Atuação do Enfermeiro frente ao tratamento Humanizado em

Propaganda
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE AO TRATAMENTO HUMANIZADO EM
CRIANÇAS SUBMETIDAS À QUIMIOTERAPIA
Cristiane Dutra Andrade Silva 1
Samira Santos de Azevedo Ferreira 2
Ediane Rodrigues da Fonseca3
Waldete Alves de Oliveira 4
Tatiana Heidi Oliveira 5
RESUMO
O câncer infantil tem apresentado um aumento nos seus índices de cura e
sobrevida, mas a preocupação com a qualidade da assistência nos diversos
momentos e contextos da mesma permanece. Trata-se de uma revisão bibliográfica
com o objetivo de descrever a atuação humanizada do enfermeiro frente à criança
submetida à quimioterapia. Através desta descrição buscou-se analisar a
importância da humanização no tratamento quimioterápico, descrever a relevância
da sistematização da assistência de enfermagem e identificar as ações do
enfermeiro que suavizem os efeitos diversos da quimioterapia à criança. Para a
realização do estudo utilizou-se a revisão bibliográfica referente ao período entre
1997 e 2010, optando trabalhar com o banco de dados virtual da Scientific Electronic
Library Online (SCIELO), Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da
Saúde (LILACS), Biblioteca Regional de Medicina (BIREME), sites do Ministério da
Saúde, livros, revistas e artigos com abordagem em oncologia. A revisão
demonstrou, após análise cuidadosa das referências citadas, a contribuição positiva
do enfermeiro e de sua assistência desde que aplicadas todas as fases do processo
de enfermagem e também uma melhoria na qualidade dessa assistência através das
inovadoras técnicas terapêuticas e atrativas.
Palavras-chave: Câncer Infantil. Quimioterapia. Enfermeiro. Humanização.
1
Acadêmica do curso Bacharelado em Enfermagem da Universidade Vale do Rio Doce – UNIVALE.
Email: [email protected]
2
Acadêmica do curso Bacharelado em Enfermagem da Universidade Vale do Rio Doce – UNIVALE.
Email: [email protected]
3
Acadêmica do curso Bacharelado em Enfermagem da Universidade Vale do Rio Doce – UNIVALE.
Email: [email protected]
4
Acadêmica do curso Bacharelado em Enfermagem da Universidade Vale do Rio Doce – UNIVALE.
Email: [email protected]
5
Orientadora Professora Especialista do Curso de Enfermagem da Universidade Vale do Rio Doce UNIVALE. Email: [email protected]
2
1 INTRODUÇÃO
Complementa
(BRASIL,
De
acordo
dados
mais
recentes, que o câncer infantojuvenil,
Nacional do Câncer (INCA) (BRASIL,
considerando a faixa etária até os 18
2010), câncer é o nome dado a um
anos, é raro quando comparado com
conjunto de mais de cem doenças que
os tumores que afetam os adultos,
têm
crescimento
correspondendo entre 1% e 3% de
desordenado (maligno) das células que
todos os tumores malignos na maioria
invadem os tecidos e órgãos, podendo
das populações. Em geral, a incidência
espalhar-se para outras partes do
total de tumores malignos na infância é
corpo.
maior no sexo masculino.
comum
o
2009), com
INCA
Instituto
em
com
ainda
o
Dividindo-se rapidamente, essas
Perante a relevância dos dados
células tendem a ser muito agressivas
apresentados, e sendo a quimioterapia
e
o
um dos principais meios de tratamento
acúmulo de células cancerosas ou
do câncer infantil, “uma vez que a
neoplasias malignas (BRASIL, 2010).
maioria das
incontroláveis,
Os
vários
existentes
tem
determinando
tipos
sido
de
câncer
responsáveis,
infância
doenças
são
(BONASSA;
malignas
sensíveis
a
SANTANA,
da
ela”
2005),
segundo o INCA, pelo aumento da
desenvolveu-se este artigo a partir do
porcentagem das mortes ocorridas no
questionamento
Brasil e no mundo (BRASIL, 2009).
humanização
As estatísticas sobre a incidência
de
pode
como
a
melhorar
a
condição de vida das crianças que são
do câncer pediátrico no Brasil indicam
submetidas
ao
que anualmente 12 a 13 mil crianças
quimioterápico.
tratamento
menores de 14 anos são acometidas
De acordo com Smeltzer e Bare
por algum tipo de câncer, e destas,
(2005), a enfermagem tem um papel
cerca de 70% podem ser consideradas
importante na avaliação e controle de
curadas, dependendo da precocidade
muitos problemas experimentados pelo
do diagnóstico (LEMOS et al., 2004).
paciente que se submete ao tratamento
Ainda conforme o autor, o índice de
quimioterápico. Por isso, a partir de
mortalidade por
revisão bibliográfica, a temática tem o
câncer
infantil
no
Brasil, apresenta-se como a terceira
intuito
causa de morte na população abaixo
suscitem uma atitude para a busca de
de 14 anos.
de
instigar
reflexões
que
3
alternativas, amenizando assim todo o
de casa, recebem tratamento realizado
processo de tratamento.
por adultos que não são os seus pais
Segundo
Nascimento
et
al.
(2005), a criança enfrenta problemas
como
longos
períodos
hospitalização,
(COLLET; ROCHA, 2004).
Na
instituição
caberá
aos
de
profissionais de saúde, em particular ao
reinternações
profissional enfermeiro como cuidador,
frequentes, terapêutica agressiva com
adotar ações humanizadas.
sérios efeitos indesejáveis advindos do
Este estudo trata-se de uma
próprio tratamento, dificuldades pela
busca de revisão bibliográfica pelo
separação dos membros da família
método
durante as internações, interrupção das
qualitativa/descritiva,
atividades
básica,
diárias,
limitações
na
de
onde
abordagem
de
toda
vez
natureza
que
tiver
compreensão do diagnóstico, angústia,
citações diretas ou indiretas, o autor
dor, sofrimento e o medo constante da
será citado conforme a referência
possibilidade de morte.
bibliográfica.
Acredita-se que a humanização
pode
ser
usada
como
uma
das
O
levantamento
bibliográfico,
propriamente dito, foi pesquisado em
ferramentas para suavizar o sofrimento
fontes
da criança em tratamento oncológico.
periódicos especializados, artigos do
Segundo
Scientific
Mohallem
e
Rodrigues
adotadas
como:
eletronic
library
livros,
online
(2007), humanizar a assistência de
(SCIELO), Literatura latino-americana e
enfermagem a pacientes oncológicos
do Caribe em ciências
envolve
(LILACS),
compreensão,
respeito
ao
da saúde
Biblioteca
Regional
de
(BIREME),
Ministério
da
próximo, às suas limitações, à dor e ao
Medicina
sofrimento humano, à perseverança, à
Saúde, INCA e o acervo da biblioteca
vida e à morte.
da Universidade do Vale do Rio Doce
A hospitalização na visão da
(UNIVALE), usando como palavras-
criança pode significar medo, dor e
chave: câncer infantil, quimioterapia,
separação dos
enfermeiro e humanização.
pais,
pois
ao ser
hospitalizada é retirada de seu meio
Este foco surgiu após ter sido
familiar e lançada em uma instituição
delineada
a
importância
com normas e rotinas diferentes da sua
humanização
e que devem ser seguidas. Nessa
enfermeiro com intuito de melhorar a
experiência, além de permanecer longe
qualidade da assistência à criança
do
da
profissional
4
oncológica
durante
o
processo
quimioterápico. Após o levantamento
bibliográfico, teve início à organização,
classificação
do
material,
mais de 9000 novos casos no país, de
acordo com o INCA (BRASIL, 2009).
Em 2004, o Brasil registrou 141
sendo
mil óbitos por câncer. A explicação
selecionados 37 (trinta e sete) artigos e
desse percentual tão alto de óbitos por
desses 8 (oito) foram utilizados.
câncer está diretamente relacionada à
O objetivo foi descrever a atuação
maior
exposição
dos
indivíduos
a
humanizada do enfermeiro frente à
fatores
criança submetida
atuais padrões de vida adotados em
à
quimioterapia.
de risco cancerígenos. Os
Esta meta foi alcançada através do
relação
desenvolvimento de temas que são:
consumo
analisar a importância da humanização
indivíduos a fatores ambientais mais
no
agressivos, relacionados
tratamento
descrever
a
sistematização
quimioterápico,
relevância
da
assistência
ao
trabalho,
em
nutrição
geral
da
químicos,
físicos
de
resultantes
de
expõem
os
a agentes
e
um
e
biológicos
processo
de
enfermagem e identificar as ações do
industrialização cada vez mais evoluído
enfermeiro que suavizem os efeitos
(BRASIL, 2008).
diversos da quimioterapia à criança.
Diante desses fatos, justifica-se
este
trabalho pela
adequação
do
importância
da
conceito
de
2.1 CONCEITUANDO O CÂNCER
Peixoto (1998) descreve o câncer
humanização à prática executada pelo
como
profissional enfermeiro, a partir do
anárquica
levantamento
anormais, a partir de determinados
de
referências
na
uma
e
do
multiplicação
rápida,
invasora
células
organismo.
de
tentativa de ressaltar métodos que
tecidos
O
tumor
amenizem o sofrimento da criança.
cancerígeno ou tumor maligno invade
progressivamente o órgão em que
2 ASPECTOS GERAIS DO CÂNCER
apareceu e depois ataca os órgãos
vizinhos, generalizando-se finalmente,
Atualmente, o câncer constitui a
segunda causa de morte por doença no
Brasil e no mundo, sendo o câncer
caso não seja aplicado o tratamento
adequado em sua fase inicial.
O
câncer
é
um
processo
infantil representado por 0,5% a 3% de
patológico que começa quando uma
todas
célula anormal é transformada pela
as
neoplasias,
estimando-se
5
mutação genética do DNA celular. A
atendimento que se dava às crianças
célula anormal forma um clone e
com câncer.
começa a proliferar-se ignorando as
sinalizações
e
Lopes
(2000), o câncer infantil, apesar de todo
crescimento no ambiente circunvizinho
avanço da ciência, ainda permanece
a
com
invasivas,
controle
Camargo
do
célula,
de
Segundo
adquirindo
infiltram-se
características
maioria
de
suas
causas
tecidos
desconhecidas, o que o difere dos
circunvizinhos e acessam os vasos
tumores em adultos, que atualmente
sanguíneos e linfáticos, os quais as
tem um número bastante expressivo de
transportam até outras regiões do
fatores de risco relacionados. Ainda
corpo, sendo chamado este fenômeno
conforme o autor, o câncer do adulto
de
difere quanto aos tipos histológicos,
metástase
nos
a
(SMELTZER;
BARE,
2005).
comportamento
biológico,
evolução
clínica e respostas terapêuticas.
2.1.1 Câncer Pediátrico
De acordo com INCA (BRASIL,
2009) o câncer infantil, muitas vezes,
Há 50 anos, o diagnóstico de
apresenta sinais e sintomas que podem
câncer nas crianças era encarado
ser
quase como uma sentença de morte,
patologias pediátricas, o que pode, em
pouco se sabia sobre a doença e sua
muitos casos, obscurecer a visão do
evolução na infância (BIANCHI, 2003).
pediatra,
O autor ainda ressalta que as crianças
diagnóstico precoce,
recebiam o mesmo tratamento que os
importância
adultos, embora suas características
Clinicamente, os tumores pediátricos
biológicas
possuem
e
orgânicas
fossem
confundidos
com
retardando
um
vital
diversas
assim
o
o que é
para
período
a
de
de
cura.
latência
diferentes, e não se levava em conta
menor, apresentando um crescimento
que eram seres em crescimento e
rápido, porém com melhor resposta ao
respondiam mal ao tratamento.
tratamento do que os tumores de
Sendo assim, só a partir da
segunda metade da década de 1960,
indivíduos adultos.
No câncer pediátrico, observa-se
início dos anos 1970, que os pediatras
uma predominância dos casos
brasileiros interessados em trabalhar
leucemia, que pode chegar a 45% de
na
todos os casos de tumores infantis,
área
começaram
da
a
oncologia
infantil
revolucionar
o
de
seguido de linfomas, com 25%. Em se
6
tratando dos tumores considerados
sólidos,
os
tumores
do
Sistema
De acordo com Smeltzer e Bare
(2005), os objetivos do tratamento
Nervoso Central são os mais incidentes
visam
e podem atingir a taxa de 22% de todas
contenção do crescimento das células
as neoplasias da infância, acometendo
cancerosas e o alívio dos sintomas
principalmente a faixa etária entre 4 e 9
associados. As autoras enfatizam ser
anos de idade (BRASIL, 2009).
imperativo que a equipe de saúde, o
Na criança existem poucos fatores
de risco conhecidos
associados
a
tumores. Em alguns tipos, há uma
à
erradicação
completa,
a
paciente e a sua família tenham clareza
na
compreensão
das
opções
de
tratamento e objetivos.
associação com infecções por vírus,
O tratamento do câncer pode ser
outros podem estar ligados a uma
feito através de cirurgia, radioterapia,
predisposição
algumas
quimioterapia ou transplante de medula
crianças podem nascer com a doença.
óssea. Em muitos casos, é necessário
A exposição a agentes externos como
combinar essas modalidades (BRASIL,
alimentação
2010).
familiar
e
e
outros,
também
aparecem neste grupo de fatores de
risco (CASTRO JR, 2010).
Dentre
os
procedimentos
adotados no tratamento do câncer
Ainda conforme o autor, não se
pediátrico, a quimioterapia é o principal,
fala em prevenção do câncer infantil e
pois é uma das formas mais eficazes
sim em diagnóstico precoce para que o
no
tratamento seja iniciado o mais breve
(VALLE,1997).
combate
dessa
doença
possível.
2.2 TRATANDO O CÂNCER
A
questão
do
2.2.1 Quimioterapia
tratamento
do
À medida que o tumor cresce
câncer na infância remete a uma
ocorre
reflexão em relação à questão do
células cancerosas e as normais em
desenvolvimento infantil,
busca de nutrientes, oxigênio e espaço
tratamento do câncer
já
que
envolve
o
um
uma
competição
entre
as
(BONASSA; SANTANA, 2005).
conjunto de fatores que exercerão
Ainda conforme os autores, a
influências na vida da criança (FREIRE,
quimioterapia consiste no emprego de
2004).
substâncias químicas, isoladas ou em
7
combinação, com o objetivo de tratar
neurológicas, renais, gastrintestinais,
as neoplasias. São drogas que atuam
dermatológicas e hepáticas. Sob a
em nível celular, interferindo no seu
perspectiva de proporcionar à criança
processo de crescimento e divisão.
uma melhor qualidade de vida durante
Smeltzer
e
Bare
(2005),
o
tratamento,
ressalta-se
diferenciam a quimioterapia dos demais
necessidade
tratamentos
terapêutico humanizado.
ao
afirmarem
que
ao
de
um
a
processo
contrário da cirurgia e da radioterapia
que têm efeito local, a quimioterapia
2.3 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
age em todo o corpo, visando evitar a
volta do tumor e o aparecimento em
outros órgãos.
A Sistematização da Assistência
de Enfermagem (SAE) vem permitindo
A maioria dos quimioterápicos
aos enfermeiros um cuidar científico e
antineoplásicos atua de forma não
humanizado
específica,
células
assistência qualitativamente adequada,
malignas quanto benignas. Como as
que assume dimensão especial para o
diferenças entre as duas populações
paciente
celulares são mais quantitativas que
estabelecimento ético das prioridades,
qualitativas, uma linha muito tênue
onde
separa o sucesso terapêutico de uma
individualidade, singularidade, estilo de
toxicidade inaceitável. Os fármacos
vida,
agem interferindo em outras funções
(GARGIULO et al., 2007).
lesando
bioquímicas
tanto
celulares
a
oncológico
se
deve
crenças
e
no
considerar
valores
uma
a
culturais
por
De acordo com INCA (BRASIL,
atuarem indistintamente no tumor e
2009), o enfermeiro é o profissional
tecidos normais de proliferação rápida,
mais
como o sistema hematopoiético e as
apoiar, orientar o paciente e a família
mucosas, o que obriga a interrupção
na vivência do processo de doença,
periódica
tratamento
do
recuperação
vitais,
destinado
tratamento
do
paciente
para
a
(BRASIL,
2009).
habilitado
e
e
disponível
reabilitação,
para
afetando
definitivamente a qualidade de vida
futura.
Ainda conforme o autor, os efeitos
As
ações
de
enfermagem
colaterais do tratamento quimioterápico
abrangem planejamento, supervisão,
são
toxidades:
execução e avaliação de todas as
hematológicas, cardíacas, pulmonares,
atividades no setor quimioterápico. A
responsáveis
por
8
assistência de enfermagem deve ser
qualidade
prestada de forma sistematizada e
GREENBERG, 2005).
individualizada.
Nesse
sentido,
o
A
e
respeito
Política
(BOWDEN;
Nacional
de
processo de enfermagem serve de
Humanização, HumanizaSUS (BRASIL,
estrutura
o
2004), descreve a humanização como
informações,
a valorização dos diferentes sujeitos
sistemática
enfermeiro
busca
responde
a
na
indicações
qual
clínicas,
implicados no processo de produção de
identificações e respostas a questões
saúde:
que afetam a saúde do paciente.
gestores.
Fundamentado nesses
trabalhadores
e
o
Freire et al. (2007) por sua vez,
cuidado de enfermagem terá maior
descreve que humanizar a assistência
qualidade
prestada à criança com câncer é
de
preceitos,
usuários,
resolubilidade
atendimento
ao
no
paciente
(GUIMARÃES; ROSA, 2008).
é
recomendável
enquanto
biopsicossocial,
Portanto, de acordo com Leite
(2002),
compreendê-la
que
o
um
respeitando
ser
sua
individualidade e seu direito de ser
criança.
enfermeiro tenha ciência, valendo-se
de sua percepção e da percepção dos
2.4.1
pacientes
Quimioterapia
e
das
expectativas
cuidado para reconhecer
as
do
Ações
Humanizadas
na
a
de
reais
necessidades e planejar a assistência
com a participação efetiva do paciente.
Humanizar
enfermagem,
assistência
especialmente
a
de
pacientes oncológicos, vai além da
2.4 CONCEITO DE HUMANIZAÇÃO
competência técnica ou científica. O
cuidado com o ser humano deve se
Segundo
(2004),
manifestar em atitudes que valorizem e
humanizar significa tornar humano,
dignifiquem a vida humana, o respeito
afável,
ao próximo, estando este presente,
dar
Ferreira
condições
de
homem,
civilizar.
ausente, consciente ou inconsciente
O tornar humano na saúde é algo
que abrange muito mais que doença, é
ver
o
indivíduo
como
um
(MOHALLEM; RODRIGUES, 2007).
Segundo Bowden e Greenberg
todo
(2005), a unidade de internação é um
oferecendo-lhe uma assistência com
ambiente ocupado e barulhento, cheio
de eventos imprevistos e geralmente
9
sem prazer para a criança e seus pais.
biológico,
Ansiedade, medo, dor, desconforto,
subjetividade. É fundamental também
surpresa, separação, perda, fadiga,
oferecer
frustração, desconfiança e raiva são
diferente do adulto, voltado para suas
experiências comuns para a criança e a
necessidades infantis.
família durante o episódio da doença.
Ainda
conforme
o
autor,
mas
à
criança
também
um
sua
tratamento
Uma importante ferramenta para
o
redução do trauma infantil é a utilização
profissional bem treinado pode fazer
do brincar terapêutico na instituição
avaliações e elaborar intervenções com
hospitalar. Conforme retrata Cabral
objetivo de reduzir o trauma associado
(2006),
às internações.
relevantes da vida de uma criança é a
um
dos
aspectos
mais
Uma forma inicial ou primeiro
brincadeira que pode torna-se ainda
passo fundamental para humanizar a
mais importante para a mesma que
assistência de enfermagem é trabalhar
está hospitalizada.
com a expectativa do cliente e com a
Ainda segundo o autor, o brincar
percepção do que ele espera do nosso
terapêutico traz várias funções, dentre
cuidado, da nossa assistência. Para
elas:
que isso ocorra, é importante que
a) reduzir o estresse e as tensões,
estejamos receptivos para ouvir mais
pois permite à criança a liberdade de
do que falar e preocupados com as
expressão para aliviar seus medos,
necessidades daquele que carece de
preocupações e ansiedades;
um cuidado individualizado. Não se
b) proporcionar
uma
fonte
de
deve perder o foco de uma abordagem
entretenimento, aliviando a ansiedade
holística,
da separação familiar;
permitindo
sempre
o
envolvimento daqueles que dão apoio
c) permitir que a criança tenha
emocional e afetivo, suporte econômico
uma sensação de segurança, porque
e social, sejam estes membros da
enquanto brinca mantém longe a ideia
família, vizinhos, parceiros, amigos ou
de algum procedimento doloroso;
cuidadores
(MOHALLEM;
RODRIGUES, 2007).
desenvolvimento normal da criança;
De acordo com Freire (2004), as
crianças
em
necessitam
tratamento
de
um
d) estimular o crescimento e o
oncológico
cuidado
mais
humano, que vise não só seu corpo
e) incentivar a criança a realizar
suas próprias escolhas, dando-lhe uma
sensação de controle da situação no
ato do brincar.
10
Para
as
crianças
a
criança libera tensões, reorganiza seu
brincadeira é o mecanismo através do
meio interno, encontra novas formas de
qual elas enfrentam, aprendem, testam
lidar com seus problemas, desenvolve-
novas
se,
ideias
doentes,
e
capacidades
psicomotoras recentemente adquiridas
(BOWDEN; GREENBERG, 2005).
Ainda
conforme
enfermeiro
ao
o
reconquista
sua
autonomia.
Desta forma, o autor salienta que
autor,
ensinar,
comunica-se,
o
necessita
o brinquedo dá à criança condições de
aperfeiçoamento
de
habilidades
atentar para as informações verbais e
psicomotoras e sociais. As habilidades
não verbais que a criança expressa
lúdicas são liberadoras de tensões,
com intuito de estabelecer suas ações.
trazem prazer e são um dos mais
A arte de examinar em pediatria é
completos processos educativos, com
uma tarefa difícil, que requer habilidade
influência no intelecto, emocional e
técnica e sensibilidade por parte do
físico da criança.
examinador. Além de muitas vezes, ele
ter
que
lidar
crianças
um quadro de oncologia pediátrica é
extremamente irritadas pelo tratamento
uma peça chave no processo de
e pela própria patologia, o enfermeiro
humanização,
também
Mohallem e Rodrigues (2007, p. 188):
precisa
com
O profissional enfermeiro perante
lidar
com
pais
como
descreve
ansiosos, que se encontram diante de
O enfermeiro é o membro da
equipe de saúde que usualmente
permanece lado a lado com os
pacientes durante todo o processo
de saúde/doença, o que o torna
elemento primordial para
o
sucesso do tratamento. Figura
também
como
facilitador
e
minimizador dos desconfortos
trazidos por todo o processo da
doença oncológica durante a
internação
do
paciente,
principalmente no que diz respeito
aos possíveis tratamentos a serem
empregados. Nesse contexto, é
fundamental
que
pacientes
oncológicos recebam por direito
uma assistência humanizada.
um filho com um tumor e que, muitas
vezes,
buscam
respostas
e
responsáveis pela tragédia familiar que
estão vivendo. Nesse momento, o
enfermeiro e sua equipe precisam ser
pacientes, compreensivos, utilizar uma
linguagem
acessível
e
acolhedora
(BRASIL, 2009).
Schmitz (2000) converge com a
citação
anterior
quanto
à
brinquedoterapia ao afirmar que o
brincar
deverá
receber
a
importância
que
as
terapêuticas,
pois
através
mesma
A
falta
de
humanização
nos
medidas
hospitais faz com que o cidadão perca
dele
a sua identidade, sendo identificado por
a
11
um número, por uma letra ou até
O objetivo básico é melhorar a
mesmo por uma hipótese-diagnóstica.
qualidade de vida desta criança e não
São
apenas
alterados
os
seus
hábitos
a
resposta
ao
meses
de
tratamento
repouso e sono (FONTENELE et al.,
benefício no tempo de sobrevida.
Foi possível identificar que as
A humanização no atendimento
exige
alguns
tumor
alimentares, seus hábitos higiênicos,
2000).
ou
do
dos
profissionais
ações humanizadas são essenciais
de saúde,
para amenizar o medo, a dor, a
essencialmente, compartilhar com o
superação do enfrentamento vivido e
seu paciente experiências e vivências.
principalmente, respostas satisfatórias
Neste contexto, humanizar o cuidado é
a todo o tratamento em que a criança é
dar qualidade à relação profissional da
submetida.
saúde/paciente. É acolher as angústias
O
resultado
apontou
do ser humano diante da fragilidade de
necessidade
corpo, mente e espírito (PESSINI;
enfermeiro que respeite o próximo e as
BERTACHINI, 2004).
suas
de
um
limitações;
que
para
a
profissional
pratique
um
cuidado integrador, mas que não vise
3 CONCLUSÃO
apenas o quadro clínico do paciente e
sim seu anseio por apoio e carinho
No
decorrer
desta
pesquisa,
a
atuação
vulnerabilidade.
humanizada do enfermeiro durante o
Conclui-se
observou-se
tratamento
que
que
uma
assistência humanizada vai além do
fundamental importância, uma vez que
simples ato mecânico de cuidar, é ter
a doença é vista como perda dos
contato direto com o paciente, mostrar
prazeres
gerando
que o profissional enfermeiro tem um
criança
papel importante no seu prognóstico e
temporariamente de uma vida normal e
principalmente adotar condutas que
sadia. Portanto, é primordial o papel do
são condizentes com esta ideia.
da
infância,
retirando
é
então,
de
limitações,
quimioterápico
durante o seu momento de aflição e
a
enfermeiro no sentido de contribuir
Sendo assim, após a realização
para a melhoria da qualidade de vida,
desse estudo, foi possível elaborar um
promovendo a compreensão da criança
protocolo
e
durante
melhor
aceitação
a
terapêutica,
mesmo sob situações adversas.
que
a
visa
pré,
a
trans
assistência
e
pós-
quimioterapia, com o intuito de relatar
12
como pode ser realizado um tratamento
planejamento das ações e um pouco
humanizado
de dedicação de todos os envolvidos
na
vida
de
crianças
oncológicas quando se tem um bom
(APÊNDICE 1).
THE NURSE ACTUATION OVER THE HUMANE TREATMENT IN CHILDREN’S
CHEMICAL THERAPY TREATMENT
ABSTRACT
The children’s cancer has been showing an increase in its cure and surlife rates, but
the concern over the assistance quality in the diverse moments and contexts still
keeps. It’s about a bibliographic review with the purpose of describing the nurse
humane actuation over the child in a chemical therapy treatment. By this description,
it has being analyzed the humane importance in the chemical therapy treatment, to
describe and identify the nurse actuation that makes softer the diverse effects in the
child chemical therapy treatment. For this study, it was used a bibliographic review
between 1997 and 2010, choosing to work with virtual database of The Scientific
Electronic Library Online, Latin American and Caribbean Literature in Health
Science (LILACS), Regional Medicine Library (BIREME), The Health Ministry sites,
books, magazines and articles about oncology. The review showed, after been
carefully analyzed the references mentioned, the nurse positive contribution and its
assistance since it makes part in all the nursery process phases, improving a better
quality assistance through the new and attractive therapy techniques.
Key Words: Cancer
Child.
Chemical Therapy Treatment.
Nurse. Humane.
REFERÊNCIAS
BIANCHI, A. Câncer nas crianças.
2003. Disponível em:
<http://www.drauziovarella.com.br/Exib
irConteudo/666/cancer-nas-criancas>.
Acesso em: 01 mar. 2010.
BONASSA, E. M. A.; SANTANA, T. R.
Enfermagem em terapêutica
oncológica. 3. ed. São Paulo:
Atheneu, 2005.
BOWDEN, V. R.; GREENBERG, C. S.
Procedimentos de enfermagem
pediátrica. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2005.
BRASIL. Política Nacional de
Humanização. Brasília, 2004.
Disponível em:
<http://portal.saude.gov.br/portal/arqui
vos/pdf/doc_base.pdf>. Acesso em: 02
mar. 2010.
BRASIL. Instituto Nacional do
Câncer. Ações de enfermagem para
o controle do câncer: uma proposta
13
de integração ensino-serviço. 3. ed.
Rio de Janeiro: INCA, 2008.
______. Instituto Nacional do Câncer.
Incidência do Câncer Infantil. Rio de
Janeiro, 2009. Disponível em:
<http://www.inca.gov.br/conteudo_view
.asp?id=343>. Acesso em: 19 out.
2009.
______. Instituto Nacional do Câncer.
O que é câncer. Rio de Janeiro, 2010.
Disponível em:
http://www1.inca.gov.br/conteudo_view
.asp?id=322. Acesso em: 19 out. 2009.
______. Instituto Nacional do Câncer.
Estimativa de 2010 - Incidência de
Câncer no Brasil. Rio de Janeiro:
INCA, 2010.
CABRAL, I. E. Enfermagem
pediátrica. Incrivelmente fácil. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
CAMARGO, B.; LOPES, L. F.
Pediatria oncológica: noções
fundamentais para o pediatra. São
Paulo: Marina, 2000.
CASTRO JR, C. G. O que é câncer.
In: Instituto do Câncer Infantil do RS.
Disponível em: <http://www.icirs.org.br/sobre-a-doenca> Acesso em:
20 fev. 2010.
COLLET, N.; ROCHA, S. M. M.
Criança hospitalizada: mãe e
enfermagem compartilhando o
cuidado. Revista Latino Americana
em Enfermagem, São Paulo, v. 12, n.
2, p. 191-197, 2004.
FERREIRA, A. B. H. Dicionário
Aurélio da língua portuguesa. 3. ed.
Curitiba: Positivo, 2004.
FONTENELE, M. F. S. P. et al. A
biblioterapia no tratamento do câncer
infantil. In Proceedings XIX
Congresso Brasileiro de
Biblioteconomia e Documentação 1,
Centro de eventos da PUCRS, 2000.
FREIRE, M. C. B. O Instituto de
Oncologia Pediátrica/GRAACC/
Unifesp a partir da visão das mães de
pacientes. 2004. Tese [Dissertação de
Mestrado] - Escola Paulista de
Medicina, Universidade Federal de
São Paulo, São Paulo, 2004.
Disponível em:
<http://www.cibersaude.com.br>.
Acesso em: 01 mai. 2010.
FREIRE, M. C. B. et al. Humanização
em oncologia pediátrica: novas
perspectivas na assistência ao
tratamento do câncer infantil. 2007.
Disponível em:
<http://bases.bireme.br/cgibin/wxislind
>Acesso em: 03 mar. 2010.
GARGIULO, C. A. et al. Vivenciando
o cotidiano do cuidado na
percepção de enfermeiras
oncológicas. 2007. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/tce/v16n4/a1
4v16n4.pdf>. Acesso em: 10 set.
2009.
GUIMARÃES, J. L. M.; ROSA, D. D.
Rotinas em oncologia. São Paulo: Art
Méd., 2008.
LEITE, R. C. B. O. Assistência de
enfermagem peri-operatória na
14
visão do enfermeiro e do paciente
cirúrgico idoso. Tese (Doutorado).
Escola de Enfermagem da
Universidade de São Paulo, 2002.
LEMOS, F. A. et al. Assistência à
criança e ao adolescente com câncer:
a fase da quimioterapia intratecal. Rev.
Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão
Preto, v. 12, n. 3, maio/jun. 2004.
Disponível em: <http://www.scielo.br>.
Acesso em: 08 fev. 2010.
MOHALLEM, A. G. C.; RODRIGUES,
A. B. Enfermagem oncológica.
Barueri: Manole, 2007.
NASCIMENTO, L. G. et al. Crianças
com câncer e suas famílias. São
Paulo julho. 2005. Disponível em:
<http://www.scielo.br>. Acesso em: 22
nov. 2009.
PEIXOTO, P. M. Grande compêndio
de enfermagem. São Paulo: Sivadi
editorial, 1998.
PESSINI, L; BERTACHINI, L.
Humanização e cuidados paliativos.
São Paulo: Loyola, 2004.
SCHMITZ, E. M. R. A enfermagem
em pediatria e puericultura. São
Paulo: Atheneu, 2000.
SMELTZER, S. C. O.; BARE, B. G.
Brunner & Suddarth: tratado de
enfermagem médico-cirúrgica. 10. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2005.
VALLE, Elizabeth Ranier Martins do.
Câncer Infantil – Compreender e
Agir. Campinas: Psy, 1997.
APÊNDICE 1
PROTOCOLO DE ASSISTÊNCIA HUMANIZADA À CRIANÇA SUBMETIDA AO
TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO
1 PRÉ-QUIMIOTERAPIA
•
Usar uma abordagem calma e segura;
•
Receber a criança de forma acolhedora, respeitando seus sentimentos;
•
Explicar à criança de forma simples o procedimento quimioterápico, os
exames diagnósticos e a finalidade de cada um deles;
•
Verificar sinais vitais de acordo com a rotina da instituição;
15
•
Avaliar exames laboratoriais e juntamente com a equipe, estipular meios para
que haja a melhora dos resultados;
•
Educar o cuidador (familiares) quanto ao cuidado prestado à criança e o
porquê do uso do mesmo, gerando assim o aumento da confiança dos
mesmos;
•
Explicar a importância de uma dieta altamente nutritiva, oferecendo-lhe
alimentos e suplementos ricos em calorias e proteínas, de acordo com a
tolerância da criança;
•
Preparar a criança e a família quanto às possíveis transformações na imagem
corporal (alopécia e emagrecimento) alguns meios para amenizá-las
explicando que as mesmas desaparecem após o tratamento;
•
Proporcionar meios para conversar com a criança sobre suas experiências
através de brincadeiras com bonecos (de médico, enfermeiro, criança e pais)
ou contar histórias;
•
Administrar medicamentos prescritos avaliando sua eficácia e possíveis
efeitos;
•
Orientar a equipe a evitar questionamentos desnecessários (curiosidades)
aos familiares.
2 TRANS QUIMIOTERAPIA
•
Posicionar a criança confortavelmente;
•
Verificar sinais vitais de acordo com a rotina da instituição;
•
Observar e avaliar o melhor acesso venoso para a infusão como dispositivo e
o calibre adequado com o vaso;
•
Avaliar sinais flogísticos do acesso venoso;
•
Disponibilizar para a criança métodos de brinquedoterapia e musicoterapia
para diminuir o medo e a ansiedade;
16
•
Limitar o estímulo ambiental (iluminação e ruído excessivo) para facilitar o
relaxamento;
•
Ser verdadeiro quanto às indagações da criança em relação ao processo
doloroso do tratamento;
•
Manter dieta nutritiva conforme orientação nutricional de acordo com a
tolerância da criança.
•
Incluir a família nos cuidados, proporcionando assim à criança uma maior
sensação de segurança;
•
Proporcionar meios para conversar com a criança sobre suas experiências
através de brincadeiras com bonecos (de médico, enfermeiro, criança e pais)
ou contar histórias.
3 PÓS-QUIMIOTERAPIA
•
Verificar sinais vitais de acordo com a rotina da instituição;
•
Explicar aos pais a importância de lavar as mãos antes e após cada
atividade de cuidado à criança;
•
Manter a família ou cuidador orientados quanto à contaminação das
secreções (urina, fezes, sangue, vômitos) até as 48 horas após a última dose
de quimioterapia administrada;
•
Orientar os pais a oferecerem os medicamentos conforme a prescrição
médica;
•
Reforçar os cuidados ensinados e encorajar os pais na realização dos
mesmos;
•
Certificar que a família tenha assimilado os cuidados ensinados e realize-os
nas técnicas corretas;
•
Proporcionar meios para conversar com a criança sobre suas experiências
através de brincadeiras com bonecos (de médico, enfermeiro, criança e pais)
ou contar histórias;
17
•
Incentivar a criança a expressar seus sentimentos acerca da sua imagem
corporal;
•
Sugerir alternativas para amenizar ou melhorar as alterações corporais;
•
Ressaltar a importância de uma dieta altamente nutritiva, oferecendo-lhe
alimentos e suplementos ricos em calorias e proteínas, de acordo com a
tolerância da criança;
•
Incentivar os pais a ajudar a criança na hora das refeições;
•
Permitir que a criança se sociabilize comendo em grupo na mesa, se assim o
seu estado permitir;
•
Orientar ao cuidador sobre a realização da higiene oral de forma cuidadosa
quando houver mucosite e/ou gengivorragia, através do uso de escovas com
cerdas macias; se houver dor ou sangramento bucal realizar a higienização
dos dentes com algodão umedecido em água;
•
Manter os lábios hidratados com lubrificante labial para evitar ressecamento e
rachadura dos mesmos;
•
Discutir com pais e criança a possibilidade de visitar a sala de aula e explicar
sobre o câncer e efeitos colaterais da quimioterapia, para facilitar o retorno à
escola;
•
Encaminhar ao serviço de odontologia para avaliação da cavidade oral;
•
Orientar criança e familiar sobre as possíveis complicações e a importância
de relatá-las à equipe de saúde;
•
Orientar a criança/familiar a evitar alimentos quentes, temperados ou ácidos;
•
Ensinar a criança/familiar a pentear suavemente o cabelo e a dormir em
travesseiro de seda para minimizar a perda de cabelo.
18
Download