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Roman Wróbel
A Polônia dos Piast
As áreas onde foi criada a história de nossa nação cobriam quase os mesmos terrenos
que os pertencentes atualmente ao Estado polonês. No norte foram limitadas pelo Mar
Báltico, no sul pelas montanhas dos Sudetos e Cárpatos, no oeste estendiam-se até o rio Oder,
no leste até o rio Bug. No norte e no sul as áreas antigas da Polônia foram designadas por
limites naturais - o mar e as montanhas, no leste e no oeste, os rios constituíam uma barreira
muito mais fraca, estas fronteiras eram e são abertas. Como resultado, as fronteiras do nosso
país no leste deslocaram-se gradualmente e perdemos as terras no oeste.
De acordo com evidências arqueológicas, os primeiros seres humanos chegaram a esta
terra quando ainda estava coberta de gelo, cerca de 200 mil anos atrás. Provavelmente em
torno do século XIV a.C., nas terras situadas entre o Mar Báltico, o rio San e o médio Dnieper
surgiram os eslavos antigos do grupo de povos indo-europeus. Já no século IV d.C., as terras
da futura Polônia eram habitada apenas pelos eslavos, mas a gênese do estado polonês cai nos
tempos menos antigos. Nestas áreas, no século IX formadaram-se dois centros: o estado dos
vistulanos e o estado dos polanos. O estado dos vistulanos foi conquistado por seus vizinhos
do sul - governantes da Morávia.
O estado dos polanos foi criado um pouco mais tarde. Os primeiros soberanos que
conhecemos chamavam-se Siemowit, Lestko, Siemomysl e Mieszko. A primeira dinastia
polonesa descendeu do Piast semi-mítico e no século XVII, os historiadores deram-lhe o
nome da dinastia Piast.
Esses governantes conquistaram as tribos locais. O centro do estado foi Gniezno. O
país uniu às cidades existentes em sua área em uma organização forte. No fnal do décimo
século tinha cerca de 250 mil km2 e poderia contar cerca de 1 milhão de habitantes. O
controle do país tão grande exigia manter a força militar de vários milhares de cavaleiros. O
primeiro governante de polanos sobre o qual temos informações de fontes históricas foi
Mieszko I. O passo mais importante foi a adoção, junto com seu povo, da religião cristã,
porque até esse momento, a fé de nossos pais foi associado com a adoração da natureza. Por
motivos políticos, Mieszko não adotou a nova religião das mãos dos vizinhos ocidentais
alemães, mas através do vizinho do sul - os tchecos. Decidindo dar esse passo, Mieszko
provavelmente não percebeu que sua decisão teria um enorme impacto sobre as futuras
gerações da nação polonesa. Aceitando o cristianismo, a Polônia juntou-se ao círculo da
cultura ocidental.
Mieszko foi provavelmente batizado em 966 pelo monge Jordão que chegara com
Dobrawa. A adoção do cristianismo pelo duque dos polanos e seu ambiente não era o
sinônimo da adoção do cristianismo por toda a nação. Primeiro, sob as ordens do duque,
limitou-se à eliminação dos principais centros de culto pagão. Então, em grandes centros
populacionais, o povo era familiarizado com as principais verdades da fé cristã, depois teve
lugar um batismo em massa. O próprio processo de cristianização da sociedade polaca durou
vários séculos. Desde o batismo de Mieszko I, reconhecemos a existência da Polônia como um
estado cristão como outros países europeus.
Além do batismo da Polônia, a atividade de Mieszko I consistia em proteger seus
territórios e expandir suas fronteiras. Expandindo as áreas do seu estado, Mieszko ocupou a
Pomerânia Ocidental, tomou a Silesia dos tchecos e provavelemente também a região de
Cracóvia.
Mieszko morreu em 992 anos, e depois de sua morte, o poder foi tomado por seu flho
mais velho Boleslau, mais tarde chamado o Bravo. Os primeiros anos do governo de Boleslau
foram marcados pelo fortalecimento do Estado. Um momento importante foi a chegada para
nosso país do bispo de Praga, Adalberto. Ele chegou para a Polônia a fm de realizar um
trabalho missionário entre pagãos e foi dirigido pelo príncipe polaco à Prússia. Adalberto
batizou um certo número de habitantes de Gdansk e depois foi para a Prússia, onde em 23 de
abril 997 foi martirizado. Chrobry comprou o seu corpo dos prussos e o colocou na igreja de
Gniezno.
A morte do bispo conhecido em Itália ecoaram em toda a Europa, assim Adalbert foi
imediatamente canonizado. Em março de 1000, chegou a Gniezno o imperador Otto III.
Durante sua estada em Gniezno, o imperador Otto III reconheceu Boleslaw como seu
principal aliado na tarefa de unir a Europa sob o domínio do imperador e concordou com a
nomeação da província polonesa independente eclesiástica.
A elevação de Gniezno à categoria de arcebispo, a colocação nesta cidade das relíquias
de São Adalbert, a grande festa, a estadia do imperador na capital, gracas a estes eventos,
outros países europeus começaram a prestar atenção para o país que foi nomeado Polônia.
Ocorreu a popularização da Polônia no mundo cristão.
Após a morte prematura de Otto III, as guerras habilmente conduzidas por Boleslau
não só trouxeram novos ganhos territoriais, mas criaram também a posição de um país forte e
perigoso para qualquer adversário, mesmo para o novo imperador. Travando muitas guerras
com alemães, Boleslau expandiu suas terras de terrenos situados entre a Polônia e a Alemanha,
temporariamente governou a Tchéquia, conquistou a Rutênia Vermelha e Kiev e colocou no
trono de Kiev o marido de uma de suas flhas. Diz a lenda que conquistando Kiev bateu com a
espada na Porta de Ouro e a estragou na parede de pedra. Esta espada, chamada Szczerbiec,
serviria depois de espada de coroação. No fnal do seu reinado, Boleslau iniciou esforços em
Roma para obter о consentimento para a coroação. O consentimento foi obtido do Papa João
XIX, e a cerimônia de coroação aconteceu no ano de 1025. Boleslau o Bravo executou sua
missão histórica, tornando-se para as futuras gerações o símbolo do governante poderoso, rico,
cuja espada batera os muros de Kiev e pilares de ferro marcavam as fronteiras do país longe a
oeste. Para as pessoas que viviam cem anos mais tarde tornou-se um modelo a ser seguido, um
símbolo especialmente vivo nos tempos onde o Estado polonês era ameaçado por uma
desintegração ou por um colapso.
Quando o trono foi tomado pelo Mieszko II, flho de Boleslau I o Bravo, a Polônia já
era um país vasto, com uma administração pública efciente. Infelizmente, as guerras civis que
agitavam o país, reduziram signifcativamente a importância da Polônia. Nos confitos entre os
Piasts participavam os estados vizinhos, o que levou não só à perda da coroa, mas também de
uma parte de territórios, à re-subordinação ao império e à desordem interna. Polônia perdeu
irrevogavelmente a Lusácia, Milsko, a Morávia e a Rutênia Vermelha foram ocupados pelos
russos. Os tchecos saquearam Gniezno em 1038 e anexaram a Silésia ao seu país de. Também
a Mazovia tentou tornar-se independente. Como resultado, houve um declínio do
cristianismo.
Apenas sob o domínio do flho de Mieszko II – Casimiro, a Polônia voltou ao
equilíbrio. O príncipe, nomeado o restaurador, com a ajuda do imperador Conrad e alianças
habilmente celebradas (principalmente com o Principado de Kiev) restaurou a unidade da
administração do país, recuperou a Silésia, a Pomerânia e a Mazovia. Aumentou também a
importância da Polônia no âmbito internacional. A política de seu pai continuou Bolesław II.
Graças à participação do lado do papado na Questão das Investiduras e seu talento militar
único reconstruiu a província de igrejaque tinha cinco bispados e em 1076 recuperou a coroa.
Decidiu também sobre a tomada dos tronos da Rússia, da Hungria e parou efetivamente a
expansão do império alemão para leste. Por 20 anos, Boleslau gouvernou com sucesso.
No entanto, Boleslau II perdeu o trono em 1079, devido à revolta da oposição interna.
Era importante também o confito do rei com o bispo de Cracóvia, Estanislau, que ameaçou
amaldiçoar o rei por seu tratamento cruel dos súditos. As palavras duras do bispo foram
considerados como traição. Em vingança, foi condenado pelo rei à morte por esquartejamento.
Como resultado desses eventos, Boleslau II perdeu o apoio da Igreja Católica.
O caso de São Estanislau é um dos episódios mais obscuros da história polonesa.
Após o rei Boleslau II, o poder foi tomado por seu irmão mais novo, Ladislau Herman.
Quando ele morreu, em 1102, o país foi dividido em duas partes, que estão na posse de seus
flhos Zbigniew e Boleslau “O boca torcida”. Depois de muitos confitos entre os irmãos,
fnalmente Boleslau assumiu o governo do todo o país. O reinado de Bolesla não impediu o
colapso da Polônia. Este governante, famoso por seus talentos militares, antes de sua morte em
1138, decidiu dividir o país entre seus flhos que receberam seus bairros hereditários. O
período de desintegração durou mais de 150 anos – a importância política da Polônia
diminuiu e ela recuperou uma posição forte na Europa apenas na primeira metade do século
XIV. No entanto, neste período, houve evoluções positivsa no campo das relações sociais e
econômicas. Formaram-se as primeiras cidades e surgiram muitas aldeias. O uso de dinheiro
no comércio tornou-se comum. Foram criadas dezenas de mosteiros, fondados sobretudo pelos
cistercienses e beneditinos, e a cristianização da comunidade polonesa foi feita
sistematicamente.
No fnal do século XIII reviveu a ideia de recuperar a coroa para o mais poderoso dos
príncipes e da reunifcação das terras polonesas. Esse plano ganhou um apoio público
signifcativo. Na unifcação a Igreja Católica desempenhou um papel importante. A Igreja
tinha medo de perder a independência da província polonesa para a Alemanha e se tornou um
grande defensor da unidade do Estado. No entanto, a realização da missão de unir o país não
foi fácil. Apenas o príncipe Ladislau III o Baixo conseguiu unir a maioria das terras polonesas,
e em 1318, foi coroado rei polonês em Cracóvia que obteve claramente o caráter da capital do
estado. Nas fontes históricas, Ladislau III o Baixo ocupa um lugar especial como o bom
príncipe que foi capaz de reconstruir o estado polaco.
Durante o reinado dos últimos representantes da dinastia Piast: Ladislau III o Baixo e
Casimiro o Grande, a maior parte do território polonês foi re-unida. A Polônia tornou-se um
país forte, bem administrado, participando ativamente na vida política, econômica e cultural da
Europa. Durante este período, em 1364 em Cracóvia, foi criada a universidade (a segundo
universidade na Europa Oriental, a primeira foi a universidade em Praga) e a capital da
Polônia era um dos principais centros diplomáticos. Em 1364 foi organizado o congresso dos
monarcas onde vieram o imperador Carlos IV, o rei da Hungria Louis, o rei da Dinamarca
Valdemar IV, um grande número de duques da Silésia e outros. O principal problema do
Estado contemporâneo eram constantes confitos com tchecos pela a Silésia e com os
Cavaleiros Teutônicos que, instalado em 1226 pelo duque Conrado da Mazóvia na terra de
Chelmno, conseguiu conquistar a Prússia e, em seguida, criar um estado forte constantemente
ameaçando as fronteiras polonesas.
A política de Casimiro o Grande proporcionou ao povo a paz quase intacta por 30
anos. No entanto, o trabalho mais importante foi a unifcação do país recentemente dividido
em em pequenos ducados. A primeira conquista nesta área foi a criação de escritórios centrais
cuja ideia principal sobreviveu até os últimos anos da independência do estado polonês. Com
base na lei comum, foram introduzidas novas disposições legais. O rei resolveu também as
questões monetárias. Ao mesmo tempo, o rei tomou o trabalho de fortifcação, construíndo nas
fronteiras da Polônia mais de 50 castelos e fortalecendo muitas cidades.
No fnal do reinado de Casimiro o Grande, a Polônia era um grande país de 270 000
km2, duas vezes maior que a área do estado que recebeu de seu pai.
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