Copa do Mundo: saúde ocular do jogador do futebol deve estar em

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Copa do Mundo: saúde ocular do jogador do futebol deve estar em dia
Detalhe: até aquele momento, Pelé nunca havia feito um exame oftalmológico. O técnico acreditava
que, quando um jogador ficava muito tempo em um determinado segmento do campo, era porque ele
não enxergava direito... Esta é uma das muitas histórias que fazem parte do repertório brasileiro de
participação em Copas do Mundo. Neste ano, sob o comando de Dunga, o Brasil estréia na Copa do
Mundo no dia 15 de junho, em Joanesburgo, contra a Coréia do Norte, no estádio Ellis Park. No dia
20 de junho, o Brasil encara a Costa do Marfim, novamente em Joanesburgo, mas no estádio Soccer
City. E encerra sua participação na primeira fase no dia 25 de junho, contra Portugal, em Durban.
Saúde ocular do jogador de futebol
Mas afinal, quais são os pré-requisitos necessários para que o jogador enxergue bem tudo o que se
passa no campo, durante os 90 minutos de jogo? “Para ter uma rápida reação em condições
dinâmicas, os jogadores precisam de percepção periférica, acuidade visual dinâmica e uma boa
coordenação tronco-pé”, afirma o oftalmologista Virgilio Centurion, diretor-clínico do IMO, Instituto
de Moléstias Oculares.
Para ser competitivo nos campos de futebol, o jogador precisa garantir o melhor desempenho
possível de todo o seu corpo, inclusive dos olhos. Segundo Centurion, são competências visuais
fundamentais: a sensibilidade ao contraste, que permite que o jogador veja detalhes finos em
situações de variação de luz e de contraste, como os contornos do campo de futebol; a acuidade
visual dinâmica, que faz com que a visão do jogador permaneça tão nítida quando ele corre, como
quando está parado, possibilitando que ele enxergue todos os obstáculos em seu caminho.
E por fim, a flexibilidade focal, que mantém nítido o foco na bola, à medida em que ela se move para
longe ou em direção ao jogador. “Pela complexidade da profissão e pela responsabilidade que
carregam, o exame oftamológico preventivo e corretivo deve ser uma prática rotineira para os
jogadores de futebol”, defende o oftalmologista Eduardo De Lucca, que também integra o corpo
clínico do IMO.
Segundo o médico, um dos fatores importantes para o bom desempenho do jogador de futebol é que
ele eduque sua visão. “No futebol, o chute é feito com ‘os olhos’, que envia a mensagem ao cérebro,
que comanda os músculos e determina o que o corpo deve fazer e quando fazer“, afirma Eduardo de
Lucca.
“O reflexo se apresentará mais rápido e a jogada poderá ser mais criativa, quanto mais o jogador de
futebol se atentar para a importância da visão periférica”, explica o médico, que também recomenda
que os atletas pratiquem outros esportes que exijam rapidez no processamento visual, como tênis de
mesa, squash e a prática de embaixadinhas.
Cuidados com os olhos
As lesões oculares decorrentes da prática de esporte são mais comuns do que imaginamos. Nos
Estados Unidos ocorrem, em média, 100 mil casos de acidentes por ano. Por lá, o golfe e o baseball
são os esportes mais praticados, juntos, representam 14% de todos os atendimentos de perfurações
oculares. No Brasil, não há estatísticas oficiais. Entretanto, é bom reforçar que a responsabilidade
de segurança na prática esportiva cabe ao atleta, ao treinador, ao oftalmologista – nos casos de
trauma ocular – e ao médico do esporte.
“A bola de futebol pode causar lesões na órbita, nas pálpebras ou no globo ocular. O contato físico
entre os jogadores também causa lesões”, afirma De Lucca. Temos exemplos de jogadores que
apresentaram contusões oculares sérias, como Tostão, que teve descolamento de retina, e Viola, com
fratura de órbita.
Condições como alto grau de miopia, trauma ocular prévio, infecção e antecedente de cirurgia
ocular aumentam o risco de dano causado por trauma.
Jogadores que se submeteram a cirurgias do tipo transplante penetrante de córnea, filtrante para
glaucoma, catarata e ceratotomia radial devem ser cautelosos ao voltar ao trabalho. Todo atleta que
apresente qualquer uma das condições deve receber informações a respeito dos riscos da volta aos
campos. É preciso orientar este profissional sobre a prática segura do futebol.
“Uma boa saída é voltar a jogar usando óculos apropriados para a prática de esportes. As lentes e
armações para os óculos esportivos devem apresentar alta resistência ao impacto, além de proteção
contra raios ultravioleta A, o UVA, e ultravioleta B, o UVB. Essas lentes precisam ter espessura
mínima de 3 milímetros e central de 1 milímetro, para fornecer proteção adequada. A qualidade
óptica também é importante, em especial nos esportes que exigem precisão, como o futebol”, explica
o oftalmologista Eduardo De Lucca.
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