Iniciamos o dia indo para a cidade de Datas, fomos

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Iniciamos o dia indo para a cidade de Datas, fomos recepcionados pelo
secretário da saúde que nos apresentou a Unidade Mista Hospital São Vicente
de Paula que funciona atendimentos de urgência e observação á curto prazo, é
um prédio antigo, onde funcionava a maternidade e o asilo. Os médicos da
unidade ficam de sobreaviso no centro de saúde municipal, quando surge uma
emergência são solicitados á comparecerem ao local.
A população de Datas sofre de doenças crônicas, segundo a enfermeira
do hospital 80% da população é hipertensas e não existe grupos para
promoção de saúde dos usuários.
Conhecemos também á clinica de fisioterapia, que possui um
fisioterapeuta que atende a região rural e urbana de datas. Visitamos também o
centro de saúde municipal que possui uma equipe formada por médicos,
enfermeiros, técnicos de enfermagem e dentista.
Tivemos muitos pontos negativos, pelo que conversamos com o
secretário de saúde esperávamos uma melhor estrutura, o que não foi
encontrado em nenhum dos lugares que visitamos.
A Unidade Mista apresenta problemas sérios de infraestrutura e de
profissionais, já que os que os médicos que fazem o atendimento são do
Centro de Saúde, ou seja, os atendimentos poderiam ocorrer em um só lugar,
acredito que a manutenção desta unidade é de alto custo para o governo.
O centro de saúde tem uma boa estrutura, porém não conseguimos
conversar com os funcionários que ficaram inibidos pela presença do
secretário, o que nos atrapalhou para saber sobre o que ocorre de fato no local.
O que vi em Datas é de extrema falta de gestão do secretário e da
prefeitura, como estudante de fisioterapia nunca presenciei algo como
acontece na clinica, chega a ser exploração do fisioterapeuta e um descaso
com os pacientes.
O fisioterapeuta atende em média 35 pacientes no dia e 400 no mês, a
demanda é maior que a oferta, acredito que a existência desse aumento
crescente dos atendimentos, deve-se á falta de um atendimento de qualidade e
eficaz, os tratamentos demoram muito mais do que deveriam pela falta de mais
profissionais.
Uma técnica de enfermagem foi transferida para a clínica no intuito de
ajudar o fisioterapeuta a atender os pacientes, o que é um absurdo, já que não
existe técnico de fisioterapia ou assistente de fisioterapeuta, quem deve fazer
os procedimentos é o fisioterapeuta, o pouco que presenciei de um tratamento
feito pela técnica observei que o recurso estava sendo aplicado de forma
incorreta.
Deixei Datas com a sensação de incompetência do secretário e de como
a influência política pode prejudicar o funcionamento de uma cidade, o bom de
tudo isso é que percebemos que nem sempre encontraremos facilidades no
sistema e que cada vez teremos que lutar contra as barreiras impostas e
buscar a melhor forma de levar uma saúde e educação de qualidade.
Na parte da tarde tivemos uma visita na Santa Casa de Caridade de
Diamantina, conhecemos a estrutura do local que atende 33 municípios da
região, possui 100 leitos, têm atendimentos na área da medicina, fisioterapia,
nutrição, psicologia, fonoaudiologia, enfermagem, serviço social e neurologia,
além de cirurgias em geral, hemodiálise e CTI.
A Santa Casa é de alta complexidade, 97% dos atendimentos são
realizados pelo SUS, a outra parte é para convênios que possui 9 leitos.
Apesar de ser uma instituição de 223 anos possui uma ótima estrutura e
atendimentos de qualidade.
Encontrei somente um ponto negativo no local, que é a discrepância
entre os leitos pelo convênio e pelo sistema público, existe uma grande
diferença e por ser uma instituição filantrópica, não deveria ter isso, porém os
diretores da Santa Casa nos informou que os leitos públicos passarão por uma
reforma e com isso diminuirão essa diferença.
À noite tivemos uma palestra sobre os “conceitos e documentos
imprescindíveis na rotina da atenção primária”, com ênfase no cadastramento
no SUS. Discutimos sobre a rede de atenção primária, secundária e terciária,
em determinado momento conversamos sobre a mudança de PSF para ESF e
qual a importância do cadastramento do usuário do SUS, o que me chamou
atenção foi que os universitários não terem o mesmo tipo de cadastro que os
outros moradores.
Depois da palestra tivemos uma discussão sobre as vivências nas
cidades que os grupos foram, colocamos em pauta os pontos negativos e
positivos que contribuíram para nossa formação e também foi passado
cronograma de sexta-feira.
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