O comportamento humano.

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O comportamento humano
Atualmente, a Psicologia concentra áreas teóricas, conceituais, filosóficas e experimentais
em constante desenvolvimento que possibilitam infinitas maneiras de compreender o homem, o
mundo, e a relação entre eles. Dentre as principais abordagens que formam a ciência denominada
“Psicologia”, encontramos a Análise do Comportamento Humano que possui suas raízes filosóficas
no Behaviorismo Radical do americano B.F. Skinner.
A análise do comportamento lida com o manejo de nosso próprio comportamento e do
comportamento dos outros. Estamos sempre ajustando nossas ações às demandas do mundo ao
nosso redor. Analisar comportamento é simplesmente estudar estes ajustamentos. Assumindo que
pessoas, lugares e coisas estão sempre controlando as ações de quaisquer indivíduos, analistas do
comportamento por tanto, tentam descobrir como estabelecer, facilitar, impedir ou evitar esse
controle.
Sidman (2003) afirma que a ciência da Análise do Comportamento tem suas raízes na
filosofia, então, destinguiu-se como um ramo da emergente disciplina da psicologia e está agora no
processo de desengajar-se desta psicologia, uma vez que esta, como o próprio nome sugere, é o
estudo da mente, da alma. Já a Análise do Comportamento, é a ciência do comportamento.
De acordo com especialistas, o comportamento humano apresenta uma grande variedade de
nuances, que não podem servir de regras para todas as outras pessoas. Atitudes como arrogância em
alguns indivíduos, por exemplo, podem ocultar um tímido, ou uma pessoa altruísta pode ser na
verdade extremamente vaidosa. Alguns padrões comportamentais, no entanto, podem ser
detectados, de acordo com profissionais especializados em emoções humanas.
A variedade de repostas que os indivíduos podem dar em diferentes situações, e suas
atitudes no meio social em que vivem, serve de trabalho para vários profissionais especializados na
área de comportamento humano, alguns são analisados, de acordo com o perfil cada pessoa.
Os psicólogos estão sempre atentos às queixas dos pacientes, para através de suas atitudes,
verificarem se há coerência entre o que é falado e os comportamentos apresentados pela pessoa.
Analisando alguns tipos de comportamento
Pessoas arrogantes
Pessoas muito arrogantes, que não costumam olhar para as outras pessoas nos olhos, e ficam
entediados facilmente quando uma conversa não os interessa, ou quando em locais com muitas
pessoas, eles não interagem com os outros, ficando indiferente ao ambiente em que se encontra,
preferindo ficar às vezes conversando ao celular. Segundo psicólogos especialistas em comunicação
não verbal, esse tipo de indivíduo, que parece ser muito arrogante, pode ser na verdade, uma pessoa
extremamente tímida, pois a timidez pode fazer com ela demonstre orgulho, já que prefere não se
destacar, o que parece que ela não dá importância ou nâo quer se misturar com os outros.
Pessoas que sempre são engraçadas
Os indivíduos que tentam ser engraçado o tempo todo, sendo frequentadores assíduos de bares, ou
ainda presentes nas universidades ou no trabalho, são pessoas que não se importam se o momento é
adequado, mas estão sempre se esforçando para que os demais riam e os achem engraçados,
chegando ao extremo, às vezes de exporem a intimidade de outras pessoas. Segundo alguns
psicólogos, esse tipo de indivíduo apesar de parecer que estão sempre bem-humorados, podem na
realidade, serem pessoas bastante inseguras, que necessitam que os outros os aprove através de
brincadeiras, pois acham que não serão aceitos naturalmente. Geralmente acham que não tem
atributos físicos, e tentam chamar atenção para si, compensando com o seu jeito engraçado.
Pessoas preocupadas com opiniões alheias
Normalmente, essas pessoas são consideradas inseguras por parte das demais, pois vivem
perguntando a todos o que devem fazer. A preocupação com a aparência também é comum, por isso
estão sempre com roupas da moda, copiando o mesmo estilo que os outros usam. Segundo
psicólogos a falta de uma crítica interior, pode ser a causa desse comportamento. De algum modo,
esses indivíduos podem ter aprendido em um momento, que não eram bons, bonitos ou honestos o
bastante, por isso precisam da aprovação externa constantemente, para tentarem superar esse
problema.
Pessoas que querem agradar sempre
São indivíduos com quem as pessoas podem contar com eles para tudo, pois estão sempre solícitos,
ajudando a todos, desde cuidando do jardim ou do animal de estimação do vizinho, ou qualquer
coisa por mais inusitada que os outros precisarem. De acordo com os especialistas, às vezes, o
excesso de altruísmo pode ocultar na verdade, uma personalidade extremamente vaidosa. Na
realidade não são pessoas generosas, apesar de aparentarem serem boas e honestas, podem esconder
uma personalidade narcisista, achando que serão adoradas e amadas por todos. Esses são só alguns
exemplos, do que os comportamentos podem dizer das pessoas. Posteriormente, outras atitudes
serão analisadas.
Pessoas egoístas
As pessoas que são consideradas egoístas, são aquelas que acham que cada um deve fazer por si.
Em geral, pensam somente no seu bem-estar, não abrindo mão de seus desejos, e não costumam
dividir nada com os outros, além de apresentarem ciúme excessivo de todos que estão ao seu redor.
Segundo especialistas, tal comportamento pode ser explicado por uma autocrítica muito forte, além
do medo que esses indivíduos têm em se parecerem ingênuos perante a sociedade, e principalmente
em seus relacionamentos, exagerando por isso, na autoproteção e tornando-se pessoas egoístas.
Pessoas perfeccionistas
São pessoas cuja residência é um local muito arrumado, com nada fora do lugar, e também no
ambiente de trabalho, tudo tem de estar organizado e limpo. Em geral, elas são bem exigentes com
todos ao seu redor, e se forem chefes adotam o mesmo comportamento com subordinados. Segundo
psicólogos, há muita chance dessa pessoa ter um problema emocional, pois os indivíduos costumam
projetar tudo o que guardam dentro de si. Essa pessoa fantasia a possibilidade do controle absoluto
de tudo e todos, e quando alguma coisa dá errado em sua vida, ela exterioza, achando que se arumar
tudo ao seu redor, tudo estará ajeitad0 ou resolvido em seu interior.
Pessoas mal-agradecidas
São pessoas que por mais que os outros façam por elas, nunca recebem uma palavra de
agradecimento. Por exemplo, se alguém arruma um novo emprego ou apresenta um possível
namorado para ela ou ele, ou ainda emprestam alguma quantia em dinheiro, não recebem um
simples obrigada. Segundo especialistas, pode parecer falta de educação ou maldade, mas o
problema vai mais além. O que pode explicar esse tipo de comportamento é o orgulho, pois algumas
pessoas sentem-se diminuídas perante às outras, quando necessitam pedir perdão ou fazerem um
simples agradecimento, pois se fizerem isso, significa que cometeram algum erro ou estão
precisando de ajuda, sendo essa situação, para elas, um sinal de fraqueza por um erro que
cometeram.
Pessoas que sempre dão a última palavra
Geralmente são pessoas que em uma discussão, costumam dar a palavra definitiva, não aceitando
argumentos dos interlocutores. Normalmente iniciam o tema da conversa, e o dão por terminado
quando acham conveniente. De acordo com profissionais, essas pessoas teimosas tendem a ser
inseguras e controladoras, desse modo optam pela imposição de suas ideias, ao invés de discuti-las,
pois precisam sempre ter razão sobre todos os assuntos. Essa situação lhes dá segurança, pois
quando impõem um assunto, elas terão sempre razão, pois a ideia inicial foi delas, e portanto elas
sempre ficarão com a última palavra. Esse tipo de comportamento demonstra que são pessoas
extremamente inseguras.
Pessoas que ficam ligadas a relacionamentos passados
São indivíduos que mesmo após o fim de um relacionamento amoroso, quando a relação afetiva já
chegou ao fim, continuam querendo saber tudo sobre a vida do ex-companheiro/a. Para isso chegam
ao extremo de usarem a internet para verificar através das redes sociais, conseguem descobrir algo,
além de perguntar aos amigos em comum, e em casos mais sérios, a pessoa pergunta diretamente ao
outro, o que tem feito de sua vida após a separação. Para especialistas, esse tipo de situação ocorre,
quando as pessoas depositam em uma relação, amor e afeto pelo outro, e quando há a separação,
elas querem saber o que foi feito com todo amor que deram ao outro, pois quando o namorado/a vai
embora, elas não sabem mais para quem dar seu amor, isso gera como consequência uma sensação
de vazio interior, e uma curiosidade para saber sobre onde foi parar o amor que antes existia.
Pessoas que querem saber o passado do companheiro/a
Há pessoas que ao iniciarem um relacionamento amoroso, costumam querer saber tudo que o
companheiro/a fizeram no passado, fazendo vários questionamentos e comparações, além de
fazerem perguntas íntimas, importunando seus parceiros até que eles contem tudo nos mínimos
detalhes. Segundo psicólogos, esse fato pode ser explicado, pela imaginação que a pessoa tem de
um amor exclusivo, somente para ela, tendo a ilusão que ela precisa ser o único amor da vida do
outro. Para essas pessoas, é muito difícil suportarem a ideia que o namorado/a teve outros
relacionamentos afetivos antes delas, mesmo que sejam relações que já não fazem mais parte da
vida do atual companheiro/a.
Pessoas que explicam demais sua personalidade
Normalmente, as pessoas que costumam ficar explicando demais como são, bastando para isso,
somente alguns instantes quando conhecem uma nova pessoa, para começarem a explicar que são
desse ou daquele modo, e que não gostam de determinadas coisas ou situações, explicando suas
próprias personalidades.
Segundo especialistas, essas atitudes, em geral, demonstram uma pessoa com personalidade
insegura e muito ansiosa, pois o fato do execesso de explicações demonstram que elas não tem
paciência de esperar a construção natural de seus relacionamentos, precisando por isso,
anteciparem-se aos acontecimentos. Também há o fator da autoproteção, onde a pessoa ergue uma
barreira sobre si mesma, já contando todos seus sentimentos, na esperança de aceitação dos outros.
Pessoas que sempre contam histórias melhores
Essas pessoas, em geral não costumam esperar que os outros terminem de contar sua histórias, para
logo iniciarem as suas, que são sempre sensacionais e arrasadoras, já que o que lhes acontece é
sempre de uma maneira fantástica ou mais intensa do que com os outros. De acordo com
profissionais, elas são boas contadoras de casos, mas esse tipo de comportamento denota um
complexo de inferioridade muito grande, pois para elas se sentirem amadas, precisam sempre
mostrar-se melhores que os outros, precisando aparentarem o tempo todo que são perfeitas, para
todos em sua volta.
Pessoas que estão sempre se sentindo culpadas
Há pessoas que se acham culpados de tudo o que acontece de errado, dos problemas dos outros,
além disso, acham que nada dá certo para eles. De acordo com especialistas, uma explicação pode
ser a mania de perseguição que as pessoas tem ou a vitimação egocêntrica.
A primeira acontece quando há uma manipulação das visões sobre o mundo que as rodeiam,
fazendo-as acreditarem que o universo conspira contra elas. A segunda ocorre segundo
profissionais, quando as pessoas, se vitimam por não acreditarem que possuem aspectos positivos,
pois não receberam nenhum reforço positivo sobre si mesma, começando então a se autocriticarem,
considerando-se inferior aos outros.
Pessoas que falam mal dos outros
Essas pessoas no ambiente profissional costumam falar mal dos companheiros de trabalho, da
chefia, dos seguranças, enfim de qualquer funcionário que tiver a oportunidade de comentar os
erros. Já na vida pessoal, elas criticam seus filhos, maridos, amigas, enfim todos que estão ao seu
redor.
Segundo especialistas, quando essa situação ocorre, com pessoas falando sempre mal da vida alheia
o tempo todo, é um sinal que ela é invejosa. No entanto, quando é sobre algum outro assunto, ela
pode apresentar algum medo do reconhecimento das características que não gosta nela, pela
projeção que é feita nos outros, onde frequentemente percebe seus próprios defeitos em terceiros, o
que a incomodam profundamente.
Pessoas que Jogam Charme para Todos
Esse tipo de pessoa faz um jogo de sedução com a outra, dando a entender que está a fim de iniciar
um relacionamento afetivo, mas quando o outro demonstra um interesse em começar a relação, elas
despistam e não os procuram mais.
Segundo os psicólogos esse tipo de comportamento é típico em pessoa considerada sedutora
compulsiva, ou seja, ela seduz sem parar, mas sem dar continuidade, e quando conquista o objeto de
seu desejo, não o quer mais, demonstrando um lado emocional bem infantil. São pessoas que como
crianças, gostam de chamar atenção para si, mas não conseguem dar nada em troca, pois só querem
ser amadas, porém não conseguem amar ou ter um relacionamento amoroso estável.
Esses comportamentos analisados são os mais comuns apresentados. No entanto pela complexidade
emocional dos seres humanos, outros tantos podem ser descritos.
Cinco fatores que influenciam o comportamento humano (não determinantes)
Antropológicos ou culturais – fator relacionado a questão de cultura de um povo ou grupo social.
Por exemplo, as pessoas que freqüentam uma determinada igreja tem hábitos semelhantes quanto a
vestimenta, atitudes e comportamento em geral. Pessoas que mudam de religião tendem a assumir
novas posturas exigidas ou recomendadas por este novo grupo.
Socioeconômicos – pessoas que moram em locais mais pobres ou ricos têm, em geral,
características mais semelhantes entre si. É comum termos notícias de pessoas que se tornaram ricas
de forma rápida e passaram a agir de modo diferente com seus amigos, parentes etc. O contrário
também ocorre. Outro exemplo é que em situações econômicas de crise algumas pessoas podem
sofrer alterações de comportamento devido a endividamento, desemprego etc.
Biológicos ou Fisiológicos – está relacionado ao físico. Um exemplo clássico é a mulher grávida. A
alteração hormonal proporcionada pela gravidez gera em algumas mulheres alteração no
comportamento. Também temos diversos relatos de pessoas que sofreram algum tipo de lesão ou
AVC e, posteriormente, passam a agir de modo diferente de como se comportavam antes do
acidente. A maioria passa a agir de modo mais contemplativo, harmonioso, tolerante etc.
Ambientais – tem a ver com o local onde as pessoas moram, trabalham, vivem. Estudos
comprovam que cidades onde há maior incidência de sol as pessoas tendem a agir de modo mais
alegre, receptivo e espontâneo. Locais mais frios, com pouca incidência de luz natural na maior
parte do tempo faz que seus habitantes tenham mais comportamentos sóbrios, depressivos e
individualistas. Em países, como o Brasil, onde temos um vasto território podemos perceber as
diferenças no modo de agir característico de cada povo. Quando as pessoas acostumadas a uma
determinada temperatura mudam para cidade ou região diferente há uma considerável mudança de
humor, que poderá ser positiva ou negativa.
Psicológicos – está relacionado ao estado emocional das pessoas, modo como foram criadas e
tratadas desde a infância até o momento atual. Pessoas que só receberam elogios tendem a não ter
noção dos limites. Aqueles que na maior parte do tempo foram criticados por parentes, amigos,
professores e outras pessoas tendem a desenvolver uma baixa autoestima. Sob uma forte pressão
emocional as pessoas também podem apresentar reações inesperadas, seja de alegria ou
agressividade. A perda de uma pessoa importante pode acarretar uma mudança momentânea ou
definitiva no comportamento de uma pessoa, por exemplo.
Certamente que estes fatores não são definitivos, apenas apontam alguns caminhos. Quanto mais
analisamos estes fatores, mais conseguimos compreender determinadas reações e atitudes humanas
e suas influências.
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