1. Shannon e Weaver Há 3 níveis de problemas na comunicação: A

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1. Shannon e Weaver
Há 3 níveis de problemas na comunicação:
A - técnico: com que precisão se podem transmitir
símbolos da comunicação
B - semântico: com que precisão os símbolos
transmitidos são recebidos com o significado desejado
C - pragmático: com que eficiência o significado
recebido afecta a conduta do receptor no sentido
desejado
2. Funções linguagem
2.1. Funções da linguagem segundo Jakobson
- Função expressiva (1ºpessoa - eu, nós): fonte ou
emissor – exprimir sentimentos e intenções, provocar
um comportamento no interlocutor
- Função descritiva
- Função interrogativa: resposta informativa
- Função apelativa: pedido
- Função imperativa: acção através de uma ordem
- Função conactiva/injuntiva (2ªpessoa - tu, vos):
receptor e destino;
- Função descritiva/referencial (3ªpessoa - ele, eles):
referente (o que as mensagens dizem) – descrever
coisas, estados de coisas no mundo;
- Função metalinguística/ metacomunicativa: código –
relação com significados das expressões usadas,
entendimento sobre a comunicação e signos utilizados;
- Função poética: mensagem - sequenciar ritmo dos
signos, seus contraste e semelhanças;
- Função fáctica: canal – relação com a capacidade dos
interlocutores melhorarem o seu contacto, manter em
aberto a possibilidade de comunicação;
- Função argumentativa/ encantatória
3. Consulta/ entrevista
3.1 Resultado entrevista: história clínica (forma
escrita do raciocínio medico)
3.2 Anamnése:
- Recolha dados demográficos
- Audição do doente
- Esclarecimento dos sintomas e outras informações
3.3 Exame objectivo: médico dá as informações
necessárias ao doente incluindo prescrição terapêutica
3.4. Fases
3.4.1. Função fáctica e metacomunicativa (partilha
de um canal e do código entre receptor e emissor):
estabelecimento da relação
- Função metacomunicativa – mais importante/utilizada
pelo medico do que pelo doente. Linguagem médica
tem códigos específicos e o doente, raramente, tem
acesso a eles. Doente usa linguagem de acordo com
os códigos da sua cultura que se supõe universais,
como tal é preciso decifra-los.
- Função fáctica – “quebrar gelo”, desfazer tensão
emocional
3.4.2 Anamnese: funções expressiva e descritiva
(doente)
- Doente utiliza função expressiva da sua linguagem
(validade: sinceridade)
- Médico consegue quadro geral dos sintomas,
necessário para a orientação de um diagnóstico
3.4.3. Exame Objectivo: confirmação de hipoteses
- Comunicação não-verbal
- Aspecto mágico do toque
- Descrição do que se faz
3.4.4 Prescrição: função injuntiva e descritiva (médico)
- Emissão de mensagens pelo médico: doente exige do
médico a utilização de uma linguagem descritiva
- Atitudes necessárias: prudência, contenção verbal,
franqueza amistosa, uso de termos científicos, clareza
- Último tempo de entrevista – prescrição (exames,
entrevistas complementares, tratamentos físicos,
cirúrgicos ou farmacológicos, simples conselhos):
função injuntiva da linguagem
3.4.5. Função fáctica: encerramento / cerimonial
despedida
- Aperto de mão (comunicação não-verbal)
- Abrir contacto futuro
-Última mensagem
4. Como tomar notas
- Início da entrevista, antes da relação estar definida
- Modo discreto e nao ignorar o doente
- Final da fase descritiva, final do exame objectivo
5. Informação, signos, significados e sentidos
5.1. Informação: Duplo sentido
- In-formação/ enformação – dar forma
- Informação propriamente dita – adquirir conhecimento
5.2. Signos, ícones, índices e símbolos
- Signos: forma concreta cujo padrão é directamente
perceptível pelos sentidos humanos; representante de
um objecto o mundo
- Ícones: semelhança com os referentes (semelhante à
metáfora)
- Índices: relacionam-se com os referentes pela
continuidade espácio-temporal
- Símbolos: significado e referentes apenas para
convenção e hábito
6. Sinais e sintomas
- Sinais+Sintomas = Síndromes
6.1.Sinal: manifestações objectivas de doença e
disfunção
6.2. Sintoma: manifestações subjectivas referidas pelo
doente
7. Axiomas da comunicação
7.1. Inevitabilidade vs. Comunicação
- Comportamento apreendido por um receptor que
pode ser por este entendido com um significado: forma
de comunicação
- Aceitação, rejeição, desqualificação do sintoma
7.2. Níveis de conteúdo e comunicação
- Toda a comunicação tem o aspecto de conteúdo e um
aspecto de relação, tais que o 2º classifica o 1º, em
metacomunicação
- Confirmação, rejeição, desconfirmaçao (efeito mais
devastador sobre o emissor), impermeabilidade e
paradoxos
7.3. Pontuação
- Qualquer sequência comunicativa/ mensagem tem
um significado de acordo com os cortes ou pontuações
que nela se executarem (separação entre palavras e
frases; extensão do gesto que se considera
significativo; conjunto das imagens que se devem
considerar como parte da comunicação)
7.4 Comunicação analógica digital
7.4.1 Comunicação digital (verbal):
- Mensagens descontínuas e discretas: o interlocutor
alterna entre emissor e receptor. Signos são enviados
e recebidos, tendo o receptor que depois de os
combinar segundo as regras sintácticas e semânticas,
para reconstituir o significado intencionado pelo
emissor. Objectivo: não haver ambiguidade na
interpretação.
- Necessidade de pontuação das mensagens
7.4.2. Comunicação analógica (não-verbal)
- Inexistência de regras para a sua codificação
- Comunicação não pontuada
- Comunicação continua
- Ambiguidade
7.5. Simetria e complementaridade
7.5.1. Interacções simétricas: levam à igualdade dos
interlocutores que se relacionam por partilha de
aspectos comuns. Tendem a competir e a romper a
relação.
7.5.2. Interacções complementares: levam à
cooperação entre os interlocutores. Tendem a tornar-se
diferentes e a separarem-se por nada mais terem em
comum.
8. Proxemia
- Gestão das distâncias entre interlocutores.
1) Espaço íntimo: até 40cm
2) Espaço inter-pessoal: 40cm/1m – própria da relação
medico doente
3) Espaço social: 2/3m – relações de poder entre
interlocutores
4) Espaço público: > 4m – discurso
9. Relação medico-doente
- Assimétrica e complementar a nível comportamental:
interlocutores não estão ao mesmo nível (conteúdos
diferentes)
- Simétrica a nível de conteúdo: o médico tenta
compreender o doente, colocar-se na sua posição; esta
não deve atingir o nível da relação - médico perde
eficácia e a relação terapêutica acaba por se desfazer.
10. Análise transaccional
- Existência de 3 estados do “eu” em cada ser humano
que se relacionam com os papeis familiares:
a) Criança: espontânea (prazer/jogo gratuito); adaptada
(deseja agradar e portar-se bem, mas ingenuamente)
b) Pai: critico (juízos de valor, normas sociais, castiga e
recompensa); dedicado (protecção, entrega e
aceitação)
c) Adulto: virado para a realidade, gerindo
comportamentos adequados; estabelece o equilíbrio
entre os outros 2 estados
11. Papéis e atitudes medico-doente
11.1. Função crítica (pai critico): controlar o grupo e
definir os seus limites; valorizar o desempenho
individual
11.2. Função protectora (pai dedicado): implica ajuda
e solidariedade aos elementos em dificuldade; contribui
para a segurança e nivelação dos elementos do grupo
11.3. Função informativa (adulto): fazer previsões e
dar opiniões; orientação estratégica do grupo
11.4. Função executiva (criança adaptada):
especialização em tarefas adequadas aos interesses
do grupo
11.5. Função de animação (criança espontânea):
coesão e manutenção do grupo; centro das atenções
12. Papel médico
- Função protectora: pai dedicado
- Segurança às pessoas
- Parte posicional: lugares onde se prestam cuidados
de saúde, vestuário utilizado, ícones associados ao
médico
- Parte comportamental: apreendida e treinada
13. Papéis familiares
- Pai: função crítica e reguladora (pai crítico)
- Mãe: função protectora (pai dedicado)
- Filho: função de animação - actividade lúdica,
espontânea (criança espontânea); função executiva respeita as ordens dos pais (criança adaptada)
14. Perturbações da personalidade
- Paranóide: abuso do estado do pai crítico
- Obsessivo: adulto
- Histriónica: criança espontânea/ histérica, centro das
atenções
- Fóbica/ evitante: criança adaptada
- Depressão: pai dedicado, resultado de não saber
dosear a actuação dos diferentes estados
15. Papel doente
- Papel tradicional: criança adaptada
- Redução dos horizontes, egocentrismo, dependência.
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