BRILINTA® ticagrelor I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

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BRILINTA®
ticagrelor
I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
BRILINTA®
ticagrelor
APRESENTAÇÕES
Comprimidos revestidos de 90 mg em embalagens com 20, 30 ou 60 comprimidos.
VIA ORAL
USO ADULTO ACIMA DE 18 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido contém 90 mg de ticagrelor.
Excipientes: manitol, fosfato de cálcio dibásico, amidoglicolato de sódio, hiprolose, estearato de magnésio,
hipromelose, dióxido de titânio, talco, macrogol e óxido férrico amarelo.
II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
1. INDICAÇÕES
BRILINTA é indicado para a prevenção de eventos trombóticos (morte cardiovascular [CV], infarto do
miocárdio [IM] e acidente vascular cerebral [AVC]) em pacientes com Síndrome Coronariana Aguda
([SCA] angina instável, infarto agudo do miocárdio sem elevação do segmento ST [IAMSST] ou infarto
agudo do miocárdio com elevação do segmento ST [IAMCST]), incluindo pacientes tratados clinicamente,
e aqueles que são tratados com intervenção coronária percutânea (ICP) ou cirurgia de revascularização do
miocárdio (RM).
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA
A evidência clínica para a eficácia de BRILINTA é procedente do estudo PLATO (PLATelet Inhibition
and Patient Outcomes), um estudo comparativo de BRILINTA e clopidogrel, ambos administrados em
combinação com ácido acetilsalicílico e outras terapias padrão.
1
O estudo PLATO foi um estudo randomizado, duplo-cego, de grupos paralelos, fase III, com 18.624
pacientes, que avaliou eficácia e segurança de BRILINTA comparado com clopidogrel para prevenção de
eventos vasculares em pacientes com Síndrome Coronariana Aguda (angina instável, infarto agudo do
miocárdio sem elevação do segmento ST [IAMSST] ou infarto agudo do miocárdio com elevação do
segmento ST [IAMCST]).
O estudo foi composto de pacientes que se apresentaram no prazo de 24 horas do início do episódio mais
recente da dor no peito ou sintomas relacionados. Os pacientes foram randomizados para receber
clopidogrel (75 mg uma vez ao dia, com uma dose de ataque inicial de 300 mg se a terapia com
tienopiridina não houvesse sido administrada anteriormente. Uma dose de ataque adicional de 300 mg foi
permitida, a critério do investigador), ou uma dose de ataque de 180 mg de BRILINTA seguido por uma
dose de manutenção de 90 mg de BRILINTA duas vezes ao dia. Os pacientes poderiam ser controlados
clinicamente, tratados com intervenção coronária percutânea (ICP) ou cirurgia de revascularização do
miocárdio (RM).
Figura. Mostra a estimativa do risco para a primeira ocorrência de qualquer evento no desfecho
composto de eficácia
BRILINTA reduziu a ocorrência do desfecho composto primário comparado ao clopidogrel em ambas as
populações AI/ IAMCST e IAMSST.
2
Tabela. Eventos de desfecho no estudo PLATO
Pacientes com eventos
Desfecho primário
Composto de morte
CV/IM (excluindo
IM silencioso)/AVC
Morte CV
IM (excluindo IM
silencioso) (a)
AVC
Desfechos
secundários
Composto de morte
CV/IM (excluindo
IM silencioso)
/AVC – intenção de
tratar invasivamente
BRILINT
A
(%)
N=9333
clopidogrel
(%)
N=9291
Redução
do Risco
Relativo(a)
(%)
9,3
10,9
16
3,8
4,8
21
5,4
6,4
16
1,3
1,1
-17
8,5
10,0
16
0,84
(0,75;0,94)
p=0,0025
9,7
11,5
16
0,84
(0,77;0,92)
p=0,0001
13,8
15,7
12
0,88
(0,81;0,95)
p=0,0006
Hazard Ratio
(HR) (IC
95%)
0,84
(0,77;0,92)
0,79
(0,69;0,91)
0,84
(0,75;0,95)
1,17
(0,91;1,52)
valor-p
p=0,0003
p=0,0013
p=0,0045
p=0,2249
(a)
Composto de
mortalidade por
todas as causas /IM
(excluindo IM
silencioso)/AVC
Composto de morte
CV/IM
total/AVC/IRS
/IR/AIT/outros EAT
(b)
Mortalidade por
0,78
4,3
5,4
22
p=0,0003**
todas as causas
(0,69;0,89)
(a) RRR= (1-HR) x 100%. Valores com uma redução do risco relativo negativo indicam um
aumento do risco relativo.
(b) IRS = isquemia recorrente severa / IR = isquemia recorrente / AIT= acidente isquêmico
transitório / EAT= evento arterial trombótico
** valor-p nominal
3
BRILINTA é superior ao clopidogrel na prevenção de eventos trombóticos (RRR 16%; RRA 1,9%; NNT
=54) no desfecho composto de eficácia (morte CV, IM e AVC) em 12 meses. A diferença nos tratamentos
foi determinada pela morte cardiovascular e infarto do miocárdio sem diferença nos acidentes vasculares
cerebrais. BRILINTA demonstrou uma redução do risco relativo estatisticamente significativo de 16%
(RRA 1,1%) para IM e uma redução do risco relativo de 21% (RRA 1,1%) para morte CV. Tratar 91
pacientes com BRILINTA ao invés de clopidogrel prevenirá 1 morte CV.
BRILINTA demonstrou superioridade em relação ao clopidogrel na prevenção do desfecho composto
(morte CV, IM ou AVC). Os resultados foram precoces (redução de risco absoluto [RRA] de 0,6% e
Redução do Risco Relativo [RRR] de 12% em 30 dias), com efeitos observados no tratamento mantidos
durante o período de 12 meses, resultando em uma RRA de 1,9% ao ano com RRR de 16%. Isto sugere
que o tratamento é apropriado por pelo menos 12 meses (ver item “Posologia e modo de usar”).
No estudo PLATO um grande número de comparações de subgrupos foram conduzidas do desfecho de
eficácia primário para avaliar a robustez e consistência do benefício global. O efeito do tratamento de
BRILINTA em comparação ao clopidogrel parece consistente entre os múltiplos subgrupos de pacientes
pelas características demográficas, incluindo peso, sexo, antecedentes clínicos, terapia concomitante e pelo
diagnóstico final do evento (IAMSST, IAMCST e AI).
Uma fraca, mas significativa interação do tratamento foi observada por região em que o HR para o
desfecho primário favorece BRILINTA no resto do mundo, mas favorece o clopidogrel na América do
Norte, que representou aproximadamente 10% do total da população estudada (valor-p da interação =
0,045).
Essa aparente interação de tratamento por região observada no PLATO pode plausivelmente ser atribuída
ao acaso, pelo menos em parte. Análises adicionais sugerem que a eficácia de BRILINTA em relação ao
clopidogrel está associada à dose de ácido acetilsalicílico durante a terapia de manutenção. Os dados
mostram uma maior eficácia de ticagrelor em relação ao clopidogrel, quando utilizados em associação com
uma dose baixa de ácido acetilsalicílico (75-150 mg). A eficácia relativa de ticagrelor versus clopidogrel,
quando utilizado com altas doses de ácido acetilsalicílico (> 300 mg) é menos evidente. Baseado nessas
observações da relação entre a dose de manutenção do ácido acetilsalicílico e a eficácia relativa de
ticagrelor em comparação ao clopidogrel, é recomendado que BRILINTA seja utilizado com uma dose
baixa de ácido acetilsalicílico de 75-150 mg (ver itens “Posologia e modo de usar” e “Advertências e
precauções”).
Os benefícios associados com BRILINTA também foram independentes do uso de outras terapias
cardiovasculares indicadas na fase aguda e de longo-prazo, incluindo heparina, heparina de baixo peso
molecular (HBPM), inibidores GpIIb/IIIa por via intravenosa, medicamentos hipolipemiantes,
betabloqueadores, inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA), antagonistas dos receptores da
angiotensina II e inibidores da bomba de prótons (ver item “Interações medicamentosas”).
BRILINTA demonstrou uma redução do risco relativo (RRR) estatisticamente significativa no desfecho
composto de morte cardiovascular (CV), infarto do miocárdio (IM) e acidente vascular cerebral (AVC)
4
em pacientes com SCA com intenção de tratamento invasivo (RRR 16%; RRA 1,7%; p = 0,0025). Em
uma análise exploratória, BRILINTA demonstrou uma redução do risco relativo do desfecho composto
primário em pacientes com SCA com intenção de tratamento clínico (RRR 15%; RRA 2,3%; p nominal =
0,0444). Consistente com o desfecho primário do estudo, o efeito nesses dois grupos foi determinado pela
morte CV e IM, sem efeito em AVC. Em pacientes recebendo stents houve numericamente menos
trombose definitiva de stent entre pacientes tratados com ticagrelor comparado com o clopidogrel (73
versus 107; RRR 32%; RRA 0,6%; p nominal = 0,0123).
BRILINTA demonstrou uma RRR estatisticamente significativa de 16% (RRA 2,1%) para o composto
de mortalidade por todas as causas, IM e AVC comparado com o clopidogrel.
O desfecho secundário final (mortalidade por todas as causas) foi avaliado. BRILINTA demonstrou uma
RRR de 22% de mortalidade por todas as causas comparado com o clopidogrel com um nível de
significância de p = 0,0003 e uma RRA de 1,4%.
Subestudo de Holter
Para estudar a ocorrência de pausas ventriculares e outros episódios arrítmicos durante o estudo PLATO,
investigadores realizaram monitoramento de Holter em um subconjunto de cerca de 3.000 pacientes, dos
quais aproximadamente 2.000 tinham gravações tanto na fase aguda da SCA quanto um mês depois. A
principal variável de interesse foi a ocorrência de pausas ventriculares ≥ 3 segundos. Mais pacientes
tiveram pausas ventriculares com BRILINTA (6,0%) do que com o clopidogrel (3,5%) na fase aguda; e
2,2% e 1,6%, respectivamente, um mês depois. Mais pacientes tiveram pausas ventriculares com
BRILINTA que com clopidogrel, entretanto, não houve consequências clínicas adversas associadas a esta
diferença (incluindo inserções de marcapasso) nesta população de pacientes.
O ticagrelor é ativo oralmente. Diferente do clopidogrel, ele não requer a atividade enzimática da CYP450
para inibir a agregação plaquetária. Polimorfismos no gene codificador para a enzima 2C19 da CYP450
podem impactar a eficácia de clopidogrel. Polimorfismo no gene codificador para o transportador
(ABCB1) da glicoproteína-P pode impactar na eficácia de ambos, clopidogrel e ticagrelor.
No estudo PLATO, amostras genéticas de 10.285 pacientes foram analisadas para determinação do
genótipo do CYP2C19 e loco ABCB1. Foram analisadas associações de grupos de genótipo em relação
aos resultados de eficácia e segurança do estudo PLATO.





A superioridade de BRILINTA em relação ao clopidogrel não é significativamente afetada em
pacientes genótipo CYP2C19.
BRILINTA reduz eventos CV maiores comparado ao clopidogrel independentemente do genótipo
CYP2C19.
As taxas de eventos para BRILINTA não variaram com o genótipo CYP2C19.
No grupo tratado com clopidogrel, portadores do alelo da CYP2C19 de perda da função tiveram
um aumento das taxas de eventos de desfecho primário em comparação aos não-portadores.
Assim como no estudo PLATO, o sangramento maior total não diferiu entre BRILINTA e
clopidogrel independentemente do genótipo CYP2C19, embora os pacientes com um ou mais
5


alelos de ganho de função (GOF) tenham tido taxas mais altas de sangramento maior com
clopidogrel.
Assim como no estudo PLATO global, o sangramento não relacionado a procedimento cirúrgico
de RM aorta-coronariana aumentou com BRILINTA em relação ao clopidogrel em paciente com
alelo da CYP2C19 de perda de função.
Sangramento não relacionado a procedimento cirúrgico de RM aorta-coronariana foi similar entre
BRILINTA e clopidogrel em pacientes sem o alelo de perda de função.
Desfechos de eficácia e segurança combinados
Desfechos de eficácia e segurança combinados (morte CV, IM, AVC, ou sangramento “maior total”
segundo a definição do PLATO) sustentam o benefício clínico do ticagrelor comparado com o clopidogrel
(RRR 8%; RRA 1,4%; HR 0,92; p = 0,0257) por mais de 12 meses após os eventos de SCA.
3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacodinâmicas
- Mecanismo de ação
BRILINTA contém ticagrelor um membro da classe química ciclopentiltriazolopirimidinas (CPTP), que
é antagonista seletivo oral, de ação direta e de ligação reversível ao receptor P2Y12 que previne a ativação
e agregação plaquetária mediada por adenosina difosfato (ADP) P2Y12 dependente. O ticagrelor não
previne a ligação do ADP, mas quando ligado ao receptor P2Y12 previne a transdução de sinal ADP
induzida. Como as plaquetas participam na iniciação e/ou evolução de complicações trombóticas da
doença arterosclerótica, a inibição da função plaquetária tem demonstrado redução do risco de eventos
cardiovasculares como morte, infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral.
O ticagrelor possui um mecanismo de ação adicional, aumentando os níveis de adenosina endógena pela
inibição do transportador equilibrativo 1 de nucleosídeo (ENT-1). A adenosina é formada localmente nos
pontos de hipóxia e dano tecidual, através da degradação da adenosina tri- e di-fosfato (ATP e ADP)
liberada. Como a degradação da adenosina é essencialmente restrita ao espaço intracelular, a inibição do
ENT-1 pelo ticagrelor prolonga a meia-vida da adenosina e, portanto, aumenta a sua concentração
extracelular local promovendo aumento localizado das respostas à adenosina. O ticagrelor não possui
efeito significativo direto nos receptores de adenosina (A1, A2A, A2B, A3) e não é metabolizado à adenosina.
Tem sido documentado que a adenosina possui um número de efeitos que incluem: vasodilatação,
cardioproteção, inibição da agregação plaquetária, modulação da inflamação e indução de dispneia, o que
pode contribuir para o perfil clínico do ticagrelor.
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Efeitos farmacodinâmicos:
- Início da Ação
Extensão média final de Inibição (± EP*) da Agregação Plaquetária (IAP) após doses orais únicas
de 180 mg de BRILINTA ou 600 mg de clopidogrel em pacientes com Doença Arterial Coronariana
(DAC) estável.
*EP: erro padrão
Em pacientes com DAC estável em terapia com o ácido acetilsalicílico, BRILINTA demonstra um rápido
início de efeito farmacológico, como demonstrado pela média de IAP para BRILINTA em 0,5 horas após
dose de ataque de 180 mg em torno de 41%, com o efeito IAP máximo de 87,9% a 89,6% por 2-4 horas
pós-dose. 90% dos pacientes tiveram um alcance final de IAP >70% por 2 horas pós-dose. O alto efeito
da IAP de BRILINTA entre 87% -89% foi mantido entre 2-8 horas.
Extensão média final de Inibição (± EP) da Agregação Plaquetária (IAP) após a última dose de manutenção
de 90 mg duas vezes ao dia de BRILINTA ou 75 mg de clopidogrel uma vez ao dia ou placebo.
7
- Reversão de Efeito
Após o declínio das concentrações de BRILINTA e de seu metabólito ativo a um nível inferior ao
requerido para saturação do receptor, a IAP diminui gradualmente com o declínio das concentrações
plasmáticas. Uma vez que BRILINTA se liga reversivelmente, a recuperação da função plaquetária não
depende da reposição de plaquetas. BRILINTA tem uma taxa de reversão mais rápida da IAP em
comparação com o clopidogrel, conforme determinado pela inclinação de reversão de 4-72 horas após a
última dose (ver item “Advertências e precauções”).
A extensão média final da IAP medida após a última dose de BRILINTA é aproximadamente 20-30%
maior para BRILINTA comparado com o clopidogrel. Entretanto, por 24 horas pós-dose, a % da IAP é
similar entre BRILINTA e clopidogrel, e é menor para BRILINTA a partir de 72 horas em até 7 dias
comparado com o clopidogrel. A % média da IAP para BRILINTA em 72 horas (Dia 3) após última dose
foi comparável ao clopidogrel no Dia 5, e a % da IAP para BRILINTA no Dia 5 foi similar ao clopidogrel
no Dia 7, que não é estatisticamente diferente do placebo.
- Respondedores ao BRILINTA
A IAP induzida por BRILINTA tem menor variabilidade nos picos de concentrações plasmáticas de
BRILINTA e seu metabólito ativo observados com a dose de 90 mg duas vezes ao dia em comparação ao
clopidogrel. Pacientes com doença arterial coronariana estável, predeterminados a terem menor resposta
IAP ao clopidogrel (não-respondedores), e que receberam uma dose concomitante de ácido acetilsalicílico,
8
exibiram maior média de resposta IAP após administração de BRILINTA comparado ao clopidogrel. Em
não-respondedores ao clopidogrel, a resposta observada de IAP ao BRILINTA foi maior e mais
consistente. O tratamento de BRILINTA resultou em IAP consistentemente mais elevada em comparação
com o clopidogrel, e isso foi aparente após a dose para ambos os respondedores e não-respondedores.
- Dados de troca
A troca de clopidogrel para BRILINTA resulta em um aumento absoluto da IAP de 26,4% e a troca de
BRILINTA para clopidogrel resulta em uma diminuição absoluta da IAP de 24,5%. Os pacientes podem
ser transferidos de clopidogrel para BRILINTA sem a interrupção do efeito antiplaquetário.
- Mecanismo da Adenosina (ENT-1)
O ticagrelor aumenta a concentração plasmática de adenosina em pacientes SCA e tem demonstrado que
amplia inúmeras respostas fisiológicas à adenosina. A adenosina é um vasodilatador; ticagrelor
demonstrou que amplia o aumento do fluxo sanguíneo coronário induzido por adenosina em voluntários
saudáveis e em pacientes SCA. Adenosina é um inibidor plaquetário endógeno; ticagrelor demonstrou que
aumenta a inibição da agregação plaquetária mediada por adenosina em adição à inibição plaquetária
decorrente do seu antagonismo ao P2Y12. A adenosina está associada ao efeito cardioprotetor de précondicionamento; em um modelo em ratos com lesão de reperfusão, ticagrelor demonstrou redução do
tamanho do infarto através do mecanismo mediado por adenosina. A adenosina também induz dispneia;
ticagrelor demonstrou ampliação da dispneia adenosina-induzida em voluntários saudáveis. Desta
maneira, a dispneia observada em alguns pacientes que utilizam ticagrelor pode ser parcialmente ou
completamente mediada por adenosina.
Propriedades Farmacocinéticas
- Geral
O ticagrelor demonstra farmacocinética linear, e a exposição ao BRILINTA e ao metabólito ativo (ARC124910XX) são aproximadamente proporcionais à dose.
- Absorção
A absorção de BRILINTA é rápida, com uma tmax mediana de aproximadamente 1,5 horas. A formação
do principal metabólito circulante AR-C124910XX (também ativo) de BRILINTA é rápida, com uma
Tmax mediana de aproximadamente 2,5 horas. A Cmax e a AUC de BRILINTA e do metabólito ativo
aumentaram de uma maneira aproximadamente proporcional à dose por toda faixa de doses estudadas (301260 mg).
A biodisponibilidade média absoluta de BRILINTA foi estimada em 36% (faixa de 25,4% a 64,0%). A
ingestão de uma refeição rica em gordura não teve efeito sobre a Cmax de BRILINTA ou a AUC do
metabólito ativo, mas resultou em um aumento de 21% na AUC de BRILINTA e uma diminuição de 22%
na Cmax do metabólito ativo. Estas pequenas alterações são consideradas de mínima relevância clínica,
portanto, BRILINTA pode ser administrado com ou sem alimentos.
9
- Distribuição
O volume de distribuição de BRILINTA no estado de equilíbrio é 87,5 L. BRILINTA e o metabólito
ativo são extensivamente ligados às proteínas plasmáticas humanas (> 99,0%).
- Metabolismo
A CYP3A é a principal enzima responsável pelo metabolismo de BRILINTA e a formação do metabólito
ativo e suas interações com outros substratos da CYP3A variam da ativação até a inibição. BRILINTA e
o metabólito ativo são fracos inibidores da glicoproteína-P.
O principal metabólito de BRILINTA é o AR-C124910XX, que também é ativo como avaliado in vitro
pela ligação ao receptor de ADP P2Y12 das plaquetas. A exposição sistêmica ao metabólito ativo é
aproximadamente 30-40% do obtido por BRILINTA.
- Excreção
A principal via de eliminação de BRILINTA é por metabolização hepática. Quando BRILINTA marcado
radioativamente é administrado, a recuperação média da radioatividade é de aproximadamente 84%
(57,8% nas fezes, 26,5% na urina). Recuperações de BRILINTA e do metabólito ativo na urina foram
menor que 1% da dose. A primeira via de eliminação do metabólito ativo é principalmente através da
secreção biliar. A t1/2 média foi aproximadamente 6,9 horas (faixa 4,5-12,8 horas) para BRILINTA e 8,6
horas (faixa 6,5-12,8 horas) para o metabólito ativo.
- Populações especiais
Idosos: exposições maiores ao BRILINTA (aproximadamente 60% para Cmax e para AUC) e ao
metabólito ativo (aproximadamente 50% para Cmax e para AUC) foram observadas em indivíduos idosos
(≥ 65 anos) em comparação com indivíduos mais jovens. Estas diferenças não são consideradas
clinicamente significativas (ver item “Posologia e modo de usar”).
Pediátrico: BRILINTA não foi avaliado em uma população pediátrica (ver item “Posologia e modo de
usar”).
Sexo: exposições maiores ao BRILINTA (aproximadamente 52% e 37% para Cmax e AUC,
respectivamente) e ao metabólito ativo (aproximadamente 50% para Cmax e para AUC) foram observadas
em mulheres em relação aos homens. Estas diferenças não são consideradas clinicamente significativas.
Insuficiência renal: a exposição ao BRILINTA foi aproximadamente 20% menor e a exposição ao
metabólito ativo foi aproximadamente 17% maior em pacientes com insuficiência renal grave comparado
a indivíduos com função renal normal. O efeito de IAP de BRILINTA foi similar entre os dois grupos,
entretanto, houve maior variabilidade observada na resposta individual em pacientes com insuficiência
renal grave. Não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal. Não há informações
disponíveis referente ao tratamento de pacientes em diálise renal (ver item “Posologia e modo de usar”).
Insuficiência hepática: a Cmax e a AUC para BRILINTA foram 12% e 23% maiores em pacientes com
insuficiência hepática leve em comparação com indivíduos saudáveis, respectivamente, entretanto, o efeito
10
de IAP de BRILINTA foi similar entre os dois grupos. Não é necessário ajuste de dose em pacientes com
insuficiência hepática leve. BRILINTA não foi estudado em pacientes com insuficiência hepática
moderada ou grave (ver item “Posologia e modo de usar”).
Raça: pacientes de origem asiática têm uma biodisponibilidade média 39% mais alta em comparação com
pacientes caucasianos. Pacientes autoidentificados como negros tiveram uma biodisponibilidade 18%
menor de BRILINTA comparados a pacientes caucasianos. Em estudos de farmacologia clínica, a
exposição (Cmax e AUC) de BRILINTA em indivíduos japoneses foi aproximadamente 40% (20% após
o ajuste para o peso corporal) maior comparada com a de caucasianos.
Dados de segurança pré-clínica
Dados pré-clínicos para o ticagrelor e o principal metabólito não demonstraram risco inaceitável para
efeitos adversos para humanos baseado em estudos convencionais de farmacologia de segurança,
toxicidade de dose única e repetida e potencial genotóxico.
Reações adversas não observadas em estudos clínicos, mas observadas em animais com níveis de
exposição similar ou superior aos níveis de exposição clínica e com possível relevância para o uso clínico
foram: GI (gastrointestinais) e irritação gastrointestinal.
Não foram observados tumores relacionados ao composto em um estudo de 2 anos com camundongos em
doses orais até 250 mg/kg/dia (> 18 vezes a exposição terapêutica humana). Não houve aumento nos
tumores em ratos machos em doses orais até 120 mg/kg/dia (> 15 vezes a exposição terapêutica humana).
Houve um aumento de adenocarcinomas uterinos e adenomas hepatocelulares mais adenocarcinomas e
uma redução nos adenomas hipofisários e fibroadenomas mamários em ratas expostas somente a altas
doses (> 25 vezes a exposição terapêutica humana). Não foi observada alteração na incidência de tumores
em doses de 60 mg/kg/dia (diferença > 8 vezes para a dose terapêutica humana.). Os tumores uterinos
observados apenas em ratos foram achados ser o resultado de um efeito endócrino não-genotóxico do
desequilíbrio hormonal presente em ratos que receberam altas doses de ticagrelor. Os tumores benignos
do fígado são considerados secundários a resposta pelo fígado para a carga metabólica localizada no fígado
a partir de doses elevadas de ticagrelor.
O ticagrelor foi testado em uma faixa de testes in vitro e in vivo e não foi mostrado ser genotóxico.
O ticagrelor não demonstrou ter efeito na fertilidade de ratas fêmeas em doses orais até 200 mg/kg por dia
(aproximadamente 20 vezes a exposição terapêutica humana) e não teve efeito sobre a fertilidade de ratos
machos em doses até 180 mg/kg/dia (15,7 vezes a exposição terapêutica humana).
O ticagrelor não teve efeito no desenvolvimento fetal em doses orais até 100 mg/kg por dia em ratos (5,1
vezes a exposição terapêutica humana) e até 42 mg/kg/dia em coelhos (equivalente à exposição terapêutica
humana). O ticagrelor não teve efeitos no parto ou no desenvolvimento pós-natal em ratos com doses até
60 mg/kg/dia (4,6 vezes a exposição terapêutica humana).
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4. CONTRAINDICAÇÕES
BRILINTA é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade ao ticagrelor ou a qualquer componente
da fórmula.
Este medicamento é contraindicado a pacientes com sangramento patológico ativo, com antecedente de
hemorragia intracraniana e/ou com insuficiência hepática grave.
5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Risco de sangramento
Assim como com outros agentes antiplaquetários, o uso de BRILINTA em pacientes com conhecido risco
aumentado de sangramento deve ser balanceado em relação ao benefício em termos de prevenção de
eventos trombóticos. Se clinicamente indicado, BRILINTA deve ser utilizado com cuidado nos seguintes
grupos de pacientes:
As seguintes considerações devem ser seguidas:

Pacientes com propensão a sangrar (por exemplo, devido a um trauma recente, cirurgia recente,
sangramento gastrointestinal ativo ou recente, ou insuficiência hepática moderada). O uso de
BRILINTA é contraindicado em pacientes com sangramento patológico ativo e em pacientes com
antecedente de hemorragia intracraniana e insuficiência hepática grave (ver item “Contraindicações”).

Pacientes com administração concomitante de medicamentos que podem aumentar o risco de
sangramento (por exemplo, anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs), anticoagulantes orais e/ou
fibrinolíticos dentro de 24 horas da dose de BRILINTA).
Transfusão de plaquetas não reverteu o efeito antiplaquetário de BRILINTA em voluntários saudáveis e
é improvável que exista benefícios em pacientes com sangramento. Uma vez que a coadministração de
BRILINTA com desmopressina não diminuiu o tempo de sangramento padrão, é improvável que a
desmopressina seja efetiva no manuseio clínico do sangramento.
Terapia antifibrinolítica (ácido aminocapróico ou ácido tranexâmico) e/ou fator VIIa recombinante pode
aumentar a hemostasia. BRILINTA pode ser retomado após a causa de sangramento ter sido identificada
e controlada.
Cirurgia
Se um paciente necessita de cirurgia, os médicos devem considerar o perfil clínico de cada paciente, bem
como os benefícios e riscos da terapia antiplaquetária continuada determinando quando a interrupção do
tratamento de BRILINTA deve ocorrer.
Devido à ligação reversível de BRILINTA, a restauração da agregação plaquetária ocorre mais
rapidamente com BRILINTA comparado com o clopidogrel. No estudo OFFSET, a Inibição da
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Agregação Plaquetária (IAP) média para BRILINTA em 72 horas pós-dose foi comparável à IAP média
para o clopidogrel em 120 horas pós-dose. A reversão do efeito mais rápida pode predizer uma redução do
risco de complicações hemorrágicas, como por exemplo, em situações nas quais a terapia antiplaquetária
deve ser temporariamente interrompida devido a cirurgia ou trauma.
Nos pacientes do estudo PLATO que se submeteram a RM, BRILINTA apresentou uma taxa similar de
sangramentos maior em comparação ao clopidogrel em todos os dias da terapia com exceção do Dia 1
onde BRILINTA teve a maior taxa de sangramento.
Se um paciente for submetido a cirurgia eletiva e efeito antiplaquetário não é desejado, BRILINTA deve
ser interrompido 5 dias antes da cirurgia. (ver item “Propriedades farmacodinâmicas”).
Pacientes com insuficiência hepática moderada
É aconselhada cautela em pacientes com insuficiência hepática moderada, pois não há estudos com
BRILINTA nesses pacientes. BRILINTA é contraindicado em pacientes com insuficiência hepática
grave (ver item “Contraindicações”).
Pacientes com risco de eventos bradicárdicos
Devido a observações de pausas ventriculares assintomáticas freqüentes em um estudo clínico anterior,
pacientes com um risco aumentado de eventos bradicárdicos (por exemplo, pacientes sem marcapasso que
tinham síndrome do nó sinoatrial, bloqueio atrioventricular de 2º ou 3º grau ou síncope relacionada à
bradicardia) foram excluídos do principal estudo avaliando segurança e eficácia de BRILINTA. Portanto,
devido à experiência clínica limitada nestes pacientes, recomenda-se precaução (ver item “Propriedades
farmacodinâmicas”).
Dispneia
Dispneia, geralmente de leve a moderada intensidade e frequentemente de resolução espontânea sem a
necessidade de descontinuação do tratamento, foi relatada em pacientes tratados com BRILINTA
(aproximadamente 13,8%) (ver item “Reações adversas”). O mecanismo ainda não foi elucidado. Se o
paciente relatar nova, prolongada ou piora da dispneia deve-se fazer uma investigação completa e se não
tolerado, o tratamento com BRILINTA deve ser descontinuado.
Outros
Baseado na relação observada no estudo PLATO entre a dose de manutenção de ácido acetilsalicílico e a
eficácia relativa do ticagrelor em comparação ao clopidogrel, a coadministração de ticagrelor com altas
doses de ácido acetilsalicílico (>300 mg) não é recomendada (ver item “Propriedades farmacodinâmicas”).
A coadministração de BRILINTA com potentes inibidores da CYP3A4 (por exemplo, cetoconazol,
claritromicina, nefazodona, ritonavir e atazanavir) deve ser evitada visto que a coadministração pode levar
a um aumento substancial de exposição ao BRILINTA (ver item “Interações medicamentosas”).
Descontinuações
Os pacientes que requerem a descontinuação de BRILINTA estão em risco aumentado para eventos
cardíacos. A descontinuação prematura do tratamento deve ser evitada. Se BRILINTA tiver que ser
13
temporariamente interrompido devido a evento(s) adverso(s), o tratamento deve ser reiniciado assim que
os benefícios superarem os riscos do evento adverso ou quando o evento adverso for resolvido (ver item
“Posologia e Modo de usar”).
Efeito sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Não foram realizados estudos sobre os efeitos de BRILINTA sobre a capacidade de dirigir veículos e
utilizar máquinas. BRILINTA não tem influência ou é insignificante, sobre a capacidade de dirigir
veículos e utilizar máquinas. Durante o tratamento da Síndrome Coronariana Aguda, tontura e confusão
foram relatadas. Portanto, pacientes que apresentarem estes sintomas devem ser cautelosos enquanto
estiverem dirigindo ou utilizando máquinas.
Atenção: este medicamento contém manitol (126 mg/comprimido), portanto, deve ser usado com
cautela e a critério médico em pacientes portadores de diabetes.
BRILINTA contém manitol, que pode ter um leve efeito laxativo.
Uso durante a gravidez e lactação
Categoria B
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Não foi conduzido estudo clínico em mulheres grávidas ou lactantes.
Dados clínicos limitados sobre a exposição de BRILINTA durante a gravidez estão disponíveis.
Estudos em animais não indicam efeitos prejudiciais diretos com relação a gravidez, desenvolvimento
embrionário/fetal, parto ou desenvolvimento pós-natal. O ticagrelor não teve efeito na fertilidade
masculina ou feminina (ver item “Dados de segurança pré-clínica”).
Como estudos de reprodução animal nem sempre são preditivos de uma resposta humana, o ticagrelor deve
ser usado durante a gravidez somente se o benefício potencial para a mãe justificar qualquer risco potencial
para o feto.
Não se sabe se este medicamento é excretado no leite humano. Estudos em ratos demonstraram que o
ticagrelor e metabólitos ativos são excretados no leite. O uso de BRILINTA durante a amamentação não
é recomendada.
14
6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Efeitos de outros medicamentos em BRILINTA
- Medicamentos metabolizados pela CYP3A4
Cetoconazol (potentes inibidores da CYP3A4): a coadministração de cetoconazol com ticagrelor
aumentou a Cmax e AUC de ticagrelor igual a 2,4 vezes e 7,3 vezes, respectivamente. A Cmax e AUC do
metabólito ativo foram reduzidas em 89% e 56%, respectivamente. Outros potentes inibidores da CYP3A4
(claritromicina, nefazodona, ritonavir e atazanavir), devem ter efeitos similares e não devem ser
administrados concomitantemente com BRILINTA (ver item “Advertências e precauções”).
Diltiazem (inibidores moderados da CYP3A4): a coadministração de ticagrelor e diltiazem aumentou a
Cmax de ticagrelor em 69% e a AUC em 174% e diminuiu a Cmax do metabólito ativo em 38% e a AUC
não foi alterada. Não houve efeito de ticagrelor nos níveis plasmáticos do diltiazem. Outros moderados
inibidores da CYP3A4 (por exemplo, amprenavir, aprepitanto, eritromicina, fluconazol e verapamil)
podem ser coadministrados com BRILINTA.
Rifampicina e outros indutores da CYP3A4: a coadministração de rifampicina com ticagrelor diminuiu
a Cmax e AUC de ticagrelor em 73% e 86%, respectivamente. A Cmax do metabólito ativo foi inalterada
e a AUC diminuiu em 46%, respectivamente. Outros indutores da CYP3A4 (por exemplo, fenitoína,
carbamazepina e fenobarbital) devem diminuir a exposição ao ticagrelor e poderiam resultar em eficácia
reduzida de BRILINTA.
Ciclosporina (GpP – glicoproteína P e inibidor CYP3A): a coadministração de ciclosporina (600 mg)
com ticagrelor aumentou a Cmax e AUC de ticagrelor em 2,3 vezes e 2,8 vezes, respectivamente. A AUC
do metabólito ativo aumentou 32% e a Cmax diminuiu 15% na presença da ciclosporina. Não houve
efeito de ticagrelor nos níveis plasmáticos da ciclosporina.
Outros: Estudos de interação de farmacologia clínica demonstraram que a coadministração de ticagrelor
com heparina, enoxaparina e ácido acetilsalicílico não têm qualquer efeito sobre os níveis plasmáticos de
ticagrelor ou do metabólito ativo. A coadministração de ticagrelor e heparina não teve efeito sobre a
heparina baseado nos testes de Tempo de Tromboplastina Parcial ativada (TTPa) e Tempo de Coagulação
Ativado (TCA). A coadministração de ticagrelor e enoxaparina não teve efeito sobre a enoxaparina com
base no teste de fator Xa.
Efeitos de BRILINTA em outros medicamentos
- Medicamentos metabolizados pela CYP3A4
Sinvastatina: a coadministração de ticagrelor com sinvastatina aumentou a Cmax da sinvastatina em 81%
e a AUC em 56% e aumentou a Cmax em 64% e a AUC em 52% da sinvastatina ácida, com alguns
aumentos individuais iguais a 2 a 3 vezes. Consideração de significância clínica deve ser dada referente a
15
magnitude e variação de alterações na exposição a sinvastatina em pacientes que requerem mais de 40 mg
de sinvastatina. Não houve efeito da sinvastatina nos níveis plasmáticos de ticagrelor. BRILINTA pode
ter efeito similar sobre a lovastatina, mas não é esperado ter um efeito clinicamente significativo sobre
outras estatinas.
Atorvastatina: a coadministração de atorvastatina e ticagrelor aumentou a Cmax da atorvastatina ácida
em 23% e a AUC em 36%. Aumentos similares na AUC e Cmax foram observados para todos os
metabólitos da atorvastatina ácida. Estes aumentos não são considerados clinicamente significativos.
- Medicamentos metabolizados pela CYP2C9 – tolbutamida
A coadministração de ticagrelor com a tolbutamida não resultou em alteração dos níveis plasmáticos de
cada fármaco, o que sugere que ticagrelor não é um inibidor da CYP2C9 e é improvável que altere o
metabolismo de fármacos mediados pela CYP2C9 como a varfarina e a tolbutamida.
Anticoncepcionais orais: a coadministração de ticagrelor e levonorgestrel e etinilestradiol aumentou a
exposição do etinilestradiol em aproximadamente 20%, mas não alterou a farmacocinética do
levonorgestrel. Não é esperado efeito clinicamente relevante sobre a eficácia do contraceptivo oral quando
levonorgestrel e etinilestradiol são coadministrados com BRILINTA.
Digoxina (substrato da GpP – glicoproteína P): a administração concomitante de ticagrelor aumentou a
Cmax da digoxina em 75% e a AUC em 28%. Portanto, monitoramento laboratorial e/ou clínico adequado
é recomendado quando da administração de medicamentos dependentes da GpP– glicoproteína P de índice
terapêutico estreito como a digoxina concomitantemente com BRILINTA.
Outras terapias concomitantes: em estudos clínicos, BRILINTA foi geralmente administrado com ácido
acetilsalicílico, heparina, heparina de baixo peso molecular, inibidores da GpIIb/IIIa por via intravenosa,
inibidores da bomba de prótons, estatinas, betabloqueadores, inibidores da enzima conversora da
angiotensina e bloqueadores dos receptores da angiotensina, conforme a necessidade para condições
concomitantes. Esses estudos não apresentaram qualquer evidência de interações adversas clinicamente
significativas.
7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
BRILINTA deve ser mantido em temperatura ambiente (15ºC a 30ºC).
Esse medicamento tem validade de 36 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Para sua segurança, mantenha o medicamento na embalagem original.
16
Os comprimidos de BRILINTA são apresentados da seguinte maneira: comprimidos revestidos, redondos,
biconvexos e de cor amarela, com a impressão 90
T de um lado e liso do outro.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
8. POSOLOGIA E MODO DE USAR
Modo de usar
BRILINTA deve ser administrado por via oral e pode ser ingerido com ou sem alimentos.
Os comprimidos de BRILINTA não devem ser partidos ou mastigados.
Posologia
O tratamento de BRILINTA deve ser iniciado com uma dose única de 180 mg (dois comprimidos de 90
mg) e então continuada com a dose de 90 mg duas vezes ao dia.
Os pacientes que estiverem utilizando BRILINTA devem também tomar ácido acetilsalicílico diariamente
a menos que especificamente contraindicado. Após uma dose inicial de ácido acetilsalicílico, BRILINTA
deve ser utilizado com uma dose de manutenção de 75-150 mg de ácido acetilsalicílico (ver item
“Propriedades farmacodinâmicas”).
Lapsos durante a terapia devem ser evitados. Se o paciente esquecer-se de tomar uma dose de BRILINTA
deve tomar um comprimido de 90 mg (sua próxima dose) no horário programado.
Os médicos que desejam alterar a terapia dos pacientes de clopidogrel para BRILINTA devem administrar
a primeira dose de 90 mg de BRILINTA 24 horas após a última dose do clopidogrel (ver item
“Propriedades farmacodinâmicas”).
O tratamento é recomendado por pelo menos 12 meses, exceto se a interrupção do BRILINTA for
clinicamente indicada (ver item “Propriedades farmacodinâmicas”). Em pacientes com Síndrome
Coronariana Aguda (SCA), a interrupção prematura com qualquer terapia antiplaquetária, incluindo
BRILINTA, poderia resultar em um aumento do risco de morte cardiovascular ou infarto do miocárdio
devido à doença subjacente do paciente (ver item “Advertências e precauções”).
Populações Especiais
- Pacientes pediátricos: a segurança e a eficácia em crianças abaixo de 18 anos de idade não foram
estabelecidas.
- Idosos: não é necessário ajuste de dose.
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- Pacientes com insuficiência renal: não é necessário ajuste de dose para pacientes com insuficiência
renal (ver item “Propriedades farmacocinéticas”). Não há informações disponíveis referente ao tratamento
de pacientes em diálise renal.
- Pacientes com insuficiência hepática: não é necessário ajuste de dose para pacientes com insuficiência
hepática leve. BRILINTA não foi estudado em pacientes com insuficiência hepática moderada ou grave.
(ver item “Propriedades farmacocinéticas”).
9. REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS
A segurança de BRILINTA em pacientes com síndrome coronariana aguda (AI, IAMSST e IAMCST) foi
avaliada em um único grande estudo fase 3 (estudo PLATO [PLATelet Inhibition and Patient Outcomes]),
que comparou os pacientes tratados com BRILINTA (dose de ataque de 180 mg de BRILINTA e uma
dose de manutenção de 90 mg duas vezes ao dia) com pacientes tratados com clopidogrel (dose de ataque
de 300-600 mg seguida de dose de manutenção de 75 mg uma vez ao dia) ambos administrados em
associação com ácido acetilsalicílico e outras terapias padrão.
A duração mediana do tratamento para BRILINTA foi de 277 dias (6.762 pacientes foram tratados por
mais de 6 meses e 3.138 foram tratados por mais de 12 meses).
Os eventos adversos mais comumente relatados em pacientes tratados com ticagrelor foram dispneia,
cefaléia e epistaxe, e estes eventos ocorreram em taxas maiores que no grupo tratado com clopidogrel.
Durante o período de tratamento, o grupo BRILINTA teve maior incidência de descontinuação devido a
eventos adversos do que o clopidogrel (7,4% versus 5,4%).
Sangramento
As seguintes definições de sangramento foram utilizadas no estudo PLATO:
- Maior fatal/Ameaça a vida: sangramento fatal ou intracraniano ou intrapericárdico com tamponamento
cardíaco ou choque hipovolêmico ou hipotensão grave devido a sangramento e requerendo vasopressores
ou cirurgia, ou sangramento clinicamente evidente ou aparente associado a uma diminuição na
hemoglobina de mais de 50 g/L ou transfusão de 4 ou mais unidades (sangue total ou concentrado de
hemácias) por sangramento.
- Outros Maiores: significativamente debilitante (por exemplo, intraocular com perda permanente da
visão), ou sangramento clinicamente evidente ou aparente associado com uma redução de hemoglobina de
30 a 50 g/L, ou transfusão de 2-3 unidades (sangue total ou concentrado de hemácias) por sangramento.
18
- Menor: requer intervenção clínica para parar ou tratar o sangramento (por exemplo, epistaxe requerendo
visita a estabelecimento médico para tamponamento).
Sangramento mínimo incluiu todos os outros sangramentos; estes foram coletados, mas não adjudicados.
Os sangramentos relatados no estudo PLATO também foram mapeados para a escala TIMI (Trombólise
em Infarto do Miocárdio), para facilitar a comparação com outros estudos similares. O TIMI Maior é
definido como sangramento clinicamente evidente associado a uma queda na hemoglobina  5 g/dL ou
hemorragia intracraniana, e o critério TIMI Menor é definido como sangramento evidente associado a uma
queda na hemoglobina de 3 g/dL, mas  5 g/dL.
Resultados gerais de eventos hemorrágicos no estudo PLATO são mostrados na Figura 1 e Tabela 1,
descritos a seguir.
Figura 1. Estimativa Kaplan Meier de tempo para o primeiro evento de sangramento ‘Maior Total’
segundo a definição do PLATO
19
Tabela 1. Análise de eventos de sangramento totais
Desfecho primário de segurança
Maior total
Desfechos secundários
Fatal / Ameaça a vida
Combinado sangramento
Maior total + Menor
Não-RM Maior
Não-Procedimento Maior
Não-Procedimento Maior + Menor
Categoria
de
sangramento
definição TIMI
TIMI- Maior
TIMI- Maior + Menor
BRILINTA
(%)
N=9235
clopidogrel
(%)
N=9186
Valor-p
11,6
11,2
0,4336
5,8
5,8
0,6988
16,1
14,6
0,0084
4,5
3,1
5,9
3,8
2,3
4,3
0,0264
0,0058
<0,0001
7,9
7,7
0,5669
11,4
10,9
0,3272
No estudo PLATO, tempo para o primeiro sangramento definido em PLATO como “Maior Total”,
BRILINTA não diferiu significativamente do clopidogrel. Houve pouco sangramento fatal no estudo, 20
(0,2%) para BRILINTA e 23 (0,3%) para o clopidogrel. Quando o sangramento menor foi incluído,
eventos de sangramento Maior e Menor definidos pelo PLATO combinados foram significativamente
maiores para BRILINTA do para o clopidogrel. As taxas globais de eventos de sangramento definido pelo
TIMI não diferiram significativamente entre BRILINTA e clopidogrel.
- Sangramento relacionado a cirurgia de RM: no estudo PLATO, 1584 pacientes (12%) foram submetidos
à cirurgia de revascularização miocárdica (RM). Sangramento ‘Maior fatal/Ameaça a vida’ foi
aproximadamente 42% em ambos os grupos de tratamento. Não houve diferença entre os grupos de
tratamento no que diz respeito ao risco de sangramento ‘Maior fatal/Ameaça a vida’ relacionada a cirurgia
em relação ao tempo da última dose antes do procedimento. Sangramento fatal relacionado à RM ocorreu
raramente, 6 pacientes em cada grupo de tratamento (0,8% e 0,7% de pacientes submetidos à
revascularização para BRILINTA e clopidogrel, respectivamente).
- Sangramento não- relacionado à RM: quando o sangramento por cirurgia de RM é removido da análise
(ver Tabela 2 descrita a seguir), as taxas de sangramento absolutas para todas as categorias são menores.
Os grupos não diferiram em sangramento ‘Maior fatal/Ameaça a vida’ definido pelo PLATO não-RM,
mas ‘Maior total’ definido pelo PLATO, TIMI Maior e sangramento TIMI Maior + Menor, foram mais
comuns com BRILINTA.
20
Tabela 2. Eventos de sangramento Maior definido no PLATO não relacionados a cirurgia de RM e eventos
de sangramento definidos pelo TIMI
Categoria de sangramento
definição PLATO
Sangramento Maior Total
Maior fatal/Ameaça a vida
Categoria de sangramento
definição TIMI
TIMI Maior
TIMI Maior + Menor
BRILINTA
(%)
N=9235
clopidogrel
(%)
N=9186
Valor-p
4,5
3,8
0,0264
2,1
1,9
0,2516
2,8
2,2
0,0246
4,5
3,6
0,0093
- Sangramento não relacionado a qualquer procedimento: como mostrado na Tabela 1 sangramento não
relacionado a procedimento, ‘Maior’ e ‘Maior + Menor’ segundo definição do PLATO foi mais freqüente
com BRILINTA. A descontinuação do tratamento devido a sangramento não relacionado a procedimento
foi mais comum para BRILINTA (2,9%) do que para o clopidogrel (1,2%; p <0,001). Sítios clinicamente
importantes para sangramento 'Maior + Menor’ por ordem de freqüência foram (BRILINTA versus
clopidogrel): intracraniana (27 versus 14 eventos), pericárdico (11 versus 11), retroperitoneal (3 versus 3),
intraocular (2 versus 4) e intra-articular (2 versus 1). Outros sítios comuns foram por ordem de freqüência:
gastrointestinal (170 versus 135 eventos), epistaxe (116 versus 61), urinária (45 versus 37),
subcutânea/cutânea (43 versus 38) e hemoptise (13 versus 7).
Não houve diferença com BRILINTA em comparação ao clopidogrel para sangramento fatal nãorelacionado ao procedimento. Sangramento gastrointestinal ‘Maior fatal/Ameaça a vida’ foi o mesmo com
BRILINTA e clopidogrel, com eventos numericamente mais fatais para o clopidogrel (5) do que para
BRILINTA (nenhum). Houve numericamente mais sangramentos “Maior Fatal /Ameaça a vida”
intracraniana não relacionados a procedimento com BRILINTA (n=27 eventos em 26 pacientes, 0,3%)
do que com o clopidogrel (n=14 eventos, 0,2%), dos quais 11 eventos de sangramento com BRILINTA e
1 com o clopidogrel foram fatais.
Características basais, incluindo idade, sexo, peso, raça, região geográfica, antecedentes clínicos,
condições simultâneas e terapia concomitante, foram avaliadas para explorar qualquer aumento no risco
de sangramento com BRILINTA. Nenhum grupo de risco particular foi identificado para qualquer
subconjunto de sangramento.
Dispneia
Dispneia ocorre durante o tratamento com ticagrelor. Eventos adversos (EAs) de dispneia (dispneia,
dispneia em repouso, dispneia de esforço, dispneia paroxística noturna e dispnéia noturna), quando
21
combinados, foram relatados em 13,8% dos pacientes tomando ticagrelor e em 7,8% dos pacientes
tomando clopidogrel no estudo PLATO. O estudo não excluiu pacientes com insuficiência cardíaca
congestiva (ICC) subjacente, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ou asma. A maior parte dos
EAs de dispneia foi de intensidade leve a moderada. Eventos adversos sérios de dispneia foram relatados
em 0,7% dos pacientes tomando BRILINTA e em 0,4%, dos pacientes tomando clopidogrel. Devido a
dispneia, mais pacientes tomando BRILINTA 0,9% foram descontinuados do estudo do que os pacientes
tomando clopidogrel 0,1%. Dispneia foi geralmente relatada na fase inicial do tratamento. Entre os
pacientes que referiram dispneia, 87% relataram ter apresentado um único episódio de dispneia.
Aproximadamente 30% de todas as dispneias foram resolvidas dentro de 7 dias. Os pacientes que relataram
dispneia tendiam ser mais velhos e mais frequentemente apresentavam dispneia, ICC, DPOC ou asma no
basal. Dados do estudo PLATO não sugerem que a maior freqüência de dispneia com BRILINTA é devido
ao aparecimento ou agravamento de doença cardíaca ou pulmonar (ver item “Advertências e precauções”).
Em pacientes que se submeteram a testes de função pulmonar no programa clínico, não houve indicação
de efeitos adversos de BRILINTA na função pulmonar.
Anormalidades Laboratoriais
No estudo PLATO, houve aumento da concentração de ácido úrico sérico maior que o limite superior da
normalidade em 22% dos pacientes recebendo BRILINTA comparado a 13% dos pacientes recebendo
clopidogrel. A concentração média de ácido úrico sérico aumentou aproximadamente 15% com
BRILINTA comparado com aproximadamente 7% com clopidogrel e reduziu após o tratamento ser
interrompido. Não houve diferença na freqüência de eventos adversos clínicos.
No estudo PLATO, a concentração sérica de creatinina aumentou para 50% em 8% dos pacientes que
receberam BRILINTA comparado a 7% dos pacientes que receberam clopidogrel. Os aumentos
tipicamente não progrediram com o curso do tratamento e, frequentemente, diminuíram com a continuação
da terapia. Sinais de reversibilidade na descontinuação foram observados mesmo naqueles com maiores
aumentos durante o tratamento. Grupos de tratamento no estudo PLATO não diferiram para eventos
adversos sérios relacionados.
As reações adversas são classificadas de acordo com a frequência e a Classe de Sistema de Órgãos. As
categorias de frequência são definidas de acordo com os seguintes parâmetros: muito comum (≥ 1/10),
comum (≥ 1/100, < 1/10), incomum (≥ 1/1.000, < 1/100), rara (≥ 1/10.000,  1/1.000).
As seguintes reações adversas foram identificadas nos estudos com BRILINTA.
Tabela 3. Reações Adversas a Medicamentos por frequência de Evento Adverso e Classe de Sistema de
Órgãos
Classificação por
Sistema de órgãos
Muito comum
(≥ 10%)
Comum
(≥ 1% e < 10%)
Incomum
(≥ 0,1% e < 1%)
Rara
(≥ 0,01% e <
0,1%)
22
Distúrbios do
metabolismo e nutrição
Distúrbios psiquiátricos
Distúrbios do Sistema
Nervoso
Hiperuricemia
(a)
---
---
---
---
---
---
---
Cefaleia, tontura
---
---
Confusão
Hemorragia
intracraniana (b),
parestesia
Hemorragia
ocular
(intraocular, na
conjuntiva, na
retina)
---
Vertigem
---
---
Dispneia (b)
Epistaxe
Hemoptise
---
Gastrite,
hemorragia
retroperitoneal (b)
---
---
---
---
Hemartrose
---
---
---
---
Distúrbios da visão
Distúrbios do labirinto e
audição
Distúrbios respiratórios,
torácico e do mediastino
Distúrbios
gastrointestinais
---
Distúrbios da pele e
tecido subcutâneo
Tecido conjuntivo do
esqueleto muscular e
osso
Distúrbios renais e
urinários
Investigações
---
-------
Dor abdominal,
constipação,
diarreia,
dispepsia,
hemorragia
gastrointestinal
(b)
, náusea,
vômito
Sangramento
dérmico ou
subcutâneo (b),
rash, prurido
--Sangramento do
trato urinário (b)
Creatinina
sanguinea
aumentada (a)
---
---
Lesão, intoxicação e
Hemorragia póscomplicações de
------procedimento
procedimento
(a) Frequencias derivadas das observações laboratoriais (ácido úrico > LSN de 7 e 6,5 mg/dL para
homens e mulheres, respectivamente, e aumentos de creatinina > 50% do valor basal) e não da
frequência de relatos brutos de eventos adversos.
(b) Representa múltiplos termos de eventos adversos relatados.
23
Experiência pós-comercialização:
As seguintes reações adversas foram identificadas no uso pós-comercialização de BRILINTA. Uma vez
que estas reações são reportadas voluntariamente por uma população de tamanho desconhecido, não é
sempre possível estimar com exatidão suas frequências.
Distúrbios do sistema imune: distúrbios do sistema imunológico; reações de hipersensibilidade, incluindo
angioedema (ver item 4. CONTRAINDICAÇÕES); distúrbios de pele e tecidos subcutâneos: rash.
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e
segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos
imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de
Notificações
em
Vigilância
Sanitária
NOTIVISA,
disponível
em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.
10. SUPERDOSE
Atualmente não há antídoto para reverter os efeitos do BRILINTA e não é esperado que BRILINTA seja
dialisável (ver item “Advertências e precauções”). O tratamento da superdose deve seguir a prática médica
local padrão. O efeito esperado da dose excessiva de BRILINTA é a duração prolongada do risco de
sangramento associado com a inibição plaquetária. Se ocorrer sangramento, devem ser tomadas medidas
de suporte apropriadas.
O ticagrelor é bem tolerado em doses únicas de até 900 mg. A toxicidade gastrointestinal foi dose-limitante
em um único estudo de aumento de dose. Outros efeitos adversos significativos que podem ocorrer com a
superdosagem incluem dispneia e pausas ventriculares.
Em caso de superdosagem, deve-se observar os efeitos adversos potenciais e considerar o monitoramento
ECG.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como
proceder.
24
III) DIZERES LEGAIS
MS - 1.1618.0238
Farm. Resp.: Dra. Gisele H. V. C. Teixeira - CRF-SP nº 19.825
Fabricado por: AstraZeneca AB (Gärtunavägen) – Södertälje – Suécia
Importado e embalado por: AstraZeneca do Brasil Ltda.
Rod. Raposo Tavares, km 26,9 - Cotia - SP - CEP 06707-000
CNPJ 60.318.797/0001-00
Indústria Brasileira
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Todas as marcas nesta embalagem são propriedade do grupo de empresas AstraZeneca.
BRL010a
Esta bula foi aprovada pela Anvisa em 01/02/2016.
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