HORMÔNIOS REGULADORES DE CRESCIMENTO E SEUS EFEITOS SOBRE OS PARÂMETROS MORFOLÓGICOS DE GRAMÍNEAS FORRAGEIRAS 1 PELISSARI, G2.; CARVALHO, I. R2. SILVA, A. D. B2.; FOLLMANN, D. N2.; LESCHEWITZ, R2; NARDINO, M3; SOUZA, V. Q4; CARON, B. O4; 1 Trabalho de Pesquisa desenvolvido na Universidade Federal de Santa Maria Campus Frederico Westphalen-RS. 2 Curso de Agronomia da Universidade Federal de Santa Maria Campus Frederico Westphalen-RS, Brasil. 3 Mestrando em Agronomia, Universidade Federal de Santa Maria Campus Frederico Westphalen-RS, Brasil. 4 Prof PhD. Adj. da Universidade Federal de Santa Maria, Campus de Frederico Westphalen, RS, Brasil. E-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; RESUMO O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do uso de hormônios reguladores de crescimento vegetal nos parâmetros morfológicos de gramíneas forrageiras na região Norte do Rio Grande do Sul. Realizado no campo experimental da Universidade Federal de Santa Maria, Campus Frederico Westphalen. O delineamento experimental utilizado foi de blocos ao acaso no esquema fatorial (espécies forrageiras x uso de hormônios x épocas de avaliação) com três repetições. O hormônio utilizado é composto por CINETINA, ÁCIDO GIBERÉLICO, ÁCIDO INDOL-BUTÍRICO. O uso de hormônios reguladores de crescimento expressaram influência direta no número de afilhos por planta para todos os materiais forrageiros. Observaram-se efeitos positivos no uso deste aditivo sobre a variável altura de planta para os materiais Azevém Normal, BRS 277, BRS Tarumã e BRS Umbu. O teor de clorofila foi influenciado apenas para o grenótipo BRS Guatambu. Os hormônios propiciam aumento da área foliar e massa verde dos materiais forrageiros. Palavras-chave: Integração Lavoura-pecuária; Desenvolvimento Forrageiro; Ccrescimento de Plantas. 1. INTRODUÇÃO Para ser considerada eficaz para a alimentação animal, a planta forrageira deve possuir rápido crescimento, de maneira constante, possuir rápido domínio sobre plantas invasoras, além de ser tolerante às doenças e condições climáticas adversas. Existem várias espécies e cultivares utilizadas na alimentação animal, em destaque estão as cultivares de trigo com dupla aptidão (Triticum aestivum L.), onde podem ser utilizadas na alimentação animal tanto como forragem verde ou feno, e ainda como cobertura vegetal, adubação verde e alimentação humana com uso de seus grãos (SCHEEREN, 1984). O trigo de dupla aptidão caracteriza-se como forrageira amplamente difundida na interação lavoura-pecuária, produz além de grãos, forragens no período de vazio forrageiro. O trigo de dupla aptidão é cultivado em diversos países, obtendo bons retornos financeiros para os agropecuaristas (FONTANELI et., al., 2007). No Brasil, o trigo é cultivado principalmente nos estados da região Sul. Estes estados brasileiros e principalmente Minas Gerais são destaques na produção leiteira. Algumas cultivares com dupla aptidão disponível ao produtor: BRS Tarumã, BRS Umbu, BRS Guatambu, BRS Figueira, BRS 176 e BRS 277. Outras gramíneas forrageiras utilizadas na alimentação animal, entre elas, Azevém Normal diplóide (Lolium multiflorum), Azevém Barjumbo tetraplóide (Lolium multiflorum), Aveia Preta (Avena strigosa) e Centeio forrageiro (Secale cereale L.). Sendo estas utilizadas principalmente na região sul do Brasil, onde expressam fácil manejo, custo baixo de implantação e ciclo longo, com isso seu período de pastejo pode ser extendido do final do outono até o final da primavera no estado do Rio Grande do Sul (FONTANELI; GASSEN, 2009). Os hormônios reguladores do crescimento vegetal buscam aperfeiçoar e potencializar o desenvolvimento inicial da cultura. Existem diversos fitormônios sintéticos reguladores de crescimento disponíveis no mercado, no qual cada grupo tem efeito diferenciado no estímulo do crescimento e desenvolvimento vegetal, existem também compostos de fitormônios, que se caracterizam por ser uma combinação de diferentes reguladores vegetais. Na dosagem correta, geram equilíbrio hormonal na planta, trazendo resultados positivos à cultura. Com o uso destes hormônios reguladores de crescimento espera-se que a planta tenha desenvolvimento mais rápido e maior eficácia no uso de suas raízes. As plantas forrageiras ganham importância no Brasil por serem utilizadas como base alimentar da bovinocultura de corte e leiteira. Estudos na melhoria das forrageiras são imprescindíveis para o desenvolvimento do setor. Ao levarmos em consideração a dieta dos animais, os principais fatores a serem analisados no atendimento das exigências nutricionais são a quantidade e a qualidade de forrageira a serem produzidas (TEIXEIRA,; ANDRADE, 2001). O presente estudo tem por objetivo avaliar a influência do uso de hormônios reguladores de crescimento vegetal nos parâmetros morfológicos de gramíneas forrageiras na região Norte do Rio Grande do Sul. 2. METODOLOGIA O trabalho foi realizado no campo experimental da Universidade Federal de Santa Maria - Centro de Educação Superior Norte do RS – UFSM, Campus Frederico WestphalenRS. O solo classifica-se como Latossolo Vermelho Distrófico, o clima da região classifica-se como subtropical segundo Köppen e a região se localiza á uma altitude de 490 metros. O período de semeadura foi realizado na primeira quinzena de abril de 2012, as sementes das espécies forrageiras são oriundas da EMBRAPA Trigo, localizada na cidade de Passo Fundo – RS. O delineamento experimental utilizado foi de blocos ao acaso no esquema fatorial (Espécies forrageiras x uso de hormônios x épocas de avaliação) dispostos em três repetições. O hormônio utilizado foi Stimulate®, este hormônio é composto por a CINETINA, que auxilia no crescimento das plantas, divisão e diferenciação celular, ÁCIDO GIBERÉLICO, que expressa efeitos no processo de germinação, ÁCIDO INDOL-BUTÍRICO que participa do crescimento, estabelecimento dos frutos e retarda a queda de flores. A dose utilizada foi de 5 ml do composto para cada quilo de sementes. As parcelas continham um metro quadrado, com seis linhas de semeadura, espaçamento entre linha de 0.17 metros, dispostos em três repetições para cada tratamento. Utilizaram-se nove espécies forrageiras avaliando-se o uso ou não de hormônio regulador de crescimento vegetal, as avaliações atribuídas no experimento seguem: número de afilhos por planta, que se caracteriza como o ato da planta dar rebentos, altura de planta, teor de clorofila, área foliar da planta, massa verde de planta, massa seca de planta. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância com 5% de probabilidade de erro. Ao apresentar interação entre espécie forrageira x uso de hormônio x época de avaliação desmembraram-se aos efeitos simples, as variáveis que não expressaram interação para espécie e uso de hormônio compararam-se as médias de cada fator pelo teste de Tukey. As épocas de avaliação foram comparadas por regressão linear. 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES A análise de variância relevou significância para interação tripla espécie forrageira x uso de hormônio x época de avaliação para a variável número de afilhos por planta. As variáveis que desempenharam interação entre espécie forrageira x época de avaliação foram: altura de planta, teor de clorofila, as variáveis que expressaram interação entre época de avaliação e uso de hormônio foram: teor de clorofila. As variáveis que apresentaram interação espécie forrageira x uso de hormônio foram: altura de planta e teor de clorofila. As variáveis que não apresentaram interação foram: área foliar, massa verde de planta, massa seca de planta e altura de plantas. A variável número de afilhos (Tabela 1) por planta indica o potencial produtivo das plantas, sendo este forrageiro e para a produção de grãos. O indicador do potencial de rendimento de grão é indicado pelo número de afilhos férteis. Em relação ao desempenho da Aveia Preta frente ao uso de hormônio regulador de crescimento esta responde de maneira positiva ao uso do aditivo. Ao analisar o comportamento nas diferentes épocas de avaliação observa-se que o maior número de afilhos está expresso aos 55 DAS (dia após a semeadura), portanto esta espécie expressa acréscimos gradativos no número de afilhos de acordo com o crescimento da planta. Na avaliação do Azevém Barjumbo perante a adição do hormônio junto às sementes, obteve-se resposta positiva, com o aumento do número de afilhos por planta. De acordo com as épocas encontrou-se maior resposta aos 45 e 55 DAS, possivelmente a resposta da planta ao uso do hormônio ocorre conforme o crescimento e desenvolvimento de afilhos. O uso de hormônio resultou em resposta positiva no caráter afilhamento. O comportamento do Azevém Normal frente o uso de hormônio foi similar ao azevém Barjumbo, possuindo um crescimento positivo no número de afilhos aos 35 e 55 DAS, portanto esta forrageira expressou resposta positiva ao aumento das épocas de avaliação em relação ao afilhamento. O crescimento desta forrageira é similar com a adição ou não deste composto, fato este que ocorre acréscimos no número de afilhos perante o desenvolvimento da cultura. O comportamento do número de afilhos da cultivar de trigo BRS277 perante a adição de hormônio expressa acréscimos aos 35, 45 e 55 DAS. O Centeio Forrageiro com o uso de hormônio reduziu o número de afilhos. O genótipo de trigo BRS Figueira com uso de hormônio teve seu número de afilhos maior em todas as épocas de avaliação. Em comparação com ou sem uso de hormônio, nota-se elevação aos 55 DAS no número de afilhos. O BRS Guatambu com o uso de hormônio desempenha comportamento diferenciado das demais forrageiras, em todas as épocas de avaliação, o BRS 277 com uso de hormônio obteve o maior número de afilhos em comparação ao sem uso de hormônio, apenas aos 35 DAS à resposta foi maior ao número de afilhos para a cultivar BRS 277 sem uso de hormônio, com a adição de hormônios houve acréscimos significativos aos 45 e 55 DAS. O material BRS Tarumã com uso de hormônio obteve maior expressão no número de afilhos em todas as épocas de avaliação. Ao relacionarmos o uso de hormônios, este foi responsivo a adição do composto aos 45 e 55 DAS. O BRS Umbu perante o uso de hormônio foi mais expressivo em relação a este quesito na ausência dos hormônios, no uso deste aditivo para todas as épocas de avaliação o material BRS Umbu desempenhou maior afilhamento e perante os demais materiais foi superior no quesito número de afilhos por planta. Tabela I: Afilhamento - Interação entre as espécies forrageiras x uso de hormônios reguladores de crescimento x épocas de avaliação, na região Norte do Rio Grande do Sul. Épocas após semeadura Com Hormônio Espécies 15 25 35 Sem Hormônio 45 55 15 25 35 45 55 Aveia Preta 1.44ab A 2.44a A 5.33ab A 3.44b A 7.33c A 1.55a A 1.22a A 3.33ab B 4.00ab A 5.00bc B Azévem Barjumbo 0.94ab A 1.00b A 3.88bc A 3.66b A 5.77d A 1.00a A 1.66a A 3.11ab A 2.22c B 4.11bc B Azévem Normal 1.11ab A 1.66ab A 4.77b A 3.88b A 6.44cd A 0.77a A 1.88a A 3.11ab B 3.55bc A 5.33ab A BRS 277 1.88ab A 2.22ab A 6.55a A 5.77a A 9.00b A 1.22a A 1.11a A 3.66ab B 2.77bcd B 5.33ab B Centeio Forrag. 0.55b A 1.00b A 3.00c A 4.00b A 5.66d A 0.77a A 1.44a A 3.77ab A 5.33a A 5.88a A BRS Figueira 1.66ab A 2.22ab A 4.00bc A 4.00b A 6.55bc A 1.22a A 1.88a A 3.44ab A 3.22bc A 4.66bc B BRS Guatambu 1.44ab A 2.22ab A 3.88bc A 3.11b A 11.33a A 1.44a A 1.77a A 4.33a A 2.22cd A 5.11ab B BRS Tarumã 2.11a A 2.44a A 4.00bc A 3.77b A 10.33a A 1.22a A 2.00a A 3.22ab A 3.55bc A 3.55cd B BRS Umbu 1.77ab A 2.22ab A 4.11bc A 3.55b A 7.44c A 1.11a A 1.55a A 1.66c B 1.44d B 2.55d B CV(%) 26.56 *Médias seguidas pela mesma letra maiúsculas na linha não diferem no uso de hormônios, pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade de erro. *Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna não diferem estatisticamente entre as espécies forrageiras pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade de erro. Os gráficos: Demonstram o comportamento de cada material forrageiro perante as épocas de avaliação, e uso de hormônios reguladores de crescimento, perante a variável numero de afilhos por planta. A comparação de altura de plantas em relação às épocas de avaliação (Tabela II) foi elaborada com intuito de avaliar a características morfológicas do crescimento de cada planta aos 55 DAS. As espécies Azevém Barjumbo, Azevém Normal e Aveia Preta, perante as épocas de avaliação obtiveram acréscimos no crescimento, resultando as 55 DAS similaridade perante este caráter. Em relação ao crescimento dos materiais Centeio Forrageiro, BRS Figueira e BRS 277 demonstra acréscimos na altura aos DAS 55, e Centeio Forrageiro e BRS Figueira obtiveram altura similares. Ao observar o comportamento em relação às épocas de avaliação, nota-se que o BRS 277 expressou crescimento ascendente em relação aos demais materiais. Ao observar o crescimento dos materiais BRS Guatambu, BRS Tarumã e BRS Umbu perante as épocas de avaliação, se observou comportamento similar. Todos os materiais de trigo duplo propósito expressaram declínio na altura de plantas aos 55 DAS, possivelmente isso é devido ao intenso afilhamento dos materiais, onde as plantas preconizaram o crescimento dessas estruturas, reduzindo a translocação dos fotoassimilados à planta principal. Os gráficos: Demonstram o comportamento dos materiais forrageiros perante as épocas de avaliação, perante a variável altura de planta. Em relação ao comportamento das espécies forrageiras perante as épocas de avaliação no quesito teor de clorofila, para as espécies Azevém Normal, Azevém Barjumbo e Aveia Preta, o Azevém Barjumbo expressou maior teor de clorofila aos 35 DAS, o Azevém Normal expressou menor teor de clorofila perante as demais espécies, possivelmente este material não tenha habilidade competitiva em sua arquitetura foliar. Para os materiais BRS Figueira, BRS 277 e Centeio Forrageiro, perante ás épocas de avaliação, os maiores teores de clorofila foram expressos pelo material BRS 277. O Centeio Forrageiro e BRS Figueira não diferiram estatisticamente entre si. Tabela II: Demonstra interação espécies forrageiras x épocas de avaliação, para as variáveis altura de planta e teor de clorofila. Altura de Planta Teor de Clorofila Época Época 15 25 35 45 55 15 25 35 45 55 Aveia Preta 23.10a 29.16 ab 46.78a 18.42a 18.74b 16.53 b 15.47ab 18.18 a 12.35bc 15.27ab Azévem Barjumbo 17.05ab 20.25 c 33.16bc 19.53a 18.72b 14.4 d 14.27bc 16.23bc 12.95ab 15.90 a Azévem Normal 15.38 b 30.90 a 35.85 b 20.08a 18.57b 12.03 e 13.01 c 15.38 c 12.95ab 13.82 b BRS 277 19.68ab 23.67abc 27.79 c 18.59a 28.93a 14.88 c 16.10 a 16.35bc 13.67ab 15.62ab Centeio 15.12 b 18.93 c 27.48 c 17.62a 15.15b 14.28 c 14.33 c 13.37 d 11.87 c 15.10ab BRS Figueira 23.00 a 26.33abc 38.89 b 20.77a 20.20b 15.22bc 13.35 c 14.51 d 11.12 c 13.84 b BRS Guatambu 19.38ab 22.53bc 31.35bc 19.36a 18.23b 13.52de 14.96abc 15.98bcd 12.68bc 14.38ab BRS Tarumã 18.53ab 19.96 c 29.83 c 19.81a 15.01b 16.27bc 16.09 a 16.25 bc 14.39 a 14.23 b 23.78 a 28.55ab 38.88 b 20.36a 20.84b 18.16a 15.69 ab 17.60 ab 12.68bc 15.33ab BRS Umbu CV(%) 29,35 9,72 *Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna não diferem estatisticamente entre as espécies forrageiras pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade de erro. Espécies Os gráficos: Demonstram o comportamento dos materiais forrageiros perante as épocas de avaliação, perante a variável teor de clorofila. J Em relação ao comportamento das espécies forrageiras de acordo com o uso de hormônios para a altura de plantas, para todas as espécies forrageiras o uso de hormônio influenciou de forma positiva este quesito. Apenas o material Centeio Forrageiro e BRS Guatambu não obtiveram diferença significativa entre si. Tabela III: Demonstra a interação ente espécies forrageiras x uso de hormônios, para as variáveis altura de planta e teor de clorofila. Espécies Aveia Preta Azévem Barjumbo Altura de Planta Com Hormônio 27.92 a A 22.45 c A Sem Hormônio 26.56 a A 21.04 bc A Teor de Clorofila Com Hormônio Sem Hormônio 15.59 a A 15.53 a A 14.73 abcd A 14.77 b A Azévem Normal 26.85 abc A 21.46 bc B 12.58 d B 14.30 bc A BRS 277 Centeio Forrageiro BRS Figueira BRS Guatambu BRS Tarumã 28.36 a A 17.76 d A 27.19 ab A 21.85 dc A 23.56 bc A 19.10 bc B 19.96 b A 24.48 ab A 22.49 ab A 17.69 c B 15.07 a A 13.91 c A 13.41 d A 14.84 abc A 15.04 a A 15.58 a A 13.67 c A 13.81 c A 13.77 c B 15.85 a A BRS Umbu CV(%) 29.96 a A 23.01 ab B 15.43 a A 16.35 a A 27,17 8,87 *Médias seguidas pela mesma letra maiúsculas na linha não diferem no uso de hormônios, pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade de erro. *Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna não diferem estatisticamente entre as espécies forrageiras pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade de erro. Em relação ao uso de hormônios nos diferentes materiais forrageiros, o teor de clorofila foi influenciado para os materiais BRS Guatambu e Azevém Normal, portanto o uso deste aditivo proporcionou a estes materiais acréscimos neste parâmetro. O teor de clorofila é indicativo da qualidade foliar das plantas, portanto acréscimos neste parâmetro vêm a acarretar maior taxa fotossintética, sendo esta responsável pelo crescimento das plantas. Possivelmente o uso destes hormônios trazem ganhos qualitativos e quantitativos às espécies responsivas a este aditivo. Para o comportamento das espécies com ausência do uso de hormônios, os maiores teores de clorofila foram expressos para os materiais de Aveia preta, BRS 277, BRS Tarumã e BRS Umbu. Os menores teores de clorofila foram desenvolvidos pelos materiais BRS Guatambu, BRS Figueira e Centeio Forrageiro. Em relação ao comportamento do teor de clorofila frente ao uso de hormônios perante as épocas de avaliação, observa-se redução para este quesito em relação ao desenvolvimento das plantas com hormônios reguladores do crescimento. Não houve diferença estatística entre as épocas de avaliação com a ausência de hormônios. Ao relacionarmos o comportamento da variável área foliar de acordo com uso de hormônios reguladores de crescimento, ressalta-se que este aditivo foi diretamente responsável pelo aumento da área foliar das gramíneas forrageiras, acréscimos nestes quesitos estão relacionados com o desenvolvimento dos materiais forrageiros. A variável massa verde e seca de plantas expressaram acréscimos de acordo com o desenvolvimento das forrageiras, o uso de hormônios reguladores do crescimento acarretaram em ganhos quantitativos para as variáveis em questão. Os bioestimulantes são alternativas disponíveis aos produtores, possibilitando acréscimos qualitativos e quantitativos aos mesmos (FERREIRA, 2006; MACEDO et., al., 2002). 4. CONCLUSSÃO O uso de hormônios reguladores de crescimento expressou influência direta no número de afilhos por planta para todos os materiais forrageiros. Observa-se efeitos positivos no uso deste aditivo sobre a variável altura de plantas para os materiais Azevém Normal, BRS 277, BRS Tarumã e BRS Umbu. O teor de clorofila foi influenciado apenas para o genótipo BRS Guatambu. Hormônios reguladores de crescimento propiciaram o aumento da área foliar e massa verde dos materiais forrageiros. REFERÊNCIAS FONTANELI, R. S.; ET AL; Brasil já tem suas cultivares de trigo de duplo propósito. SEED NEWS, vol XI, n° 1, 2007. FONTANELI, Ren. S., GASSEN, D.N. Integração Agriculturapecuária - Potencial das forrageiras para adubação verde. Revista Plantio Direto, v. 18, p. 26-34, 2009. FERREIRA, L. A. Bioestimulante e Fertilizantes associados ao tratamento de sementes de milho e soja. 2006. Dissertação (Mestrado em Fitotecnia). Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2006. MACEDO, F.B. et al. Fitorregulador, produção e conteúdos de clorofila nas folhas em feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) cv IAPAR-pérola. Revista Ecossistema. Vol. 27, n.1,2 jan – dez, 2002. SCHEEREN, P. L. Instruções para utilização de trigo e triticale. Passo Fundo: EMBRAPA/CNPT, 1984, 19p. (CNPT, doc. 09). TEIXEIRA, J.C.; ANDRADE, G.A. Carboidrato na alimentação de Ruminantes. In: II Simposio de Forragicultura e pastagens, 2001, Lavras. Temas em Evidencia. Lavras: Editora UFLA, 2001. v.1. p.165-210. KÖPPEN, W. Climatologia: Con un estudio de los climas de la tierra. México: Fondo de cultura Economica, 1948. 478p.