fichas de informação técnica

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FICHAS DE INFORMAÇÃO TÉCNICA
ÁCIDO ACETILSALICÍLICO
Sinónimos:
AAS. Ácido o-acetoxibenzóico.
Fórmula Molecular:
C9H8O4
Peso Molecular:
180,15
Dados Físico-Químicos:
Pó cristalino branco ou quase branco, ou cristais incolores. Pouco
solúvel em água, facilmente solúvel em etanol 96%. Ponto fusão: 135
°C (aquecimento rápido). Absorção UV máxima: 229 nm (H2SO4
0,1N), 277 nm (clorofórmio).
Propriedades e usos:
O ácido acetilsalicílico é um anti-inflamatório não esteroídico (AINE)
que tem propriedades analgésicas, anti-inflamatórias e antipiréticas.
Actua inibindo a enzima ciclo-oxigenase, que bloqueia a síntese de
prostaglandinas e tromboxanos. Além disso, também inibe a
agregação plaquetária.
É normalmente utilizado para aliviar dores moderadas, tais como
dores de cabeça, dismenorreia, mialgias e dores dentárias.
Também é utilizado no tratamento da dor e inflamação em desordens
reumáticas agudas e crónicas, tais como a artrite reumatóide, artrite
juvenil crónica, osteo-artrite e espondilite anquilosante.
Também é utilizado em situações de febre, em caso de catarros ou
gripe, para a redução da temperatura e para aliviar as dores de
cabeça e musculares.
Também é utilizado pela sua actividade como anti-agregante
plaquetário, no tratamento inicial de alterações cardiovasculares, tais
como angina de peito ou enfarte do miocárdio e para a prevenção de
problemas cardiovasculares em doentes de risco.
Normalmente é administrado por via oral, administrado depois das
refeições, para se minimizar a irritação gástrica. Em alguns casos
também pode ser utilizado por via rectal, em forma de supositórios,
embora irrite a mucosa rectal.
Dosagem:
-Como analgésico e antipirético: 300 - 900 mg/4 - 6 h por via oral, até
um máximo de 4 g por dia. Ou então por via rectal 600 - 900 mg/4 h,
até um máximo de 3,6 g por dia.
-Em caso de reumatismo: 4 - 8 g por dia por via oral, em várias
tomadas.
-Prevenção enfarte miocárdio: 75 - 100 mg/dia por via oral, podendose administrar 300 - 325 mg/dia em casos de alto risco.
Em pediatria: 80 - 100 mg/kg de peso e por dia, divididas em 5 - 6
tomadas, com um máximo de 130 mg/kg de peso e por dia.
Efeitos secundários:
Em dosagens terapêuticas, são comuns os problemas
gastrointestinais, com náuseas, dispepsia e vómitos, que se evitam
em parte tomando-o às refeições.
Pode provocar irritação da mucosa gástrica com erosão,
hematémese e melenas.
FICHAS DE INFORMAÇÃO TÉCNICA
O ácido acetilsalicílico aumenta o tempo de sangramento, diminui a
agregação plaquetária e, em grandes doses, pode originar
hipoprotrombinemia.
Em crianças a utilização de ácido acetilsalicílico foi relacionada com
casos de síndrome de Reye (raro, mas muito grave), pelo que se
repensou o seu uso em pediatria.
O ácido acetilsalicílico, assim como outros salicilatos, podem causar
hepatotoxicidade, particularmente em doentes com artrite juvenil e
outras desordens do tecido conjuntivo.
A intoxicação crónica por salicilatos só ocorre em casos de
administração repetida de doses elevadas, apresentando os
seguintes sintomas: vertigens, surdez, sudação, náuseas e vómitos,
dores de cabeça e confusão mental, que se reduzem com a redução
da dosagem.
Casos de intoxicação mais grave ou de envenenamento agudo,
manifestam-se por hiperventilação, febre, agitação, cetose, alcalose
respiratória e acidoses metabólicas, depressão do SNC, que conduz
a coma, podendo ocorrer colapso cardiovascular e falha respiratória.
Em crianças pode ocorrer sonolência, acidose metabólica e
hipoglicemia grave.
Contra-indicações:
É contra-indicado para os casos de alergia a salicilatos e historial de
reacções broncoespásticas (especialmente asmáticos), indivíduos
com urticária ou rinite, dado que provoca nos mesmos reacções
alérgicas tais como urticária, erupções cutâneas, rinite,
broncoespasmo paroxístico e dispneia, que pode chegar a ser fatal.
De igual modo, não deve ser utilizado em casos de úlcera
gastroduodenal, hemorragia gastrointestinal recente, insuficiência
renal grave, alterações hemorrágicas, hemofilia ou hipotrombinemia.
Cuidados:
Dever-se-á efectuar um controlo médico especial em casos de
hipertensão, asma crónico, insuficiência hepática, lactação e
gravidez, em que se deve evitar a sua administração durante as duas
últimas semanas, dado que pode atrasar o parto e aumentar a
hemorragia materna e neonatal, assim como no caso de diabetes
com doses elevadas.
Em
caso
de
terapia
continuada
deve-se
avisar
o
médico/odontologista face a eventuais intervenções cirúrgicas.
Interacções:
O ácido acetilsalicílico potencia o efeito de: acenocumarol,
clorpropamida, fenitoína, fenprocumona, tolbutamida e warfarina.
Inibe a acção do acebutolol, atenolol, bendroflumetiazida,
bumetanida, espironolactona, furosemida, indometacina, metoprolol,
naproxeno, oxpenolol, pindolol, piretanida, probenecid, propranolol,
sotalol, sulfinpirazona e timolol.
Aumenta a toxicidade do metotrexato; potencia o efeito e a toxicidade
da acetazolamida, heparina e ácido valpróico.
A sua actividade é inibida por antiácidos, metilprednisolona,
parametasona, prednisolona e prednisona; potencia-se a sua
toxicidade com álcool etílico, assim como o seu efeito e toxicidade
com cimetidina e ranitidina.
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Incompatibilidades:
Ácidos livres, acetanilida, amidopirina, fenazona, hexamina, sais de
ferro, fenobarbitona de sódio, sais de quinino, iodeto de sódio,
hidróxidos, carbonatos e ésteres alcalinos.
As soluções de ácido acetilsalicílico são rapidamente hidrolisadas na
presença de acetato de amónio, assim como de acetatos,
carbonatos, citratos e hidróxidos de metais alcalinos.
Conservação:
Em embalagens bem fechadas. PROTEGER DA LUZ.
Exemplos
de formulação:
Cápsulas de ácido acetilsalicílico e cafeína
Ácido acetilsalicílico ………………………………… 500 mg
Cafeína ……………………………………………..…. 50 mg
para 1 cápsula nº 30
Pós de ácido acetilsalicílico e cafeína
Ácido acetilsalicílico ……………………………………… 4 g
Cafeína ……………………………………...……….…. 80 cg
Ácido cítrico ……………………………………………. 20 cg
Açúcar pó …………………………….………..………… 90 g
Bibliografia:
- Martindale, Guía completa de consulta farmacoterapéutica, 1ª ed.
(2003).
- The Merck Index, 13ª ed. (2001).
- Monografías Farmacéuticas, C.O.F. de Alicante (1998).
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