Boletim de Pesquisa 300 e Desenvolvimento ISSN 0102-0110 Novembro, 2013 Foto: Laboratório de Virologia de Insetos - Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Caracterização matemática da morte de células de inseto (IPLBSf21) em infecção suspensa com o baculovírus Anticarsia gemmatalis MNPV ISSN 0102-0110 Novembro, 2013 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento300 Caracterização matemática da morte de células de inseto (IPLBSf21) em infecção suspensa com o baculovírus Anticarsia gemmatalis MNPV Carlos Eduardo de Araújo Padilha Andréa Farias de Almeida Graciana Clécia Dantas Marlinda Lobo de Souza Márcia Regina da Silva Pedrini Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Brasília, DF 2013 Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Endereço: Parque Estação Biológica – PqEB – Av. W5 Norte Caixa Postal 02372 – Brasília, DF – Brasil – CEP: 70770-917 Fone: (61) 3448-4700 / Fax: (61) 3340-3624 Home page: http://www.cenargen.embrapa.br/ E-mail (sac): [email protected] Comitê Local de Publicações Presidente: João Batista Teixeira Secretário-Executivo: Thales Lima Rocha Membros: Jonny Everson Scherwinski Pereira Lucília Helena Marcelino Lígia Sardinha Fortes Márcio Martinelli Sanches Samuel Rezende Paiva Vânia Cristina Rennó Azevedo Suplentes: João Batista Tavares da Silva Daniela Aguiar de Souza Kols Revisão de texto: José Cesamildo Cruz Magalhães Normalização bibliográfica: Ana Flávia do N. Dias Côrtes Editoração eletrônica: José Cesamildo Cruz Magalhães 1ª edição (online) Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610). Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Caracterização matemática da morte de células de inseto (IPLBSf21) em infecção suspensa com o baculovírus Anticarsia gemmatalis MNPV / Carlos Eduardo de Araújo Padilha... [et al.]. – Brasília, DF: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, 2013. 21 p.: il. – (Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento / Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, 300). 1. Caracterização matemática. 2. Baculovírus. 3. vAgEGT∆LacZ. 4. Morte celular. I. Padilha, Carlos Eduardo de Araújo. II. Almeida, Andréa farias de. III. Dantas, Graciana Clécia. IV. Souza, Marlinda Lobo de. V. Pedrini, Márcia Regina da Silva. VI. Série. 581 – CDD 21 © Embrapa 2013 Sumário Resumo....................................................................05 Abstract...................................................................07 Introdução................................................................09 Material e Métodos.....................................................10 Resultados e Discussão...............................................14 Conclusões...............................................................17 Referências Bibliográficas............................................18 Caracterização matemática da morte de células de inseto (IPLB-Sf21) em infecção suspensa com o baculovírus Anticarsia gemmatalis MNPV Carlos Eduardo de Araújo Padilha1 Andréa Farias de Almeida2 Graciana Clécia Dantas3 Marlinda Lobo de Souza4 Márcia Regina da Silva Pedrini5 Resumo A utilização de baculovírus tem sido apontada como uma alternativa para substituir os inseticidas químicos na agricultura, além de se destacar como vetores de expressão na produção de proteínas heterólogas, principalmente por meio do cultivo de células de inseto. Entretanto, são escassos os dados disponíveis sobre a morte celular pós-infecção, os quais são essenciais para a modelagem de produção de corpos de oclusão (OB). A caracterização matemática deste fenômeno foi elaborada em trabalhos anteriores atrelando-se os efeitos da infecção, como a multiplicidade de infecção (MOI). Utilizou-se o modelo multihit, na região de morte rápida, o qual estabelece uma associação entre a viabilidade celular e o tempo de infecção por meio de uma relação linear. Neste trabalho, verificou-se o aumento da constante de morte celular (k) com a elevação da MOI, mas não se observou uma correlação sobre o número de extrapolação (n). Dos resultados, pode-se perceber que o processo de infecção e a taxa de morte celular mostram-se consistentes com a literatura, muito embora os sistemas em suspensão estejam mais expostos aos vírus do que nos cultivos em monocamada. Termos para indexação: caracterização matemática, baculovírus, vAgEGT∆-LacZ, morte celular. Engenheiro Químico, Mestrando, Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Engenheira Química, Professora doutora, Universidade Federal da Paraíba. 3 Engenheira Química, Doutoranda, Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 4 Bióloga, Ph.D., Pesquisadora, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. 5 Engenheira de Alimentos, Professora doutora, Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 1 2 Mathematical Characterization of Insect Cells Death in Suspension (IPLB-Sf21) Infected with Anticarsia gemmatalis MNPV Abstract The use of baculovirus has been identified as an alternative to replace chemical insecticides in agriculture, furthermore its use stands out as expression vector for heterologous proteins production specially in infections in insect cell culture. However, limited data is available on cell death after infection, which is essential for modeling production of occlusion bodies (OB). The mathematical characterization of this phenomenon was made in previous studies, linking the infection effects with the multiplicity of infection (MOI). The multihit model was used in the rapid death phase, which establishes an association between cell viability and infection time by a linear relationship. In this work an increase of cell death constant (k) was observed with the increasing MOI, but there was no significant correlation regarding the extrapolation number (n). From the obtained results it can be observed that the infection process and the cell death rate is consistent with what the literature shows, although cell suspension systems are more exposed to the virus than monolayer cultures. Index terms: mathematical characterization, baculovirus, vAgEGT∆LacZ, cell death. Caracterização Matemática da Morte de Células de Inseto (IPLB-Sf21) em Infecção Suspensa com o Baculovírus Anticarsia gemmatalis MNPV Introdução Atualmente, tem-se buscado a substituição dos inseticidas químicos em lavouras em virtude da sua menor agressividade em relação ao homem e ao meio ambiente. Nesse âmbito, o baculovírus se insere como uma possível alternativa, dada a sua especificidade e seu caráter atóxico. No campo de atuação do baculovírus, destaca-se a importante contribuição das células animais, principalmente as células de inseto, na produção de bioinseticida viral e na expressão de proteínas recombinantes (BEV). A produção de baculovírus utilizados como bioinseticidas pode ser realizada em dois sistemas distintos: o cultivo in vivo, no qual os vírus são dispersos em lavouras, seguindo o ciclo natural do vírus (KING; POSSEE, 1992), e o cultivo in vitro, que é realizado com o vírus extracelular da hemolinfa de insetos infectados ou do sobrenadante das células infectadas por meio da liberação das partículas virais dos corpos de oclusão (OBs) produzidos (CHAN; GREENFIELD; REID, 1998). Destaca-se desta estratégia de produção um melhor controle sobre o sistema em relação à multiplicação in vivo, permitindo a condição de esterilidade e possibilitando a alta pureza do produto. Alguns parâmetros interferem no crescimento celular, bem como na replicação dos baculovírus, dentre os quais estão: fatores físicoquímicos, efeito passagem, linhagem de células e a multiplicidade de infecção (MOI), tendo este último se mostrado mais significativo em ensaios prévios (LICARI; BAILEY, 1991; LINDSAY; BETENBAUGH, 1992). A MOI refere-se à quantidade de inóculo viral utilizado para infectar uma cultura de células de inseto, a qual é expressa em unidades formadoras de placas adicionadas por célula (PFU/célula) (POWER, 1993). A queda na viabilidade das células de inseto tem sido empregada como um indicativo da eficácia da infecção do baculovírus (HENSLER; AGATHOS, 1994). Após a infecção, as células param de crescer e 9 10 Caracterização Matemática da Morte de Células de Inseto (IPLB-Sf21) em Infecção Suspensa com o Baculovírus Anticarsia gemmatalis MNPV gradualmente morrem no decorrer do processo; entretanto, percebese um intervalo de tempo relativamente grande da infecção até o decréscimo da viabilidade celular. Até recentemente, a morte celular durante a fermentação era caracterizada apenas por necrose, ocasionada por estresses que provocam graves danos à célula; entretanto, observou-se que isso não é verdade, pois as células podem morrer mediante um processo conhecido como apoptose. A apoptose, um tipo de morte programada de células comumente observada em vertebrados, foi verificada durante a infecção de baculovírus, de modo a prolongar a vida da célula (DALAL; BENTLEY, 1999; SINGH et al., 1994; CLEM et al., 1991). Após investigações do mutante viral, constatou-se que o gene p35 do baculovírus é responsável por prevenir a morte celular prematura de células Spodoptera frugiperda-21 (CLEM et al., 1991). Com base nesses estudos, Wu et al. (1993, 1994) desenvolveram um modelo matemático que descreve a morte dinâmica de células hospedeiras em um cultivo em monocamada. A ideia central do modelo é a divisão do processo de morte em duas etapas: a fase lag, período no qual a viabilidade mantém-se constante, e a fase rápida, em que se observa uma queda acentuada na viabilidade das células. A aplicação deste modelo em outros sistemas de baculovírus permite acumular mais informações sobre os fatores que afetam a morte celular, o que é importante em uma futura elevação de escala. Diante dos fatos, o presente trabalho tem como finalidade obter uma caracterização matemática do processo de infecção em células Sf21 utilizando-se as diferentes multiplicidades de infecção do baculovírus recombinante vAgEGT∆-LacZ, associando a influência destas multiplicidades virais à viabilidade celular. Material e Métodos Vírus Caracterização Matemática da Morte de Células de Inseto (IPLB-Sf21) em Infecção Suspensa com o Baculovírus Anticarsia gemmatalis MNPV O vírus recombinante vAgEGT∆-LacZ, construído a partir do Anticarsia gemmatalis Multiple Nucleopolyhedrovirus, foi gentilmente cedido pelo Dr. Bergmann Morais Ribeiro, da Universidade de Brasília (UnB). O vírus vAgEGT∆-LacZ apresenta deleção do gene viral EGT, que codifica a enzima ecdysteroid UDP-glucosyltransferase (EGT), e adição do gene bacteriano LacZ, que codifica a enzima beta-galactosidase. Células de Inseto A linhagem de célula utilizada foi a Sf21, cultivada em shaker (Tecnal – TE421), com agitação controlada de 120 rpm e 28°C, utilizando-se o meio de cultura Sf-900II® SFM (Serum Free Medium) (GIBCO). Meio de cultura para manutenção e crescimento celular O meio de cultivo utilizado na manutenção das células e nos ensaios de infecção foi o Sf-900II® SFM (Serum Free Medium) (GIBCO), ao qual foi acrescentado 1% (v/v) de antibiótico (Antibiotic - Antimycotic) (Invitrogen Corporation) e preservado em geladeira a 4°C para utilização posterior. Determinação da concentração celular A concentração de células viáveis e a viabilidade celular foram determinadas por contagem, com o emprego da técnica de exclusão, pela coloração com azul de Tripan (Sigma-Aldrich) a uma concentração final de 0,1% (v/v). Todas as contagens foram realizadas diariamente com a utilização de um microscópio fase-contraste (Olympus, Japão) e um hemocitômetro modelo Neubauer (Bright-Line Hemacytometer Sigma). Por este método, é possível obter um desvio de 15%, com aproximadamente 200 células contadas em ambos os lados do hemocitômetro (NIELSEN et al., 1991). As células que se tornaram azuladas devido à entrada do corante foram consideradas não viáveis, enquanto que as células transparentes foram 11 12 Caracterização Matemática da Morte de Células de Inseto (IPLB-Sf21) em Infecção Suspensa com o Baculovírus Anticarsia gemmatalis MNPV consideradas viáveis. A concentração celular é expressa em células por mL (células/mL). A viabilidade foi definida como a relação entre a quantidade total de células viáveis e não viáveis (KING; POSSEE, 1992). Titulação viral Para este estudo de caracterização, as células Sf21, cultivadas em Sf900II® SFM (GIBCO), foram infectadas com o vírus extracelular (BV) do vAgEGT∆-LacZ. Este BV foi coletado da infecção em células TN5B1-4 com 5 dias de experimento e, posteriormente, utilizado como inóculo para as infecções. As condições de cultivo utilizadas para as infecções foram 28°C, 120 rpm e suspensão de células de 50 mL em frascos Erlenmeyers de 125 mL e com tempo de infecção (TOI) correspondente a 5,0x106 células viáveis/mL. A titulação viral para determinação da MOI seguiu a metodologia proposta por Mena et al. (2003). Modelo matemático O modelo de inativação por irradiação desenvolvido por Alper et al. (1960) e Atwood & Norman (1949) foi adaptado para a infecção de células de inseto por Wu et al. (1993). A teoria propõe que a probabilidade de inativação segue a distribuição de Poisson, de modo que a probabilidade de uma célula com n sítios de inativação seja atingida é descrita por: ( P = 1 − e − kt ) n (1) onde k é a taxa de morte celular. A fração de células viáveis (V) da população é, portanto, dada por: ( V = 1 − 1 − e − kt ) n n! ( −1)i e−ikt i =0 i !( n − i )! n =1− ∑ (2) Caracterização Matemática da Morte de Células de Inseto (IPLB-Sf21) em Infecção Suspensa com o Baculovírus Anticarsia gemmatalis MNPV A expansão da série revela que, em valores elevados de tempo (t), apenas a contribuição do primeiro termo é significativa, podendo a equação ser simplificada a: ln(V) = ln(n) − kt. (3) Da curva de fração viável podem ser identificadas duas regiões distintas, como foi observado em Wu et al. (1993, 1994). A primeira tem valor constante caracterizado pelo tempo de atraso (td). A segunda fase é a de morte rápida, sendo o coeficiente angular a taxa de morte celular (k), resultado da infecção pelo baculovírus, como pode ser visto na Figura 1. A meia-vida (t1/2) para a cultura pode ser estimada pelo intervalo de tempo necessário para a viabilidade celular reduzir-se para 50%. Figura 1. Gráfico da viabilidade celular durante a infecção, definindo os parâmetros do modelo de morte celular. Fonte: Dalal & Bentley (1999). 13 14 Caracterização Matemática da Morte de Células de Inseto (IPLB-Sf21) em Infecção Suspensa com o Baculovírus Anticarsia gemmatalis MNPV Os parâmetros do modelo de inativação, a taxa de morte celular (k) e o número de extrapolação (n) são calculados segundo as equações abaixo: k= ln 2 t1/2 ln ( n ) = td ln 2 t1/2 (4) (5) Resultados e Discussão A partir da leitura de microplacas no espectrofotômetro, pode-se dispor as informações obtidas em um gráfico sigmoide (Figura 2), sendo este organizado com base nas diluições virais do baculovírus vAgEGT∆LacZ. Figura 2. Gráfico sigmoide obtido da titulação viral. Caracterização Matemática da Morte de Células de Inseto (IPLB-Sf21) em Infecção Suspensa com o Baculovírus Anticarsia gemmatalis MNPV O ajuste da sigmoide aos dados forneceu o termo D0, que indica a diluição na qual a resposta de infecção foi 50%, fundamental no cálculo do TCLD50. Destarte, para a infecção 1% v/v de 5x106 células viáveis (TOI) em suspensão de 100 mL, obteve-se o parâmetro TCLD50 igual a 3,33x105, resultando na MOI de 66,67. Dados estes valores, foi possível realizar diluições sobre os inóculos e, por sua vez, distribuir as infecções em faixas de MOI diferentes, ou seja, 1,25; 2,5; 5,0; 12,5 e 25,0. A análise sobre as curvas cinéticas revela que a fase de viabilidade constante (td) reduz-se com o aumento da MOI, mas dispõe-se em patamares de 92 h para as MOI menores (2,5; 5,0) e 75 h para valores elevados de multiplicidade (12,5; 25). A distribuição deste parâmetro em níveis é vista também em Wu et al. (1993), em que td é fixo em 106,7 h para baixas MOI. Para o caso específico da infecção com MOI 0,5, a quantidade de inóculo viral é insuficiente para infectar todas as células. Dessa forma, a viabilidade decai mais rapidamente do que nos outros casos, já que alguns organismos têm seu metabolismo colapsado, como pode ser visto na Tabela 1. Tabela 1. Influência da MOI sobre os parâmetros do modelo. MOI Tempo de atraso td (h) Tempo de meia vida t1/2 (h) Número de extrapolação (n) Constante de morte celular k (h-1) 1,25 66,12 120,41 1,18 ± 0,32 -0,0025 ± 0,0005 2,5 93,03 29,23 2,61 ± 0,73 -0,0103 ± 0,0012 5,0 92,36 9,62 18,01 ± 2,35 -0,0313 ± 0,0067 12,5 76,86 10,01 10,06 ± 1,43 -0,0301 ± 0,0041 25 74,15 8,11 15,66 ± 1,98 -0,0371 ± 0,0052 O número de extrapolação, ln(n), que pode ser considerado como medida de sítios de infecção, é tido como constante para o desenvolvimento do modelo. Contudo, percebe-se que este termo oscila modificando o valor multiplicidade, em contraste ao observado 15 16 Caracterização Matemática da Morte de Células de Inseto (IPLB-Sf21) em Infecção Suspensa com o Baculovírus Anticarsia gemmatalis MNPV em Dee & Shuler (1997) e em Dalal & Bentley (1999). A expectativa para este parâmetro seria a redução gradual com o crescimento da MOI, pelo esgotamento dos sítios por uma atividade infecciosa mais intensa. Observa-se na Figura 3 que a inclinação da fase de morte rápida (rapid death phase) torna-se mais íngreme com o aumento da MOI. Este fato se explica pela ação de lise, dada a rápida ação viral que compromete a quantidade de células e, consequentemente, a produção do bioinseticida viral em períodos mais longos. Em contrapartida, para os sistemas submersos com Sf9 vistos nos trabalhos de Wu et al. (1993) e Dalal & Bentley (1999), a relação da constante de morte celular e da MOI é inversa. Apesar da diferença entre as tendências, o valor da constante obtida no trabalho para a MOI 25,0 (-0,0371 ± 0,0052 h-1) é similar ao obtido em Dalal & Bentley (1999) para a MOI 20,0 (-0,035 ± 0,005 h-1). Figura 3. Efeito da multiplicidade de infecção (MOI) na fração de células viáveis. Caracterização Matemática da Morte de Células de Inseto (IPLB-Sf21) em Infecção Suspensa com o Baculovírus Anticarsia gemmatalis MNPV Conclusões Os dados obtidos de tempo de atraso e tempo de meia-vida em função do MOI mostraram-se consistentes com a literatura, muito embora no cultivo em suspensão as células estejam mais expostas aos vírus do que nos cultivos em monocamada. Os resultados ratificam o uso de MOI com valor intermediário (2,5 e 5,0) na infecção de células Sf21, já que permite uma infecção controlada sem comprometimento rápido da viabilidade celular, indicados pelos valores acentuados de tempo de atraso 93,03 h e 92,36 h, respectivamente. 17 18 Caracterização Matemática da Morte de Células de Inseto (IPLB-Sf21) em Infecção Suspensa com o Baculovírus Anticarsia gemmatalis MNPV Referências Bibliográficas ALMEIDA, A. F. Estratégias de produção in vitro de bioinseticida viral: influência do isolado, da cinética e do modo de operação. 2010. 133 f. (Tese de Doutorado). 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