Análise epigenética integrada: expressão gênica, metilação do DNA

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56º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 56º Congresso Brasileiro de Genética • 14 a 17 de setembro de 2010
Casa Grande Hotel Resort • Guarujá • SP • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
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Análise epigenética integrada: expressão gênica,
metilação do DNA e imunoprecipitação da cromatina na
caracterização de genes supressores tumorais em 3p21.3
Prando, EC1; Aguiar, G1; Cavalli, LR2; Rainho, CA1
Departamento de Genética, Instituto de Biociências, UNESP - Botucatu, SP
Lombardi Comprehensive Cancer Center, Georgetown University Medical Center - Washington DC
[email protected]
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Palavras-chave: câncer de mama, regulação epigenética, genes supressores tumorais, RASSF1, PCR em tempo real, ChIP.
Alterações epigenéticas, incluindo as alterações da metilação do DNA e as modificações das histonas, são eventos
frequentes em células tumorais e estão associadas às mudanças da estrutura da cromatina e dos níveis de expressão
gênica. A perda da expressão do gene supressor tumoral RASSF1, localizado em 3p21.3, constitui um dos principais
exemplos de genes inativados tanto por mecanismos genéticos quanto epigenéticos em vários tipos de cânceres
humanos. Este gene codifica uma proteína com domínio de associação a RAS com função na regulação da fase G1/S
do ciclo celular, transdução de sinal, trocas e transporte de íons, apoptose e morte celular. A hipermetilação da ilha
CpG presente na sua região promotora foi detectada em até 90% dos carcinomas mamários. Com a finalidade de
investigar a provável regulação epigenética de um agrupamento gênico contendo outros prováveis supressores
tumorais mapeados upstream ao gene RASSF1 (SEMAB3, HYAL3, HYAL1, HYAL2 e TUSC2) e downstream (ZMYND10A,
TUSC4, TMEM115 e CACNA2D2) foram analisados seus níveis de expressão em 10 linhagens celulares derivadas
de carcinomas mamários (MDA-MB-134 IV, MDA-MB-453, MDA-MB-157, MDA-MB-231, MDA-MB-468, MCF7,
BT-549, BT-483, Hs 578T e SK-BR-3), uma linhagem celular não-tumorigênica (MCF-10A) e 2 linhagens celulares
derivadas de tecido mamário normal (184A1 e 184B5). Os níveis de expressão destes dez genes foram quantificados
utilizando a técnica de qRT-PCR (quantitative real time Reverse Transcriptase-Polymerase Chain Reaction), nas 13
linhagens celulares tratadas ou não com as drogas 5-aza-2’-desoxicitidina, um agente desmetilante, e tricostatina
A (TSA), um inibidor das desacetilases de histonas. Os genes GAPDH e PPIA foram utilizados como controles
endógenos e a quantificação relativa foi obtida pelo método ∆∆Ct. Os dados de expressão foram comparados com
a análise do padrão de metilação do gene RASSF1 em cinco linhagens celulares (MDA-MB-134 IV, MDA-MB-453,
MDA-MB-231, MCF7 e SK-BR-3) não submetidas à ação das drogas e a imunoprecipitação da cromatina (ChIP)
com os anticorpos para se detectar a acetilação e a metilação da lisina 9 da histona H3 (H3K9ac e H3K9me3)
da região promotora do gene RASSF1, na linhagem MDA-MB-231. Após o tratamento com Aza seguido ou não
do tratamento com TSA observou-se um aumento da expressão do gene RASSF1 positivamente correlacionada
com a re-expressão dos genes TUSC2, TUSC4, TMEM115 e ZMYND10 (correlação não-paramétrica de Spearman,
p<0,05). Adicionalmente, a linhagem MDA-MB-231 foi a que mostrou os maiores níveis de metilação do DNA
e de metilação H3K9 e baixos níveis de acetilação deste aminoácido. Em conjunto, esses dados preliminares
sugerem a inativação epigenética dos genes localizados próximos ao gene RASSF1 em carcinomas mamários.
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