Origem do atum como peixe selvagem

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Origem do atum como peixe selvagem
Os atuns estão entre as mais belas criaturas do mar. Estes peixes, com as suas
delicadas cores e corpos adelgados, surgem como um dos expoentes máximos da
hidrodinâmica.
O atum vive mais nos mares abertos do que perto das costas, e permanecem
normalmente nas camadas superficiais da água, daí a sua natureza selvagem. Por
nadarem nas correntes dos oceanos ao longo das colunas de água, designam-se
pelágicos*. No caso concreto do arquipélago Açores, situado no meio do Oceano
Atlântico, visto as grandes profundidades se atingirem perto da costa, há uma
maior aproximação das espécies pelágicas do largo às zonas costeiras. Nestas a
água é aquecida pelo Sol e pelo ar, agitada pelos ventos e ondas, e é um ambiente
rico para os atuns viverem, constituindo o seu habitat natural. Onde os oceanos são
quentes, o atum está lá.
Os atums viajam muito. Todos estes peixes são nómadas e atravessam oceanos
inteiros. Conseguem atingir a velocidade de 70km/ hora, sendo dos peixes mais
rápidos que existem.
O atum nunca pára, tem que estar em movimento permanente. A sua procura por
oxigénio requere que mova o comprimento do seu corpo em apenas um segundo de
modo a obter oxigénio suficiente. O Atum obtém o seu oxigénio na água, não no ar.
Nadam com a boca aberta, formando jactos de água que atravessam as suas
guelras extraindo assim o oxigénio da água. Devido a este sistema, têm que estar
sempre a nadar nunca podendo estar quietos.
Os atuns não são de sangue frio, regulado pela temperatura ambiente, como a
maioria dos peixes, mas têm um sistema que mantém a sua temperatura alguns
graus mais quentes que a água onde se encontram. À medida que o sangue quente
regressa às guelras para obter mais oxigénio, passa perto do sangue mais frio
vindo das guelras. À medida que vai passando, o calor é transferido para o sangue
mais frio rico em oxigénio.
www.tunas.pt
Origem do atum como peixe selvagem
Todas as criaturas têm algum tipo de camuflagem contra os seus predadores
naturais, e o atum tem o seu: debaixo de água, olhando para cima, a cor prateada
da barriga do atum confunde-se com a luz da superfície sendo difícil de detectá-lo.
Olhando de cima para baixo, não se vê o atum, pois as suas costas ou dorso são
azuis misturando-se com com a cor azul do mar. Os atuns apenas têm cor quando
estão vivos e no mar; a sua cor desaparece quando é removido da água e morre.
O atum nasce quando a fêmea larga os seus ovos (desova) na água. Os ovos são
fertilizados pelos machos quando libertam o seu esperma na água onde os ovos
foram libertados. Em 24 horas pequenas larvas surgem dos ovos. Um atum fêmea
de tamanho grande, que pode atingir 600kg de peso e 3 metros de comprimento,
pode libertar até 6.000.000 de ovos em apenas uma desova. O número de ovos
libertados está relacionado com o tamanho do peixe; uma fêmea pequena liberta
até 1.000.000 de ovos. Este ovos medem normalmente 1 milímetro, incluindo a
cobertura de óleo que os faz boiar. Do nascimento até ao máximo crescimento,
algumas destas espécies aumentam o seu tamanho até 1 bilião de vezes.
Se estes peixes criam tantos ovos, porque razão não estão os oceanos a
transbordar de atuns? Na verdade, dos milhões de ovos libertados apenas 2, em
média, crescem até à maturidade. O que acontecem então aos outros? Eles são
comidos por outros peixes e até pelos da sua espécie. Tornam-se alimento também
de outros nadadores e pássaros do mar. Aqueles que escapam de serem comidos, e
crescem até à idade adulta, irão se encontrar no topo da cadeia alimentar, com
poucos peixes que os possam ameaçar.
A dieta diária do atum inclui peixes, crustáceos e moluscos. Não são esquisitos com
a sua alimentação e básicamente comem tudo o que encontram incluíndo os seus
próprios filhos, irmãos ou irmãs.
*O ambiente pelágico (a coluna de água) constitui o ecossistema mais extenso do planeta.
Links para saberes mais:
www.fao.org/fi/
www.fishpics.info
http://www.horta.uac.pt/projectos/cepropesca/index.htm
www.tunas.pt
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