O Egito Antigo Localização geográfica Norte da África – região desértica cortada pelo Rio Nilo, que através de seu regime de cheias e vazantes possibilitou a fertilidade do solo e a prática da agricultura. Foi a interação entre fatores naturais e humanos que possibilitou o desenvolvimento dessa civilização!! Atualmente, a maior parte da população egípcia ainda vive nas áreas próximas ao rio Nilo. Ao contrário da Mesopotâmia, a história do Egito Antigo é marcada pelo desenvolvimento de um grande império, cuja história política se divide em três fases: Antigo, Médio e Novo Império. Antigo Império – capital em Mênfis O período é caracterizado por relativa estabilidade política por causa do fortalecimento do poder dos faraós, pela construção de grandes obras arquitetônicas e pelo desenvolvimento da agricultura. Médio Império – capital em Tebas Período marcado pela expansão territorial e prática comercial, estabelecendo relações com povos da Ásia. No entanto, por volta de 1800 a.C. os egípcios foram conquistados pelos hicsos, que dominaram o Egito até 1570 a.C. Novo Império: Sob a liderança de Amósi I, o Egito se reunificou e deu início ao período de maior apogeu - de maior desenvolvimento cultural. Campanhas militares conquistaram diversas regiões e grandes obras arquitetônicas foram feitas para demonstrara a grandiosidade dos faraós. Por volta de 1100 a.C., porém, problemas internos provocados pela disputa do poder e pelas diferenças sociais provocaram o enfraquecimento do Estado e facilitaram os ataques de povos estrangeiros. A partir de então, o Egito foi sucessivamente dominado por outros povos. A sociedade egípcia A sociedade no Egito era hierarquizada, isto é, dividida em grupos sociais e imóvel; não havia possibilidade de mudança.Esses grupos sociais eram determinados pelo nascimento. Faraó e sua família Sacerdotes e burocratas Comerciantes e artesãos Camponeses e escravos Faraó: governante (rei) do Egito, considerado filho do deus Sol. Era o proprietário das terras e seu cargo era hereditário, isto é, passava de pai para filho. Sacerdotes: encarregados de administrar os templos e os serviços religiosos. Eram considerados intérpretes das vontades dos deuses na Terra e, por isso, exerciam grande influência política sob os faraós. Estavam isentos do pagamento de impostos. Burocratas: funcionários do faraó. Os principais eram o vizir, espécie de primeiro-ministro e os escribas, responsáveis pelo registro dos impostos, censo da população, etc., uma vez que eram os únicos que dominavam a escrita. Camponeses: eram a maioria da população e viviam sob um regime de servidão coletiva – trabalhavam nas terras do faraó, dos sacerdotes e dos altos funcionários do Estado e em troca tinham que entregar uma parte da colheita a eles, como pagamento de impostos, e apenas o restante servia para sua sobrevivência. Além de cultivar as terras, os camponeses trabalhavam na construção de diques, pirâmides, canais e outras obras públicas. Vários relatos da época descrevem a vida difícil dos camponeses!! Nas cidades egípcias, havia muitos artesãos, a maior parte deles trabalhando para os faraós e os nobres. Existiam várias especialidades: fabricante de sandálias de couro e utensílios domésticos, escultores, ourives, construtores de carros de guerra, barcos e móveis. O trabalho e os saberes A agricultura era a atividade mais importante no Egito, porém nos palácios e nos templos havia diferentes profissionais especializados. Entre eles merecem destaque os astrônomos e os técnicos pois desenvolveram meios de melhor aproveitar as águas do rio Nilo. A religião Os egípcios eram politeístas e, para eles, tudo o que acontecia na sua vida diária dependia da vontade dos deuses. A principal divindade era Rá, o deus Sol, do qual o faraó era considerado filho. Os deuses podiam ter forma humana ou animal ou a combinação de ambos – seres antropozoomórficos. Anúbis – deus com cabeça de chacal. Representava os mortos e o submundo. Os egípcios acreditavam na vida após a morte, por isso mumificavam seus mortos e colocavam nos túmulos todos os objetos que pudessem ser utilizados no retorno à vida, na eternidade. OBS: devido à prática da mumificação, os egípcios desenvolveram um avançado conhecimento sobre o corpo humano e seu funcionamento; assim desenvolveram a medicina. Primeiro, os órgãos internos do corpo eram removidos para serem guardados em uma vasilha. Em seguida, o corpo era coberto com bicarbonato de sódio, para secar e preservar o cadáver. Passados 60 dias, o corpo era preenchido com óleos e resinas, para perfumá-lo e conservá-lo. Por fim, o corpo era envolvido em faixas de linho, colocado no sarcófago e enterrado. A escrita A primeira forma de escrita no Egito foi o hieróglifo – sinais que representavam ideias e sons. Era uma escrita muito complexa e trabalhosa e, por isso, somente os escribas tinham o hábito de usá-la. Com o tempo foram criadas formas de escritas mais simples e um pouco mais populares, a hierática e a demótica.