162 – po / implicações emocionais no risco de desenvolvimento do

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VIII Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar
PO - 162
IMPLICAÇÕES EMOCIONAIS NO RISCO DE DESENVOLVIMENTO DO
DIABETES INFANTIL: UM RELATO DE CASO
Jane Maria Andretta, Karina Dal Bosco Baader, Carmen D’Agostini
Tangará, Estratégia Saúde da Família
Introdução: O presente artigo busca por meio de um relato de caso, desenvolver um olhar detalhado
sobre o risco do desenvolvimento do diabetes e suas decorrências na esfera emocional da criança, bem
como os possíveis prejuízos sociais e as implicações para os membros de sua família. O diabetes infantil
afeta um número crescente de crianças e está se tornando um problema de saúde mundial, sendo que
é reconhecida a necessidade de medidas de controle e prevenção, o que já acontece em alguns países
desenvolvidos e vem recebendo maior atenção nos países em desenvolvimento. O caso relatado referese a uma criança do sexo masculino, de sete anos de idade que apresenta um quadro de sobrepeso e
níveis de colesterol, triglicerídeos e glicemia acima dos índices desejáveis para sua idade. Este trabalho
provém de atendimentos psicológicos clínicos realizados durante o Estágio Supervisionado de Saúde no
ESF da cidade de Tangará-SC durante o primeiro semestre de 2011. Materiais e Métodos: Os materiais
utilizados foram procedentes da Terapia Cognitivo-Comportamental, a qual oferece subsídios necessários
e métodos adequados para o tratamento desta demanda, possibilitando a utilização concomitante de
técnicas cognitivas e comportamentais que visam a modificação de hábitos prejudiciais ao paciente,
evitando ou minimizando os possíveis danos físicos, psicológicos e sociais aos quais ele está exposto.
As técnicas utilizadas foram o “Auto- Registro Alimentar”, a “Resolução de Problemas”, o “Quadro do
Se...”, e o “Cartaz de Comportamentos”. Resultados e Discussão: Apesar de não existir um diagnóstico
psicológico exatamente definido, este caso torna-se um estudo relevante na área por não haver registro
de pesquisas que avaliem todas as condições associadas ao quadro que o paciente apresenta. A difícil
conscientização do paciente quanto à necessidade de mudança em seus hábitos alimentares e a
resistência apresentada pela família para aderir ao tratamento proposto ao paciente comprovam que há
necessidade de mudanças de crenças e modificação de pensamentos e comportamentos disfuncionais
de todos os envolvidos. Conclusão: consideramos que o desenvolvimento do diabetes na infância, o qual
pode evoluir a partir de uma situação de sobrepeso associado aos precoces maus hábitos alimentares
é uma patologia que acomete seriamente tanto a saúde física quanto psicológica, sendo importante
atuar na atenção primária à saúde, aumentando as chances de controle e remissão do quadro clínico e/
ou psicológico. A criança com sobrepeso também é vitima de preconceitos e estigmas que implicam em
sofrimentos emocionais e danos a nível social, os quais são merecedores de uma avaliação criteriosa para
verificar como estão sendo vivenciadas. Os desajustes emocionais também podem atingir os familiares
do paciente, os quais enfrentam um período crítico no ambiente familiar. Por fim, a possibilidade de uma
criança desenvolver a diabetes é um fator que compromete a qualidade de vida das pessoas diretamente
envolvidas em amplos aspectos de suas vidas.
Palavras-chave: Sobrepeso, Diabetes Infantil, Danos Emocionais, Intervenções Psicológicas, Mudanças
Comportamentais.
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