UMA DISCUSSÃO ACERCA DAS RELAÇÕES ENTRE ANTROPOLOGIA E EDUCAÇÃO NA PRÁTICA ESCOLAR Resumo: O presente trabalho busca debater as relações existentes entre Educação e Antropologia, entendendo que o campo educacional é conflituoso, pois é onde temos o nosso primeiro contato com as diferenças culturais. Sabendo-se que o objeto de estudo da antropologia é a cultura e que a escola é um campo onde se encontra uma maior diversidade cultural, compreendemos que a Educação é um dos focos da Antropologia, no sentido de que esta se preocupa com questões ligadas à diversidade cultural e como elas estão sendo trabalhadas pelos educadores. As práticas educacionais têm partido de valores muitas vezes etnocêntricos para discutir questões ligadas às heterogeneidades presente no cotidiano da sala de aula, portanto se faz necessário que os educadores tenham uma postura relativista não julgando a cultura do “outro” a partir dos seus próprios valores. Palavras-Chaves: Antropologia, Educação, Relativismo, Etnocentrismo, Cultura. Abstract: This paper seeks to discuss the relationship between education and anthropology, understanding the educational field is contentiousbecause it is where we have our first contact withcultural differences. We understand here thateducation is a focus of anthropology as a field where the school is a greater cultural diversity, as the object of anthropological study is the cultureshe will worry about these issues of cultural diversity and how they are being worked on by educators. The advantage of educational pratices are often ethnocentric values to discuss issues such heterogeneities present in the classroom everyday, so it is necessary that educators have a relativistic stance not judging the culture of the “other” from their own values. Key Words: Anthropology, Education, Relativism, Ethnocentrism, Culture. Introdução De acordo com as ideias de alguns antropólogos como Roberto Da Matta (1987) Tania Dauster (2003), Neusa Gusmão (1997) e Everardo Rocha (2007), entende-se por antropologia uma ciência que estuda a natureza do homem e sua cultura que busca explicar como se dão as relações humanas na sociedade, abrangendo todas as dimensões e levando em consideração os fatores biológicos e sociais. Sendo uma ciência que se desenvolveu em torno do objeto da cultura, compreendendo-a de diversas maneiras, desde uma perspectiva evolucionista, como a presente em Tytlor que situa a cultura como um conjunto de crenças, saberes, modos de agir, etc, passando por um viés Estruturalista, como em Levi-Strauss (1976) que define a cultura com tudo aquilo que não é natureza, ou mesmo por uma interpretação hermenêutica, como em Geertz (1989) que aponta a cultura como uma teia de significados. No campo educacional, a discussão sobre esse tema se torna cada vez mais importante, devido à grande diversidade cultural que podemos encontrar em sala de aula. E cada vez mais a antropologia é chamada a se posicionar ante a problemática educacional (ROCHA, TOSTA, 2008) A importância em falar da relação entre antropologia e educação está também, como diz Gusmão (1997), no fato das duas se completarem, abrindo um espaço para um debate que vai desde o acolhimento do contexto cultural da aprendizagem até os sucessos e insucessos do sistema escolar, possibilitando um melhor desenvolvimento das práticas educativas. Tal interface, em termos de debate teórico, busca superar a dicotomia em que tem se instaurado historicamente, que situa a educação como prática e a antropologia como ciência. Para entender melhor esse contexto, trataremos do tema explicando, primeiramente, a relação entre cultura e educação, buscando mostrar até que ponto os movimentos culturais e seus fatores podem influenciar na educação, no trabalho que o professor exerce em sala de aula e quais as dificuldades que podem ser encontradas a partir daí. Bem como trataremos da relação existente entre o etnocentrismo e o relativismo cultural, explicitando o que são as atitudes etnocêntricas e como o relativismo pode auxiliar no rompimento delas. 1 Culturae Educação A cultura tem sido alvo de várias discussões antropológicas, como já expusemos. No entanto, para entendermos o seu conceito é preciso tentarmos traçar um percurso sobre as teorias que surgiram e que fizeram com que a cultura fosse instrumento de estudo da antropologia. Durante muito tempo as diferenças entre os povos de uma sociedade eram vistas somente sob uma ótica biológica, atribuindo assim capacidades inatas às “raças”. O determinismo biológico acreditava que todas as características dos povos estavam ligadas a herança genética. Assim, ser preguiçoso ou não seria uma questão de herança genética. Essas teorias perduraram por bastante tempo dentro da nossa sociedade, e ainda podemos encontrar resquícios dela quando comparamos duas sociedades distintas por fatores biológicos. Tais perspectivas teóricas estavam assentadas, principalmente, no chamado evolucionismo, que percebia todos os modelos de sociedades não europeus, como etapas anteriores na evolução humana, esta escola é representada principalmente por autores com Morgan, Tylor e Frazer. Outras teorias que tentaram explicar as diferenças existentes nas sociedades, foram aquelas que acreditavam que as diferenças eram fruto de características do ambiente físico, tendo sido desenvolvidas principalmente por geógrafos, ficando conhecidas como teorias difusionistas. Para eles o clima era um fator importante nas desigualdades culturais. Alguns antropólogos como Boas, Wissler e Kroeber, apontam limitações dessa teoria já que é possível e comum existir uma grande diversidade cultural localizada em um mesmo tipo de ambiente físico (LARAIA, 2007), desvalidando assim o mito do determinismo geográfico. Sendo assim, as diferenças existentes entre os homens não podem ser explicadas em termos das limitações que lhes são impostas pelo seu aparato biológico ou pelo seu meio ambiente (LARAIA, 2007). Dentro de uma visão antropológica a cultura é uma complexidade de hábitos, de crenças, artes, moral, leis, costumes, ou seja, tudo que é adquirido pelo o homem como membro de uma sociedade, e ainda mais que isso, considerando que a prática humana é sempre inventiva, signiticativa e simbólica. O que diferencia os homens uns dos outros são os seus hábitos que são obtidos de acordo com o grupo social do qual ele faz parte. A cultura é tudo aquilo que aprendemos independente de uma transmissão biológica, ou do clima de onde estamos situados. O homem é o único ser capaz de possuir uma cultura, pois ele é capaz de se comunicar e de fabricar instrumentos que o auxiliem, mais ainda, o homem é aquele ser cuja inventividade ultrapassa o limite da natureza, construindo um universo simbólico que ultrapassa o instinto ou qualquer outra pré-disposição. A comunicação é um dos principais símbolos da nossa cultura, pois é através dela que podemos socializar tudo que aprendemos a outros povos ou pessoas. Para alguns autores das ciências sociais, como em Habermas, é o ato de nos comunicar que constituí o paradigma fundante do homem enquanto tal. A cultura não é uniforme. Como se acreditou durante um bom tempo, ela é heterogênea, diversificada, não existe apenas uma única cultura. O homem é resultado do meio em que vive desde seu nascimento ele está se apropriando de uma determinada cultura, que o constituirá enquanto sujeito. O modo de ver o mundo, as aspirações de ordem valorativa, os diferentes comportamentos sociais e mesmo as postura corporais são assim produtos de uma herança cultural, ou seja, o resultado da operação de uma determinada cultura. (LARAIA, p.68, 2007). As diferenças culturais só podem ser analisadas dentro do seu próprio contexto, a antropologia busca relativizar as diferenças culturais presentes nas sociedades, sem tomar como padrão uma única cultura para comparar outras. A escola irá ser uma das principais propulsoras da transmissão da cultura, já que cabe a ela transmitir os saberes acumulados pelas gerações passadas às novas gerações, mas não é só na escola que apreendemos os saberes passados, ao menos este é o modelo implementado nas sociedades ditas “complexas”, em que o processo educacional ocorre de forma institucionalizada, e não dissolvida, como ocorre em outros modelos de sociedades. Entender como a cultura está sendo transmitida nas escolas também tem sido uma das preocupações dos estudos antropológicos. Nos sistemas educacionais tradicionais tem predominado uma cultura escolar homogênea e padronizada, cheia de estereótipos que são transmitidos aos alunos, como por exemplo, a figura do índio que é mostrado como bárbaro e sem religião, ainda que caibam críticas às teorias reprodutivistas da educação, uma vez que não é uma reprodução perfeita, e os sujeitos não apenas aceitam passivamente o que lhes é passado (APPLE, 2002). As outras culturas que não é a nossa não são dadas o direito de falar sobre sua própria cultura, pois nós mesmos nos achamos no direito de julgar e nos pronunciarmos sobre os hábitos de outros povos. Entender a cultura dentro do processo histórico é essencial, mas que não tenhamos em vista uma única história como verdadeira. Falar sobre Educação também não é uma tarefa simples, já que a mesma está presente em todas as sociedades e acontece entre inumeráveis práticas do aprender. Desse modo, discutir sobre essa temática nos remete a inúmeros questionamentos, tais como: o que é Educação? Onde ela acontece? E quem são os envolvidos? Tentaremos aqui em breves linhas responder tais questões. Em primeiro momento, cabe aqui definir o que é educação, que segundo Brandão (2005) não existe uma única forma nem um único modelo de educação, pois a mesma não só acontece no ambiente escolar, com livros e professores, pois sabe-se que a instituição escola é uma conquista ainda recente, que nas “sociedades primitivas” não havia escola e nem por isso pode- se afirmar que nessa época não existia a educação, pois a mesma estava presente ali em todos os momentos da história dessa sociedade, mesmo que não fosse com esse nome, neste sentido, a antropologia tem dado uma enorme contribuição ao debate educacional, ao trazer uma visão alargada de educação, tal perspectiva está presente na obra de autoras como Mead (2002), e Benedict (1983) . O simples fato de preparar o homem pra guerra, a mulher para tarefas domésticas, contar histórias dos seus ancestrais, esse ato se constitui em uma forma de educação. Nesse sentido, percebe-se que a Educação perpassa por todos os setores da sociedade, estando presente em casa, na rua, na igreja ou na escola, ou seja, ninguém foge da educação,seja para transmitir, assimilar e acomodar, para conviver, dominar, em fim vai depender de como cada sujeito vai fazer uso dela. A educação pode existir livre e entre todos, pode ser uma das maneiras que as pessoas criam para tornar comum, como saber, como idéia, como crença, aquilo que é comunitário com bem, como trabalho ou com vida. (BRANDÃO 2005, p.10). Desse modo entende-se que a educação não se dá exclusivamente em uma escola, pois o conhecimento acumulado histórico e socialmente nem sempre é transmitido na escola, as crenças, a diversidade histórica cultural e social, nem sempre são levadas em consideração pela escola, pois na maioria das vezes a escola tenta uniformizar, ou seja tornar padrão um único modelo, em que consiste em tornar como correto ou superior aquilo que acredita, centrando-se nos próprios valores e na própria cultura. A educação não se restringe apenas a transmissão de conteúdos curriculares, vai muito, além disso, ela ajuda a pensar e a criar sujeitos, ela está presente no imaginário, nas ideologias dos grupos sociais e é através dela que se espera a transformação dos sujeitos e mundo em algo melhor. É muito comum ouvirmos frase do tipo: só através da educação é possível mudar as pessoas, transformar o país e acabar com a desigualdade de classes, porém em muitos dos casos ela tem feito o contrário. A partir do momento em que o educador pensa em outros sistemas de referencias, sem tentar interpretar as diferenças sociais e culturais de outros grupos humanos, acreditando serem assim as suas referências superiores as de outros, então essa educação começa a reproduzir desigualdades sociais, deixando no limite inferior as de classe trabalhadora (os operários e seus filhos), e essa desigualdade fará com que alguns se sintam no direito de dominar outros povos usando a mesma como recurso a mais de sua dominância, já que em algumas situações a mesma se constitui em uma questão de poder, em outros casos torna os sujeitos como escravos, deixando os em uma situação de subalterno. Nesse sentido afirma Brandão (2005): (...) um tipo de educação pode tomar homens e mulheres crianças e velhos, para torná-los todos os sujeitos livres, que por igual repartem uma mesma vida comunitária; outro tipo de educação pode tomar os mesmos homens, das mesmas idades, para ensinar uns a serem senhores e outros, escravos, ensinando- os a pensarem, dentro das mesmas idéias e com as mesmas palavras, uns como senhores e outros como escravos. (pag. 34) Um exemplo claro dessa afirmativa de Brandão é que na sociedade ocidental, enquanto as crianças ricas da Grécia estudavam música, filosofia, caça, restava às crianças pobres exercitar-se na agricultura ou em uma indústria qualquer. Quando surgiu a primeira escola primária em Atenas os pobres não tinham acesso à mesma, ou seja, educadas para serem escravos, servos, enquanto que aos ricos serem mestres, intelectuais, os pensadores. No entanto a educação é um processo em que o homem desenvolve potencialidades, e que as mesmas não estão em um estágio acabado, perfeito, mas está sempre em transformação. Conforme Brandão (2005): A educação não pode, pois ser confundida com o simples desenvolvimento ou crescimento dos seres vivos, nem com a mera adaptação ao meio. É atividade criadora, que visa a levar ao seres humanos a realizar as suas potencialidades físicas, morais, espirituais e intelectuais. Não se reduz a fins exclusivamente utilitários como uma profissão. Abrange o homem em toda a extensão de usa vida. É um processo contínuo que começa nas origens do ser humano e se estende até a morte. (pag. 63) No entanto muitos ainda vêem a educação como algo restrito a escola e não percebe que ela é, para, além disso, que pertence a todos e que não atribui apenas poder, mas também compromisso entre as pessoas é preciso perceber que ele existe em muito mais situações do que dentro do sistema e na sala de aula para assim poder compreendê-la. A educação é também cultura, e, enquanto tal, apresenta todas as contradições que são inerentes a este universo. 2 Etnocentrismo e Relativismo Cultural O etnocentrismo acontece quando um determinado grupo ou pessoa toma a sua própria cultura como centro na sociedade, considerando a cultura dos “outro” como inferior, marginalizando seus valores e atitudes a partir de atos discriminatórios. O etnocentrismo toma determinada cultura como parâmetro, levando a uma comparação descontextualizada entre culturas diversas. Um exemplo histórico de etnocentrismo no Brasil é o do homem branco em relação aos índios, que foram considerados selvagens, pagãos e preguiçosos. Conceitos que são até hoje abordados em livros didáticos, reforçando o preconceito contra um povo que, segundo o “grupo do eu”, possui uma cultura inferior. Mesmo nos dias atuais é comum ouvirmos a expressão pejorativa “programa de índio”, fazendo referência a algo desagradável. Para Rocha (2007), “aqueles que são diferentes do grupo do eu por não poderem dizer algo de si mesmos, acabam representados pela ótica etnocêntrica e segundo as dinâmicas ideológicas de determinados momento” (ROCHA, 2007, p 15). Uma grande influência na sociedade moderna para a prática etnocêntrica é a chamada “Indústria Cultural”, que através de seus vários veículos de comunicação transmite valores de um grupo dominante, que segundo Rocha (2007) “se autopromove a modelo da humanidade”. O que se acontece nas diversas práticas culturais, e, também, nas práticas educativas, se apresentando tanto na dimensão curricular da escola, quanto no universo das práticas pedagógicas. Já o relativismo cultural existe na tentativa de reduzir os efeitos decorrentes do etnocentrismo, a partir do momento em que a cultura do outro é compreendida e respeitada mesmo sendo divergente. O debate em torno do relativismo emerge na antropologia americana, em especial com a obra de Franz Boas, que através do método comparativo aponta para o equivoco de análise recorrente na antropologia então em vigor, ao compararem as culturas entre si, e não com seus contextos singulares. Para o modelo de sociedade que temos atualmente não há mais espaço para atos etnocêntricos, uma vez que os diferentes grupos estão se apresentando e expressando suas ideias, valores e cultura, exigindo espaço e respeito à sua diversidade. Dessa forma, é de fundamental importância que os professores assumam uma prática pedagógica relativista, exatamente para fazer com que esta não seja influenciada por fundamentos de uma cultura excludente que dificultem a aprendizagem e acabem estimulando o etnocentrismo, na medida em que esses profissionais são formadores de opinião e suas atitudes podem ser tomadas como modelo por seus alunos.Considerando o locus axial que a prática docente ocupa na realidade de nossa sociedade, é fundamental problematizar o ato educacional como uma realidade cultural, e que, portanto, cabe uma análise crítica às posturas etnocêntricas que se expressam tanto na dimensão do currículo quanto nas práticas pedagógicas. Considerações Finais Buscamos ao longo deste artigo fazer uma relação entre a Antropologia e a Educação, enfatizando que as duas se aproximam na medida em que elas se unem através da cultura. Possuindo como base a obra de Carlos Rodrigues Brandão, Roque de Barros Laraia, Everardo Rocha, Tania Dauster, Neusa Gusmão, Roberto Da Matta compreendemos que esses autores são de fundamental importância para o esclarecimento do tema proposto. Portanto, percebemos que antropologia possibilita a educação a fazer uma reflexão sobre o contexto cultural da aprendizagem, os efeitos sobre a diferença cultural, racial, étnica e de gênero. Superando o etnocentrismo, para poder conhecer a realidade do outro, não apenas de um modo que inferiorize as diversas culturas presente no campo educacional. A antropologia e a educação têm em comum os modos de vida, os valores, e as formas de socialização (Gusmão, 1997). Exigindo um olhar descentrado, que estranha estereótipos, buscando um ponto de vista em relação aos significados do “outro” nos seus próprios termos (Dauster, 2003). A escola tem se mostrado como um campo conflituoso, onde uma das maiores dificuldades tem sido saber lidar com as culturas existentes no âmbito escolar, relativizar ainda não é algo comum aos educadores, eis aí um das principais reflexões da antropologia para tentar ajudar a educação a ter uma nova visão sobre as diferenças. Referências APPLE, Michael. Educação e Poder. Porto Alegre: Artmed, 2002. BENEDICT, Ruth. Padrões de Cultura. Lisboa: Livros do Brasil, 1983. BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação? São Paulo. Ed. Brasiliense. 2005 DAMATTA, Roberto. Relativizando: uma introdução à antropologia social. Rio de Janeiro: Rocco LTDA, 1987. DAUSTER, Tania. Um saber de fronteiras – entre a antropologia e a educação. 26º Reunião Anual da ANPED. Poços de Caldas, 2003. Disponível em:<www.anped.org.br/reunioes/26/outrostextos/setaniadauster.doc> GEERTZ, Clifford. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1989. GUSMÃO, Neusa Maria Mendes de. 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