DENGUE Autoras: - Taisa Aparecida Santos Lucélia Tolosa Rodrigues Definição de dengue A dengue é uma doença infecciosa, febril, aguda e benigna na maior parte dos casos. É causada pelo vírus do grupo Flavivírus, transmitido ao homem através da picada do mosquito vetor Aedes Aegypiti. Após a transmissão, existe um período de incubação de 2 a 7 dias; o ciclo de multiplicação viral dura em média 18 horas. Fisiopatologia – Como acontece a doença? O mosquito infectado pica o homem. O vírus se dissemina pelo sangue; e, conseqüentemente se instala sobre o tecido. A multiplicação do vírus sobre o tecido provoca inflamação dos vasos, e o sangue passa circular mais lentamente. Com a circulação mais lenta, é comum que os líquidos do sangue extravasem os vasos e, com isso, o sangue torna-se mais espesso. O sangue espesso pode coagular dentro dos vasos, provocando trombos. Além disso, a circulação lenta prejudica a oxigenação e a nutrição ideal dos órgãos. Com o tempo, se não houver tratamento específico, pode haver um choque circulatório, o sangue deixa de circular, os órgãos ficam prejudicados e podem parar de funcionar, levando à morte. Transmissão O inseto Aedes Aegypiti fêmea é quem contamina o homem, pois o macho se alimenta apenas de seiva de plantas. A fêmea precisa da albumina (substância do sangue) para completar o processo de amadurecimento de seus ovos. O mosquito apenas transmite a doença, mas não sofre seus efeitos. Seu aspecto é parecido com o pernilongo, mas possui listras brancas em seu corpo e só pica durante o dia. Ele desenvolve sua fase larvária em coleções de água, como poços, caixas d’água, vasos de jardins, tambores, pneus e outros recipientes. São características de dengue: • 99% dos infectados têm febre, que dura cerca de 3 a 8 dias; pode ser branda ou muito alta, dependendo do indivíduo e da virulência; • 50% têm prostração e indisposição. • 60% têm cefaléia. • 50% têm dor retro-orbitária, mialgia e artralgia (dor nos músculos e nas articulações). • 25% apresentam manchas vermelhas em todo o corpo (os chamados exantemas); como o vírus se instala também próximo aos vasos, é comum que inflamem e fiquem evidentes na pele. • Perda do paladar e apetite. • Muitas dores nos ossos e articulações. Freqüentemente, ocorre dor de garganta, náuseas, vômitos, dor epigástrica e diarréia. Procedimentos básicos no tratamento Procurar um atendimento básico. A hidratação e a reposição de eletrólitos são os principais cuidados, pois é certo que febre, anorexia, vômitos e diarréia podem levar à desidratação. Aconselha-se ingerir muito líquido. É indicado o uso de paracetamol para alívio da dor, e para diminuir a febre. Medicamentos a base de ácido acetilsalicílico (como aspirina), dipirona (antiagragante plaquetário) e medicações anticoagulantes devem ser evitados. Devese fazer repouso e controle do hemograma. Nos casos mais graves, com impossibilidade de hidratação oral, deve-se iniciar hidratação parenteral (venosa) na unidade de atendimento e, em seguida, transferir para a unidade hospitalar, mesmo antes de pesquisa laboratorial. Registrar temperatura, pulso, pressão arterial, queixa de dor, quantidade de líquido ingerido, aspecto da pele, estado físico geral do cliente, presença de vômito e outros sintomas. É muito importante no combate à dengue ter uma equipe de vigilância epidemiológica; a notificação compulsória deve ser rigorosa; a sorologia deve ser feita a partir do 6º dia. Veja algumas orientações para campanha popular de controle dos mosquitos: • Manter caixas d’água, cisternas e outros depósitos de água bem tampados. • Trocar a água de plantas por terra ou areia. • Lavar bebedouro de aves e outros animais com escova (isso elimina ovos depositados nas paredes). • Se tiver piscina, lembre-se de que a água deve estar sempre tampada. • Garrafas devem ser guardadas de cabeça para baixo. • O lixo deve permanecer fechado – uma tampinha de garrafa pode se tornar um criadouro. • Receber bem o agente de saúde, quando ele bater à porta de sua casa. Referência bibliográfica FIGUEIREDO, N. M. de A. Prática de Enfermagem: Ensinando a Cuidar em Saúde Pública. 2005. Disponível em <WWW.saude.gov.br> Acesso em: 16 de abril 2008. Disponível em: www.abcdasaude.com.br/artigo Acesso em 20 de abril 2008.