Coração, Bomba Movida a Feijão

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Coração, Bomba Movida a Feijão
Escrito por Dr. Lisias Castilho
Talvez haja algumas pessoas sem alma e sem coração por aí, pelo menos é o que o povo
diz. Como médico devo dizer a você que cada um de nós que estamos vivos temos um
coração batendo dentro do peito. E não é um coração de pedra, mas de carne.
Responda rápido: para que serve o coração? Não, não é para sentir nada e nem para ser
quebrado por uma paixão irresistível. O coração é simplesmente uma bomba. É, infelizmente o
coração é só isso, para desespero dos poetas e dos apaixonados.
O coração é uma bomba como o de sua geladeira. Ele faz circular o sangue por todo o corpo,
como o compressor da geladeira faz circular o gás pela serpentina. A diferença principal é que
a bomba da geladeira é de metal e plástico e o coração é um músculo que jamais se cansa.
Mas o coração não é uma bomba qualquer. É a bomba mais perfeita que existe.
Desde a vida intra-uterina e durante toda uma vida, que pode passar dos 100 anos, o coração
faz o sangue circular por todo o organismo sem parar. Ele bate mais ou menos 80 vezes por
minuto em média durante uma vida. Numa pessoa de 50 anos, por exemplo, o coração já bateu
aproximadamente 2 bilhões de vezes sem parar um só instante. Não há nada que se compare
em eficiência na natureza. Jamais o homem fará uma máquina assim perfeita.
O coração não é exigente como outras bombas. Ele não precisa de tomada elétrica nem de
pilhas ou baterias. Nem de óleo lubrificante. Com arroz, feijão, carne, farinha e um pouco de
carinho ele funciona bem. E reclama muito pouco. Só depois de muitos e muitos anos de ser
maltratado pelo cigarro ou pelas gorduras ou pelos excessos é que ele começa a reclamar por
meio de dores ou de falhas em seus mecanismos.
O Momento Saúde deixa hoje com você um pensamento de Pascal, um gênio francês do
século 17: "O coração tem razões que a própria razão desconhece".
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