Censo de frutos e flores consumidos por primatas, em floresta

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Resumos do 56º Congresso Nacional de Botânica.
Censo de frutos e flores consumidos por primatas, em floresta
estacional semi-decidual, na Estação Biológica de Caratinga, MG
JANAINA MENDONÇA PEREIRA - ESTAÇÃO BIOLÓGICA DE CARATINGA
JEAN PHILLIPE BOUBLI - CENTER FOR REPRODUCTION OF ENDANGERED SPECIES,
SAN DIEGO, USA
KAREN BARBARA STRIER - DEPARTMENT OF ANTHROPOLOGY, UNIVERSITY OF
WISCONSIN, USA
FABIANA RITA COUTO SANTOS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
[email protected]
As interações entre primatas e plantas são alvos de estudos em muitos
táxons, em função da importância que esta relação intertrófica exerce
na estruturação e regeneração das florestas tropicais. Nos 900 ha de
florestas semidecíduas, em sua maioria secundárias da Estação Biológica
de Caratinga (EBC), Caratinga, MG, encontram-se quatro espécies de
primatas: Cebus nigritus nigritus, (Goldfuss, 1809), Alouatta guariba
clamitans, Cabrera, 1940, Callithrix flaviceps, (Thomas, 1823) e
Brachyteles hypoxanthus, (Kuhl, 1820), das quais as três últimas
apresentam-se ameaçadas de extinção. O presente trabalho teve como
principal objetivo estudar a disponibilidade espaço-temporal de frutos e
flores consumidos por estes primatas, através do método de censo de
frutos em trilhas. No período de janeiro de 2004 a janeiro de 2005,
foram percorridos mensalmente 8 km de trilhas, e em intervalos de 20
metros, todos os frutos e flores foram identificados taxonomicamente e
quanto ao seu estágio de maturação. Posteriormente essas espécies
foram correlacionadas com as listas botânicas produzidas nos estudos
ecológicos realizados na área. Como resultado tem-se uma lista de 96
espécies vegetais e seus respectivos estágios de maturação e
localização, sendo que foram identificadas 43 espécies que possuem
seus frutos e/ou flores consumidas pelos primatas. Das quatro espécies
de primatas, Alouatta guariba clamitans e Brachyteles hypoxanthus, são
os maiores consumidores dos frutos e flores identificados. Como produto
destas análises foi produzido um mapa de distribuição dos recursos na
área, que poderá ser futuramente relacionado com o deslocamento
destes primatas.
PROBIO – CNPq, Zoological society of San Diego
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