75% dos novos escritórios já estão tomados

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ID: 69611563
20-05-2017 | Economia
Tiragem: 88200
Pág: 29
País: Portugal
Cores: Preto e Branco
Period.: Semanal
Área: 28,20 x 19,98 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
75% dos novos escritórios já estão tomados
São apenas seis
os edifícios novos
de escritórios
que vão estar
concluídos
nos próximos
dois anos
6
novos (ou renovados) edifícios
de escritórios vão surgir nos
próximos dois anos em Lisboa
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FOTO JOSÉ CARLOS CARVALHO
Lisboa está na moda e não só
no turismo, também na fixação de novas empresas que se
querem instalar no centro da
cidade. A realidade, porém,
é que há procura mas não há
oferta de espaços no mercado
de escritórios. E prova disso
são os números apurados no
mais recente relatório da consultora Aguirre Newman: dos
seis novos projetos que vão entrar no mercado nos próximos
dois anos — cerca de 58 mil
m2 de área — quatro estão já
tomados.
Diz o relatório que “desta disponibilidade, cerca de 75% da
área que entrará no mercado já
se encontra com contratos de
pré-arrendamento, tendo estes sido estabelecidos mesmo
antes do início da construção.
Verifica-se assim que apenas
cerca de 11 mil m2 se referem
a construção especulativa,
nomeadamente aos edifícios
Marquês de Pombal 14 e Camilo Castelo Branco 36-44”.
Considerando os projetos em
carteira no mercado de Lisboa
para os próximos anos, a zona
ribeirinha é a que apresenta
NÚMEROS
O número 14 do Marquês de Pombal está a ser remodelado e é um dos poucos que não estão já totalmente ocupados
maior expressão, com 28.200
metros quadrados em construção. Em curso estão as sedes da
Abreu Advogados e de outra
sociedade de advogados, a Vieira de Almeida e ainda o imóvel
adquirido pelo Edge Group na
Avenida 24 de Julho, situado
na esquina que conflui com as
escadinhas da discoteca Plateau e que foi entretanto vendido à Rockspring, sociedade
gestora de fundos imobiliários
baseada em Londres e há muito conhecedora do mercado
português onde chegou a deter
50% do CascaiShopping (vendido entretanto à Sonae Sierra
e considerado o maior negócio
do ano em 2013).
Já na chamada zona Prime
CBD espera-se que no espaço
de dois anos fique concluído o
edifício Fontes Pereira de Melo
41 (pertencente ao fundo FLIT
— Fundo Lazer Imobiliário e
Turismo, gerido pela ECS Capital) e o Marquês de Pombal
14 (nas mãos de um investidor
chinês), que contribuem com
cerca de 23 mil m2 para o aumento do stock.
A longo prazo, entre as zonas emergentes, com grande
oferta de terrenos e imóveis
devolutos que podem acolher
edifícios direcionados para os
serviços, estão as zonas ribeirinhas de Alcântara e da Matinha (junto à Expo), refere-se
no relatório. Adicionalmente, terrenos no centro da cidade com disponibilidade de
construção, como o terreno
na Feira Popular e o da Arti-
lharia 1, junto às Amoreiras,
também surgirão como opção
de resposta à necessidade de
escritórios.
Lisboa tem sido procurada
por muitas empresas internacionais de grande dimensão,
tais como a Teleperformance
que instalou o Centro de Inovação Global do Grupo em
Portugal ou a Janssen Cilag
que ocupou os 4900 m 2 do
edifício Lagoas Park 9. A diminuição visível da entrada
de novos projetos, aliada ao
mil metros quadrados
de escritórios estão
a ser construídos na zona
ribeirinha, aquela que absorve
a maior expressão na nova
oferta nos próximos dois anos
aumento da procura por espaços de escritórios de qualidade,
tem tido como consequência
direta uma diminuição da taxa
de disponibilidade em Lisboa.
“Atualmente, face ao stock de
escritórios existente, a taxa
de disponibilidade situa-se em
cerca 10%, com o Parque das
Nações e Prime CBD a registar
os menores valores, 3,22% e
6,86%, respetivamente”, conclui a Aguirre Newman.
Marisa Antunes
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