Câncer de mama e metais tóxicos Câncer não são células malignas e sim células doentes necessitando cuidados, não extermínio JFJ José de Felippe Junior Ionescu em 2006 verificou acúmulo altamente significante de metais tóxicos em 20 biópsias de tecido neoplásico mamário em comparação com amostras normais. Usando a Espectofotometria de Absorção Atômica e Espectroscopia de Massa constatou aumento de mercúrio (p<0.005), ferro (p<0.0001), zinco (p<0.00001), níquel (p<0.00005), cromo VI (p<0.00005), chumbo (p< 0.05) e cádmio (p<0.005) no tecido neoplásico quando comparqado com o tecido mamário normal. Concluiu que o ácumulo patológico de metais de transição no tecido mamário está relacionado intimamente ao processo neoplásico. Mehrnoosh em 2014 estudou 14 espécimes de mama, gordura com e sem câncer e tecido mamário com e sem câncer utilizando dois métodos “Graphite furnace atomic absorption (AA-670) e ICP-OES (ULTIMA 2CE)”. Observou acúmulo significante de cádmio, chumbo, mercúrio e selênio apenas no tecido mamário com câncer. Cádmio é metal carcinogênico em humanos associado ao câncer de mama. Seis estudos determinaram a ingestão de cádmio na dieta e cinco avaliaram o cádmio urinário e procedeu-se a meta-análise. Alta concentração de cádmio na urina está associado com a presença de câncer de mama, quando se comparou o quartil superior com o inferior, OR = 2,24 95% intervalo de confiança [95%CI]=1.49-3.35). Para cada 1mcg/g creatinina de aumento no cádmio urinário provoca 1,20 vezes de incremento no câncer de mama OR=2.02, 95%CI=1.34-3.03. O cádmio estimado com a ingestão, onde é complicado se conseguir os reais valores, não mostrou significância. Desta forma, o cádmio urinário passa a ser um marcadorda exposição do elemento (Lin-2016). Uma meta-análise incluindo 2 case-control (746 casos e 1069 controles) e 6 estudos cohort (309.103 participantes e 12.859 casos de câncer). Conseguiu-se demonstrar significância em subgrupos de populações do Ocidente (RR = 1.15; 95% CI: 1.08–1.23) e estudos onde analisou-se as neoplasias hormônio-dependentes (próstata, mama e câncer endometrial). O aumenta da ferritina acima de 80ng/ml aumenta a incidência de câncer de mama. A liberação de ferro pelos macrófagos do tumor é importante efetor inflamatório que estimula diretamente a tumorogênese (Alkhateeb-2013). No www.pubmed.org a busca “heavy metals breast cancer” fornece 2593 referências. Referências no site www.medicinabiomolecular.com.br