Aulas de música na infância têm efeito duradouro

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Aulas de música na infância têm efeito duradouro para a mente
Os efeitos de tocar instrumentos musicais ainda quando criança estimulam o cérebro
até a idade adulta
Os adultos que costumavam tocar algum instrumento na infância, mesmo que
não façam mais isso há décadas, respondem mais rápido aos sons da fala, diz pesquisa.
E quanto mais tempo praticando, mais rápido o cérebro fica.
A revista “The Journal of Neuroscience”, publicada semanalmente pela
Sociedade de Neurociência, observou 44 pessoas entre 50 e 70 anos. Os voluntários
ouviram uma sílaba da fala sintetizada, “da”, e enquanto isso os pesquisadores
observavam a área do cérebro com processos de informação do som, o tronco
encefálico.
Apesar de nenhum dos participantes terem tocado algum instrumento nos
últimos 40 anos, os que estudaram música por um período entre 4 e 14 anos, começando
na infância, responderam mais rápido aos sons do que os que nunca estudaram música.
Habilidades duradouras
Quando as pessoas crescem geralmente elas experimentam mudanças no cérebro
que comprometem a audição. Por exemplo, a mente dos mais idosos demoram mais
para responder a mudanças rápidas de sons, o que é importante para interpretar falas.
Pode ser que aprender a tocar um instrumento musical ainda na infância causa
alterações na mente que não mudam mais ao longo da vida. Ou, de algum jeito a música
clássica prepara a mente para o futuro aprendizado auditivo, dizem os pesquisadores.
Outra pesquisa da mesma equipe descobriu que os adultos mais jovens seriam
melhores ouvintes se eles tivessem estudado algum instrumento quando criança. Os
especialistas também acreditam que o treino musical, com ênfase nas habilidades de
ritmo, exercitam o sistema auditivo.
Mas esses estudos são relativamente pequenos e não podem dizer com certeza se
é apenas o treino musical que vai estimular esses efeitos. Mas é indiscutível que as
crianças que tem a possibilidade de aprender a tocar instrumentos, o que pode ser
bastante caro, talvez façam parte de uma parcela privilegiada da população e isso pode
ser uma influência.
Comentando a pesquisa, Michael Kilgard, da Universidade do Texas, e que não
estava envolvido nos estudos, disse que ser um milissegundo mais rápido pode não
parecer muito, mas que o cérebro é muito sensitivo ao tempo e um milissegundo
somado agravado sobre milhares de neurônios pode sim fazer diferença na vida dos
adultos com idade avançada.
Por Redação Pais & Filhos
08.11.2013
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