Pragas de importância econômica

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30/11/12
Pragas de importância econômica
Embrapa Florestas
Sistemas de Produção, 4 - 2ª edição
ISSN 1678-8281 - Versão Eletrônica
Ago/2010
Cultivo do Eucalipto
Le onardo R odrigue s Barbosa; Dalva Luiz de Q ue iroz; W ilson R e is Filho
Sumário
Aspectos
socioeconômicos,
ambientais e legais da
eucaliptocultura
Pragas de importância econômica
Introdução/O rde ns
Mane jo Inte grado
C ontrole Biológico
Manejo integrado de pragas
Indicação de espécies e
clones
Produção de sementes
Produção de mudas
Sistemas de plantio
Sistemas agroflorestais
Fundamentos de nutrição,
adubação e calagem
Recomendações de
adubação mineral
Pragas de importância
econômica
Doenças e outras
desordens
Manejo de plantações
para desdobro
Mercado e
comercialização
Referências
Glossário
Autore s
Ex pe die nte
As populações de insetos são reguladas por forças físicas, nutricionais e biológicas
que, em condições normais, contrabalançam a enorme capacidade reprodutiva dos
insetos, que poderiam atingir populações enormes, caso estas forças fossem
retiradas.
Os insetos destrutivos fazem parte dos ecossistemas florestais e têm impacto
significativo na produtividade e outros valores da floresta, no entanto, estes
impactos adversos podem ser evitados ou mantidos abaixo dos níveis de dano
econômico, através de medidas ecológicas, compatíveis com o manejo florestal e
integradas às outras atividades que conduzem a floresta ao seu objetivo final, seja
ele a produção de madeira, celulose, papel, benefício paisagístico ou ambiental
(WATERS e STARK, 1980).
Quando se discute o manejo de pragas, é necessário lembrar que existe mais de um
milhão de espécies de insetos, mas apenas um pequeno percentual é considerado
praga, devido aos prejuízos que acarretam. Embora a maior parte do trabalho dos
entomologistas concentre-se em eliminar estas pragas, é indiscutível o papel
benéfico de muitos insetos para o homem (PYLE et al., 1981).
Na floresta, os insetos benéficos encontra-se separados em dois grandes grupos
principais: a) predadores - que se alimentam externamente e devoram suas presas
e b) parasitóides - que vivem sobre o hospedeiro ou dentro dele e, gradualmente, o
consome. Os parasitóides usualmente são capazes de se alimentar e completar seu
ciclo de vida em um único hospedeiro, enquanto o predador alimenta-se de vários
indivíduos, movendo-se livremente para procurar outras presas (THOMPSON, 1943).
A manipulação das forças biológicas se constitui numa das ferramentas mais
poderosas do Manejo Integrado de Pragas (MIP), tanto na agricultura como na
silvicultura, e envolve um grande número de técnicas. No que se refere aos
aspectos biológicos do MIP, estas técnicas podem ser sintetizadas em três linhas:
o uso de técnicas culturais, o controle biológico e o uso de plantas resistentes
(VINSON, 1999).
Os estudos de resistência de plantas se aproximaram do MIP em 1950, focados nas
estratégias de defesas das plantas e seus efeitos nos insetos herbívoros e, em
menor extensão, nos efeitos dos insetos sobre as plantas. Mais recentemente,
estes estudos incluíram as interações entre plantas e o terceiro nível trófico,
observando a interação tritrófica da perspectiva de cada componente (VINSON,
1999).
As técnicas culturais compreendem o manejo da cultura, englobando todas as
práticas que a beneficiam e que, de maneira indireta, influenciam na dinâmica
populacional dos insetos, tais como capina, roçagem, desbastes, adubação, etc.
Controle biológico é um fenômeno natural que regula o número de plantas e animais
com a utilização de inimigos naturais (agentes de mortalidade biótica) mantendo-se
as populações (excluindo o homem) em estado de equilíbrio com o ambiente
(BOSCH et al., 1973), flutuando dentro de certos limites (BERTI FILHO, 1990). Uma
vez que os insetos perfazem um total de 80% (talvez 1 milhão a 1,5 milhão de
espécies) de todos os animais terrestres, a inibição parcial de controle biológico
natural geraria consequências inimagináveis. O homem poderia não sobreviver à
intensa competição por comida e fibra e ele enfrentaria problemas relacionados à
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Pragas de importância econômica
intensa competição por comida e fibra e ele enfrentaria problemas relacionados à
saúde devido a doenças transmitidas por insetos. Nestes termos, o controle
biológico, então, é de grande importância e, provavelmente, crítico à sobrevivência
humana (BOSCH et al. 1973).
O controle biológico, quando aplicado adequadamente a um problema de praga,
pode prover uma solução relativamente permanente, harmoniosa e econômica. Mas
por ser o controle biológico uma manifestação da associação natural de tipos
diferentes de organismos vivos, i.e., parasitoides e patógenos com os hospedeiros
e predadores com as presas, o fenômeno é dinâmico, sujeito às perturbações
causadas por fatores como mudanças no ambiente, processos adaptativos e
limitações dos organismos envolvidos em cada caso (HUFFAKER e MENSAGEIRO,
1964 apud Bosch et al., 1973).
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