FITOTERAPIA MELÃO DE SÃO CAETANO

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FITOTERAPIA
MELÃO DE SÃO CAETANO
Momordica charantia L. (Cucumis africanus Lindl)
Aspectos botânicos: Planta volúvel, que cresce sobre cercas e arbustos, da família das Cucurbitáceas, com
talos de 3 a 4 metros de comprimento, folhas dentadas e verdes claras. Flores amarelas, solitárias, de 5 a 10
cm, podendo ser masculinas ou femininas e fruto oblongo alaranjado e espiculado com 3 a 15 cm, sendo
inclusive considerado decorativo.
Planta original das savanas e matas da África tropical e Ásia, introduzida e aclimatada posteriormente nas
Américas e Europa, podendo ser cultivada inclusive em regiões frias, devido à cobertura promovida pela sua
própria folhagem;
Nomes comuns: Momórdica, melão amargo, maravilha (Colômbia), karela (Índia), Melão de São Caetano
(Brasil), calabacita (Paraguai), cundeamor (Cuba), balsamina (Peru), bitter melon ou balsam pear
(Inglaterra);
Histórico: De origem Asiática e Africana, foi introduzido na América e posteriormente na Europa (1.710),
sendo registrada como planta de jardim na França. Seu uso medicinal está no campo do diabetes, onde foi
incorporado por diversas populações africanas, asiáticas e do caribe como hipoglicemiante. Na China, na
década de 1980, foram feitos ensaios com as sementes para avaliação de sua atividade contraceptiva;
Usos terapêuticos: Diabetes, hipercolesterolemia, obstipação intestinal, hemorróidas, lesões de pele,
pediculose;
Princípios ativos: Folhas: Momordopicrina, momordicinas I, II e III, ácido momórdico, ácidos graxos, cera
vegetal, clorofila e várias resinas;
Frutos: Aminoácidos, esteróides, p-insulina, glucosídeos e carotenóides. Saponinas e
momordicosídeos nos frutos verdes;
Sementes: Aminoácidos, proteínas, alfa-tricosantina, ribonuclease e momórdicosídeos A,
B, C, D e E;
Partes utilizadas: Folhas, talos e, em menor escala, os frutos;
Formas de uso e dosagem: Uso interno: infusão das folhas e talos – 10 g/litro de água;
Uso tópico: infusão em pruridos diversos, sarna, piolho e hemorróidas:
Cataplasmas como hemostático (contra hemorragias);
Tempo de uso: Evitar o uso contínuo e prolongado;
Efeitos colaterais: Atrofia testicular, diminuição da espermatogênese, hemorragias uterinas, principalmente
no uso prolongado e em altas doses;
Contra-indicações: Gravidez e lactação.
Apesar de seu uso popular ser muito difundido, inclusive no Brasil, procuramos orientar
que sua utilização seja criteriosa, e sempre sob supervisão médica, tendo em vista possíveis efeitos colaterais,
demonstrados principalmente em animais de laboratório.
Lembramos que as informações aqui contidas terão apenas finalidade informativa, não
devendo ser usadas para diagnosticar, tratar ou prevenir qualquer doença, e muito menos substituir os
cuidados médicos adequados.
Fontes principais de consulta:
“Tratado de fitomedicina – bases clínicas e farmacológicas” Dr. Jorge R. Alonso – editora Isis . 1998 –
Buenos Aires – Argentina.
Imagem:
“Fitoterapia – conceitos clínicos” 2008 (livro com cd-rom) – Degmar ferro – Editora Atheneu, São Paulo.
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