CÂNCER DE MAMA: POLIMORFISMOS DO FOLATO E FATORES DE RISCO 1 Autores 1 Carlos Henrique Viesi do Nascimento Filho , Ana Paula D'Alarme Gimenez Martins , Márcia Maria 1 1 1 Urbanin Castanhole , Stephanie Piacenti dos Santos , Ana Lívia Silva Galbiatti , Érika Cristina Pavarino 1 1 , Eny Maria Goloni Bertollo 1 Instituição FAMERP - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Avenida Brigadeiro Faria Lima, 5416 - Vila São Pedro, São José do Rio Preto - SP) Resumo OBJETIVOS Investigar a frequência dos polimorfismos MTR A2756G, MTHFR C677T e MTHFR A1298C em mulheres com câncer de mama e em um grupo sem história de neoplasia e avaliar a associação dos polimorfismos e fatores de risco (idade e hábitos etilista e tabagista) com o desenvolvimento de tumores de mama. MÉTODOS Estudamos 348 indivíduos do sexo feminino, 106 pacientes com diagnósticos clínico/histopatológicos de carcinoma mamário, procedentes do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Base/ FAMERP; e 242 mulheres saudáveis, sem história familiar de neoplasia, com idade maior ou igual a 40 anos provenientes do grupo de indivíduos doadores de sangue do Hemocentro da FUNFARME/FAMERP. A análise molecular foi feita pela técnica de Polymerase Chain Reaction-Restriction Fragment Length polymorphism (PCR-RFLP) e análise estatística por Regressão Logística Múltipla. RESULTADOS Os polimorfismos MTR A2756G (OR: 1,19; 95% IC: 0,70 - 2,01; p=0,520), MTHFR C677T (OR:1,42; IC: 0,86-2,37; p=0,173) e MTHFR A1298C (OR:0,87; 95% IC:0,52-1,44; p=0,580) não apresentaram associação com o risco de desenvolvimento, bem como o hábito tabagista também não foi estatisticamente associados ao câncer de mama (OR:1,01; 95% IC: 0,58-1,75; p=0,968). A idade maior ou igual a 48 anos e hábito etilista foram associados a doença (OR:4,28; 95% IC: 2,52-7,28; p≤0,001 e OR: 2,49; 95% IC:1,48 - 4,19; p=0,001 respectivamente). CONCLUSÃO Embora não foi encontrada associação entre os polimorfismos e o risco para câncer de mama, nossos dados evidenciam que idade acima ou igual a 48 anos e hábito etilista aumentam o risco para esta doença. Futuros estudos de associação entre genes do metabolismo do folato, em diferentes casuísticas, podem contribuir para o melhor entendimento do desenvolvimento do câncer de mama. Palavras-chaves: Câncer de Mama, Metabolismo do Folato, Polimorfismos Genéticos Agência de Fomento: CNPq e FAPESP