Drogas: O Perigo do Uso de Anabolizantes O consumo de anabolizantes entre atletas e freqüentadores de academias continua sendo freqüente, apesar da venda do produto ser proibida sem receita. Entre os efeitos colaterais dessas substâncias, podemos observar o comprometimento cardíaco, levando algumas vezes a morte súbita, e o mau funcionamento dos rins e do fígado. Este consumo também tem aumentado entre as mulheres com mais de 30 anos. Os anabolizantes quando usados pelos adolescentes podem provocar atraso no crescimento, com o fechamento precoce das epífises ósseas, e levar estes jovens a consumir outro tipo de drogas no futuro. Alteração no libido e no humor também podem ser observados. Uma das substâncias mais perigosas é o clembuterol, que aumenta a pressão arterial e a freqüência cardíaca, causa falta de ar e tremores. Em casos graves, leva ao coma e pode matar. Uma pesquisa feita nos EUA, revelou que 3% das crianças com mais de 10 anos usam ilegalmente esteróides para aumentar a massa muscular e melhorar a performance em competições esportivas. A grande procura por anabolizantes pode ser explicada, em parte, pela valorização do culto ao corpo. (trechos do artigo publicado em outubro de 1998, no Jornal Diário do Pará, sobre "O Perigo do Uso de Esteróides Anabolizantes", escrito por, Hélio Ventura e João Michel El- Khouri, médicos especialistas em medicina do exercício e cardiologista, respectivamente) ABORDAGEM NA ADOLESCÊNCIA VISANDO PREVENÇÃO DO FUMO Ao abordar o adolescente é importante estabelecer vínculo de confiança respeito e sigilo procurando entender que adolescência significa ruptura auto afirmação e questionamento e é nesta fase da vida que os adolescentes começam a fumar por curiosidade, por imitação aos pais e amigos para expressar independência, superar timidez e adquirir segurança. Durante a entrevista muitas vezes necessitando de um momento a sós com o paciente para que ele se sinta mais à vontade. Quando abordamos temas sensíveis como sexo, droga e fumo devemos ter cuidado para não escrever enquanto o ouvimos, pois este ato pode levar a um bloqueio do (a) jovem enquanto fala, devemos deixa-lo (a) falar sobre o assunto se tiver vontade, não podemos esquecer que alguns adolescentes têm vocabulário pequeno e dificuldades para expressar o pensamento, portanto é de bom senso conduzir a conversa de forma acessível e tentar informalmente leva-los a fala sobre amigos, esporte, lazer, a fim de diminuir a tensão e iniciar o assunto necessário. Conhecer as características do adolescente propenso a ser fumante contribui para aborda-lo e trata-lo posteriormente, entre essas podemos citar: - Impulsividade - Gostam de experimentar - Não suportam ser contrariados - Baixa de auto-estima - Crises depressivas - Rebeldia Alguns fatores contribuem para o aumento cada vez maior de consumo de tabaco entre os jovens: - Acreditar que pode deixar quando quiser - Forma de constatação dos valores familiares e sociais - Acreditar que são mais atraentes - A mídia propaga imagens que liga o cigarro a maturidade, saúde e sucesso e com estas mensagens o adolescente é alvo fácil, visto que eles estão necessitando de um 'escudo' que os faça parecer mais adulto e mais seguro. - É dever do médico alertar sempre e de maneira mais conveniente possível sobre os perigos do tabagismo. Na prevenção e tratamento informação só não basta, o profissional pode e deve atuar num trabalho de valorização da vida, ser u agente modificador positivo. A abordagem deve ser baseada na verdade, no conforto com as dificuldades internas, tratar o paciente com seriedade e respeito, cuidando para não coloca-lo em situação de desconforto e culpa. Documento Científico do Departamento de Adolescência