UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

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THEATRUM ORBIS TERRARUM (TEATRO DO MUNDO)
Autor: Newton Monteiro de Campos Junior – aluno de graduação (#5403523) no bacharelado de
Geografia na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.
E-mail: [email protected].
RESUMO
O objetivo deste trabalho é o de apresentar a evolução do pensamento geográfico a respeito da
mega-geomorfologia e morfotectônica. Ante as dúvidas suscitadas e as observações colecionadas ao
longo dos estudos, também estamos propondo uma nova conceituação sobre a disposição atual dos
continentes e oceanos na crosta terrestre, como uma alternativa à teoria de Tectônica de Placas para a
origem dos continentes.
PALAVRAS-CHAVE: Crosta, Morfotectônica, Lua, Terra.
ABSTRACT
The objective of this study is to present the evolution of the geographic thought about the
mega-geomorfology and morphotectonics. Under doubts and observations colected during the studies,
we are proposing a new possibility for the current position of the continents and oceans over the earth
crust, as an alternative to the Plate Tectonics theory.
KEY-WORDS: Crust, Morfotectonics, Moon, Earth.
INTRODUÇÃO
Nossa investigação partiu da seguinte dúvida: se Harold Jeffreys (1891-1989) havia comprovado, em
1924, a inviabilidade da teoria da origem dos continentes de Alfred Wegener (1880-1930), suas
comprovações também deveriam inviabilizar a teoria da tectônica de placas. Partiu também do incentivo
de Alfred Wegener: “A ciência é um processo social. Decorre numa escala temporal mais longa do que
a vida humana. Caso eu morra, alguém ocupará o meu lugar. Se tu morreres, alguém ocupará o teu. O
que realmente é importante é que alguém faça o trabalho.”
Os processos morfogenéticos modelam a topografia terrestre num sistema aberto, ou seja,
mantendo constante troca de energia e matéria com o meio – universo – no qual este sistema se insere.
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No campo geomorfológico também interferem regularmente as forças dinâmicas da Terra, em especial
os eventos relacionados às forças gravitacionais endógenas e exógenas.
O problema aqui abordado é certamente multidisciplinar. Pode ser classificado como um
problema formal, físico, astronômico, geodésico, geológico, paleontológico; mas este também é um
problema paleoclimático, geomorfológico, histórico e geográfico, por tratar da evolução do pensamento
sobre o palco onde se desenvolve a história da humanidade, do lugar onde pisa, pensa e vive o Homo
sapiens sapiens.
Por sua característica de multidisciplinaridade, por dispor-se no relacionamento entre sociedade
e natureza, por considerar eventos geomorfológicos em uma determinada escala espacial (globo) e
temporal (geológica), a academia científica geográfica mostra-se bem qualificada para sediar e ordenar
tais debates. Afinal, geologia, geoquímica, geofísica, estratigrafia, tectônica, gaia, tempo e espaço, são
indissociáveis da geografia.
As novas proposições teóricas, abrindo outras perspectivas, permitem
rearranjos dos fatos conhecidos e estruturações inéditas; elas fazem com que
muitos elementos antes ignorados passem a ser levados em consideração. [...] A
Geomorfologia é uma ciência plena de aplicações, que visa tornar as paisagens
mais benéficas para a humanidade; a fim de cumprir essa missão, há que
desenvolver cada vez mais o conhecimento teórico. (Christofoletti, 2007:176).
O conhecimento é um bem social – um dos maiores. Este trabalho se propõe a contribuir para o
crescimento da sociedade, através da busca de novos conceitos científicos. De acordo com Charles
Sanders Peirce (1839-1914), profissional de geodésia, fundador do pragmatismo e da semiótica,
existem duas maneiras de nos afastarmos da verdade: uma é julgá-la impossível; outra é julgar que já a
conhecemos.
A teoria da geotectônica é para as geociências, tanto quanto o que as teorias da relatividade e
da gravitação universal são para física, tanto quanto o que a teoria da origem das espécies é para as
biociências. Ela surge com os primeiros mapas das costas atlânticas de África e América do Sul. Em
1620, Francis Bacon apontou o perfeito encaixe entre estas duas costas e deixou registrada a hipótese
de que estes continentes estiveram unidos (Teixeira et al., 2003:98). O cartógrafo alemão Abraham
Ortelius (1527-1598), colega do projetista Gerardus Mercator (1512-1594), com mais propriedade
nos registros cartográficos do que no registro literário de Bacon, já havia feito tais observações em
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1596, na publicação de seu atlas Thesaurus geographicus, sucedâneo de seu Theatrum Orbis
Terrarum – Teatro do Mundo.
MATERIAL E MÉTODOS
Um filho do evolucionista Charles Robert Darwin (1809-1882), o brilhante astrônomo George
Howard Darwin (1845-1912), argumentou em carta ao sismólogo Sir Harold Jeffreys (1891-1989): “It
seems, moreover, hardly reasonable to suppose that the materials of the earth possess much mechanical
similarity with glass” (Jeffreys, 1979). O modelo vítreo para o planeta já era considerado nas Acta
Eruditorum (Leibniz, 1997:prefácio), publicadas em 1693 pelo matemático, químico e filósofo
Gottfried Leibniz (1646-1716).
Sendo o silício a base da Terra, a crosta seria “um gênero de vitrificação do que fora outrora
um corpo luminoso, recoberto por manchas depois do incêndio”. Ainda de acordo com Leibniz, depois
de ter-se elevado aos altos picos, pelo dilúvio e inundações locais, “o mar retornou ao abismo do
interior da Terra por fraturas e hiantes aberturas; e que assim uma grande parte da superfície terrestre
de novo transformou-se em terra enxuta”. No mesmo artigo, prossegue Leibniz: “muitas das obras
subterrâneas da natureza, que se assemelham aos produtos dos laboratórios químicos, devem ser
atribuídas às fusões, sublimações, soluções e precipitações de origem vulcânica. Os sedimentos das
águas podem ser reconhecidos por seus estratos distintos, imiscuídos com objetos terrestres ou
marinhos; ou apresentam o aspecto de corpos endurecidos pela cristalização” (Leibniz, 1997:prefácio).
Em Protogaea, publicado postumamente em 1749: “Ora, toda a escória resultante da fusão é
do gênero vítreo; e a crosta que recobria a matéria em fusão do globo e que endureceu depois da fusão
deve ter-se tornado semelhante a uma escória, como sucede com metais na fornalha” (Leibniz,
1997:29). Para a origem das águas superficiais, Leibniz explica que resultaram da condensação de
vapores expulsos quando o globo era ainda incandescente. As inundações nos fazem entender a
diferenciação entre rochas ígneas e sedimentares: “uma pelo resfriamento posterior à fusão ígnea; outra
pela recondensação daquilo que estava dissolvido nas águas (Leibniz, 1997:41).
O cubano Fernando Valdés Aguirre (1837-1871), professor substituto de geografia e história
da Universidade de Havana, na publicação La Floresta Cubana de 1856, escreveu o artigo Los dos
continentes estarían unidos por África y América (Wegener, 2009:14). Numa viagem à Paris
conheceu a publicação La Création et ses mystères dévoilés (A criação e seus mistérios
desvendados, 1858) de Antonio Snider-Pellegrini, considerado por alguns autores como um
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predecessor de Wegener (Pelayo, 1995). Para ambos, Valdés Aguirre e Snider-Pellegrini, a ilha de
Cuba era produto da fragmentação dos continentes.
O trabalho do ítalo-americano Snider-Pellegrini parecia querer justificar o genocídio dos índios
americanos, raça impura, não descendentes de Noé, já que, segundo a Bíblia, a separação dos
continentes e o dilúvio teriam acontecido apenas no 6º dia da criação divina, e afetado apenas a zona a
leste da América (Borges, 1992).
Por mais que o trabalho de antecessores, naturalistas como Alexander von Humboldt
(1769-1859), Ramón de La Sagra (1798-1871), e Felipe Poey (1799-1891), tenham referenciado a
união entre Cuba e o continente norte-americano, Pelayo (1995) menciona que as observações
paleontológicas mais completas foram feitas pelo espanhol Manuel Fernández de Castro (1825-1895),
inspetor de minas em Cuba.
De uma maneira geral, os geomorfólogos se interessam mais pelo processo do que pela forma.
Grove Karl Gilbert (1843-1918) considerava que as montanhas deveriam ser a preocupação central da
geologia; e cunhou o termo orogenia. Em publicação de 1890 – História do Lago Bonneville – ele
assinala um rebote elástico produzido depois da evaporação da maioria dos lagos. Os geólogos
demandavam os continentes na busca dos geossinclinais, que, no entender do americano James Dwight
Dana (1813-1895), seriam as estruturas de que resultariam as montanhas. Dana percorreu as ilhas do
Pacífico por 6 anos, observando processos vulcânicos (Kraft, 1993:114-115), dez anos após a viagem
do Beagle (Darwin, 1996).
Willian Morris Davis (1850-1934), propondo o ciclo geográfico, e Lester Charles King
(1907-), propondo o diatrofismo rápido seguido de um amplo período de calma tectônica, vinculam o
desenvolvimento do relevo a um determinado tipo de clima, enquanto o modelo de Walther Penck
(1888-1923) dá mais importância aos aspectos tectônicos – lento levantamento inicial, seguido por um
levantamento acelerado (Elorza, 2001:13-15).
No que tange ao tempo geológico da Terra, o arcebispo irlandês James Ussher (1581-1656),
baseado na Bíblia, calculou que a Terra tinha sido criada às 9 horas da manhã do dia 26 de Outubro de
4004 a.C. (Borges, 1992). A precisão desta data e a erudição que o cálculo pressupõe, conferiam-lhe
uma respeitabilidade que nenhum cientista ousou desafiar. Apenas no século seguinte, o naturalista
francês George Louis Leclerc, conde de Buffon (1701-1788), partindo da hipótese de uma Terra inicial
em estado de fusão e calculando o tempo do seu arrefecimento, inferiu uma idade de 75 milênios, valor
muito superior ao limite imposto pela Bíblia. Em 1785, o médico e fazendeiro escocês James Hutton
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(1726-1797) avançou a ideia de imensidade do tempo geológico: “não se pode estimar a duração do
que atualmente se vê, nem calcular o tempo em que começou; portanto, relativamente à observação
humana, este mundo não teve princípio nem fim” (Borges, 1992). Hutton concluiu sobre a necessidade
de um tempo imenso para a gênese das formações geológicas, aplicando princípios atualistas, segundo
os quais os fenômenos do passado podem ser interpretados à luz dos fenômenos atualmente
observáveis. Ou seja, o presente é a chave do passado.
Charles Darwin, ousou sugerir, em 1859, que a erosão causada pelo rio Weald teria perdurado
300 milhões de anos – valor revisto a metade, e a um terço posteriormente. Ele teve, acima de tudo, o
mérito de desencadear outras tentativas de cálculo da idade da crosta, recorrendo a critérios
estritamente geológicos. Considerando os volumes de massas sedimentares, velocidades de
sedimentação e conteúdos fósseis, foi possível determinar a idade relativa das formações e avaliar a sua
antiguidade, obtendo-se a primeira noção de tempo geológico: o tempo estratigráfico (Borges, 1992).
A escala estratigráfica foi delineada a partir dos finais do século XVIII. Os tempos estão
dispostos numa escala convencional e hierarquizada, como: Cenozóico, Mesozóico (Triássico,
Jurássico, Cretáceo), Paleozóico etc. As bases da coluna estratigráfica foram estabelecidas na primeira
metade do século XIX, alicerçadas nas grandes discordâncias observáveis na Europa ocidental, as
quais, de fato, não possuem uma expressão universal (Borges, 1992).
O físico William Thomson, Lord Kelvin (1824-1907), criador da termodinâmica, estimou a
idade do Sol em 100 milhões de anos, baseado na análise da dissipação do calor, em 1862. A seguir
calculou idades para a Terra que foram sucessivamente decrescendo desde a idade do Sol, até a
estimativa de 24 milhões de anos, em 1897 (Borges, 1992).
Em 1899, o geólogo americano Thomas Chamberlin (1843-1928), concordando com teorias
laplacianas, escreveu que, embora inicialmente a Terra estivesse em estado de fusão, não devia ser
excluída a possibilidade de outras fontes de calor, que não a gravitacional, primitiva. Suas palavras
viriam a revelar-se proféticas, quando, em 1903, o casal Maria Skodowska Curie (1867-1934) e
Pierre Curie (1859-1906) descobriu que os sais de rádio emitem calor. No ano seguinte, falando
perante Kelvin, Ernest Rutherford (1871-1937) rebateu os cálculos daquele físico, ao afirmar que a
Terra não poderia ser considerada como um corpo que foi, progressiva e passivamente arrefecendo,
pois contém elementos radioativos, fornecedores de calor. Ainda em 1904, Rutherford sugeriu que,
sendo o hélio um dos produtos da desintegração espontânea do urânio, a determinação do hélio
aprisionado nos minerais de urânio proporcionaria um método de determinar idades geológicas
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absolutas (Borges, 1992). Em 1905, o químico norte-americano Bertram Borden Boltwood
(1870-1927) concluiu que, além do hélio, o chumbo era um produto final estável da desintegração do
urânio (Eicher, 1976:16-18)
Foi a partir de 1908, com o professor John William Strutt (1842-1919) e, depois, com o seu
discípulo, Arthur Holmes (1890-1965) que à escala estratigráfica foi sendo sobreposta uma escala de
idades absolutas (Borges, 1992). Holmes reuniu todos os dados disponíveis sobre as idades
radiométricas, verificou as observações de Boltwood sobre o chumbo como produto final estável da
desintegração do urânio, considerou o problema de contaminação na amostra, apresentou evidências de
que as taxas de desintegração são as mesmas em quaisquer circunstâncias, salientou o potencial do
método radiométrico ao desvendar a história pré-cambriana, estabeleceu, enfim, muitos dos princípios
que orientariam os trabalhos radiométricos das décadas seguintes (Eicher, 1976:16-18).
Em 1913, Arthur Holmes publica The Age of the Earth, estimada por ele em 1,6 bilhões de
anos. Tal valor foi sendo revisto a maior até que, em 1944, no livro Principles of Physical Geology
sua estimativa atingiu 4,5 bilhões de anos, com margem de erro de 2% (Borges, 1992), baseada na
medição da abundância relativa de isótopos de urânio por Alfred Otto Carl Nier (1911-1994), físico
americano, pioneiro na espectrometria de massa.
Alfred Lothar Wegener (1880-1930) foi um brilhante meteorologista berlinense, filho de pai
evangélico doutor em teologia. Em 1906, trabalhando no Observatório Aeronáutico de Lindenberg,
junto com seu irmão Kurt, sagrou-se recordista mundial com as 52 horas ininterruptas de voo global.
Seu livro Termodinâmica e Atmosfera, de 1911, o consagrou como meteorologista, mas foi em 1912
que ele começou a difundir suas idéias sobre os deslocamentos continentais (Wegener,
2009:Introdução).
Wegener falava de níveis preferenciais na crosta terrestre, e que deviam ter existido dois níveis
originais inalterados: falar de oceanos e continentes era referir-se a duas capas distintas da crosta
terrestre. O globo terrestre, sob forças de período curto, como as ondas sísmicas, se comportava como
um corpo sólido elástico. Mas sob as forças que se aplicavam ao longo de períodos geológicos, se
comportava como um fluido – o achatamento do globo seria resultado do movimento de rotação. As
evidências discutidas por Wegener incluiam as coincidências geológicas entre as costas atlânticas do
Brasil e da África. Quanto às evidências paleontológicas e biológicas, a distribuição da flora
Glossopteris e dos répteis Mesosaurus, entre outros exemplos, indicavam a existência pretérita de uma
grande extensão de terra firme que unia os continentes meridionais (Wegener, 2009:Introdução).
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Wegener referenciava diversos autores, que sugeriam a existência de “pontes” entre os
continentes. Também usou evidências paleoclimáticas, mostrando que a maioria das regiões da Terra
tiveram no passado geológico um clima distinto do atual. Um exemplo seriam as ilhas Spitzberg, que
possuem agora um clima polar, mas que no Terciário inferior tiveram mais bosques que atualmente na
Europa central. A própria Europa teria passado de um jurássico clima tropical ao holocênico temperado
(Wegener, 2009:Introdução).
Ante suas teorias apresentadas num simpósio de geólogos em Nova Iorque, a maioria dos
assistentes se mostrou crítica quanto às suas metodologias, mais apropriadas a um advogado do que a
um cientista. Além disso, os mecanismos para explicar a deriva dos continentes eram muito débeis:
possíveis forças das marés e fuga desde os pólos terrestres (Wegener, 2009:Introdução).
Na primeira edição de seu livro Earth, Its origin..., de 1924, o sismólogo inglês Harold
Jeffreys (1891-1989) apresentou provas sismológicas, consideradas irrefutáveis, de que a deriva
continental era inviável (Jeffreys, 1976).
Em 1928, Arthur Holmes (1890-1965), grande adepto das idéias de Wegener, especulou que
as duas metades do continente original eram arrastadas por correntes de convecção provenientes da
dissipação de calor radioativo, resultando na formação de montanhas na borda em que as correntes
retornavam ao interior do planeta e formação de assoalho oceânico onde as correntes ascendem
(Siever, 2003:26).
A exploração do assoalho oceânico por americanos e ingleses foi iniciada durante a 2ª guerra
mundial, em 1944, buscando detectar o campo magnético emanado pelas couraças de aço dos
submarinos alemães (Siever, 2003:23-49). Inicialmente os levantamentos foram centrados no Atlântico
porque os alemães tinham muitos submarinos afundando navios mercantes americanos.
Por volta de 1960 os geólogos descobriram que o registro preciso do comportamento peculiar
de armazenamento da magnetização remanescente do resfriamento podia ser obtido a partir de
derrames de lava vulcânica (Siever, 2003:23-49).
Entre cada 1 e 40 milhões de anos, os pólos magnéticos terrestres se invertem. As rochas
magmáticas plutônicas (assoalho oceânico rico em óxido de ferro) armazenam a direção do campo
magnético da Terra ao se resfriarem (a cerca de 580º C). Ao serem encontradas faixas de
magnetização invertidas equidistantes de uma cadeia meso-atlântica – chamado padrão zebrado de
magnetismo do assoalho oceânico –, este foi considerado como sendo um padrão mundial (Siever,
2003:23-49).
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Ainda por volta de 1960 estabeleceu-se o Deep Sea Drilling Project que constituiu um
verdadeiro marco na oceanografia moderna. Este projeto, coordenado por instituições
norte-americanas, mas do qual participaram institutos de pesquisas de diferentes países, estendeu-se de
1968 a 1983. A partir de 1983 ele passou a chamar Ocean Drilling Program, denominação sob a
qual continua suas atividades até os dias de hoje. O primeiro navio utilizado neste projeto, o Glomar
Challenger, era dotado de um sofisticado sistema de coleta, orientado por meio de satélites, que
permitia a perfuração com alta precisão de pontos específicos do fundo oceânico, abrangendo
intervalos terciários e, inclusive, cretáceos. Este navio foi substituído pelo Joides Resolution que está
atualmente em operação realizando este mesmo tipo de trabalho (Bergue, 2006:54-66).
Em 1962, com base nos levantamentos do assoalho oceânico, Robert Sinclair Dietz
(1914-1995) apresentou um trabalho denominado Geopoetry. Harry Hammond Hess (1906-1969)
havia proposto algo similar na mesma época. Eles propunham que a crosta separa-se ao longo de vales
tectônicos extensionais, e que haveria ascensão de material magmático nessas fraturas, resultando em
dorsais oceânicas e novos assoalhos oceânicos, num processo contínuo de formação de placas (Siever,
2003:23-49). Eles consideraram que as observações de Wegener aliadas à geografia e à magnetização
das placas que cobrem o planeta eram indiscutíveis. Daí, imaginaram e desenvolveram a teoria da
tectônica de placas, apresentada em 1968. Concluíram que o assoalho oceânico era magneticamente
zebrado em virtude de ter sua gênese nas cadeias mesoceânicas, criadas pelas falhas mesoceânicas; e
esta era a origem da principal força que movimentava os continentes.
RESULTADOS
A evolução dos conhecimentos resultou num apoio financeiro para o mapeamento oceânico de todo o
planeta, no projeto Glomar Challenger, em 1969. Além do padrão magnético zebrado e do
mapeamento das montanhas e cordilheiras oceânicas, foi constatado que, enquanto as placas
continentais tinham mais de 4 bilhões de anos, os fundos oceânicos mais antigos tinham menos de 200
milhões de anos.
As argumentações de Hess e Dietz não se sustentaram por muito tempo, mas duraram o
suficiente para as pretensões de quem as apoiava: o governo dos Estados Unidos da América. Pelo
volume de recursos aplicados, diríamos que “a geomorfologia serve, acima de tudo, para fazer a
guerra”. Afinal, uma vez que, durante a guerra fria, a URSS tinha condições e pretensões de produzir
submarinos transportadores de ogivas nucleares, o projeto de mapeamento dos fundos oceânicos em
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todo o planeta – e localização de submarinos nucleares – passava a ser questão de segurança nacional
(McPhee, 2000:127-130).
Para sustentar a movimentação das placas, foi necessário encontrar outro motor para o sistema,
já que não era razoável continuar supondo que apenas o peso das cadeias mesoceânicas fosse
suficiente para empurrar lateralmente as placas oceânicas, enquanto essas empurravam as placas
continentais. Era uma argumentação que não resistia à física Newtoniana primária.
A opinião da geóloga Anita Harris sobre a tectônica de placas: “not everybody believes in it”
(McPhee, 2000:148). E ainda: “The plate-tectonics people have certain set patterns that they expect to
see. They kind of lock themselves in. If something doesn’t fit in the theory , they’ll find some sort of
reason. They’ll say that something is missing, or that it was subducted, or that it has not yet been found
in the subsurface. They make things fit” (McPhee, 2000:219).
Sugeriu-se e assumiu-se que as placas eram movimentadas por correntes de convecção do
magma pastoso. Isto criou um outro problema, que era o deste processo ampliar continuamente a
superfície planetária. O planeta estaria em crescimento. Aliado ao fato de as placas oceânicas nunca
terem mais de 200 milhões de anos, sugeriu-se que as placas passassem por processo de subducção,
sendo deglutidas pelo manto terrestre, num movimento contínuo de gênese e reciclagem. Nos locais de
subducção, além da reciclagem da crosta oceânica, o continente estaria sendo soerguido, dando origem
às cordilheiras (Siever, 2003:23-49). Coincidentemente, as cordilheiras possuiriam a mesma idade das
placas oceânicas mais antigas. Nas palavras de Jurandyr Ross (2008:35), as cadeias orogênicas são os
terrenos mais elevados da superfície terrestre: Andes, Rochosas, Pirineus, Alpes, Cárpatos, Cáucaso,
Himalaia e Atlas, também são os terrenos mais recentes, com idades regulando com as dos fundos
oceânicos.
DISCUSSÃO
Desde a década de 1970, as perfurações profundas de fundo oceânico profundo mostravam uma
incongruência quanto à magnetização remanescente: algumas centenas de metros abaixo da superfície, a
magnetização se invertia (Ozima, 1991:119-121). Nos primeiros furos, considerou-se que era uma
situação aleatória, mas hoje mostram-se consistentes. As perfurações também mostravam variações na
granulometria do fundo oceânico, não compatíveis com a proposição de gênese sistemática junto às
cadeias mesoceânicas. A justificativa do padrão zebrado parece não resistir abaixo da superfície das
placas oceânicas.
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A central problem in understanding the Earth system is the relationship between
mantle convection and near-surface structure, geophysics and geochemistry.
Unexplained anomalies of the plate tectonics model are the postulated
mechanism of generating the axial rift valley by upward movement of marginal
fault blocks, contrary to observations in the Icelandic rift, and the mechanism by
which a postulated broad upwelling plume can yield the required narrow zone of
axial volcanism (Keith, 2001).
Um outro ponto que observamos diz respeito à existência das estruturas kimberlíticas sob os
continentes africano e sul-americano. Elas precisam estar sendo movimentadas pelas correntes de
convecção, na mesma velocidade que as crostas sobre elas, ou estariam hoje no meio do oceano
Atlântico. Assim é com as plumas mantélicas. As correntes de convecção movimentam as placas, mas
poupam as plumas: estas precisariam ser estacionárias.
Em conclusão, quatro das ilhas e arquipélagos oceânicos brasileiros tiveram
origem idêntica. Constituem a parte emersa da terminação oriental de duas
extensas cadeias vulcânicas de orientação geral leste-oeste hoje arrasadas pela
erosão e submersas. Surgiram essas cadeias em zonas de fratura reativadas no
Eoceno Médio, que se estendem à margem continental, através das quais se
realizou extravasamento de magma proveniente de hotspots fixos no manto
superior durante a deriva da placa litosférica para oeste causada pelo
espalhamento da crosta oceânica (Almeida, 2006).
As correntes de convecção precisariam ser seletivas, para poupar kimberlitos e plumas
mantélicas.
A inversão sistemática de magnetização remanescente obtidas no Ocean Drilling Program, bem
como a granulometria do basalto das placas oceânicas – mais grossa na proximidade das cadeias
meso-oceânicas e mais fina junto aos continentes, onde resfriou-se mais rápido – sugerem que não se
trata de padrão zebrado de gênese, como proposto por Hess e Dietz, mas de um padrão de
resfriamento. Afinal, a magnetização remanescente é adquirida a uma determinada temperatura (580ºC),
e não a partir de um determinado tempo de gênese. (Ver ilustração 1). Nosso entendimento é que este
magma teve sua gênese – a exposição à atmosfera – a um só tempo. O resfriamento é que foi
ocorrendo paulatinamente, com a aquisição da magnetização ao longo deste tempo de resfriamento.
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Ilustração 1 - Padrão zebrado de resfriamento
Esta exposição extensa de magma nos leva a crer que o posicionamento dos continentes não
ocorreu paulatinamente, mas catasfroficamente. Um ou mais eventos que implicariam em significativa
extinção em massa. “Unlike other mass extinction where the number of physical events is relatively few
and causality is easy to estabilish, so many things ocurred during the Permo-Triassic interval that
establishing what caused the extinction is very difficult.” (Erwin, 2006:Introdução).
O soerguimento das cordilheiras, parecia-nos poder resultar de rebotes elásticos por impacto de
meteoros.
Elastic waves, wich conserves both energy and momentum, satisfy Equations
(radial momentum carried by the detached shock & total energy kinetic plus
internal) simultaneously because they develop a negative particle velocity tail
where material springs back toward the center of expansion. [...] This negative
velocity tail develops when the previously compressed material expands,
overshootimng the descompressed state in an ‘elastic rebound’ (Melosh,
1989:62-63).
Entretanto, um choque de meteoro deixaria um rastro estratigráfico pela concentração de irídio
(Ozima:1991:140-143).
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The cause of the widespread extinctions at the end od the Cretaceous Era, some
65 Myr ago, had long been a source of nearly unconstrained scientific and
popular speculation. […] Iridium is very scarce on the earth’s surface … but its
abundance is much higher in undifferentiated meteorites. […] Iridium anomalies
at the Cretaceous-Tertiary boundary have been found at 75 sites around the
world, in both marine and terrestrial sediments (Melosh, 1989:222-223).
Paul Hodge (2009:40-41), descrevendo a estrutura de impacto de Montagnais, Nova Escócia,
Canadá: “The impact melt rocks are similar to those found at other large impact sites ... They show an
order of magnitude overabundance of iridium, which is probably derived from the incoming stony
asteroid or comet.”
Não encontramos relatos de concentração anormal de irídio no intervalo entre o Permiano e o
Triássico. Um impacto de tais proporções teria ainda deixado muitos outros resíduos.
O soerguimento das cordilheiras possui a mesma datação que as crostas oceânicas mais antigas
(Ross, 2005:35), numa coincidência incomum. Assim é que consideramos que um evento catastrófico
ocorreu no intervalo Permo-Triássico. Consideraramos que as correntes de convecção existiram apenas
enquanto o interior do planeta ainda não estava solidificado. Então, a crosta deveria cobrir toda a
superfície do planeta. O evento catastrófico teria suprimido 2/3 da crosta terrestre – no lado onde hoje
temos o Pacífico, deixando apenas a parte da crosta que denominamos Pangea. Esta crosta restante,
por estresses e esforços antipodais, já apresentaria as divisões e os riftes.
CONCLUSÃO
Entendemos que a atração gravitacional de um corpo que passasse próximo à Terra seria
suficiente para fraturar e arrancar parte da crosta terrestre. Consideremos que a Lua desequilibou-se
em sua órbita e que esta se aproximou da Terra em órbita espiralada.
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Ilustrações 2, 3 e 4 – Sequência dos eventos catastróficos
A crosta já formada, contínua e silicática, funcionava como refratária ao calor gerado no interior
do planeta por decaimento radioativo. Por sobre ela estavam os oceanos – Tethis e outros. Este calor
intenso sob a crosta diferenciou, química e fisicamente, uma camada entre a crosta e o manto: a
descontinuidade de Mohorovicic (Moho) sob a totalidade desta crosta.
Com o progressivo aumento da atração gravitacional pela aproximação da Lua, a Terra
deformou-se cada vez mais. A deformação ocorria para cada lado em que estivesse a Lua em sua
órbita espiral decrescente. A intensificação das forças gravitacionais deve ter eliminado grande parte da
vida terrestre. Este volumoso material orgânico foi acumulado nas bacias oceânicas de então. O
estresse provocado pelas forças gravitacionais acabou por fraturar a crosta, expondo o magma
presente em Moho. Inicialmente os oceanos escoaram por estas fraturas – hiantes aberturas, como
descrito por Leibniz –, depositaram as substâncias orgânicas, carbonáticas e calcáreas, enquanto toda a
água dos oceanos se evaporou, restando sobre eles imensos depósitos de sal, petrificados pelo calor
intenso proveniente deste magma exposto que se solificava.
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Ilustração 5 – Deposição nas aberturas crustais
Na medida em que a Lua se aproximou da Terra, ou seja, na medida em que o raio da espiral se
tornou menor, esta ganhou velocidade. A uma determinada distância, a velocidade foi tal que a Lua
escapou da órbita, ou seja, a espiral decrescente foi vertida em espiral crescente. A esta distância
mínima, pedaços da crosta – continentes, 2/3 da crosta terrestre – foram arrancados. Parte desta crosta
foi acrescida ao solo da Lua.
Assim como as grandes falhas, as grandes cordilheiras também são resultantes deste evento
interplanetário. A placa da Índia simplesmente ancorou no Himalaia, que já estavam lá, soerguidos,
assim como os Andes, as Rochosas, os Urais, as cordilheiras Australiana e Antártida. Estas regiões
montanhosas foram formadas instantaneamente com o arrancar de parte da crosta, numa espécie de
rebote elástico.
A imensidão da poeira gerada pelas fraturas teria características similares à do loess: “La ausencia
de estratificación, la finura extremada de los granos y el caráter macizo del depósito indican que el loess
se debe a una precipitación continua, causada antiguamente por las lluvias en los bordes de los países
areicos, en cuya atmosfera había finísimas partículas de polvo em suspensión” (Martonne, 1967:690).
Toda essa poeira seria lançada na atmosfera, com uma parte levada pela Lua. Posteriormente, essa
poeira atmosférica retornaria, em depósitos sem descontinuidades estratigráficas, mas por toda a
superfície da Terra, inclusive nas fraturas cada vez mais largas.
Caso a Lua tivesse uma densidade original similar à dos planetas internos do sistema solar, para
passar a ter uma densidade similar à atual, precisaria ser coberta por uma camada de 300 km de
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profundidade com aquela crosta terrestre (cerca de 10% da crosta total), A Lua passou a ser
constituído por uma crosta contendo rochas similares às dos escudos terrestres. A poeira ali depositada
também teria características similares à do loess. A água eventualmente encontrada na Lua deverá
apresentar características que definam que essa tenha origem em nossos oceanos pretéritos. A
superfície da Lua apresenta um expressivo volume de crateras, provenientes do próprio processo de
acresção desta parte da crosta terrestre. Em seu processo de afastamento – órbita em espiral crescente
–, a Lua foi perdendo velocidade com o aumento do raio orbital.
Com a diminuição da temperatura, a água levada à atmosfera voltou a precipitar-se. Lavou os
continentes e levou a poeira a depositar-se na novas margens continentais, complementando as
plataformas. Alguns depósitos de poeira loess pemaneceram, mormente aqueles em regiões de baixa
precipitação.
Alguns organismos marinhos são potenciais indicadores das mudanças ambientais ao longo do
tempo por possuírem esqueletos cuja análise revela algumas propriedade físico-químicas dos oceanos
em que viveram (Bergue, 2006:54-66). Os novos oceanos eram doces e foram dominados por
ostracodes de água doce, até que, há uns 135 milhões de anos, a salinidade voltou a níveis elevados e
provocou o extermínio destes ostracodes.
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