ESTUDO DIRIGIDO – HISTÓRIA 7º ANO Caro aluno, Durante esse

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ESTUDO DIRIGIDO – HISTÓRIA
7º ANO
Caro aluno,
Durante esse semestre estamos estudando o período medieval e moderno. É importante que você
compreenda as diferenças entre esses dois tempos históricos, sendo capaz de perceber as características
próprias de cada época. As atividades que seguem servirão como instrumento de aprendizagem, auxiliando seu
estudo e reflexão sobre os assuntos trabalhados na escola. Faça bom proveito!
1- Objetivos específicos da disciplina
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Compreender a crise social no fim do império Romano
Analisar a relação entre romanos e povos externos, através do conceito de bárbaros
Compreender o processo de invasões bárbaras e seu impacto para o declínio do Império Romano
Analisar o processo de formação do feudo
Analisar as características das relações de produção dominantes no período medieval
Compreender as estruturas sociais no feudalismo, refletindo sobre o conceito de sociedade estamental
Identificar as características gerais da sociedade muçulmana no passado
Compreender as causas e impactos das Cruzadas
Compreender a força do catolicismo na construção cultural da Idade Média
Caracterizar e conceituar os burgos medievais
Compreender a importância do Renascimento Cultural e Científico para a a formação da modernidade
Caracterizar o Renascimento Cultural e Científico
2 – Conteúdos relevantes a serem estudados
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Crise do Império Romano
Invasões bárbaras
Processo de ruralização e êxodo urbano
O surgimento do feudo e do mundo feudal
A pirâmide social na Idade Média
A sociedade muçulmana
As Cruzadas
A retomada do comércio: os burgos e a Baixa Idade Média
Renascimento Cultural
3- Orientações gerais para estudo
Para o melhor aproveitamento do estudo é importante que você leia atentamente os textos, destacando os
pontos que achar relevantes. Paralelamente a isso, analise o seu material de aula (seu livro e anotações do
caderno) para aprofundar-se ainda mais nos conteúdos. Após, cumpra as propostas de exercícios. É na
realização dos exercícios que as dúvidas aparecerão e você perceberá o que realmente aprendeu.
Cenários da Alta Idade Média
As invasões bárbaras
A desordem política e a disseminação do cristianismo foram dois fatores que, somados às Invasões
Bárbaras, foram responsáveis pela crise do Império Romano. Esse processo de ocupação foi realizado pelos
bárbaros, povos que eram assim chamados pelos romanos por viverem fora dos territórios do Império e não
falarem latim. Foi com a introdução das tradições dos bárbaros, também chamados germânicos, que o mundo
feudal ganhou suas primeiras feições.
Habitando as regiões fronteiriças ao Império Romano, os povos bárbaros foram penetrando os
territórios de Roma em um processo lento e gradual. Inicialmente, dado o colapso da estrutura militar e as
constantes guerras civis, os imperadores romanos realizavam acordos, pelos quais os bárbaros ganharam o
direito de habitar essas regiões. Em troca, eles defendiam a fronteira da invasão de outros povos.
Somente nos séculos IV e V que esse processo de invasão ganhou feições mais conflituosas. Com a
pressão exercida pelos tártaro-mongóis (hunos), os povos bárbaros começaram a intensificar o processo de
invasão do Império Romano. Entre os principais povos responsáveis pela fragmentação do Império podemos
destacar os visigodos, ostrogodos, anglo-saxões, francos, suevos e turíngios. Com a invasão dos hérulos, em 476,
houve a deposição do último imperador romano, Rômulo Augusto, que já tinha descendência germânica.
O processo das invasões bárbaras foi de grande importância para que o Império Romano e seu conjunto
de valores e tradições passassem por um processo de junção com a cultura germânica. Dessa maneira, a Idade
Média, além de ser inaugurada pelo estabelecimento dos reinos bárbaros, também ficou marcada pela mistura
de instituições e costumes de origem romana e germânica.
Os Povos Bárbaros
Para os romanos "bárbaro" era todo aquele que vivia além das fronteiras do Império Romano e,
portanto, não possuía a cultura romana. De origem discutida, ocupavam uma região chamada Germânia e se
subdividiam em vários povos: borgundios, vândalos, francos, saxões, anglos, lombardos, godos e outros. Nos
séculos IV e V os principais povos bárbaros se deslocaram em direção ao Império Romano, empurrados pelos
Hunos que vinham do oriente, levando pânico e destruição aonde chegavam. Esse processo acabou por
precipitar a fragmentação do império, já decadente devido a crise do escravismo e a anarquia militar.
Feudalismo
O feudalismo consiste em um conjunto de práticas envolvendo questões de ordem econômica, social e
política. Entre os séculos V e X, a Europa Ocidental sofreu uma série de transformações que possibilitaram o
surgimento dessas novas maneiras de se pensar, agir e relacionar. De modo geral, a configuração do mundo
feudal está vinculada a duas experiências históricas concomitantes: a crise do Império Romano e as Invasões
Bárbaras.
A economia sofreu uma retração das atividades comerciais, as moedas perderam seu espaço de
circulação e a produção agrícola ganhara caráter subsistente. Nesse período, a crise do Império Romano tinha
favorecido um processo de ruralização das populações que não mais podiam empreender atividades comerciais.
Isso ocorreu em razão das constantes guerras promovidas pelas invasões bárbaras e a crise dos centros urbanos
constituídos durante o auge da civilização clássica.
A ruralização da economia também atingiu diretamente as classes sociais instituídas no interior de
Roma. A antes abrangente classe de escravos e plebeus veio a compor, junto com os povos germânicos, uma
classe campesina consolidada enquanto a principal força de trabalho dos feudos. Trabalhando em regime de
servidão, um camponês estaria atrelado à vida rural devido às ameaças dos conflitos da Alta Idade Média e a
relação pessoal instituída com a classe proprietária, ali representada pelo senhor feudal.
O senhor feudal representaria a classe nobiliárquica detentora de terras. Divididos por diferentes títulos,
um nobre poderia ser responsável desde a administração de um feudo até pela cobrança de taxas ou a proteção
militar de uma determinada propriedade. A autoridade exercida pelo senhor feudal, na prática, era superior a
dos reis, que não tinham poder de interferência direta sobre as regras e imposições de um senhor feudal no
interior de suas propriedades. Portanto, assinalamos o feudalismo como um modelo promotor de um poder
político descentralizado. Ao mesmo tempo em que a economia e as relações sociopolíticas se transformavam
nesse período, não podemos nos esquecer da importância do papel da Igreja nesse contexto. O clero entraria
em acordo com os reis e a nobreza com o intuito de expandir o ideário cristão. A conversão da classe
nobiliárquica deu margens para que os clérigos interferissem nas questões políticas. Muitas vezes um rei ou um
senhor feudal doava terras para a Igreja em sinal de sua devoção religiosa. Dessa forma, a Igreja também se
tornou uma grande “senhora feudal”.
No século X o feudalismo atingiu o seu auge tornando-se uma forma de organização vigente em boa
parte do continente europeu. A partir do século seguinte, o aprimoramento das técnicas de produção agrícola e
o crescimento populacional proporcionaram melhores condições para o reavivamento das atividades
comerciais. Os centros urbanos voltaram a florescer e as populações saíram da estrutura hermética que marcou
boa parte da Idade Média.
As obrigações feudais
Na Idade Média, a posse da terra se consolidou como pressuposto fundamental para que o poder
político fosse exercido. Os senhores feudais, na qualidade de proprietários, tinham plena autoridade para
determinar as leis e regras que organizavam o convívio sociopolítico no interior de suas terras. Dessa forma,
aproveitavam dessa situação privilegiada para imprimirem seus interesses sobre a população servil.
Essa prática está assentada na antiga tradição germânica do beneficium, onde um proprietário cede parte
de suas terras em troca de tributos e serviços. Além disso, o próprio processo de arrendamento de terras, que
marca o fim do Império Romano, também influenciou este processo. No período medieval, esses tributos
ficaram conhecidos como obrigações e determinavam o conjunto de impostos que um servo deveria pagar ao
senhor feudal.
De fato, ao observamos a grande quantidade de feudos espalhados pela Europa, vemos que essas
tributações variavam de acordo com o desígnio de cada proprietário. Apesar da variabilidade, podemos ainda
assim apontar algumas das tributações que eram mais recorrentes no mundo feudal.
Uma das obrigações centrais da relação servil era a corveia. Segundo a tradição feudal, o servo era
obrigado a trabalhar determinados dias da semana nas terras de seu senhor ou realizando outros reparos e
construções. A talha era um imposto em que o servo era obrigado a ceder parte da produção de suas terras
(manso servil) para o senhor feudal. Além disso, tínhamos as banalidades, que consistia em um conjunto de
pequenas tributações pagas em dias festivos ou quando o servo utilizava algumas das instalações do feudo
(forno, celeiro, moinho, tonéis, largar e ferramentas). A capitação era outro tipo de imposto, sob a forma de
produtos, cobrada segundo o número de integrantes de uma família. A “mão morta” era paga toda vez que um
servo falecia e os seus descendentes procuravam garantir o direito de trabalhar naquelas mesmas terras.
Paralelamente, destacamos também a taxa de justiça, obrigação cobrada quando um servo requeria o
julgamento de um senhor feudal; e a taxa de casamento, tributada toda vez que um servo casava-se com uma
mulher de outro domínio. Por fim, não bastando esse elevado número de exigências, devemos também
destacar que o servo era obrigado a se mostrar hospitaleiro toda vez que um membro da classe nobiliárquica
estivesse em viagem. Também beneficiada pelo sistema de obrigações, a Igreja recebia – em épocas especiais –
uma taxa denominada Tostão de São Pedro, que tinha parte de seu valor destinado ao Vaticano.
As Cruzadas
As cruzadas foram tropas ocidentais enviadas à Palestina para recuperarem a liberdade de acesso dos
cristãos à Jerusalém. A guerra pela Terra Santa, que durou do século XI ao XIV, foi iniciada logo após o domínio
dos turcos seljúcidas sobre esta região considerada sagrada para os cristãos. Após domínio da região, os turcos
passaram impedir ferozmente a peregrinação dos europeus, através da captura e do assassinato de muitos
peregrinos que visitavam o local unicamente pela fé.
Organização : Em 1095, Urbano II, em oposição a este impedimento, convocou um grande número de
fiéis para lutarem pela causa. Muitos camponeses foram a combate pela promessa de que receberiam
reconhecimento espiritual e recompensas da Igreja; contudo, esta primeira batalha fracassou e muitos
perderam suas vidas em combate. Após a Primeira Cruzada foi criada a Ordem dos Cavaleiros Templários que
tiveram importante participação militar nos combates das seguintes Cruzadas. Após a derrota na 1ª Cruzada,
outro exército ocidental, comandado pelos franceses, invadiu o oriente para lutar pela mesma causa. Seus
soldados usavam, como emblema, o sinal da cruz costurado sobre seus uniformes de batalha. Sob liderança de
Godofredo de Bulhão, estes guerreiros massacraram os turcos durante o combate e tomaram Jerusalém,
permitindo novamente livre para acesso aos peregrinos.
Outros confrontos deste tipo ocorreram, porém, somente a sexta edição (1228-1229) ocorreu de forma
pacífica. As demais serviram somente para prejudicar o relacionamento religioso entre ocidente e oriente. A
relação dos dois continentes ficava cada vez mais desgastada devido à violência e a ambição desenfreada que
havia tomado conta dos cruzados, e, sobre isso, o clero católico nada podia fazer para controlar a situação.
Embora não tenham sido bem sucedidas, a ponto de até crianças terem feito parte e morrido por este
tipo de luta, estes combates atraíram grandes reis como Ricardo I, também chamado de Ricardo Coração de
Leão, e Luís IX.
Consequências : Elas proporcionaram também o renascimento do comércio na Europa. Muitos
cavaleiros, ao retornarem do Oriente, saqueavam cidades e montavam pequenas feiras nas rotas comerciais.
Houve, portanto, um importante reaquecimento da economia no Ocidente. Estes guerreiros inseriram também
novos conhecimentos, originários do Oriente, na Europa, através da influente sabedoria dos sarracenos. Não
podemos deixar de lembrar que as Cruzadas aumentaram as tensões e hostilidades entre cristãos e
muçulmanos na Idade Média. Mesmo após o fim das Cruzadas, este clima tenso entre os integrantes destas
duas religiões continuou. Já no aspecto cultural, as Cruzadas favoreceram o desenvolvimento de um tipo de
literatura voltado para as guerras e grandes feitos heróicos. Muitos contos de cavalaria tiveram como tema
principal estes conflitos.
Curiosidade: A expressão "Cruzada" não era conhecida nem mesmo foi usada durante o período dos
conflitos. Na Europa, eram usados termos como, por exemplo "Guerra Santa" e Peregrinação para fazerem
referência ao movimento de tentativa de tomar a "terra santa" dos muçulmanos.
Crise do mundo feudal
O crescimento demográfico, observado na Europa a partir do século X, modificou o modelo
autossuficiente dos feudos. Entre os séculos XI e XIII a população europeia mais que dobrou. O aumento das
populações impulsionou o crescimento das lavouras e a dinamização das atividades comerciais. No entanto,
essas transformações não foram suficientes para suprir a demanda alimentar daquela época. Nesse período,
várias áreas florestais foram utilizadas para o aumento das regiões cultiváveis.
A discrepância entre a capacidade produtiva e a demanda de consumo retraiu as atividades comerciais e
a dieta alimentar das populações se empobreceu bastante. Em condições tão adversas, o risco de epidemias se
transformou em um grave fator de risco. No século XIV, a peste negra se espalhou entre as populações
causando uma grande onda de mortes que ceifou, aproximadamente, um terço da Europa. No século XV, o
contingente populacional europeu atingia a casa dos 35 milhões de habitantes.
A falta de mão de obra disponível reforçou a rigidez anteriormente observada nas relações entre
senhores e servos. Temendo perder os seus servos, os senhores feudais criavam novas obrigações que
reforçassem o vínculo dos camponeses com a terra. Além disso, o pagamento das obrigações sofreu uma
notória mudança com a reintrodução de moedas na economia da época. Os senhores feudais preferiam receber
parte das obrigações com moedas que, posteriormente, viessem a ser utilizadas na aquisição de mercadorias e
outros gêneros agrícolas comercializados em feiras.
Os camponeses, nessa época, responderam ao aumento de suas obrigações com uma onda de violentos
protestos acontecidos ao longo do século XIV. As chamadas jacqueries foram uma série de revoltas camponesas
que se desenvolveram em diferentes pontos da Europa. Entre 1323 e 1328, os camponeses da região de
Flandres organizaram uma grande revolta; no ano de 1358 uma nova revolta explodiu na França; e, em 1381, na
Inglaterra.
Passadas as instabilidades do século XIV, o contingente populacional cresceu juntamente com a
produção agrícola e as atividades comerciais. Em contrapartida, a melhoria dos índices sociais e econômicos
seguiu-se de novos problemas a serem superados pelas sociedades europeias. A produção agrícola dos feudos
não conseguia abastecer os centros urbanos e os centros comerciais não conseguiam escoar as mercadorias
confeccionadas.
Ao mesmo tempo, o comércio vivia grandes entraves com o monopólio exercido pelos árabes e pelas
cidades italianas. As rotas comerciais e feiras por eles controladas inseriam um grande número de
intermediários, encarecendo o valor das mercadorias vindas do Oriente. Como se não bastassem os altos
preços, a falta de moedas impedia a dinamização das atividades comerciais do período. Nesse contexto,
somente a busca de novos mercados de produção e consumo poderiam amenizar tamanhas dificuldades. Foi
assim que, nos séculos XV e XVI, a expansão marítimo-comercial se desenvolveu.
O Renascimento Cultural
Durante os séculos XV e XVI intensificou-se, na Europa, a produção artística e científica. Esse período
ficou conhecido como Renascimento ou Renascença. As conquistas marítimas e o contato mercantil com a Ásia
ampliaram o comércio e a diversificação dos produtos de consumo na Europa a partir do século XV. Com o
aumento do comércio, principalmente com o Oriente, muitos comerciantes europeus fizeram riquezas e
acumularam fortunas. Com isso, eles dispunham de condições financeiras para investir na produção artística de
escultores, pintores, músicos, arquitetos, escritores, etc.
Os governantes europeus e o clero passaram a dar proteção e ajuda financeira aos artistas e intelectuais
da época. Essa ajuda, conhecida como mecenato, tinha por objetivo fazer com que esses mecenas (governantes
e burgueses) se tornassem mais populares entre as populações das regiões onde atuavam. Neste período, era
muito comum as famílias nobres encomendarem pinturas (retratos) e esculturas junto aos artistas.
Foi na Península Itálica que o comércio mais se desenvolveu neste período, dando origem a uma grande
quantidade de locais de produção artística. Cidades como, por exemplo, Veneza, Florença e Gênova tiveram um
expressivo movimento artístico e intelectual. Por este motivo, a Itália passou a ser conhecida como o berço do
Renascimento.
Características Principais:
- Valorização da cultura greco-romana. Para os artistas da época renascentista, os gregos e romanos
possuíam uma visão completa e humana da natureza, ao contrário dos homens medievais;
- As qualidades mais valorizadas no ser humano passaram a ser a inteligência, o conhecimento e o dom
artístico;
- Enquanto na Idade Média a vida do homem devia estar centrada em Deus (teocentrismo), nos séculos
XV e XVI o homem passa a ser o principal personagem (antropocentrismo);
- A razão e a natureza passam a ser valorizadas com grande intensidade. O homem renascentista,
principalmente os cientistas, passam a utilizar métodos experimentais e de observação da natureza e universo.
Durante os séculos XIV e XV, as cidades italianas como, por exemplo, Gênova, Veneza e Florença,
passaram a acumular grandes riquezas provenientes do comércio. Estes ricos comerciantes, conhecidos como
mecenas, começaram a investir nas artes, aumentando assim o desenvolvimento artístico e cultural. Por isso, a
Itália é conhecida como o berço do Renascentismo. Porém, este movimento cultural não se limitou à Península
Itálica. Espalhou-se para outros países europeus como, por exemplo, Inglaterra, Espanha, Portugal, França,
Polônia e Países Baixos.
Renascimento Científico
Na área científica podemos mencionar a importância dos estudos de astronomia do polonês Nicolau
Copérnico. Este defendeu a revolucionária idéia do heliocentrismo (teoria que defendia que o Sol estava no
centro do sistema solar). Copérnico também estudou os movimentos das estrelas.
Nesta mesma área, o italiano Galileu Galilei desenvolveu instrumentos ópticos, além de construir
telescópios para aprimorar o estudo celeste. Este cientista também defendeu a idéia de que a Terra girava em
torno do Sol. Este motivo fez com que Galilei fosse perseguido, preso e condenado pela Inquisição da Igreja
Católica, que considerava esta idéia como sendo uma heresia. Galileu teve que desmentir suas idéias para fugir
da fogueira.
A invenção da prensa móvel, feita pelo inventor alemão Gutenberg em 1439, revolucionou o sistema de
produção de livros no século XV. Com este sistema, que substituiu o método manuscrito, os livros passaram a
ser feitos de forma mais rápida e barata. A invenção foi de extrema importância para o aumento da circulação
de conhecimentos e ideias no Renascimento.
Exercícios
1) Sobre a ruralização da economia ocorrida durante a crise do Império Romano, podemos afirmar que:
a) foi consequência da crise econômica e da insegurança provocada pelas invasões dos bárbaros;
b) foi a causa principal da falta de escravos;
c) proporcionou ao Estado a oportunidade de cobrar mais eficientemente os impostos;
d) incentivou o crescimento do comércio;
e) proporcionou às cidades o aumento de suas riquezas.
2) Em relação à formação dos reinos bárbaros:
a) Explique os motivos que permitiram as invasões bárbaras no Império Romano do Ocidente.
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b) Mencione três povos bárbaros que invadiram o Império Romano do Ocidente.
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3) Apesar de não terem alcançado seu objetivo - reconquistar a Terra Santa -, as Cruzadas provocaram amplas
repercussões, porque:
a) favoreceram a formação de vários reinos cristãos no Oriente, o que permitiu maior estabilidade política à
região.
b) consolidaram o feudalismo, em virtude da unificação dos vários reinos em torno de um objetivo comum.
c) facilitaram a superação das rivalidades nacionais graças à influência que a Igreja então exercia.
d) uniram os esforços do mundo cristão europeu para eliminar o domínio árabe na Península Ibérica.
e) estimularam as relações comerciais do Oriente com o Ocidente, graças à abertura do Mediterrâneo a navios
europeus.
4) As principais características do feudalismo eram:
a) Sociedade de ordens, economia levemente industrial, unificação política e mentalidade impregnada pela
religiosidade.
b) Sociedade estamental, economia tipicamente artesanal, organização política descentralizada e mentalidade
marcada pela ausência do cristianismo.
c) Sociedade de ordens, economia terciária e competitiva, centralização política e mentalidade hedonista.
d) Sociedade de ordens, economia agrária e auto-suficiente, fragmentação política e mentalidade fortemente
influenciada pela religiosidade.
e) Sociedade estamental, economia voltada para o mercado externo, fragmentação política e ausência de
mentalidade religiosa.
5) Sobre o Renascimento, pode-se afirmar:
a) pode ser visto como uma revolução religiosa, resultado das profundas transformações que ocorreram na
transição entre o feudalismo e o capitalismo;
b) Florença e Roma, Pequim e Bagdá foram centros de irradiação do movimento renascentista;
c)
o
Renascimento
valorizava
o
anonimato
e fortalecia
o
sentimento nacionalista;
d) o Renascimento foi um movimento artístico, literário e científico defensor do humanismo, baseado no
antropocentrismo e no espírito crítico em oposição ao teocentrismo;
e) o Renascimento fez renovar toda tradição islâmica da península Ibérica reprimida pelas Cruzadas.
6) O feudalismo, como todos os outros modos de produção, não surgiu repentinamente. Ele foi o resultado:
a) do surgimento da Igreja Católica Romana, instituição que, de certa forma, tomou o lugar do Estado romano.
b) de uma síntese entre a sociedade romana em expansão e a sociedade bárbaro-germânica em decadência.
c) das contribuições isoladas dos bárbaros e dos romanos que deram aos feudos um caráter urbano.
d)
do
fortalecimento
do
Estado
e
da
fragmentação
política.
e) de uma lenta transformação que começou no final do império romano, passou pela invasão dos bárbarosgermânicos no século V, atravessou o império carolíngio, e começou a se efetivar a partir do século IX.
7) Dentre os vários impostos e obrigações impostas aos servos e vilões pela organização econômica e social do
feudalismo, destacavam-se:
a) o peculato e as talhas;
b) as aposentadorias e o protecionismo;
c) as banalidades e as corvéias;
d) a seguridade e o dízimo;
e) o seguro saúde e a taxa de gleba.
8) O Feudalismo europeu apresentava características particulares de acordo com a localidade. Apesar das
diferenças regionais, podemos afirmar que sua origem está relacionada com:
(01) o renascimento das cidades.
(02) o ressurgimento do comércio.
(04) a ruralização da sociedade.
(08) o fortalecimento do poder imperial. (16) a descentralização política.
Soma (
)
9) As Cruzadas representaram para a sociedade feudal:
a) uma aventura militar que levou a Cristandade a perder importantes territórios e a conhecer a Peste Negra.
b) uma saída para o excedente populacional e a satisfação da necessidade espiritual da peregrinação a
Jerusalém.
c) um movimento nobiliárquico que ao reforçar o feudalismo atrasou a centralização política em dois séculos.
d) um reforço importante no prestígio da Ordem Dominicana, que as idealizou, organizou, financiou e,
teoricamente,
comandou.
e) uma abertura para o exterior, responsável pela entrada na Europa de elementos da cultura clássica, como o
gótico e a escolástica.
10) Dentre as origens estruturais do feudalismo, destacam-se:
I- o Comitatus, instituição germânica que estabelecia a relação de lealdade e reciprocidade entre os guerreiros
e o chefe tribal.
II- o Colonato, herança romana que impôs a fixação do homem à terra, constituindo-se na forma de trabalho
intermediário entre o escravismo e a servidão.
III- as Villas, grandes propriedades rurais que constituíram-se na unidade típica de produção rural, quase autosuficiente.
Assinale:
a) se todas as afirmações estão corretas.
b) se somente as afirmações I e II estão corretas.
c) se somente as afirmações II e III estão corretas.
d) se somente as afirmações I e III estão corretas.
e) se somente a afirmação II está correta.
11) "Renascimento é o nome dado a um movimento cultural italiano e às suas repercussões em outros países.
Caracteriza-se pela busca da harmonia e do equilíbrio nas artes e na arquitetura acrescentando aos temas
cristãos medievais outros temas inspirados na mitologia e na vida cotidiana." (DICIONÁRIO DO RENASCIMENTO
ITALIANO, Zahar Editores, 1988)
Em que momento da história européia se situa esse movimento e qual a principal fonte de inspiração para os
intelectuais e artistas renascentistas?
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12) "Já fiz planos de pontes muito leves (...). Conheço os meios de destruir seja que castelo for (...). Sei construir
bombardas fáceis de deslocar, carros cobertos, inatacáveis e seguros, armados com canhões. Estou (...) em
condições de competir com qualquer outro arquiteto, tanto para construir edifícios públicos ou privados como
para conduzir água de um lugar para outro. E, em trabalhos de pintura ou na lavra do mármore, do metal ou da
argila, farei obras que seguramente suportarão o confronto com as de qualquer outro, seja ele quem for."
[Leonardo da Vinci (retirado de Jean Delumeau, A CIVILIZAÇÃO DO RENASCIMENTO, Lisboa, Editorial Estampa,
1984, vol. 1, p. 154)
O texto lido é parte da carta com que Leonardo da Vinci, em 1482, pedia emprego na corte de Ludovico, o
Mouro. No trecho, estão alguns dos elementos principais que caracterizam o Renascimento como movimento
cultural.
a) Identifique dois desses elementos.
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b) Como se dava o patrocínio dos artistas e técnicos do Renascimento?
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13) O Renascimento, engendrado no contexto da crise geral do final da Idade Média, foi um processo de intensa
renovação cultural. Sobre o Renascimento pode-se afirmar que:
a) ao garantir a participação do povo no movimento, conseguiu aproximar a arte popular da
b) frustrou a burguesia emergente em seus objetivos de ascensão social e poder
c) se propagou rapidamente pela Europa, mantendo as mesmas características em todos os
d) significou uma brusca ruptura com a religiosidade tradicional da Idade
e) teve no racionalismo um de seus elementos definidores.
erudita.
político.
lugares.
Média.
14)O fim do período feudal se caracterizou pela renovação cultural, artística e filosófica, em contraposição aos
valores medievais até então predominantes. Com relação a esta nova visão do mundo, podemos afirmar
corretamente que:
a) apesar da renovação cultural, a concepção teológica do mundo, típica do período medieval, permaneceu
predominante na Europa.
b) ao recuperar os valores da Antigüidade Clássica, o Renascimento abandona a religião e a cultura cristã.
c) as mudanças culturais correspondiam aos nascentes interesses burgueses, que valorizavam o luxo ostensivo e
o desperdício de riquezas em festas e bens culturais.
d) o próprio termo Renascimento corresponde a uma tentativa de recuperar os valores antropocêntricos da
Antigüidade clássica, esquecidos pela Idade Média.
15) Dentre os Reinos Bárbaros, surgidos após as invasões germânicas e o fim do Império Romano, o Reino
Franco foi o mais importante, porque:
a) os Reis Francos se converteram ao Cristianismo e defenderam o Ocidente contra o avanço dos muçulmanos.
b) promoveu o desenvolvimento das atividades comerciais entre o Ocidente e o Oriente, através das Cruzadas.
c) nesse período a Sociedade Feudal atingiu sua conformação clássica e o apogeu econômico e cultural.
d) houve uma centralização do poder e viveu-se um período de paz externa e interna, o que permitiu controlar o
poder dos nobres sobre os servos.
e) os Reis Francos conseguiram realizar uma síntese entre a cultura romana e a oriental, que serviria de
inspiração ao Renascimento Cultural do século XIV.
16) O Renascimento, amplo movimento artístico, literário e científico, expandiu-se da Península Itálica por
quase toda a Europa, provocando transformações na sociedade. Sobre o tema, é correto afirmar:
a) O racionalismo renascentista reforçou o princípio da autoridade da ciência teológica e da tradição medieval.
b) Houve o resgate, pelos intelectuais renascentistas, dos ideais medievais ligados aos dogmas do catolicismo,
sobretudo da concepção teocêntrica de mundo.
c) Nesse período, reafirmou-se a idéia de homem cidadão, que terminou por enfraquecer os sentimentos de
identidade nacional e cultural, os quais contribuíram para o fim das monarquias absolutas.
d) O humanismo pregou a determinação das ações humanas pelo divino e negou que o homem tivesse a
capacidade de agir sobre o mundo, transformando-o de acordo com sua vontade e interesse.
e) Os estudiosos do período buscaram apoio na observação, no método experimental e na reflexão racional,
valorizando a natureza e o ser humano.
17) Para as artes visuais florescerem no Renascimento era preciso um ambiente urbano. Nos séculos XV e XVI,
as regiões mais altamente urbanizadas da Europa Ocidental localizavam-se na Itália e nos Países Baixos, e essas
foram as regiões de onde veio grande parte dos artistas. (Adaptado de Peter Burke, O Renascimento Italiano.
São Paulo: Nova Alexandria, 1999, p. 64).
a) Cite e explique duas características do Renascimento.
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18) Um peso colossal de estupidez esmagou o espírito humano. A pavorosa aventura da Idade Média, essa
interrupção de mil anos na História da civilização. (Ernest Renan. Reminiscências da infância e da mocidade,
1883.)
a) Explique a origem, no Renascimento, do termo Idade Média.
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b) Forneça dois exemplos de natureza cultural que contradizem o juízo do autor sobre o período medieval.
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19) O Renascimento, movimento cultural com origem na Itália, e o Humanismo, no princípio da Idade Moderna,
tiveram repercussão social de caráter _________. Ao representarem as relações do homem com Deus e com a
natureza, as obras renascentistas caracterizaram-se pelo _________, ao passo que a renovação científica do
período criou uma nova imagem do universo físico, marcada pelo _________.
a) popular - antropocentrismo - geocentrismo
b) elitista - teocentrismo - heliocentrismo
c) popular - antropocentrismo - heliocentrismo
d) popular - teocentrismo - geocentrismo
e) elitista - antropocentrismo – heliocentrismo
20) A Pietà é uma escultura em mármore de Michelangelo (1475-1564), realizada no fim do século XV, no
contexto do Renascimento. Giorgio Vasari (1511-1574), um dos mais importantes intérpretes da obra de
Michelangelo, ao falar desta obra, destaca seu refinamento técnico. O próprio Michelangelo reconheceu a
maestria da Pietà ao gravar, pela primeira vez, sua assinatura na faixa que atravessa o peito da Virgem. Ainda a
propósito dessa escultura, Vasari comenta: "Como a mão do artista pôde realizar, de maneira tão divina, em tão
pouco tempo uma obra tão admirável? Parece um milagre: que uma rocha informe tenha atingido uma
perfeição tamanha que a própria natureza só raramente a modela na carne." Paolucci, Antonio.
MICHELANGELO. Florença, ATS. 1993.
A partir do comentário de Vasari, apresente o contexto histórico em que se insere o Renascimento, as novas
concepções que passaram a orientar a produção artística e sua relação com a nova visão - humanista - de
mundo que marca esse movimento estético-cultural. Produza um texto-síntese em que as informações
utilizadas estejam claramente articuladas, contextualizadas e relacionadas às discussões feitas em sala de aula
sobre o assunto.
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