Departamento de Geografia O processo de Metropolização do Espaço do Rio de Janeiro – As mudanças no cenário carioca diante dos Megaeventos e suas influências nos bairros da Zona Oeste do Rio de Janeiro1 Aluna: Thatiana Moreira Montenegro da Costa Orientador: Alvaro Ferreira Introdução A Metropolização [3] é um processo que por muitos anos foi ligado exclusivamente à metrópole, espaço que chega a mais de um milhão de habitantes. Essa definição foi colocada de lado para um discurso moderno, onde este processo guarda uma ligação entre o tripé modernização-progresso-desenvolvimento. No entanto, como visto em FERREIRA (2011), essa tendência a uma homogeneização não se realiza sem tensões e conflitos. A partir de LECIONI [4], podemos acrescentar que, a metropolização do espaço se constitui num processo socioespacial que metamorfoseia (não se tratando de uma simples transformação, mas, de uma verdadeira metamorfose), implicando profundas alterações na estrutura e na natureza, o território, sendo parte constitutiva do processo de globalização, não se resumindo às regiões consideradas metropolitanas, bem como no seu interior. A cidade do Rio de Janeiro, desde o fim da década de 1970 [1], chama a atenção de uma área antes deixada de lado por governantes anteriores, a Zona Oeste da cidade. Todavia, apenas no final da década de 1990, com o governo de César Maia e a construção da Linha Amarela, oficialmente Avenida Governador Carlos Lacerda, é que novos empreendimentos, como shoppings, centro comerciais, bancos e áreas de lazer, a classe com maior renda segue em direção a essa “nova região”, a Zona Oeste. O presente trabalho tem como intuito principal, focar nas transformações na cidade do Rio de Janeiro, como consequência dos grandes eventos esportivos que estão previstos para se realizarem em 2014 e 2016. 1 Parte deste trabalho foi apresentado no XVII Encontro Nacional de Geógrafos – ENG 2012, que ocorreu em Belo Horizonte; Departamento de Geografia A realização desses megaeventos, inicialmente previstos para acontecerem em 12 capitais, sendo o Rio de Janeiro a que está mais em voga nas mídias sociais, constituem o final de uma trajetória a uma nova concepção de cidade e de planejamento urbano no território brasileiro, novamente com ênfase na Cidade Maravilhosa. Momento este “inaugurado e enraizado” [10] no governo César Maia. O momento fundador e simbólico para esta concepção da cidade foi a elaboração do Plano Estratégico da Cidade do Rio de Janeiro (PECRJ), entre 1993-1994. A Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) e a Federação das Indústrias (FIRJAN) firmam um acordo para a promoção do PECRJ, e 46 empresas e associações empresariais instauram o Consórcio Mantenedor do PECRJ. Desse processo, nasceram a candidatura de Luiz Paulo Conde e a primeira candidatura da cidade à sede olímpica, que contou com a consultoria catalã. “Os mesmos catalães que retornaram, em 2010, para uma vez mais nos ensinarem a fazer a Cidade Maravilhosa uma Barcelona dos trópicos2“ [10] Mas, que concepções de cidade submetem a esse processo? Que aliança(s) é essa que hoje, hegemoniza uma cidade por tantos anos carente de qualquer projeto? Para compreender este processo, faz-se necessário a apresentação de uma definição de megaevento, onde segundo Roche (2001) [6], megaeventos seriam eventos de grande porte de importância cultural, comercial e esportiva, e que, além disso, possuem um simbolismo internacional e um forte engajamento popular. “Os grandes eventos esportivos estão na ordem do dia. Em âmbito global, adquiriram, nas ultimas décadas, magnitude antes inconcebível, fruto de extraordinário crescimento no volume de investimentos que atraem a cada edição, tornando-se uma das estrelas principais da atual sociedade do espetáculo. CEBORD ( in VAINER, 2007, p.13) . Ainda nessa mesma linha, [6] afirma que estes eventos costumam ser organizados, em geral, em decorrência de algum determinado tipo de governo que se alinhe com organizações internacionais específicas (governamentais ou não), sendo que, “ainda podem ser ditos como importantes elementos nas versões “oficiais” da cultura politica” (ROCHE, 2001). Sob essa perspectiva, os eventos a serem realizados no Rio de Janeiro – a Copa do 2 Às vésperas do Fórum Urbano Mundial, 2010, ocorreu no IAB-RJ (Instituto de Arquitetos do Brasil no RJ) o evento Olimpíadas e a Cidade, com o subtítulo de Conexão Rio-Barcelona. Tal evento recebeu financiamento de grandes empresas espanholas e contou com a participação do ministro dos Esportes, do governador do estado, do [refeito, do ex-prefeito Luiz Paulo Conde e de consultores internacionais. Departamento de Geografia Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 – por adquirirem repercussões nos mercados e mídias globais, são considerados dessa forma, megaeventos. A promoção de eventos tem sido uma das principais estratégias utilizadas pelos gestores urbanos na busca de maior atração de capitais e, além disso, há grande interesse por parte desses gestores, para atração desses eventos com repercussão internacional uma vez que, estes poderão conferir uma imagem [2] “mais qualificada” para a cidade sede. Os governos locais, aliados a instituições internacionais, transformam a cidade em produto, mercadoria, que atrai cidadãos-consumidores e investidores, determinando os canais mais apropriados para a difusão dos chamados “modelos” (modelo de planejamento estratégico). [...] As chamadas cidades-modelo são imagens de marca construídas pela ação combinada entre governos locais, agentes hegemônicos com interesses localizados, agencias multilaterais e redes mundiais de cidades. A partir de centros de decisão e de comunicação que, em fluxos e interações, parecem conformar um campo político de alcance global, esses atores realizam as leituras das cidades e constroem as imagens, tornadas dominantes mediante estratégias discursivas, meios e instrumentos para a difusão e legitimação em variadas escalas. SÁNCHEZ (2009, p. 26). Para abrigar estes eventos, a cidade sede deve apresentar previamente alguns equipamentos diretamente relacionados com o evento em si ou se comprometer a construilos até a data do evento, tais como centro de convenções e hotéis, além de uma adequada infraestrutura de transporte que permita o deslocamento dos participantes do/no evento. Em relação aos transportes, destacam-se a proximidade e a qualidade dos aeroportos, portos e vias expressas, que permitam deslocamentos mais rápidos e seguros entre os principais locais dos eventos. Dessa forma, os eventos olímpicos modernos se tornaram, ao longo do tempo, oportunidades para a realização de transformações urbanísticas [5]. No ano de 2010, a escolha da cidade do Rio de Janeiro como sede dos Megaeventos (como a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016), faz do presente trabalho um estudo dos impactos da construção e da modificação de infraestrutura relacionada à mobilidade urbana, afim de melhor receber os importantes eventos esportivos, como tais mudanças ocorrerão e como essas iniciativas modificarão a cidade, não somente no que Departamento de Geografia tange o sistema de transportes, mas também à questão imobiliária e a vida dos moradores da região. A promoção de eventos [7] tem sido uma das principais estratégias utilizadas pelos gestores urbanos na busca de maior atração de capitais e, além disso, há grande interesse por parte desses gestores pelos eventos com repercussão internacional, uma vez que tais eventos poderão conferir uma imagem “mais qualificada” para a cidade sede. Para abrigar estes eventos a cidade deve apresentar alguns equipamentos diretamente relacionados como evento em si, como centro de convenções e hotéis, além de amenidades culturais e uma adequada infraestrutura de transporte, que permita o deslocamento dos participantes. Desde a candidatura da cidade do Rio de Janeiro para os grandes eventos, expectativas começaram a surgir, relacionadas às melhorias da população como um todo. Entretanto, a partir do momento em que a cidade foi escolhida, as licitações e modificações nos PEUs (Projeto de Estruturação Urbana), foram essenciais para a modificação na estrutura e infraestrutura dos bairros. Mas, o que os transportes e novos parâmetros de habitação trouxeram e podem trazer à população? Quais os possíveis novos perfis dos bairros? O que essa população espera? E o que os eventos podem modificar e desenvolver na realidade? Dessa forma, o trabalho está sustentado na relação da estrutura social, econômica e cultural, no modo de produção e reprodução das relações sociais, metropolização do espaço, direito à cidade e na igualdade desse processo de desenvolvimento. Objetivos O presente trabalho tem como objetivo principal analisar as transformações no espaço e na paisagem da Zona Oeste do Rio de Janeiro, as influências dos Megaeventos que acontecerão na cidade, as influências na questão imobiliária, no possível desconforto dos moradores dos espaços a serem reestruturados e expectativas dos futuros moradores. [...] Nessa jornada fez grandes descobertas. Descobriu que a indústria da pressa asfixiou a tranquilidade, a indústria da informação contraiu a formação de mentes pensantes e a indústria do consumismo sangrou a capacidade de se encantar com a beleza escondida nas pequenas coisas. E, pior, descobriu que ele mesmo, quando era um dos homens mais Departamento de Geografia poderosos do planeta, havia contribuído para acelerar essas “indústrias” e instalar o caos na sociedade. CURY (2010, p.4)3. A partir da emergência de se modernizar a cidade e transforma-la em objeto de desejo para o mundo, o objetivo é demonstrar como os agentes responsáveis pelas transformações urbanas focam suas intencionalidades e analisar a construção da cidade como [7] mercadoria e vitrine para o resto do mundo. Como esses novos simbolismos influenciam na vida dos moradores de longa data da Zona Oeste e quais as expectativas idealizadas para os futuros. Metodologia Os estudos encomendados pelas cidades candidatas apresentam impactos econômicos tão positivos que, acabam servindo de base para justificar os investimentos públicos. A problemática surge na análise de eventos passados que, geralmente não confirmam as previsões iniciais e as cidades-sede acabam ficando com um legado de dívidas e infraestruturas ociosas e de manutenção cara, como nos jogos Pan Americanos ocorridos em 2007 na cidade do Rio de Janeiro, onde vemos um parque aquático (Maria Lenk) construído especificamente para o evento e nos dias atuais estar abandonado. O que mais incomoda foi o discurso dado no final do ano passado em que, esses mesmos agentes que defenderam a construção de tal projeto, hoje, para as competições olímpicas na cidade, dizem não estarem de acordo com o evento e preveem a realização de outro parque aquático, em outra área, ao invés de melhorarem as estruturas do já existente. Buscando, através de consultas bibliográficas, a realização de um levantamento de dados para identificação das transformações que estão sendo obtidas na Zona Oeste da cidade, influenciadas também pelos megaeventos, observaremos os investimentos públicos e privados, especulações imobiliárias e obras para obtenção de infraestrutura dos meios de transportes (coletivos ou não) como Transoeste, Transcarioca, Metrô linha 4, entre outros que estão sendo feitos, tendo como exemplo para essas análises alguns impactos que ocorreram em outros países e as consequências posteriormente a esses eventos. 3 Trecho do livro “O Semeador de Ideia: que atitude tomaria se o mundo desabasse sobre você?”, de Augusto Cury; Departamento de Geografia O Rio de Janeiro, consolidado no século XXI como a cidade dos eventos, é também vista como a cidade dos Negócios para curto prazo. A demonstração desta afirmação é a projeção de investimento público e principalmente privado na cidade de 2011 até 2013.Cabe refletir, [8] se esses investimentos servirão como reais indicadores de desenvolvimento da cidade, na medida em que os mesmos grupos são sempre favorecidos por estas politicas. Esse discurso do legado social, que emerge dos atores responsáveis pela gestão urbana por ocasião dos jogos, não tem dado conta das reais demandas das regiões sujeitas aos impactos dos eventos. A análise dos Jogos Pan-Americanos de 2007, em suas múltiplas dimensões, expôs o resultado irrisório deste discurso. Fernanda Sánchez (2001) afirma que a construção de uma imagem de uma dada cidade é sempre uma construção subordinada a um grupo social que domina a constante produção dos espaços, sendo que, esta imagem procura mostrar que possui um lado social e cultural, através da revalorização de bairros étnicos e centrais, principalmente para atração turística. De acordo com Ferreira (2011) [3], o debate a cerca de um real legado, surge como um direito pelo qual os sujeitos sociais direta ou indiretamente envolvidos lutam. Hoje, a dimensão do legado transcende o víeis social e assume uma demanda socioambiental. Para tanto, a discussão sobre os impactos ambientais também carecem de maior atenção dos gestores da cidade. O “inchaço imobiliário” que ocorre hoje, com a projeção do Rio como a cidademodelo de desenvolvimento, se dá de forma rápida e intensa na Barra da Tijuca, mas principalmente na Zona Sul. Cabe refletir o desfecho deste “boom” imobiliário e as intenções mercadológicas por ocasião de todos os eventos ocorridos e, principalmente, após 2016. O paradigma norteador de progresso vigente atravessa as mais diversas escalas das cidades que disputam o título de global. Neste bojo, os megaeventos esportivos, suas formas infraestruturas e seus projetos urbanísticos são objetos de investigação da Geografia. Através da ciência geográfica surgem possibilidades de investigar esses grandes eventos, que foramessenciais para o discurso de um novo traçado da cidade na figura do inédito alinhamento das três esferas de governo. Departamento de Geografia Sabemos que os reflexos e o legado transcendem o material e cada vez mais necessitam ser considerados no seu viés imaterial. Mascarenhas4 (2007) salienta que é perceptível que tais eventos visam muito mais que o interesse esportivo [5] “(...) os países que almejam sediá-los buscam também notabilidade mundial, pujança turística e econômica”. As três esferas do governo (Municipal, Estadual e Federal) estão unidas e articuladas no propósito de tornar o Rio de Janeiro uma cidade [6] “vitrine” com projeção internacional, atraindo assim investimentos financeiros para a cidade que, igualmente às obras de infraestrutura em andamento, só vão beneficiar locais de interesses das classes dominantes, gerando o aumento da valorização fundiária em áreas nobres em detrimento de áreas menos favorecidas e da população pobre que ocupa esses espaços. Além das promessas de desenvolvimento, crescimento econômico e aumento dos empregos, os projetos, aparentemente bem sucedidos, da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016 geram sérios problemas sociais e econômicos no Rio, como por exemplo, o aumento da desigualdade urbana que se traduz numa cidade dual: com um centro renovado cercado por um mar de pobreza crescente. A representação dos espetáculos esportivos e a divulgação da imagem do Rio de Janeiro como a metrópole do futuro em processo de desenvolvimento servem para “regular” os problemas sociais que estão acontecendo em função da nova gestão territorial da cidade. Cabe contestar os modelos de gestão da cidade em seu viés político administrativo. Os projetos de revitalização da cidade são decididos por atores individuais (município, Estado, empresas e comitês gestores de eventos). Estes implantam novos projetos de traçado à cidade, sem qualquer conexão ou diálogo da sociedade civil e dos poderes locais. Nesta discussão cabe a reflexão do exercício da cidadania plena, que frente aos projetos de desenvolvimento vigente tem pouca ou nenhuma força. “Tomamos os espaços públicos como lugares privilegiados para o embate dos diferentes interesses e necessidades em jogo, o duelo entre os setores hegemônicos e os amplos segmentos marginalizados em relação aos processos decisórios na gestão da cidade: os primeiros formatam e normatizam, ao seu interesse, os espaços da vida pública; os demais, quando podem, se organizam e lutam por uma territorialidade alheia ao 4 Artigo encontrado em http://www.ub.edu/geocrit/9porto/gilmar.htm de 2007; Departamento de Geografia projeto dominante”. Mascarenhas http://www.ub.edu/geocrit/9porto/gilmar.htm (2007). Fonte: A proposta deste fragmento retirado do artigo online de Mascarenhas é uma tentativa de uma breve exposição sobre os aspectos conceituais e técnicos sobre as políticas públicas que encontramos no atual momento na cidade do Rio de Janeiro e seus efeitos no que tange o território da Zona Oeste e como envolvem os moradores antigos e os futuros, que buscam todos os benefícios ditos no chamado City Marketing (SANCHEZ, 1999). Diante da sua atual produção, compreendemos que as transformações que estão acontecendo nos bairros da Zona Oeste carioca, poderão acarretar melhorias para a população, permitindo uma maior integração entre os próprios bairros, que antes eram mais afastados com as áreas consideradas mais centrais, melhorias na estruturação imobiliária, áreas de lazer para atrair a população para essa região. Todavia, traz consigo inúmeras contradições que vem impactando socialmente e ambientalmente essa região. Por ainda estar em desenvolvimento, é prematuro abordar as reais e claras consequências que esse projeto almeja atingir. Entretanto, cabe a nós, que vivemos em um espaço tão plural, questionar se esse suposto desenvolvimento, que se propõe unificar as partes, de fato irá trazer benefícios para a população. Resultados Preliminares O presente trabalho tem como resultado preliminar os altos preços no uso do solo dos bairros presentes na Zona Oeste do Rio de Janeiro, sua repercussão para os antigos moradores e expectativas dos novos, a discussão sobre os novos aparelhos urbanos de transporte e o debate que acabou tomando espaço na mídia a partir da mobilização de algumas associações de moradores ao questionar os novos aparelhos urbanos de transporte. Além do aumento significativo da população residente nos bairros da Zona Oeste e, consequentemente, nas construções residenciais e comerciais localizadas nesta parte da cidade. Diante da atual transformação em toda a cidade, compreendemos que toda mudança poderá acarretar em melhorias para a população. Todavia, traz consigo inúmeras Departamento de Geografia contradições que vem impactando socialmente e ambientalmente os elementos que habitam essa região. Desde os Jogos do PanAmericano, ocorridos também na cidade do Rio de Janeiro, em 2007,é bastante significativo o aumento de unidades construídas (comerciais e residenciais) na região, conforme demonstra o gráfico abaixo. Fonte: elaboração própria. É possível observar também, o aumento no ano de 2010 nos bairros Jacarepaguá e Barra da Tijuca, possivelmente atrelados à candidatura da cidade aos megaeventos. Por ainda estar em desenvolvimento, é prematuro abordar as reais e claras consequências que desse chamado planejamento estratégico poderá atingir. Entretanto, cabe a nós, que vivemos em um espaço tão plural, questionar se esse suposto desenvolvimento, que se propõe a modernizar a cidade, de fato irá trazer benefícios para a população. Departamento de Geografia Referências Bibliográficas 1- ABREU, Maurício de Almeida. A Evolução Urbana do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. IPP, 2008; 2- ARANTES, Otília B. F. Uma estratégia fatal, a cultura nas novas gestões urbanas. IN: 3- FERREIRA, Alvaro. A cidade no século XXI, a segregação e banalização do espaço. Rio de Janeiro, ed. Consequência, 2011; 4- LENCIONI, Sandra. Metropolização do espaço: processos e dinâmicas. Artigo apresentado no I SIMEGER – 2012, PUC-Rio; 5- MASCARENHAS, Gilmar. Megaeventos esportivos, desenvolvimento urbano e cidadania: uma análise da gestão da cidade do Rio de Janeiro por ocasião dos jogos PanAmericanos 2007. http://www.ub.edu/geocrit/9porto/gilmar.htm; 6- ROCHE, Maurice. Mega-events and modernity: Olympics and expos in the growth of global culture. 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