Sismo, também chamado de abalo sísmico, tremor de terra, terremoto

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Sismo,
também
chamado
de abalo
sísmico, tremor
de
terra, terremoto (português
brasileiro) ou terramoto (português europeu) , é o resultado de uma súbita liberação de energia
na crosta do planeta Terra, o que cria ondas sísmicas. A sismicidade ou atividade sísmica de uma área
refere-se à frequência, tipo e tamanho dos terremotos registrados ao longo de um período de tempo na
região.
Os terremotos são medidos através de observações de sismógrafos. A escala de magnitude de
momento é a forma mais comum para medir a intensidade de tremores de terra mais fortes relatados
por todo o globo. Os terremotos abaixo da magnitude 5, menores e mais numerosos, que são
relatados por observatórios sismológicos nacionais são medidos principalmente na escala de
magnitude local, també referida como a escala de Richter. Estas duas escalas são numericamente
semelhantes. Os sismos abaixo da magnit 3 são em sua maioria quase imperceptíveis ou fracos
demais, enquanto que os de magnitude 7 ou mais podem potencialmente causar sérios danos em
áreas maiores, dependendo da sua profundidade. Os maiores terremotos já registrados têm sido de
magnitude ligeiramente superior a 9, apesar de não haver um limite para a intensidade de sismos. O
mais recente grande terremoto que atingiu a magnitude 9 foi o sismo e tsunami de Tohoku de 2011, o
maior terremoto que atingiu o Japão desde que os registros começaram a serem feitos. A intensidade
da agitação é medida pela escala de Mercalli. Quanto mais raso for o terremoto em relação a
superfície terrestre, maiores serão os danos causados.1
Na superfície da Terra, sismos manifestam-se através de tremores e, por vezes, pelo deslocamento do
solo. Quando o epicentro de um grande terramoto está localizado no fundo do oceano, ele pode
deslocar água o suficiente para causar um tsunami. Os terremotos também podem desencadear
deslizamentos de terra e, ocasionalmente, atividade vulcânica. Um sismo de alta intensidade também
pode diminuir a rotação do planeta, como, por exemplo, o que ocorreu no Chile em 27 de fevereiro de
2010, que provocou movimento de oito centímetros no eixo de rotação terrestre. O tempo de rotação
do planeta pode ter diminuido em cerca de um microssegundo (10−6 s).2
Em seu sentido mais geral, a palavra "terremoto" é usada para descrever qualquer evento sísmico natural ou causado pelo ser humano - que gere ondas sísmicas. Os terremotos são causados
principalmente por ruptura de falhas geológicas, mas também por outros eventos, como atividade
vulcânica, deslizamentos de terra, explosões de minas e testes nucleares. O ponto de ruptura inicial de
um terremoto é chamado seu foco ou hipocentro. O epicentro é o ponto ao nível do solo diretamente
acima do hipocentro.
Epicentros de sismos na Terra, 1963-1998 (cortesiaNASA)
Movimento das placas tectônicas pelo planeta.
Descrição do fenômeno sísmico
Fotografia aérea da falha de San Andreas no planalto de Carrizo, próximo a Los Angeles, Califórnia,Estados Unidos.
A maior parte dos sismos ocorrem nas fronteiras entre placas tectônicas, ou em falhas entre dois
blocos rochosos.3 O comprimento de uma falha pode variar de alguns centímetros até milhares de
quilômetros, como é o caso da falha de Santo André na Califórnia, Estados Unidos.
Só nos Estados Unidos ocorrem de 12 000 a 14 000 sismos anualmente (ou seja, aproximadamente
35 por dia). Baseado em registros históricos de longo prazo, aproximadamente 18 grandes sismos
(terremotos ou terramotos, de 7,0 a 7,9 na escala de magnitude de momento) e um terremoto gigante
(8 ou superior) podem ser esperados no período de um ano.
Entre os efeitos dos sismos estão a vibração do solo, abertura de falhas, deslizamentos de
terra, tsunamis, mudanças na rotação da Terra, mudanças no eixo terrestre, além de efeitos deletérios
em construções feitas pelo homem, resultando em perda de vidas, ferimentos e altos prejuízos
financeiros e sociais (como o desabrigo de populações inteiras, facilitando a proliferação de doenças,
fome, etc).
O sismo registado de mais alta magnitude de momento foi o Sismo de Valdivia ou "Grande Sismo do
Chile" em 1960 que atingiu 9,5 na escala de magnitude de momento, seguido pelosismo do Alasca de
1964 que atingiu 9,2 na mesma escala.
Tipos de sismos
Sismos de origem natural
Tipos de falhas (eminglês).
A maioria dos sismos está relacionada à natureza tectônica da Terra, sendo designados sismos
tectônicos. A força tectônica das placas é aplicada na litosfera, que desliza lenta mas constantemente
sobre
a astenosfera devido
às
correntes
de
convecção
com
origem
no manto e
no núcleo (ver tectónica de placas).
As placas podem afastar-se (tensão), colidir (compressão) ou simplesmente deslizar uma pela outra
(torsão). Com a aplicação destas forças, a rocha vai-se alterando até atingir o seu ponto de
elasticidade, após o qual a matéria entra em ruptura e sofre uma libertação brusca de toda a energia
acumulada durante a deformação elástica. A energia é libertada através de ondas sísmicas que se
propagam pela superfície e interior da Terra. As rochas profundas fluem plasticamente (têm um
comportamento dúctil – astenosfera) em vez de entrar em ruptura (que seria um comportamento sólido
– litosfera).
Estima-se que apenas 10% ou menos da energia total de um sismo se propague através das ondas
sísmicas. Aos sismos que ocorrem na fronteira de placas tectónicas dá-se o nome de sismos
interplacas, sendo os mais frequentes, enquanto que àqueles que ocorrem dentro da mesma placa
litosférica dá-se o nome de sismos intraplacas e são menos frequentes.
Os sismos intraplacas também podem dar origem a sismos profundos, segundo as zonas de
subducção (zonas de Benioff), ocorrendo entre os 100 e os 670 km. Devem-se à transformação
deminerais - devido aos minerais transformarem-se noutros com forma mais densa - e este processo é
repentino. Pode ocorrer no caso da desidratação da olivina, em que esta se transforma em vidro.
Também podem ser sismos de origem vulcânica, devendo-se às movimentações de magma dentro
da câmara magmática ou devido à pressão causada por esse quando ascende à superfície, servindo
assim para prever erupções vulcânicas. Está mais associado ao vulcanismo do tipo explosivo que às
do tipo efusivo.
Existem ainda os sismos de afundamento, que ocorrem na sequência de deslizamentos de correntes
turbídicas (grandes fragmentos de rocha que deslizam no talude continental) ou devido ao abatimento
de cavidades ou do tecto de grutas.
No entanto cientistas como Thomas Gold advogam que os sismos têm origem partir de migração de
gases primordiais como hélio, metano, nitrogênio e hidrocarbonetos, em grandes profundidades no
interior da terra. Nos limites de placas litosféricas a intensidade e ocorrência dos sismos são maiores,
provavelmente pela comunicação mais próxima entre o manto e crosta. A migração dos gases sob alta
pressão dissipam energia sísmica através de falhas geológicas que podem atingir a superfície e causar
sérios danos.
Sismos induzidos
Fotografia de incêndios durante oTerremoto de San Francisco de 1906, o grande sismo que atingiu São Francisco,
nos Estados Unidos, em1906.
Casas destruídas pelo Sismo de Valdivia de 1960
Deslizamento de terra causado pelo Sismo de El Salvador em 2001
A cidade de Achém, na Indonésia, em ruínas depois do Sismo e tsunami do Oceano Índico de 2004.
Ruínas deixadas pelo Sismo do Haiti de 2010
Prédio destruído em Concepcióndepois do Sismo do Chile de 2010.
Barco arrastado para o meio de um bairro destruído pelo Sismo e tsunami de Tohoku de 2011, no Japão.
Estes são sismos associados à ação humana quer direta ou indiretamente. Podem-se dever à extração
de minerais, água dos aquíferos ou de combustíveis fósseis, devido à pressão da água das albufeiras
das barragens, grandes explosões ou a queda de grandes edifícios. Apesar de causarem vibrações
na Terra, estes não podem ser considerados sismos no sentido lato, uma vez que geralmente dão
origem a registros ou sismogramas diferentes dos terramotos de origem natural.
Alguns terramotos ocasionais têm sido associados à construção de grandes barragens e do
enchimento das albufeiras por estas criadas, por exemplo na Barragem de Kariba no Zâmbia . O maior
sismo induzido por esta causa ocorreu a 10 de Dezembro de 1967, na região de Koyna a oeste de
Madrasta, na Índia. Teve uma magnitude de 6,3 na escala de magnitude de momento. Também têm a
sua origem na extracção de gás natural de depósitos subterrâneos.
Podem também ser provocados pela detonação de explosivos muito fortes, tais como explosões
nucleares, que podem causar uma vibração de baixa magnitude. Assim, a bomba nuclear de 50
megatoneladas
chamada tsar
bomba detonada
pela União
Soviética em 1961 criou
um
sismo
comparável aos de magnitude 7, produzindo vibrações tão fortes que foram registadas nos antípodas.
Para dar efeito ao Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, a Agência Internacional de
Energia Atómica usa as ferramentas da sismologia para detectar atividades ilícitas tais como os testes
de armamento nuclear. Com este sistema é possível determinar exatamente onde ocorreu
uma explosão.
Características
Profundidade
Podem ser classificados de três formas: superficiais, intermédios e profundos.
•Superficiais – ocorrem entre a superfície e os 70 km de profundidade (85%)
•Intermédios – ocorrem entre os 70 e os 350 km de profundidade (12%)
•Profundos – ocorrem entre os 350 e os 670 km de profundidade (3% dos sismos)
•Em profundidades superiores a 700 km são muito raros
Na crosta continental, a maior parte dos sismos ocorrem entre os 2 e os 20 km, sendo muito raros
abaixo dos 20 km, uma vez que a temperatura e pressão são elevadas, fazendo com que a matéria
seja dúctil e tenha mais elasticidade. Como a crosta oceânica é fria, nas zonas de subducção os
sismos podem ser mais profundos.
Fenômenos secundários
Sinais precursores
•Aumento da emissão de gás rádon ou radônio;
•Aumento da emissão de gás hélio;
•Aumento da emissão de gás metano, com possível formação de nuvens de metano (coloridas);
•Aumento da atividade de vulcão de lama;
•Ocorrência de microssismos;
•Alteração da condutividade eléctrica;
•Flutuações no campo magnético;
•Modificações na densidade das rochas;
•Variação dos níveis da água em poços próximos das falhas;
•Anomalias no comportamento dos animais; por exemplo migração em massa de anfíbios.
•Aumento da emissão de dióxido de carbono em áreas vulcânicas;
Após o sismo[editar | editar código-fonte]
•Ruídos sísmicos
•Alteração do caudal ou nível das fontes, poços e águas subterrâneas
•Aparecimento de fumarolas vulcânicas
•Formação de tsunamis
Intensidade e frequência
Estima-se que cerca de 500 mil terremotos ocorram a cada ano, detectáveis através do uso da
instrumentação atual. Cerca de 100 mil destes tremores podem ser sentidos.7 8 Os terremotos
menores ocorrem quase constantemente ao redor do mundo em lugares como
a Califórnia e Alasca nos Estados
Unidos,
assim
como
em
países
como El
Salvador, México,Guatemala, Chile, Peru, Indonésia, Irã, Paquistão, Açores em Portugal, Turquia, Nov
a Zelândia, Grécia, Itália, Índia e Japão. No entanto, esse tipo de fenômeno pode ocorrer em quase
qualquer lugar da Terra.9 Os sismos maiores ocorrem com menor freqüência, sendo a relação
exponencial; por exemplo, cerca de dez vezes o número de terremotos maiores que magnitude 4
ocorrem em um determinado período de tempo do que os terremotos maiores que a magnitude 5. Por
exemplo, no Reino Unido, onde há baixa sismicidade, calcula-se que as recorrências médias são: um
terremoto de magnitude 3,7-4,6 a cada ano, um terremoto de magnitude 4,7-5,5 a cada 10 anos e um
terremoto de magnitude 5,6 ou mais a cada 100 anos.10
O número de estações sísmicas aumentou de cerca de 350 em 1931 para muitos milhares atualmente.
Como resultado disso, muitos mais tremores são registrados do que no passado, mais por conta da
grande melhoria na instrumentação, do que pelo aumento do número de tremores de terra. O Serviço
Geológico dos Estados Unidos estima que, desde 1900, houve uma média de 18 grandes terremotos
(de magnitude 7,0-7,9) e um grande terremoto (de magnitude 8,0 ou superior) por ano e afirma que
essa média tem se mantido relativamente estável.11 Nos últimos anos, o número de grandes
terremotos por ano diminuiu, embora isto seja, provavelmente, uma flutuação estatística, do que uma
tendência sistemática.12 Um aumento recente no número de grandes terremotos tem sido notado, o
que poderia ser explicado por um padrão cíclico de períodos de intensa atividade tectônica,
intercalados por períodos mais longos de baixa intensidade. No entanto, as gravações precisas de
terremotos só começaram no início dos anos 1900, por isso é muito cedo para afirmar categoricamente
que este é o caso.13
Cerca 90% dos terremotos do mundo (e 81% dos maiores) acontecem em uma zona em forma de
ferradura cm 40 mil quilômetros de comprimento chamada de Anel de Fogo do Pacífico, que em sua
maior parte está nos limites da Placa do Pacífico.14 15 Os tremores tendem a ocorrer ao longo de
outros limites de placas também, como ao longo das montanhas doHimalaia.16 Com o rápido
crescimento das megacidades, como Cidade do México, Tóquio e Teerã, em áreas de elevado risco
sísmico, alguns sismólogos alertam que um único terremoto pode matar até 3 milhões de pessoas de
uma só vez.17
Países lusófonos[
Portugal
Gravura do grande terramoto de Lisboa de 1 de novembro de 1755, mostra o terceiro sismo mais forte registado no
mundo, provável magnitude de 9.0.
Portugal tem sido afetado por vários sismos de magnitude moderada a forte, que muitas vezes
resultaram em danos importantes em várias cidades do país. A maior parte dos sismos graves tiveram
origem em zonas interplacas, cuja sismicidade pode considerar-se elevada, uma vez que Portugal está
perto da fronteira entre a placa africana e a placa Euro-Asiática(podem ser sismos de magnitude
elevada (M>6), têm origem no oceano e têm períodos de retorno de algumas centenas de anos –
aponta-se para que sismos com a intensidade do de 1755 seja cerca de 250 anos). Os epicentros dos
maiores sismos localizam-se perto do Banco de Gorringe, a Sudoeste do Cabo de São Vicente.
Sismos de alguma importância em Portugal Continental:
•216 b.C- Sismo que atingiu toda a Hispânia, na época da batalha de Canas.18
•382 – sismo seguido da submersão de ilhas ao largo do Cabo de São Vicente.[carece de fontes]
•20 de Janeiro ou 26 de Janeiro de 1531- Um terramoto em Lisboa, matou 30.000 pessoas, cerca de
20% da sua população da época : "Guardando a ordem dos anos, direi do seguinte, de trinta um, no
principio do qual ouve neste reino de Portugal muito trabalho, por haver nele peste e terremotos, com
tremer a terra e caírem casas e edeficios, onde morreo muita jente ; e tal espanto e medo pôs que
andávão as jentes espantadas e fora de si, que não ousávão a entrar, nem dormir em povoado, e
saíão-se ao campo, onde dormião em choupanas e tendas que pera iso fazíão, e asaz foi isto mais em
Lisboa
e
polo
Tejo
acima
que
em
outra
parte,
e
em
especial
em Vila
Franca, Povos, Castanheira, Azambuja, atéSantarém, e foi este terremoto a vinte de janeiro do ano de
trinta um ; e, como Noso Senhor é misericordioso, ouve por bem sosegar o tempo." ( Bernardo
Rodrigues : Anais de Arzilacap XXVIII, p. 194.)
•1 de Novembro de 1755 seguido de maremoto (Terramoto de 1755) – foi mais sentido no Algarve do
que em Lisboa (pensa-se que a sua origem teve origem numa região e não num epicentro, a sua mais
provável magnitude é de 9.0).
•28 de Fevereiro de 1969 – epicentro no Banco de Gorringe, magnitude 7,3.
•17 de Dezembro de 2009 - epicentro a 100 km da ponta de Sagres, magnitude 6,0.
A sismicidade é moderada nos sismos de origem intraplaca, passando a baixa no Norte de Portugal (o
que não implica que nestas zonas não possam ocorrer sismos com magnitudes significativas, mas o
seu período de retorno é na ordem dos milhares ou dezenas de milhar de anos). Falhas intraplaca
em Portugal Continental:
•Vale Inferior do Tejo (VIT) – sismo com epicentro em Benavente (1909) e sismo de 1531.
•Falha de Loulé – sismo de 1722 (há quem defenda[quem?] que foi ao largo de Tavira, logo não teve
origem nesta falha geológica) e sismo de 1856.
•Falha de Portimão – 1719.
•Falha da Vilariça – é uma falha relativamente estável.
•Vale submarino do Sado – deu origem a um dos maiores sismos em zonas intraplacas a nível global
(1858).
•Falha Nazaré-Pombal.
•Outros – 60 a.C. seguido de maremoto (perto da Galiza).
O Arquipélago dos Açores também é bastante afectado pelos sismos (principalmente os grupos
Central e Oriental), e por vezes esta actividade está associada à actividade vulcânica. Ainda que
o arquipélago dos Açores esteja no limite de placas, esta sismicidade é causada por um hot
spot ou pluma mantélica. A sismicidade não tem grande importância no arquipélago da Madeira.
Brasil
Ver página: Lista de sismos no Brasil
Localização do terremoto de 7,1 pontos na Escala Richter, registrado próximo da fronteira com o Acre, perto da
cidade de Cruzeiro do Sul.
O maior tremor registrado no Brasil, que atingiu magnitude 7,1 na Escala Richter, em uma região do
estado do Amazonas, próximo da fronteira com o Acre, perto da cidade de Cruzeiro do Sul, em 20 de
junho de 2003. Segundo o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília, o tremor ocorreu a
553 quilômetros de profundidade, em uma região ocorrem com "certa frequência", mas onde
raramente são notados devido à grande profundidade em que acontecem, sendo detectados apenas
através de sismógrafos. Cinco abalos com magnitude acima de 7 graus já foram registrados no Brasil
nos últimos 100 anos, mas nenhum causou qualquer prejuízo.19
No Brasil registram-se poucos abalos sísmicos. Em média ocorrem a cada ano um sismo de
magnitude 1 a 3 na escala de magnitude de momento e a cada cinco anos podem ocorrer abalos de
magnitude 4 ou mais. Muitos tremores são repercussões das ondas de terremotos mais graves cujo
epicentro se localiza na região da Cordilheira dos Andes. Os locais onde mais acontecem tremores são
a Região Nordeste, seguido do estado do Acre. No entanto, outras regiões do Brasil também são
suscetíveis aos tremores de terra.20 O local onde frequentemente são registrados tremores é na
cidade de Bebedouro em São Paulo, ocorrendo tremores de magnitude 2 a 3 quase todos os
anos[carece de fontes]. Esses tremores, segundo o grupo de sismologia do IAG/USP, tem suas origens
nas fracturas do basalto da Formação Serra Geral e provavelmente são induzidos por poços de
extração de água subterrânea na região21 .
A sequência de tremores de terra que atingiu João Câmara no Rio Grande do Norte, em 1986, foi a
mais espetacular, a melhor documentada e estudada atividade sísmica já observada no Brasil. O
primeiro evento, sentido pelos moradores e por parte da população de Natal, foi registrado em Brasília,
em 21/08/86 e alcançou magnitude 4.3. No mês seguinte (3 e 5/09/86), dois eventos com magnitudes
4.3 e 4.4, também sentidos, provocaram pequenos danos e foram acompanhados por várias outras
réplicas. Nas semanas posteriores a sismicidade decresceu, mas, no dia 30/11/86, as 05h 19min 48 s
(H.Local), aconteceu o principal tremor de toda a série, com magnitude 5.1. Ele foi seguido por
centenas de réplicas, quatro delas com magnitude maior ou igual a 4.0 . Danos significativos
ocorreram tanto na área urbana como na rural fazendo com que grande parte da população
abandonasse a cidade.22
Ver também
•Intensidade sísmica - Magnitude sísmica
•Sismologia
•Sismo de Shaanxi de 1556
•Grande sismo de Kantō de 1923
•Sismo de Chillán de 1939
•Sismo de Tangshan de 1976
•Sismo de Samatra de 2009
•Sismo de Sendai de 2011
•Organizações de ajuda
(Fonte: Wikipédia)
TERREMOTOS NO BRASILE
OOOGRAFIA DO BRASIL
Mesmo se localizando ao centro da placa sul-americana, o Brasil pode ser
atingido por terremotos.
Os terremotos são fenômenos que podem ser causados por falhas geológicas,
vulcanismos e, principalmente, pelo encontro de diferentes placas tectônicas. A maioria
dos abalos sísmicos é provocada pela pressão aplicada em duas placas contrárias.
Portanto, as regiões mais vulneráveis à ocorrência dos terremotos são aquelas próximas
às bordas das placas tectônicas. Na América do Sul, os países mais atingidos por
terremotos são o Chile, Peru e Equador, pois essas nações estão localizadas em uma
zona de convergência entre as placas tectônicas de Nazca e a Sul-Americana. O Brasil
está situado no centro da placa Sul-Americana, que atinge até 200 quilômetros de
espessura. Os sismos nessa localidade raramente possuem magnitude e intensidade
elevadas. No entanto, existe a ocorrência de terremotos no território brasileiro, causados
por desgastes na placa tectônica, promovendo possíveis falhas geológicas. Essas falhas,
causadoras de abalos sísmicos, estão presentes em todo o território nacional,
proporcionando terremotos de pequena magnitude; alguns deles são considerados
imperceptíveis na superfície terrestre. Segundo o Instituto de Astronomia, Geofísica e
Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP), no século XX foram
registradas mais de uma centena de terremotos no país, com magnitudes que atingiram
até 6,6 graus na escala Richter. Porém, a maior parte desses abalos não ultrapassou 4
graus.
Em 1955, no Mato Grosso, foi detectado um terremoto de 6,6 graus na escala Richter.
Nesse mesmo ano, o Espírito Santo foi atingido por um abalo sísmico de 6,3 graus e, no
Ceará, foi registrado um terremoto de 5,2 graus na escala Richter, em 1980.
O estado do Amazonas, em 1983, sofreu com um terremoto de 5,5 graus, entretanto, pelo
fato de esses terremotos terem atingido áreas com pouca concentração populacional, não
houve danos materiais e nem vítimas.
João Câmara, município do Rio Grande do Norte e habitado por 31.518 pessoas, foi
atingido por uma série de terremotos na década de 1980. O mais grave deles ocorreu no
dia 30 de novembro de 1986, quando a cidade tremeu com um abalo sísmico de 5,1 graus
na escala Richter, provocando a destruição de 4 mil imóveis.
Em Minas Gerais, no município de Itacarambi, um terremoto de 4,9 graus promoveu um
tremor que durou aproximadamente 20 segundos, tempo suficiente para derrubar 6 casas
e abalar a estrutura de outras 60 residências. Nessa ocasião, uma criança de cinco anos
morreu soterrada nos escombros de uma das casas atingidas.
O último grande terremoto registrado no Brasil ocorreu no dia 22 de abril de 2008. Um
tremor de 5,2 graus foi sentido nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina,
Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo, embora não tenha sido registrado nenhum
desabamento nem a ocorrência de vítimas.
Por
Wagner
de
Cerqueira
e
Graduado em Geografia
(Do Site Brasil Escola)
IMAGENS DE TERREMOTOS
(Fotos Divulgação)
Francisco
O terremoto que atingiu o norte do Chile na noite de terça-feira forçou
centenas de pessoas a deixarem suas casas.
O alerta de tsunami ─ gerado a partir do tremor, mas já suspenso ─ contribuiu para
aumentar a apreensão dos chilenos, que ainda guardam na memória o efeito
devastador do abalo de 2010.
Apesar de atingir 8,2 de magnitude e ter sido sentido em outros países, como Peru e
Bolívia, o terremoto de terça-feira não foi um dos maiores do mundo.
Com forte atividade sísmica, o Chile, por outro lado, ainda lidera a lista dos terremotos
mais intensos a terem abalado a Terra desde o ano 1900.
Confira abaixo a compilação feita pela BBC Brasil com base nos dados do Serviço
Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), levando em conta a
intensidade dos tremores.
Pelo critério de número de vítimas fatais, o terremoto de 2010 no Haiti ainda é o mais
mortal na lista da USGS (apesar de não estar entre os mais intensos): deixou 316 mil
mortos.
1 - Chile
Data: 22/05/1960
Magnitude: 9,5
Na noite de 22 de maio de 1960, o Chile foi atingido em cheio pelo maior terremoto a
ser registrado no planeta.
Aproximadamente 1,6 mil pessoas morreram, 3 mil ficaram feridas e mais de 2
milhões perderam suas casas. O prejuízo estimado para o Chile foi de US$ 550
milhões, ou R$ 1,2 bilhão (em valores atuais).
O terremoto foi seguido por um tsunami, que deixou 61 mortos no Estado americano
do Havaí, 138 no Japão e 32 nas Filipinas.
2 - Alasca (EUA)
Data: 28/03/1964
Magnitude: 9,2
O terremoto, que foi seguido por tsunami, tirou a vida de 131 pessoas e causou
prejuízos da ordem de US$ 2,3 bilhões (R$ 5,2 bilhões). Os efeitos do tremor foram
fortemente sentidos em várias cidades americanas.
3 - Sumatra (Indonésia)
Data: 26/12/2004
Magnitude: 9,1
Às 0h58 do dia 26 de dezembro de 2004, um terremoto de grande magnitude atingiu
a costa oeste da ilha de Sumatra, na Indonésia.
O tsunami que se seguiu ao terremoto atingiu 14 países do Sul da Ásia e do leste da
África.
Ao todo, a tragédia deixou cerca de 230 mil mortos ou desaparecidos e 1,7 milhão
desabrigados.
4 - Honshu (Japão)
Data: 11/03/2011
Magnitude: 9,0
Pelo menos, 15,7 mil pessoas foram mortas, 4,6 mil dadas como desaparecidas e 5,3
mil feridas quando um terremoto seguido por tsunami arrasou a costa leste de
Honshu, a maior e mais populosa ilha do Japão.
A combinação de tremor e maremoto também deixou mais de 130 mil pessoas
desabrigadas e destruiu 300 mil casas e prédios. A maioria das mortes ocorreu nas
cidades de Iwate, Miyagi e Fukushima.
As ondas chegaram a 38 metros de altura. O prejuízo total para o Japão foi estimado
em US$ 309 bilhões (R$ 700 bilhões em valores atuais), o equivalente a 15% do PIB
brasileiro.
5 - Kamchatka (Rússia)
Data: 04/11/1952
Magnitude: 9,0
Um terremoto seguido por um tsunami atingiu a península de Kamchatka, no extremo
leste da Rússia, em 1952. Não houve registro de mortes, em grande parte pelo fato
de a região ser pouco povoada.
No entanto, o maremoto atingiu o Havaí, nos Estados Unidos, provocando perdas da
ordem de US$ 1 milhão (R$ 2,4 milhões). As ondas destruíram barcos, casas, píeres
e estradas.
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NEPAL sensibilizou o mundo.
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