06/08/2015 - Distrito LC3

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LIDERANÇA FEMININA
SUA IMPORTÂNCIA NO CONTEXTO SOCIAL
A liderança sempre foi um importante tema no processo de gestão
das empresas, sejam elas dos setores primários, secundários ou terciários,
devido ao importante papel que os líderes desenvolvem na condução e
motivação das pessoas executarem suas tarefas, a fim de alcançarem os
objetivos organizacionais.
Liderar não é tarefa simples, exige paciência, disciplina, humildade,
resiliência, facilidade em comunicar-se, flexibilidade, respeito com as
pessoas e compromisso com as metas propostas pela organização.
A liderança contemporânea é uma liderança humanizada, onde o
respeito pelo indivíduo está em foco e onde o papel do líder pesa mais do
que o papel do gerente. Para a nova geração de líderes, alcançar o sucesso
nas organizações estará cada vez mais relacionado à sua capacidade de
equilibrar as relações humanas e o desempenho corporativo.
Isso significa que o líder deve começar a se perguntar quais valores
fundamentais são os mais importantes, que o motivam, que formam a sua
visão, que dão propósito e significado na sua liderança.
Com o impacto da globalização no mundo o mercado tornou-se
mais exigente e competitivo, fazendo com que as empresas através de um
planejamento estratégico fossem capazes de dar respostas às demandas
do novo mercado. Nesse cenário, o capital humano torna-se o bem mais
valioso das organizações, obrigando-as a investirem em líderes de
qualidade, pois a capacidade intelectual de uma liderança tem papel
fundamental para o sucesso e realização das metas e objetivos da
empresa, afinal, são as pessoas que criam, inovam e sabem usar os
recursos necessários. Valores e crenças aparecem com muita evidência na
gestão de pessoas.
Nesse contexto, a liderança da mulher vem ganhando cada vez mais
espaço, principalmente nas organizações do terceiro setor, onde a
preocupação com o individuo é fundamental, identificando as suas
necessidades, motivando-os a realizarem seus sonhos, promovendo a
união e a cooperação, destacando a capacidade feminina de flexibilidade e
ampla visão sobre o sistema gerencial.
Discutir liderança feminina em pleno século XXI parece
ultrapassado, mas apenas agora as mulheres começam a ser reconhecidas
como líderes eficazes, não apenas para as organizações como também
para toda sociedade, pois a participação da mulher no contexto do
trabalho e os reflexos de sua maneira de pensar, agir e sentir sobre os
fenômenos evidenciados no cotidiano da vida diária atingem uma
dimensão bem maior do que se imagina.
Historicamente, a liderança tem sido prerrogativa masculina, porém
é muito provável que características femininas de gestão, como
cooperação, colaboração, persistência, flexibilidade, humildade, suportar
condições impróprias, criatividade, estabilidade emocional, sejam tão
importantes quanto ao serem comparadas com o estilo masculino,
principalmente em ambientes organizacionais contemporâneos, onde a
qualidade do relacionamento humano é altamente valorizada.
Esta claro que nas organizações atuais líderes homens e mulheres
podem contribuir de maneiras diferentes e agregar resultados também
diferentes. A liderança feminina pode ser vista como interativa,
colaborativa, democrática e fortalecedora de pessoas, enquanto a
masculina como comando-controle, envolvendo assertividade em
autoridade e acumulação de poder.
Estudos mostram que homens em geral, são inclinados a
desenvolverem estilos de liderança antigos, mais orientados para as
tarefas e para as organizações (autocrático), enquanto as mulheres focam
em uma liderança de mudanças, de quebra de paradigmas, de forma de
não tomar o poder nas mãos, mas sim compartilhar o poder,
principalmente nos processos decisórios (democrático).
A conceptualização teórica sobre liderança tem evoluído
acentuadamente, destacando-se principalmente as noções de liderança
transformacional e transacional.
Liderança transformacional pode ser definida como a liderança por
pessoas que introduzem mudanças na sociedade ou nas organizações,
provocando motivação, comprometimento e participação dos liderados,
resultando na transformação de todo grupo em torno de novos objetivos.
A liderança transacional caracteriza-se por apenas compatibilizar e
harmonizar os objetivos dos liderados, através de simples troca e na base
de coordenação de interesses e negociação de conflitos.
Ambos os processos são necessários, dependendo do contexto: a
liderança transformacional é mais adaptada a tempos de mudança ou na
fundação das organizações, enquanto a transacional é mais indicada para
períodos de evolução lenta e ambientes organizacionais estáveis.
Estudos realizados sugerem que o líder feminino adote o estilo
predominantemente transformacional e o líder masculino um estilo
marcadamente transacional.
O equilíbrio entre as características da sensibilidade feminina e a
assertividade masculina deve estar presente nas empresas
contemporâneas e em seus líderes, independente do gênero e o estilo a
ser adotado, com o objetivo de alcançar o sucesso organizacional.
Diante do exposto, fica muito evidente o crescimento e a
participação do perfil feminino de liderar nas organizações
contemporâneas, levando as mulheres a ocuparem um grande espaço no
mercado de trabalho. Porém, esse espaço é predominantemente no
mercado laboral, pois ao nível de cargos de gestão essa evolução tem sido
modesta.
De acordo com o Sebrae nos últimos dez anos, o número de
mulheres que comandam pequenos negócios no Brasil aumentou 21,4%,
enquanto que os índices de homens foi de 9,8%. Outro número do Sebrae
aponta que 52% dos novos negócios com menos de três anos e meio de
atividade têm mulheres no comando. Na outra ponta da pirâmide
econômica no segmento das grandes empresas, as mulheres representam
somente 0,2%. Atualmente uma em cada quatro famílias brasileiras é
chefiada por mulheres.
Em que pesem as conquistas já auferidas pelas mulheres e
movimentos sociais feministas, a realidade evidencia que fatores culturais
baseados no patriarcado, privilegiando e valorizando mais os homens,
para colocar em segundo plano as mulheres e suas contribuições, são tão
fortes, que passados décadas e apesar de muitas vitórias no que se refere
à obtenção de leis favoráveis as mulheres e a visibilidade do papel
fundamental que elas desempenham na sociedade, a tão equidade de
gênero ainda não aconteceu.
Dentro do movimento leonístico, também se procura essa equidade
de gêneros, assim a nossa associação vem trabalhando para que no ano
do Centenário (2017) possamos alcançar essa meta. Esse texto foi escrito
no intuito de incentivar e motivar os dirigentes leonísticos a trabalharem
para o aumento do número de companheiras leão dentro do quadro
associativo dos clubes, fazendo-as ocuparem cada vez mais cargos
diretivos, confiando na força e na capacidade da liderança feminina.
IPDG CL Eduardo Jacob
Distrito LC 3
Educação, Forma, Transforma e Integra
AL 2013-2014
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