Inteligência se aprende e não é determinada

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Inteligência se aprende
e não é determinada
apenas pela genética
Patrícia Konder Lins e Silva*
“Nasceu gente, é inteligente”, afirmou Jean
Piaget, porque inteligência não é um dom,
mas uma característica da espécie
humana. É preciso desenvolvê-la,
e seu maior ou menor desenvolvimento depende da qualidade
e da variedade das experiências
trocadas com o meio.
A inteligência não tem um ponto
de partida, um momento zero.
Ao nascer, o bebê não está num estado de
“não inteligência”. Nasce com reflexos, como
o de sugar e o da preensão, e imediatamente
estabelece relação com a realidade num
processo de troca, que leva à construção de
conhecimento, à aprendizagem, e que vai durar
a vida toda.
A inteligência é produto da evolução biológica,
um mecanismo de adaptação ao ambiente, e é
parte de um processo complexo de interação
dos seres vivos com o meio. O desenvolvimento
da inteligência vai depender mais da qualidade
das experiências que o meio oferece do que
da herança genética.
A educação e a aprendizagem,
bases de nossa cultura, interferem
na evolução biológica com pressões
de ordem sóciocultural, junto com
as pressões ecológicas naturais ao
longo da existência dos seres vivos.
O conhecimento não está no
objeto nem no sujeito, mas na interrelação dos dois. O sujeito age sobre o objeto
de conhecimento que, por sua vez, age sobre
o sujeito, e ambos se influenciam.
Um ambiente com experiências desafiadoras,
que provocam a capacidade de pensar e
de refletir, promove o desenvolvimento da
inteligência.
*Patrícia Konder Lins e Silva é pedagoga e diretora da
Escola Parque.
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