação de alarme é enviada para um painel. 3.4.10. Sistema automático de deteção de alarme de incêndios (SADI) No âmbito do sistema automático de deteção e alarme de incêndios (SADI), prevê-se a instalação de uma central de deteção, do tipo endereçável, dimensionada para as necessidades do complexo. 3.4.11. Sistema de CCTV (videovigilância/intrusão) Também no contexto do sistema de videovigilância de intrusão (CCTV) se prevê a instalação de uma central de videovigilância, que controlará as correspondes câmaras, de tecnologia IP, fazendo a gravação de imagens em suporte digital e permitindo a sua visualização de forma seletiva e programada. As câmaras serão de tipo fixo e vigiarão as áreas de acesso interior e exterior. As destinadas a vigilância exterior serão instaladas nas fachadas, com a alimentação elétrica e o cabo de comunicação no interior do edifício. As câmaras para comunicação em IP serão apoiadas na rede estruturada. O gravador digital de vídeo deve ter capacidade de gestão e armazenamento correspondente ao número de câmaras a instalar. O software, de fácil operação, deve permitir a busca rápida de imagens gravadas através da função de easy search. Nas salas ou compartimentos onde tal se justifique serão instalados detetores volumétricos de movimento de dupla tecnologia, ficando a central de deteção interligada com o sistema de CCTV. 3.4.12. Sistema de proteção de pessoas A proteção das pessoas contra contactos diretos é assegurada pelo isolamento e afastamento das partes ativas da instalação. A proteção das pessoas contra contactos indiretos é garantida pelo emprego de aparelhos de proteção de corte automático, sensíveis à corrente diferencial residual de média sensibilidade (I=300mA) e de alta sensibilidade (30mA), instalados em cada quadro de distribuição, associado à ligação à terra de todas as massas metálicas não ativas que constituem a instalação e que podem ser acidentalmente tocadas por pessoas. 0HPyULD'HVFULWLYDH-XVWLILFDWLYD S 3.5. Instalações de sistemas de comunicação 3.5.1.Rede estruturada O complexo escolar será dotado de uma rede de comunicações, do tipo cablagem estruturada, respondendo às necessidades de voz e dados (informática e internet, podendo integrar audio-vídeo) e de rede de cabo coaxial para o sinal de TV. A instalação partirá de um bastidor principal, ao qual ligarão, em estrela, os restantes bastidores. Será estabelecida uma rede de wireless através da instalação dos respetivos AP, localizados de modo a fazerem uma cobertura integral, incluindo áreas exteriores de permanência de alunos. No bastidor principal será integrado o ATE, onde se prevê o alojamento de um servidor de comunicações de tecnologia VOIP. A alimentação da rede de CATV far-se-á a partir de ficha instalada no ATE, ligando ao Multi ATI. Prevê-se a instalação de uma receção via parabólica e antenas terrestres VHF e UHF. Os bastidores secundários, a dimensionar de acordo com o número de pontos, serão de pavimento ou eventualmente para fixação mural. No bastidor principal será integrado o ATE, prevendo-se o alojamento de um servidor de comunicações de tecnologia VOIP. O ATE será o ponto de confluência das redes dos operadores, nele se localizando o RG-PC, RG-CC e RG-FO. O ATE disporá de um barramento de terras, onde ligarão as proteções das ITED. Este barramento (barramento geral de terras das ITED - BGT) será, por sua vez, interligado ao barramento geral de terras do edifício. 3.5.2. Equipamento telefónico Prevê-se a instalação de um servidor de comunicações no bastidor principal. O sistema deve ser dotado dos equipamentos para as necessidades do edifício agora em estudo, abrangendo a infraestrutura telefónica sem fios, com norma DECT, bem como a restante infraestrutura, incluindo as extensões analógicas e digitais e os acessos à rede pública. Preconiza-se a tecnologia VOIP, configurada de acordo com os pontos de utilização previstos para telefone, com reserva mínima de 20%. Haverá, no mínimo, dois acessos digitais e dois analógicos do exterior. Importa incluir no fornecimento as licenças e sistemas de taxação para o número de extensões previsto. Os telefones a instalar destinam-se a mesa ou parede, sendo do tipo analógico e/ou digital. 3.6. Instalações de sistema AVAC 3.6.1.Conceitos base Apresentam-se seguidamente as opções que se consideram como as mais adequadas à criação de condições de conforto e de salubridade ambiental, tendo em conta as orientações emanadas do PP, as orientações energético-ambientais e a regulamentação em vigor, bem como a respetiva integração na Arquitetura. As instalações mecânicas de Aquecimento, ventilação e ar condicionado (AVAC) estão intimamente ligadas à conceção arquitetónica destes edifícios, que se baseia em princípios bioclimáticos e adota estratégias em consonância com esses mesmos princípios, com o objetivo final de criar edifícios de grande sustentabilidade que apresentem, em simultâneo, bom nível de conforto térmico para os seus utentes, baixo consumo energético e custos de manutenção reduzidos. Se, do ponto de vista da forma e orientação do edifício, as soluções de Arquitetura são desenvolvidas com base nessas preocupações, do ponto de vista energético sê-lo-ão em harmonia e coerência entre aquele domínio disciplinar e a especialidade de AVAC, tendo sempre como referência principal os objetivos indicados. Nesse sentido, o desenvolvimento do projeto é norteado pelos seguintes fatores: - O cumprimento do PP em conjugação com a regulamentação em vigor; - A obtenção de condições de conforto ambiental – térmico, higrométrico, de qualidade do ar e acústico – que permitam uma saudável utilização dos edifícios por parte dos seus utentes com recurso reduzido a energias ativas; 0HPyULD'HVFULWLYDH-XVWLILFDWLYD S - A ponderação do equilíbrio entre três fatores considerados fundamentais – custo inicial, custo de manutenção e custo de exploração –, sendo dada, neste estudo, primordial importância aos dois últimos, pois deles depende o futuro bom funcionamento dos sistemas. Tendo em consideração os objetivos definidos, importa focar alguns aspetos considerados fundamentais na definição dos sistemas propostos e que a seguir se descrevem em pormenor: - Integrando-se Lisboa numa zona climática I1-V2, significa que se está perante um clima em que o verão é a estação mais exigente. Torna-se pois necessário atuar em consonância, protegendo melhor o edifício da radiação solar através de um bom isolamento e de sistemas eficazes de sombreamento dos envidraçados. - A obrigatoriedade, no que se refere à qualidade do ar interior (QAI), de caudais de ar de renovação com grande significado levam a traçar, fundamentalmente para as salas de aula, uma estratégia mista de ventilação natural e ventilação mecânica. - No que diz respeito às opções do sistema de correção de temperatura ambiente, quando necessário, aponta-se, na maior parte dos espaços com concentração elevada de pessoas, pontual ou permanente, para sistemas de bomba de calor, reversíveis, de expansão direta, do tipo VRF e, noutros casos, do tipo roof-top. Esta opção tem a ver com as vantagens que apresentam relativamente aos sistemas centralizados à base de caldeiras e chillers, nomeadamente devido à sua grande eficiência energética, à reconhecida fiabilidade e, apesar da tecnologia avançada que possuem, à diminuta necessidade de manutenção, fatores aliados à facilidade de utilização e grande flexibilidade. Relativamente à tecnologia bomba de calor, é ainda de referir que, estudado o cenário de recurso ao modelo geotérmico, é o mesmo posto de parte, uma vez que o acréscimo de rendimento que este tipo traz relativamente aos sistemas convencionais não é justificável, sobretudo porque, para a gama de temperaturas exteriores de Lisboa, as bombas de calor tradicionais funcionam quase sempre dentro de bons níveis de rendimento. Quanto à produção de água quente sanitária, prevê-se a instalação de painéis solares. 3.6.2. Soluções propostas 3.6.2.1. Salas de aula / laboratórios Sempre que possível optar-se-á por sistemas de ventilação natural os quais, aliados à estratégia da Arquitetura de maximização de técnicas passivas, se considera serem suficientes para a obtenção de boas condições de conforto interior. O ar novo penetra a partir dos vãos basculantes situados na parte de cima das janelas. Nas paredes contíguas aos corredores e a nível alto, são instaladas grelhas de passagem equipadas com registos motorizados corta-fogo, permitindo assim o varrimento das salas pelo ar novo. De forma que o sentido do ar seja sempre da janela para a parede do corredor, esta ventilação natural é complementada por extração mecânica, a cargo do ventilador de extração/desenfumagem desse mesmo corredor. Este funciona normalmente numa velocidade baixa, mas suficiente para permitir que a ventilação da sala se faça de modo eficaz. Com vista a um melhor desempenho do sistema e um controlo mais apurado da qualidade do ar interior – QAI –, cada sala é equipada com sensores de CO2 e avisadores luminosos. Quando os sensores detetam uma concentração de CO2 superior à desejada (pré programada), o avisador luminoso acende, o que permite ao professor atuar no sentido de abrir mais as entradas de ar da sala. É ainda de referir que, em caso de incêndio, os registos corta-fogo são automaticamente fechados a partir de indicações provenientes da CDI, e os ventiladores de extração/desenfumagem dos corredores arrancam na sua velocidade máxima, assim como os ventiladores de compensação de ar. 3.6.2.2. Biblioteca e anfiteatros Dada a especificidade destes locais, quer em termos de condições ambientais requeridas quer em termos de tipo de utilização, a opção será por unidades independentes de expansão direta do tipo roof-top ou equivalente, que climatizam e ventilam em simultâneo os locais a que se destinam. Estas unidades são equipadas com sistemas de fee-cooling que permitem otimizar o seu funcionamento em termos energéticos. São instaladas no desvão da cobertura, ficando ocultas e, em simultâneo, ventilados por grelhas orientadas a norte. 0HPyULD'HVFULWLYDH-XVWLILFDWLYD S 3.6.2.3. Zonas administrativas Para as salas da zona administrativa, são previstos sistemas de climatização recorrendo a equipamentos de expansão direta do tipo Volume de Refrigerante Variável – VRV –, permitindo o controlo individual da temperatura. Sem excluir a possibilidade, sempre presente, de apenas se ventilar naturalmente os espaços através de vãos basculantes, estes sistemas são complementados por sistemas de ventilação mecânica, com recurso a Unidades de Recuperação de Energia. Os VRV abrangem ainda algumas das áreas mais sensíveis dos espaços de apoio socioeducativo e de educação especial. 3.6.2.4. Cafetaria A cafetaria é tratada em termos de extração de fumos, insuflação de ar tratado, ventilação, desenfumagem e extinção automática de incêndios. No que respeita à extração dos fumos, no espaço de confeção, opta-se por uma solução de Teto Ventilado, com vantagens sobre o sistema de hotte tradicional, nomeadamente em termos de reunir as várias operações de extração, filtração, compensação de ar e iluminação, bem como de facilidade de manutenção. Este sistema interliga-se com um ventilador de extração equipado com variador de velocidade e com capacidade para suportar temperaturas de 400º C durante 2 horas, o qual tem também a função de desenfumagem em caso de incêndio. O sistema de extração é completado por um sistema de tratamento de cheiros constituído por uma caixa com dois níveis de filtragem – filtros de bolsas F7 e filtros de carvão ativado. Tendo em conta o clima de Lisboa, o sistema de insuflação de ar para compensação da extração é efetuado a partir de ventilador de insuflação destinado unicamente a esse fim, equipado com uma bateria de filtros. 3.6.3. Desenfumagem Consideram-se ainda a conceção dos sistemas de desenfumagem dos dois edifícios, em coordenação com as restantes especialidades, especialmente a de segurança contra riscos de incêndio. 3.6.4. Produção de água quente sanitária Os sistemas de produção de água quente sanitária recorrem fundamentalmente à energia solar. A instalação solar destina-se a funcionamento em circulação forçada, sendo essencialmente composta pelos painéis solares, um depósito de acumulação para pré-aquecimento solar da água sanitária e ainda uma estação solar, na qual se incluem todos os componentes necessários à circulação do fluido térmico e controlo do sistema de energia solar. Como sistema de apoio prevê-se a utilização de uma bomba de calor específica para a produção de água quente. 3.6.5. Gestão técnica Importa implementar um sistema de gestão técnica centralizada destinado a controlar, vigiar e gerir, para apoio à exploração e manutenção do edifício, as instalações técnicas de AVAC e equipamentos elétricos que assim o justifiquem para apoio à exploração e manutenção do edifício. O sistema de AVAC inclui todos os equipamentos de regulação, controlo, monitorização, comando e gestão técnica das instalações técnicas desta especialidade, nomeadamente um computador do tipo workstation, impressora, routers e diversos controladores DDC - Direct Digital Control, devidamente montados e ligados numa rede de comunicações. 3.6.6. Custo-benefício, tendo como base os custos de consumo energético, de manutenção e conservação incluindo investimento inicial dos equipamentos e infraestruturas O projeto basear-se-à em equipamentos testados, de eficiência demonstrada e com garantias de assistência. Tal permite obter uma instalação eficiente e as condições de conforto desejadas (principal objetivo de um sistema de climatização). Considerando o peso substancial da vertente da ventilação natural na obtenção das condições de conforto e de qualidade do ar interior – QAI – do projeto, os custos de exploração desta solução são certamente reduzidos, pois grande parte dos sistemas mecânicos apenas funciona quando estritamente necessário. 0HPyULD'HVFULWLYDH-XVWLILFDWLYD S Tendo como base os custos de exploração e o custo inicial dos equipamentos, consegue-se uma instalação a custos aceitáveis, com boas condições de conforto (temperatura, humidade, acústica e QAI) e baixos consumos de energia. 3.7. Instalações de gases medicinais Prevê-se que o edifício escolar tenha redes de gases medicinais – oxigénio, ar-comprimido e vácuo. O traçado das instalações desenvolve-se desde das centrais de garrafas até aos laboratórios para as calhas hospitalares. A distribuição dos gases medicinais – oxigénio e ar comprimido - obedece ao sistema de distribuição horizontal, de dupla redução sendo subdividida em centrais de garrafas e rede secundária. As centrais terão a pressão máxima de 8 bar e a rede secundária de 4 bar. A tubagem de vácuo será dimensionada para uma depressão relativa entre 0,73 e 0,60 bar. As tomadas a instalar serão de duplo fecho, fabricadas com encaixes não permutáveis de fluído para fluído, rotuladas quanto ao fluído a que se destinam, com as dimensões mencionadas em anexo e com filtro. As tomadas serão diferentes para cada gás. 3.8. Sistema de segurança integrada Este novo edifício Pedagógico da ESEL, de acordo com o Regime Jurídico da Segurança contra Incêndios em Edifícios, é de utilização mista, apresentando duas UT distintas: a UT II (Estacionamentos) e a UT IV (Escolar); e enquadra-se na 3ª categoria de risco. Relativamente à compartimentação geral corta-fogo, cada piso constitui, em regra, um compartimento cortafogo, estando assegurado o cumprimento do seguinte: - A área máxima de compartimento corta-fogo no piso -1 (estacionamentos) é de 3 200 m², e nos restantes pisos é de 1 600 m²: - Por razões de funcionamento e exploração, um compartimento de fogo pode ocupar os dois pisos, desde que a área útil máxima do compartimento fogo seja 1600 m² e a área útil máxima do compartimento de fogo em cada piso seja no máximo 800 m²; - Assegura-se o isolamento e proteção dos locais de risco existentes nos diversos pisos. No dimensionamento dos caminhos de evacuação e das saídas dá-se cumprimento ao seguinte: – Locais com um efetivo inferior ou igual a 50 pessoas possuem no mínimo uma saída, e locais com um efetivo entre 51 pessoas e 500 dispõem de duas saídas; – As saídas que servem os diferentes espaços dos edifícios são distintas e estão localizadas de modo a permitir uma evacuação rápida; – Saídas e caminhos de evacuação para um efetivo até 50 pessoas têm, no mínimo, 1 UP; para um efetivo entre 51 e 500 pessoas têm uma UP por 100 pessoas, mais uma; – Os caminhos horizontais de evacuação proporcionam um acesso rápido e seguro às saídas de piso através de encaminhamentos claramente traçados, retilíneos, curtos e com um número mínimo de mudanças de direção; – A distância máxima a percorrer nos locais de permanência até a saída mais próxima (para o exterior ou via de evacuação protegida) é de 15 m nos pontos em impasse e 30 m nos que têm acesso a saídas distintas; e no piso do estacionamento é de 25 m nos pontos de impasse e de 40 m nos pontos com acesso a saídas distintas; - Todas as vias verticais de evacuação são contínuas até ao piso ao piso do plano de referência; e estão devidamente protegidas, dispondo as interiores de meios de controlo de fumo. O edifício será dotado de fontes centrais de energia de emergência, uma vez que dispõe de instalações cujo funcionamento é necessário garantir em caso incêndio e cuja alimentação não é assegurada por fontes locais de emergência. Disporá igualmente de uma instalação de deteção, alarme e alerta de configuração 3 – proteção total. Serão dotados de instalações de controlo de fumo os seguintes espaços: vias verticais de evacuação enclausuradas, piso -1 (estacionamentos), câmaras corta-fogo. O piso dos estacionamentos cobertos disporá igualmente de um sistema de controlo de monóxido de carbono. Este edifício dispõe de meios de primeira intervenção: extintores portáteis e móveis e rede de incêndios armada do tipo carretel. A alimentação desta rede de incêndio é assegurada por um depósito privativo associado a grupos sobrepressores. 0HPyULD'HVFULWLYDH-XVWLILFDWLYD S 3.9. Comportamento térmico Os sistemas de climatização são concebidos em conjunto com a Arquitetura, tendo como grande objetivo a exploração máxima das capacidades dos edifícios para tirar partido das energias passivas, apenas se recorrendo às energias ativas nas situações em que o clima se torne mais rigoroso. Assim sendo, é dada primordial importância ao isolamento térmico e à correção de pontes, bem como a envidraçados de elevada qualidade térmica e dispositivos de sombreamento eficazes para que, conjuntamente com os sistemas de ventilação natural que se prevê criar, seja possível obter uma solução final integrada de grande sustentabilidade, com baixas necessidades energéticas e, consequentemente, com uma baixa contribuição para a emissão de poluentes para a atmosfera. Estando a cidade de Lisboa integrada numa zona climática em que o verão é a estação mais exigente, é pois fundamental atuar em consonância, protegendo melhor o edifício da radiação solar através de um bom isolamento e de sistemas eficazes de sombreamento dos envidraçados. Dado que os edifícios são dotados de uma boa inércia térmica é possível adotar estratégias de redução da carga térmica no verão, pois tal inércia absorve o calor na hora de maior radiação solar, sendo este apenas refletido no interior ao final do dia. Sendo então a temperatura exterior mais baixa, é possível, através da ventilação natural a efetuar durante a noite, proceder ao arrefecimento do edifício, tornando a sua massa térmica eficaz para o dia seguinte. No inverno, os dispositivos de sombreamento concebidos permitirão a promoção dos ganhos solares, de forma a diminuir as necessidades de aquecimento mecânico, recorrendo também à inércia térmica que permite acumular energia durante o dia para manter a temperatura interior amena durante a noite. Os sistemas de isolamento dos vários corpos do edifício são detentores de coeficientes de condutibilidade térmica, abaixo dos coeficientes de referência estabelecidos na atual legislação, nomeadamente para as paredes exteriores, coberturas e envidraçados. A escolha de vidros com baixos fatores solares e sombreamentos que permitam um baixo fator solar do envidraçado contribuem de forma decisiva para o desenvolvimento da estratégia assumida. Elementos exteriores Zonas opacas verticais Uref = 0,7 W/m2ºC (U pretendido 0,5 W/m2ºC) - Zonas opacas horizontais Uref = 0,5 W/m2ºC (U pretendido 0,4 W/m2ºC) Envidraçados Uref = 4,3 W/m2ºC (Fator solar: 0,56) U pretendido 2,3 W/m2ºC (Fator solar: 0,4) Quadro 1 – Condutabilidade térmica 3.10. Comportamento acústico De uma forma geral o estudo de condicionamento acústico tem como objetivo diminuir os efeitos do ruído através da proteção direta nos locais recetores. O conforto acústico procurado depende, entre outros, dos níveis do ruído de fundo no interior dos vários espaços. Estando o edifício corretamente isolado do exterior, é também necessário que os níveis de ruído originados pelos equipamentos técnicos respeitem os limites descritos anteriormente. Num edifício escolar, é necessário ter em conta fontes de ruído clássicas, interiores e exteriores, tais como os ruídos originados por equipamentos eletromecânicos. Resumidamente, é necessário ter em atenção as seguintes fontes de ruído e vibrações: - Ruído e vibração dos equipamentos elétricos do edifício (transformadores, fontes de alimentação, geradores, elevadores, etc.); - Ruído e vibração dos equipamentos AVAC; - Ruído dos equipamentos sanitários e do sistema de águas e saneamento. As zonas mistas não devem ficar expostas a ruído ambiente exterior superior a 65 dB(A), expresso pelo indicador Lden, e superior a 55 dB(A) expresso pelo indicador Ln. O isolamento sonoro – de sons de condução aérea entre o exterior e o interior do edifício – a adotar é 33 dB. Quando a área translúcida for superior a 60% do elemento da fachada, adiciona-se à análise o termo de adaptação apropriado. 0HPyULD'HVFULWLYDH-XVWLILFDWLYD S De forma a respeitar o valor legislado, propõe-se para as paredes exteriores alvenaria dupla de tijolo de11 e 15 cm, respetivamente nos panos exterior e interior. Estes panos são assentes com argamassa bastarda e têm caixa de ar variável, em função da espessura da parede, parcialmente preenchida com isolamento térmico de poliestireno extrudido com 6 cm. Nos edifícios escolares os valores de Dn, w a respeitar entre locais do edifício são os seguintes: Locais de receção Locais de emissão Salas de aula, de professores, administrativas Sala de aula musical, salas polivalentes, refeitórios, ginásios e oficinas Corredores de grande circulação** Salas de aula*, de professores, administrativas Bibliotecas e gabinetes médicos Salas polivalentes e berçários 45 45 45 55 58 50 30 35 30 * Incluindo salas de aula de música ** Considerando haver porta de comunicação com os locais recetores; se tal não for o caso, os valores indicados são acrescidos de 15 dB Quadro 2 – Dn, w Assim, de forma a respeitar os valores acima citados, propõe se para as paredes interiores entre as salas de aula e nas que separam as salas de aula e os vestíbulos, alvenarias duplas de tijolo de 11 cm com isolamento, na caixa de ar, de lã de rocha com densidade de 100kg/m³. Os tempos de reverberação a respeitar, de acordo com as características dos diferentes locais são os seguintes: Locais Sala de aula, bibliotecas, salas polivalentes e refeitórios Ginásios, sem sistema de difusão pública Tempo de reverberação (500Hz-2KHz) 1/3 T6 0.15 V [s] 1/3 T6 0.15 V [s] Quadro 3 – Tempos de reverberação De forma a cumprir os tempos de reverberação estipulados, o revestimento dos tetos das salas de aula, e de todas as locais que não verifiquem T será composto por placas de gesso laminado perfurado, com plenum não inferior a 100 mm. As portas com requisitos acústicos têm vedantes de frincha nos batentes, apresentando índices de redução sonora mínima de 30 dB. Os vãos envidraçados têm vidro duplo de elevado isolamento com índice de redução sonora mínima de 35 dB. Devem assentar em caixilharia fixa ou móvel de alumínio, em que as partes móveis apresentem boa vedação ao ar, de forma a atenuar a transmissão de sons por via aérea. Nas coberturas, onde fiquem apoiados os equipamentos, prevê-se o recurso a maciços antivibráticos individuais. Em resumo, pretende-se com este projeto dotar a Escola de qualidade ambiental, diminuindo os efeitos de ruído através da proteção direta nos locais recetores. Para esse efeito serão aplicados materiais de elevada fiabilidade e durabilidade com reduzidos custos de manutenção. 4. Racionalidade das soluções técnicas e construtivas adotadas 4.1. Qualidade das opções técnico-construtivas face à durabilidade e manutenção do complexo As soluções preconizadas pretendem responder às solicitações técnicas subjacentes ao bom funcionamento de um equipamento desta natureza. Cada uma delas procura responder a exigências distintas, concorrendo todas para a otimização da durabilidade e manutenção futura do complexo pela entidade gestora. Assim, desde a escolha dos materiais de revestimento, até às soluções mecânicas mais complexas, a proposta é estudada para minimizar os custos de manutenção associados ao funcionamento geral. 4.2. Qualidade das opções técnico-construtivas tendo em conta a sustentabilidade energética e ambiental Em continuidade com o referido anteriormente, cada Especialidade per si tem também o dever de promover ações de sustentabilidade ambiental. Preconiza-se uma Arquitetura sustentável, que se reflete em opções 0HPyULD'HVFULWLYDH-XVWLILFDWLYD S técnicas como o aproveitamento da energia solar para o aquecimento de águas sanitárias ou o eventual reaproveitamento das águas pluviais. Está-se portanto perante uma proposta que enfatiza fatores de sustentabilidade energética e ambiental, para que contribuem todas as Especialidades. 5. Soluções em eficiência energética e custos de exploração e manutenção Em termos de iluminação, consideraram-se lâmpadas com os melhores índices de eficiência energética, equipamentos de tecnologia led, detetores de presença e com leitura automática da luminosidade, permitindo a cada momento manter o nível exigido, de acordo com a luminosidade natural. Os consumos anuais das instalações elétricas foram calculados tendo em consideração a eficiência 2 energética das soluções propostas e uma potência média de 7,0 w/m . O tarifário utilizado é o de média tensão e longas utilizações. cheia 0.1030€ vazio 0.0735€ s. vazio 0.0677€ 21560 19,15 63,01 2,38 1,46 Total anual ponta 0.1316€ 5390 32340 Total diário h.s.vazio 4 Custos (€) h.vazio - 6 606375 10780 h.cheia - 1 2 Pot/m Consumo noite (Wh) h.ponta - 2 134750 h.cheias 9 h.ponta - 2 7 9625,00 2 Área (m ) Consumo dia (Wh) 86,00 24 596,04 Quadro 4 – Consumos das instalações elétricas A estimativa do custo anual de instalações elétricas é de 24 596,04 €. Ao nível da manutenção das instalações elétricas considera-se uma substituição de lâmpadas num período de 15 anos. Obtém-se o valor de 18 900,00 €/15 anos, o que perfaz o valor de 1 260,00 € anuais. Em termos de climatização propõe-se a utilização de equipamentos com bons índices de eficiência energética. Estimam-se os seguintes consumos energéticos: - Arrefecimento – 50 000 kWh/ano; - Aquecimento – 25 000 kWh/ano; - Ventiladores – 17 500 kWh/ano; - Grupos eletrobomba – 5 600 kWh/ano; - Produção de AQS – 2 000 kWh/ano. Deste modo, o consumo anual de energia com os sistemas de climatização/ventilação é de 100 100 kWh/ano. Considerando que tais consumos se efetuam no período diurno, o preço médio da energia é de 0,1082 €/kW e o consumo anual é de 10 830,82 €. Estima-se também que o custo anual de manutenção dos equipamentos de climatização seja de 4 200 €/ano. Ao nível do consumo de água e saneamento, o custo de exploração poderá ser reduzido através de um sistema de aproveitamento de águas pluviais (SAAP). O custo de manutenção do SAAP será de aproximadamente, 500 € anuais. Para uma estimativa de 1 321 alunos e 100 funcionários, com uma 3 capitação (segundo a literatura da especialidade) de 40 l/pessoa.dia, o consumo diário é de 56,840 m . Ao utilizar-se um sistema de aproveitamento de águas pluviais, para uma estimativa de 1 321 alunos e 100 3 funcionários, uma capitação de 6 l/pessoa.dia a redução de consumo de água potável é de 8,530 m /dia. Se não for instalado o sistema de aproveitamento de água pluvial, o custo de exploração anual para o abastecimento de água e saneamento (considerando 2,25 € o preço do metro cúbico de água acrescido da tarifa de saneamento) é de 36 251,42 €. Com o SAAP este custo decresce para 30 813,70 €. Estima-se que o custo de manutenção das redes de águas e esgotos é de 1 000 € (sem o SAAP) ou de 1 500 € (com o SAAP). Portanto, o custo total anual de exploração e manutenção estimado é de 78 138,28 € ou 73 200,56 € com e sem SAAP, respetivamente. 0HPyULD'HVFULWLYDH-XVWLILFDWLYD S