Curso de Pós-Graduação em Geografia Disciplina de Apropriação e Uso do Solo no Cerrado Prof.Dr. Manoel Calaça – 2009/20. semestre MANEJO E CONSERVAÇÃO DE GEOAMBIENTES: APLICAÇÕES EM ESTUDOS GEOGRÁFICOS Selma Simões de Castro [email protected] Novembro, 2009 Introdução JÁ SE CONHECE O LUGAR E A FUNÇÃO DOS SOLOS NAS PAISAGENS, TERRITORIOS E OUTRAS UNIDADES AMBIENTAIS PEDOSFERA JÁ SE CONHECE A VULNERABILIDADE A CERTOS FEÑÔMENOS E SEUS INDICADORES BEM COMO OS DIVERSOS GRAUS RISCO DE OCORRÊNCIA DE CERTOS FENÔMENOS JÁ SE CONHECE O MAPA DA DEGRADAÇÃO DO SOLO NA ESCALA GLOBAL JÁ SE SABE QUE SÃO AS FORMAS DE USO E MANEJO DAS TERRAS AS RESPONSÁVEIS PELA DEGRADAÇÃO NA AM. DO SUL E NO BRASIL EM PARTICULAR, AS PRINCIPAIS CAUSAS SÃO: 9 DESMATAMENTO 9 SUPERPASTOREIO 9 MÁ GESTÃO DAS TERRAS AGRÍCOLAS JÁ SE SABE QUE DESMATAMENTO TEM SIDO UMA DAS AÇÕES DE GRANDE IMPACTO - OS PRINCIPAIS BIOMAS ORIGINAIS 34 HOTSPOTS DOS QUAIS O BRASIL TEM 2: M.ATLÂNTICA E CERRADO JÁ SE TEM VÁRIOS MODELOS TEÓRICOS SOBRE AS RELAÇÕES SUBSTRATO,SOLO E RELEVO EM DIVERSAS ESCALAS, CONTUDO A LOCAL PARECE A MAIS EFICAZ ORA RELEVO CONDICIONANDO A FORMAÇÃO DOS SOLOS ORA SUBSTRATO E RELEVO CONDICIONANDO A FORMAÇÃO DOS SOLOS ADAP. DE LEPSCH, 2002 SABE-SE QUE UM HORIZONTE DE SOLO TEM VOLUME (3D) Perfil de solo Volume PORTANTO TUDO FUNCIONA TRIDIMENSIONALMENTE AO LONGO DO TEMPO (4D) FONTE: Adap. de Ruellan e Dosso, 2006 MAS HÁ GRANDE VARIEDADE DE MODELOS LOCAIS...QUAL ESCOLHER?..... Fonte:In VIDAL-TORRADO, LEPSCH, CASTRO (2006) JÁ SE CONHECE AS DISTRIBUIÇÕES GEOGRÁFICAS REGIONAIS DE SOLOS Fonte: www.pedologiafacil.com.br SOBRE OS FLUXOS, HÁ MUITOS MODELOS DISPONÍVEIS PARA ESCOAMENTO SUPERFICIAL fluxos externos ... PARA COMPREENDER O FUNCIONAMENTO HÍDRICO CONJUGANDO ESCOAMENTO E INFILTRAÇÃO Interflúvios amplos e planos a suavemente ondulados ↑ infiltração água, ↓escoamento superficial (intemperismo químico mais profundo) ¾ solos profundos, lixiviados e ácidos Interflúvios estreitos e inclinados ↓ infiltração, ↑ escoamento (↑ erosão ) ¾ solos rasos e/ou afloramento de rocha JÁ HÁ ESTUDOS SOBRE A RELAÇÃO SOLO, RELEVO E CLIMA, MAS SÃO POUCOS OS QUE RELACIONAM A INTENSIDADE MÁXIMA INSTANTÂNEA DE CHUVAS, COM A INFILTAÇÃO E OS FLUXOS HÍDRICOS QUE PODEM SE JUNTAR COM GRANDE ENERGIA fevereiro notar a concavidade novembro abril Condição propícia a afloramento do freático e junção com o escoamento superficial. Fonte: Marinho , 2003 E FINALMENTE MODELOS SOBRE FUNCIONAMENTO HIDROPEDOLÓGICO, CONJUGANDO FLUXOS INTERNOS E EXTERNOS, SEUS FATORES E SUAS DINÂMICAS E QUAL SE APLICARIA NUM DETERMINADO CASO QUANDO SE PRETENDE UM REORDENAMENTO TERRITORIAL??? Já se conhece no Cerrado a origem de tudo POLOCENTRO 1975-79 O QUE ACONTECEU COM AS FITOFISIONOMIAS? Situação atual de uso QUAIS AS CAUSAS DESSA SITUAÇÃO? FRENTES PIONEIRAS Fonte: PROBIO,2006 Produção de soja em diferentes estados do Brasil: 1960 a2003 Fonte:site da EMBRAPA SOJA Quais as consequências? EROSÃO E PRODUÇÃO DE SEDIMENTOS Produção de soja em diferentes estados do Brasil: 1960 a2003 Fonte: Embrapa soja t/ Km -2 Y -1 <5 5 a 70 70 a 200 200 a 400 > 400 PRODUCION OF SEDIMENTS CERRADO (Aprox.) Fonte:adapt.CAMPAGNOLI, 2006 DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO x PASSIVOS AMBIENTAIS: COMO EXPLICAR??? DESCARGA DE SEDIMENTOS NO RIO EUTROFIZAÇÃO ASSOREAMENTO E MORTE DO BURITIZAL PREENCHIMENTO-CORTE ASSOREAMENTO E REENTALHE Fonte: IPT/METAGO, 1998 ASSOREAMENTO NA BASE DA VOÇOROCA Turfa enterrada OBRAS DE DESVIO Fotos: acima e abaixo: IPT/METAGO, 1998 CIDADE COMEÇA EM ASSIM... BORDA DE CHAPADA ALARGAMENTO, RAMOS CIDADE EM BORDA DE CHAPADA RAMOS VOÇOROCA DE GDE.PORTE Demais Fotos: Acervo LABOGEF Globalmente, é possível observar três grandes tendências para o Cerrado: (i) regiões em que houve forte desenvolvimento de uma agricultura de empresa, com grande densidade de produção e produtividades elevadas; (ii) regiões em que subsiste uma agricultura tradicional, mas que começa e ser descartada com a chegada progressiva da agroindústria; (iii) regiões em que predominam atividades agrícolas de baixo nível tecnológico e criação bovina extensiva. Fonte: Villar & Ferreira, 2005 A evolução não foi uniforme, nem no tempo, nem no espaço Tipologia das situações regionais atuais nos Cerrados 6 6 4 5 1 6 2 4 3 Fonte: Villar & Ferreira, 2005 Tipologia das principais situações regionais em territórios dos Cerrados Localização Tipo/Caracterização 1.Região Reconversão recente para cana emergente em que agricultura de empresa e pecuária tiveram forte crescimento ao longo dos anos 90 2.Regiões de tradição pecuária, que vivenciaram uma reconversão para a agricultura de empresa, com uma redução dos rebanhos bovinos; estes continuam importantes 3.Regiões em que perdura a atividade de criação tradicional extensiva, com redução da atividade agrícola. 4 Regiões de tradição pecuária, com pequena agricultura familiar e atividades agropecuárias em regressão 5 Regiões de novas fronteiras agrícolas, em que a pecuária tende a ceder espaço para o crescimento sensível da agricultura empresarial. 6 Regiões tradicionais de pecuária em fase de ampliação de rebanhos e onde as atividades agrícolas se encontram em nítida regressão. Região Oeste e Centro do Mato Grosso, ao longo do arco de desmatamento. Região Sul do Goiás. Região dos Cerrados no Mato Grosso do Sul. Regiões do Entorno Norte e Oeste do DF, Minas Gerais e Piauí. Regiões Sul do Maranhão e Piauí Regiões do Norte de Goiás, Centro do Maranhão e Sudoeste do Mato Grosso. Fonte: adap..Villar & Ferreira, 2005 ÁREAS MAIS CRITICAS (APROX.) 5 MA,PI 1 MT Fonte: adap.Villar & Ferreira, 2005 2 GO MS 3 4 DF,MG Áreas mais críticas nos Cerrados Fonte:adap.CAMPAGNOLI, 2006 RELEVO PLANO A SUAVE ONDULADO CHAPADAS, CHAPADÕES SOLOS DO CENTRO-OESTE Fonte: MAMEDE, 1993 Classes de solos do Cerrado LA TOSSOLOS % NEOSSOLOS 50,00% 45,00% 40,00% 35,00% 30,00% (%) 25,00% 20,00% 15,00% 10,00% 5,00% 0,00% A RGISSOLOS NEOSSOLOS LITÓLICOS CHERNOSSOLOS GLEISSOLOS 1 P ETROP LINTÍCOS o u CONCRECIONÁ RIOS P LINTOSSOLOS Demais so lo s LATOSSOLOS Fonte: LESCH, 2002 EM TESE, NÃO OU POUCO SUSCETÍVEIS À EROSÃO...... RQ - SOLOS QUE PREOCUPAM.... SISTEMAS PEDOLÓGICOS QUE PREOCUPAM... Tipo 1 Fonte: Campos, 2006 Fonte: Marinho & Castro, 2003 Tipo 3 – LVA-PVA-G Tipo 2: Sistema LVA-RQo-GM Fonte: adap de SALOMÃO, 1999 EXEMPLOS DE ÁREA SENSÍVEL NOS PLANOS ECOLÓGICO E ECONÔMICO, NOS CERRADOS BRASILEIROS I - VALE DO ARAGUAIA, no Leste do Mato Grosso/Oeste Goiano: 9Início : colonizado antigamente por empresas privadas, era pouco valorizada no plano fundiário e ocupada essencialmente por criadores de gado bovino, criação extensiva. 9Hoje : com o crescimento da soja, há forte pressão fundiária e problemas, entre outros, de sobrepastagem. 9Conclusão :processos erosivos acelerados; merece grande atenção, pois abriga numerosos afluentes do rio Xingu e é também uma das principais reservas indígenas da Amazônia legal. Ainda assim, neste vale do Araguaia, a presença das instituições governamentais é rara ... II – SUDOESTE GOIANO – SOBRETUDO SERRANÓPOLIS Indicadores de instabilidade de voçoroca assoreamento Movimentos de Massa Gleissolo enterrado Fotos: acervo LABOGEF EVOLUI ASSIM e no talude lateral piping movimento de massa na cabeça freático livre piping piping assoreamento FENÔMENOS ASSOCIADOS AO TIPO 1 ARENIZAÇÃO = desertificação antrópica ou induzida na área de contribuição da voçoroca Grandes areais no sudoeste goiano Fotos: Acervo LABOGEF Fotos:Acervo LABOGEF COALESCÊNCIA DE RAVINAS E VOÇOROCAS DE GRANDE PORTE, ESTAS C/ ABATIMENTOS ASSOCIADOS (ALTA ATIVIDADE) Fotos: acervo LABOGEF Integração do modelo solo-clima-relevo no SW Goiano e risco à erosão Água Nula Ligeira Moderada Forte Muito Forte Extremamente Forte Fonte:Reis et al, 2006 Alta bacia do rio Araguaia FOCOS EROSIVOS LINEARES DE GRANDE PORTE Obs : 308 FOCOS pontos Vermelhos (IEL=0,005/km2) Fonte: SANTANA, 2006. extremo sul Solo s LEGENDA 30,00% NEOSSOLO Quartzarênico álico NEOSSOLO Quartzarênico distrófico CAMBISSOLO álico CAMBISSOLO distrófico CAMBISSOLO eutrófico NEOSSOLO Quartzarênico hidromórfico álico NEOSSOLO Quartzarênico hidromórfico distrófico GLEISSOLOS LATOSSOLO Vermelho álico LATOSSOLO Vermelho distrófico LATOSSOLO Vermelho Amarelo distrófico Classes de solosARGISSOLO Vermelho álico ARGISSOLO Vermelho distrófico LATOSSOLOS Vermelho ARGISSOLO Vermelho eutrófico NEOSSOLO Litólico distrófico LATOSSOLOS Vermelho- Amarelo NEOSSOLO Litólico eutrófico PLINTOSSOLO álico NEOSSOLOS 25,00% Quart zarênicos Drenagem Limite da Bacia 20,00% (%) 15,00% NEOSSOLOS LITÓLICOS NEOSSOLOS Quart zarênicos hidromórf icos ARGISSOLOS 10,00% 5,00% CAM BISSOLO 0,00% Classes de 1 solos GLEISSOLOS PLINTOSSOLOS Erodibilidade moderada a forte... Epicentros de chuvas coincidem com concentração de focos em áreas sensíveis Erosões Fonte: SANTANA, 2006. Primavera-verão é problemático Fonte: Santana, 2006 2.000 E rosividad e 1.800 (MJ. mm h -1 h a-1) 1.600 1.400 Erosividade sazonal da chuva alta bacia do rio Araguaia. 1.200 1.000 800 600 400 200 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Me s es Erosividade mensal da chuva - alta bacia do rio Araguaia. Extremo sul Uso e Ocupação das Terras da Alta Bacia do Rio Araguaia para o ano de 2003. As pastagens são problemáticas Distribuição das classes de uso e ocupação na alta bacia do rio Araguaia para o ano de 2003. Fonte: FARIA< 2006, Imagem Landsat ETM7+ (2003) Manejo e Conservação do Solo numa abordagem consagrada em Agronomia 9conjunto de técnicas agrícolas de: preparo do solo, plantio, cultivo e colheita, preventivas de riscos aos solos e água (fatores de produção); TIPOS MECÂNICAS: CURVAS DE NIVEL, TERRACEAMENTO... EDÁFICAS: CORREÇÃO, ADUBAÇÃO...; VEGETATIVAS: DE COBERTURA DO SOLO...; PARA UM ESTUDO GEOGRÁFICO É PRECISO IR ALÉM: ANALISAR OS POTENCIAIS DE USO E AS RECOMENDAÇÕES DE MANEJO MAS CONSIERANDO O HISTÓRICO PARA COMPREENDER AS CAUSAS A PARTIR DOS CONFLITOS PARA ENTENDER SE É USO E/OU MANEJO A ORIGEM DOS DESEQUILÍBRIOS IDENTIFICANDO EVENTOS, DANOS E PERDAS SOFRIDAS AVALIAR A ÁREA FOCADA COMO UM AGROSSISTEMA SITUADO NO(S) TEMPO(S) E ESPAÇO(S) EM QUE SE INSERE (TERRITÓRIOS, PAISAGENS), COM SEUS FLUXOS E REDES INTERNOS E EXTERNOS E PROCESSOS NUM MUNDO GLOBALIZADO EM URBANIZAÇÀO ACELERADA NUMA CONDIÇÃO PÓS-PÓS-PÓS MODERNA AVALIAR O ESPAÇO URBANO DA MESMA FORMA COMO ÁREA FOCO DE RECEPÇÃO DE GRANDES CONTIGENTES HUMANOS PRESSIONANDO O MEIO FÍSICO E BIÓTICO AVALIAR CUSTOS E BENEFÍCIOS SOCIOAMBIENTAIS DAS AÇOES VELHAS E NOVAS EM TERMOS DE SUAS METODOLOGIAS E CENÁRIOS POSSÍVEIS (ALTERNATIVOS) PARA A TOMADA DE DECISÃO QUE ENVOLVERÁ ESCALAS MAIS ABRANGENTES PROPOR (RE)ORDENAMENTOS CULTURALMENTE ACEITÁVEIS, SOCIALMENTE MAIS JUSTOS E AMBIENTALMENTE DURÁVEIS MONITORAR E AVALIAR CONTINUAMENTE (OBSERVATÓRIOS) O princípio do método deve ser cada vez mais sistêmico complexo: geoecohidrológico CONCEITOS-CHAVE SUGERIDOS 9 Fatores ambientais 9Impactos ambientais 9 Potencial de uso e manejo das terras 9 Conflitos de uso e manejo e sua valoração (perdas, danos e passivos ambientais) 9 Funcionamento atual e riscos (modelagem) 9(Re)ordenamento (intervenção) Fator ambiental Qualquer fator que exerce influência direta ou indireta sobre um indivíduo ou espécie, sobre a densidade de populações e suas reações adaptativas no tempo e no espaço (na sua distribuição geográfica). Podem ser abióticos (clima, solo, água, fogo) e bióticos, nas suas interações intra-específicas (população) ou inter-específicas (comunidade) IMPACTOS AMBIENTAIS Efeitos de ações ANTRÓPICAS sobre o meio físico* e biótico** capazes de alterar as condições existentes dos ecossistemas; em geral são negativos pois causam desequilíbrio (adap. Res. CONAMA). RISCOS AMBIENTAIS: ALGUMAS QUESTÕES QUE SE COLOCAM RISCO DO QUE E PRA QUEM? ⇒ CONCEPÇÃO SOCIETAL (ANTRÓPICA) ⇒ CONCEPÇÃO ECOLÓGICA (QUALQUER COMUNIDADE) RISCO PORQUE? ⇒ CAUSAS DE NATUREZA GEOAMBIENTAL: SUSCETIBILIDADE ⇒ CAUSAS DE NATUREZA SOCIOABIENTAL: CONFLITOS DE USO/MANEJO, VULNERABILIDADES, FRAGILIDADES COMO AVALIAR E CONTROLAR OS RISCOS? ⇒ METODOLOGIAS DE AVALIAÇÃO E PLANOS/PROJETOS DE CONTROLE PREVENTIVO E CORRETIVO É NECESSÁRIO CONTROLAR OS RISCOS? ⇒ SIM, PARA O USO DURÁVEL DOS GEOAMBIENTES E DA VIDA EM GERAL DANOS AMBIENTAIS Impactos Ambientais já causados ao ambiente humano e à biodiversidade em geral PASSIVO AMBIENTAL Valor monetário em geral composto de 3 itens: multas, dívidas, ações, taxas e impostos devido inobservância das leis; custos de implantação de procedimentos e tecnologias para o atendimento às não conformidades constatadas; dispêndio para recuperação da área degradada e indenizações à população afetada UMA PALAVRINHA SOBRE RISCOS AMBIENTAIS E RISCOS GEOLÓGICOS RISCO- POSSIBILIDADE DE OCORRÊNCIA DE UM ACIDENTE (EVENTO COM PERDAS E DANOS) ♦ RISCOS NATURAIS –DA NATUREZA, INDEPENDEM DA AÇÃO ANTRÓPICA E PODEM SER FÍSICOS OU BIOLÓGICOS ♦ RISCOS GEOLÓGICOS - SÃO NATURAIS (ENDÓGENOS OU EXÓGENOS) ♦ RISCOS TECONOLÓGICOS E SOCIAIS - DERIVAM DA SOCIEDADE E CULTURA UM FENÔMENO GEOLÓGICO PODE OU NÃO CAUSAR PERDAS E DANOS: RISCOS AMBIENTAIS- QUE AFETAM O AMBIENTE, NA ORIGEM PODEM SER: TECNOLÓGICOS, NATURAIS E SOCIAIS ACIDENTE - SE HOUVER PERDAS E DANOS SOCIAIS E ECONÔMICOS EVENTO - SE NÃO HOUVER PERDAS E DANOS SOCIAIS E ECONÔMICOS SUSCETIBILIDADE POSSIBIIDADE DE OCORÊNCIA DE UM EVENTO SE OS RISCOS AMBIENTAIS são a probabilidade de freqüência esperada de ocorrência de danos (aos geoambientes e à biodiversidade) decorrentes da exposição a condições adversas ou a um evento indesejado (danosos à qualidade de vida), então em que categoria poderíamos situar os riscos para solos? RISCOS EM SOLOS 1. RISCOS NATURAIS? (EROSÃO,DESERTIFICAÇÃO ETC?) FÍSICOS, GEOLÓGICOS E EXÓGENOS COM PERDAS E DANOS À GEODIVERSIDADE; BIOLÓGICOS ASSOCIADOS À FAUNA E/OU FLORA COM PERDAS E DANOS À BIODIVERSIDADE; 2. RISCOS TECNOLÓGICOS? (CONTAMINAÇÕES/POLUIÇÃO) PERDAS E DANOS NA FUNÇÃO ECOLÓGICA DEVIDO VAZAMENTOS E DERRAMAMENTOS, RADIAÇOES ETC 3. RISCOS SOCIAIS? (ÊXODO, DOENÇAS, FOME ETC ) PERDAS E DANOS DE ÁREAS AGRICULTÁVEIS OU URBANAS EM CONSEQUÊNCIA DA DEGRADAÇÃO DO SOLO (“REFUGIADOS AMBIENTAIS”) ...SE OS SOLOS SÃO FATOR AMBIENTAL, DE PRODUÇÃO OU DE ASSENTAMENTO... ...ENTÃO OS RISCOS AMBIENTAIS DOS SOLOS SÃO TANTO FÍSICOS, COMO TECNOLÓGICOS E SOCIAIS!!! NÃO APENAS GEOLÓGICOS. PORTANTO, SE SOLO NÃO PODE MAIS SER VISTO APENAS COMO ALVO DE RISCO AGRÍCOLA OU GEOLÓGIO, ENTÃO A IDÉIA DE MANEJO E CONSERVAÇÃO SO SOLO TEM QUE SER AMPLIADA PARA MANEJO E CONSERVAÇÃO AMBIENTAL. E COMO ISSO PODE SER BEM ESTUDADO GEOGRAFICAMENTE ??? A geografia não trabalha com manejo e conservação de solos como os agrônomos...e sim mais como os geólogos...porém para compreender os fenômenos e sua distribuição através da espacialização dos impactos ambientais e dos riscos ambientais (estes derivados dos conflitos entre suscetibilidades e de uso ) PARA MUITOS GEÓGRAFOS, IMPACTO AMBIENTAL TEM SIDO UMA CATEGORIA DE ANÁLISE EM GEOGRAFIA, MAS AGORA FALA-SE EM OUTRA, A DE RISCO AMBIENTAL, NUMA CONCEPÇÃO ESPACIAL: A DENOMINADA “GEOGRAFIA DOS RISCOS” DO QUE TRATARIA A: “ GEOGRAFIA DOS RISCOS” COLOCA O ASSUNTO EM TERMOS DE ESPAÇOS DE RISCO, PORÉM ADMITE CONCEPÇÕES DISTINTAS DE ESPAÇO: 9APENAS FÍSICO, OBJETO DE MAPEAMENTOS MUITO FACILITADO PELO GEOPROCESSAMENTO (SIG); 9SOCIETAIS (MAIS ABRANGENTES)- NUM CONTEXTO PÓS-MODERNO, DE UMA SOCIEDADE DE RISCO. GEOGRAFIA DE RISCOS (GEOGRAFIA APLICADA A CATEGORIAS DE ANÁLISE GEOGRÁFICA PARA AVALIAÇÃO DE RISCOS E PLANEJAMENTO AMBIENTAL) METODOLOGIAS MAIS UTILIZADAS 9DA GEOLOGIA 9 DA AGRONOMIA 9 DO SENSORIAMENTO REMOTO 9DA GEOCARTOGRAFIA (DENOMINADA DE AMBIENTAL E,OU GEOTÉCNICA) ETAPAS USUAIS EM ESTUDO DE IMPACTOS E RISCOS AMBIENTAIS DE UMA CATEGORIA DE ANÁLISE GEOGRÁFICA E DE SEUS GEOAMBIENTES AVALIAÇÃO GEOAMBIENTAL AVALIAÇÃO GEOESPACIAL AVALIAÇÃO GEODINÂMICA SENC. REMOTO E GEOCARTOGRAFIA ANÁLISES DE MATERIAIS , PROCESSOS E MONITORAMENTOS INTERPRETAÇÃO INTEGRADA E PREDIÇÃO (RE) ORDENAMENTO DE USO/MANEJO AVALIAÇÃO GEOESPACIAL PARA MANEJO E CONSERVAÇÃO AMBIENTAL OBJETIVOS CONSERVAÇÃO CONSERVAÇ CONSERVAÇÃO SUSTENTABILIDADE SUSTENTABILIDADE MICROBACIA UNIDADE BÁSICA LEVANTAMENTO DOS DOS LEVANTAMENTO RECURSOSNATURAIS NATURAIS RECURSOS INTEGRAR DADOS INTEGRAR DADOS SIG POTENCIALDE DEUSO USO POTENCIAL APTIDÃODE DEUSO USO APTIDÃO Clima Clima Água Água Geolog.a Geolog.a Geomorfolgia Geomorfolgia Pedol. Pedol. Cob.Veget Cob.Veget . .atual Uso Uso atual CONFlITO/RECOMENDAÇÃO CONFlITO/RECOMENDAÇÃO (RE)ORDENAMENTO (RE)ORDENAMENTO SUGESTÃO DE FLUXOGRAMA PARA APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS PRRA SUGESTÃO DE FLUXOGRAMA PARA APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS PRRA MANEJO E CONSERVAÇÃO AMBIENTAL MANEJO E CONSERVAÇÃO AMBIENTAL Fonte: Adap. deALVES et al, 2003 AVALIAÇÃO GEODINÂMICA PARA MANEJO E CONSERVAÇÃO AMBIENTAL- EXEMPLOS ATRAVÉS DE ENSAIOS E MONITORAMENTOS: - GEOECOHIDROLÓGICOS PARA COMPORTAMENTO/FUNCIONAMENTO PEDOLÓGICO, GEOMORFOLÓGICO, HIDROLÓGICO, GEOTÉCNICO - DE USO E MANEJO DE SOLOS E ÁGUA EM ÁREAS AGRÍCOLAS - DOS PROJETOS DE CONTROLE PREVENTIVO E CORRETIVO ATRAVÉS DE ESTUDOS DOS FRAGMENTOS REMANESCENTES DOS BIOMAS E SUAS RELAÇÕES ,COM OS USOS DO ENTORNO - DAS ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA CONSERVAÇÃO E DAS APP E RL - DOS CORREDORES ECOLÓGICOS PARA RECOMPOSIÇÃO AMBIENTAL VISANDO CONSERVAÇÃO E SUBSEQUENTES MODELOS! AVALIAR RISCOS É PRECISO!!! PARA IMPLEMENTAR POLÍTICAS DE PREVENÇÃO VOLTADAS PARA A QUALIDADE DE VIDA NAS ESCALAS REGIONAIS E LOCAIS! Obrigada!