Doença pelo Vírus Ebola e Malária procedentes do - Unimed-BH

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AGOSTO.2014
Doença pelo Vírus Ebola e Malária
procedentes do Continente Africano
O QUE É IMPORTANTE SABER SOBRE O VÍRUS EBOLA
O vírus Ebola foi identificado pela primeira vez em 1976, no Zaire (atual República Democrática do Congo), e, desde então, tem produzido vários surtos no continente africano.
Existem cinco espécies de vírus Ebola (Zaire ebolavirus, Sudão ebolavirus, Bundibugyo ebolavirus, Reston ebolavirus e Tai Forest ebolavirus), sendo o Zaire ebolavirus o que apresenta a maior letalidade.
A transmissão do vírus Ebola só se inicia após o aparecimento dos sintomas e se dá por meio do contato direto
com sangue, tecidos ou fluidos corporais de indivíduos (incluindo cadáveres) e/ou animais infectados ou do contato com superfícies e objetos contaminados.
Os sintomas podem aparecer de 2 a 21 dias após a exposição ao vírus.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem chamado atenção para a persistência de surtos que estão ocorrendo
em quatro países do oeste da África: Guiné, Serra Leoa, Libéria e Nigéria, desde fevereiro de 2014. São os surtos
mais extensos até hoje registrados e com letalidade média de 60%. Foram notificados 2.127 casos e 1.145 mortes
até 15/08/2014.
Para assistência ao paciente é necessária a utilização de medidas de precaução padrão, de contato e para gotículas.
DEFINIÇÃO DE CASO SUSPEITO DE DOENÇA PELO VÍRUS EBOLA
Indivíduos procedentes, nos últimos 21 dias, de Guiné, Serra Leoa, Libéria e Nigéria, que apresentem febre de
início súbito, acompanhada ou não de adinamia, mialgia, cefaleia, odinofagia, vômitos, diarreia, prurido, alteração das funções hepática e renal, erupções cutâneas, hiperemia de conjuntivas, soluços, disfagia ou dispneia. Nas fases mais avançadas da doença podem surgir sinais de sangramento como: sinais purpúricos,
gengivorragia, diarreia sanguinolenta, enterorragia, hematúria ou hemorragias internas.
Viajantes ou profissionais de saúde provenientes desses países e que apresentem história de contato com pessoa doente, participação em funerais ou rituais fúnebres de pessoas previamente doentes ou contato com
animais doentes ou mortos com suspeita de ebola.
O QUE FAZER DIANTE DE UM CASO SUSPEITO DE DOENÇA PELO VÍRUS EBOLA
NÃO REALIZAR
COLOCAR O PACIENTE
EXAME FÍSICO se
NÃO COLETAR SANGUE OU OUTROS
EM UMA SALA ISOLADA
não possuir os EPIs
MATERIAIS PARA EXAMES LABORATORIAIS
adequados
Se em Belo Horizonte, notificar imediatamente ao CIEVS-BH pelo telefone 8835 3120 e se em
Betim ou Contagem notificar o CIEVS Minas pelo telefone 9744-6983. O paciente será transferido para o Hospital Eduardo de Menezes hospital de referência no estado de Minas Gerais. O
transporte será realizado pelo SAMU. Toda a logística de transferência e internação será operada
via CIEVS.
O QUE FAZER COM OS CONTATOS DE CASOS SUSPEITOS DE DOENÇA PELO VÍRUS EBOLA
É considerado contato todo indivíduo que:

Teve contato com sangue, fluido e/ou secreção de caso suspeito;

Dormiu na mesma casa e/ou teve contato com roupa e/ou roupa de cama de casos suspeitos

Teve contato físico direto com casos suspeitos ou com corpo de casos suspeitos que foram a óbito (funeral);

Teve contato com tecidos, sangue ou outros fluidos corporais durante a doença;

Foi amamentado por casos suspeitos (bebês).
Os contatos de casos suspeitos identificados deverão ser monitorados por 21 dias após a última exposição conhecida.
Para o acompanhamento dos contatos assintomáticos não é necessário o uso de EPI pelos profissionais de saúde.
A partir da manifestação de sintomas compatíveis com DVE os contatos serão tratados como casos suspeitos.
O QUE É IMPORTANTE SABER SOBRE A MALÁRIA
Em Minas Gerais também são frequentes os casos de Malária, principalmente pelo Plasmodium falciparum, procedentes do continente africano. O Plasmodium falciparum é responsável pelos casos graves da doença. O tratamento deve ser iniciado o mais precocemente possível.
DEFINIÇÃO DE CASO SUSPEITO MALÁRIA
Toda pessoa residente ou que tenha se deslocado para o continente africano, exceto no período de 8 a 30 dias
anterior a data dos primeiros sintomas, e que apresente febre acompanhada ou não dos seguintes sintomas:
cefaleia, calafrios, sudorese, cansaço, mialgia.
O QUE FAZER DIANTE DE UM CASO SUSPEITO DE MALÁRIA
REALIZAR AVALIAÇÃO
Notificar imediatamente aos serviços
CLÍNICA DO PACIENTE
de vigilância em saúde municipais
SE DESCARTADA MALÁRIA
SOLICITAR ACOMPANHAMENTO
PELO MÉDICO INFECTOLOGISTA.
Se em Belo Horizonte, notificar imediatamente ao CIEVS-BH pelo telefone 8835 3120 e se em
Betim em dias úteis e horário comercial notificar o serviço de epidemiologia municipal pelo telefone 3512-3301 e fora deste período notificar o CIEVS Minas pelo telefone 9744 6983. Em Contagem notificar pelo telefone 8802 8143 para realização inicial do teste rápido para malária, gota
espessa e tratamento se confirmação do diagnóstico.
Fontes consultadas: Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais, Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde e
Center for Disease Control and Prevention - CDC
Acesse este documento no site Sessões Clínicas em Rede:
http://www.acoesunimedbh.com.br/
sessoesclinicas/2014/08/ebola-e-malaria/
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