Confira dicas de alimentos adequados para a gestante

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“Não espero mais um príncipe
encantado aparecer na minha vida
para ser mãe”
PAULA BURLAMAQUI, 50 anos, ao GShow
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São Luís, 7 de fevereiro de 2017. Terça-feira O Estado do Maranhão
Confira dicas de alimentos
adequados para a gestante
Fazer seis pequenas refeições em vez das três grandes tradicionais é o ideal, incluindo alimentos ricos em ferro e
ácido fólico; quantidade de alimentos ingeridos também deve ser levada em consideração, afirma Rita Figueiredo
D
uas pessoas sendo alimentadas no corpo de uma não
quer dizer que é preciso comer em dobro. Saber o que
incluir na alimentação diária é muito mais eficaz para o bem-estar de
uma grávida e para o desenvolvimento do bebê.
O aconselhável é fazer seis pequenas refeições diárias, em vez das três
grandes tradicionais (café, almoço e
jantar), principalmente se os enjoos,
azia ou má digestão estiverem incomodando muito. Alimentos ricos em
ferro, como carne vermelha, feijão, espinafre, beterraba, soja, aveia ajudam
na prevenção da anemia, que deixa a
mulher cansada durante a gravidez.
Já os que têm ácido fólico, como
as verduras de cor verde escura, previnem más formações do cérebro e
da medula espinhal do feto. Para saber a dieta certa, a partir de cada perfil, o ideal é ter acompanhamento
médico e nutricional. “Uma mãe
bem nutrida é capaz de fornecer todos os nutrientes necessários e pode proporcionar as condições ideais
para o desenvolvimento do filho.
Com a alimentação equilibrada, a
mãe pode diminuir riscos de complicação na gravidez, como: ganho
de peso excessivo, diabetes gestacional, hipertensão e também pode
modular a presença de outros desconfortos típicos desse período”, explicou a nutricionista da SIM Clínica, Rita Figueiredo.
Calorias
Na gestação, o corpo trabalha de maneira ainda mais eficiente, tirando o
máximo de energia do que se come.
Por isso, nos primeiros seis meses a
maioria das mulheres nem precisa
comer mais do que já comia. Só nos
últimos três é que é aconselhável comer 200 a 300 calorias a mais. Duas
torradas com manteiga, por exemplo, equivalem a isso.A média de ganho de peso geralmente é de 8kg a 15
kg durante os nove meses.
A regra de “tudo um pouco” tam-
Divulgação
bém vale. Ou quase tudo. Isso porque quanto mais variado for o cardápio, maior a possibilidade de a mulher ingerir todos os tipos de nutrientes que ela e o bebê precisam.
Nada de deixar de lado tudo que se
gosta, mas alimentos industrializados, salgadinhos e doces devem ser
exceções e não regra.
Alerta também para a quantidade do que se come ou bebe. Tomar
muito café, por exemplo, pode ser
prejudicial ao bebê. Isso porque altas doses de cafeína podem levar a
aborto espontâneo e baixo peso no
feto, além de irritabilidade, insônia e
dores de cabeça na futura mamãe. O
ideal é consumir no máximo
300mg/dia. Bom lembrar: refrigerantes de cola, chá (preto, verde e
branco), bebidas energéticas e chocolate têm cafeína.
Lactantes
Depois de nove meses de controle da
alimentação visando à saúde do filho, eis que ele nasce cheio de saúde.
Então, acaba a preocupação da mulher com cuidados na hora de comer,
né? Nada disso. Aí é que eles precisam ser redobrados, para evitar cólicas e mal-estar no recém-nascido.
Para evitar cólicas no bebê, é importante que a mãe não coma em excesso alimentos que provocam gases, como feijão, ervilhas, nabo, brócolis ou couve-flor. Outro alimento
que também pode provocar cólica
no recém-nascido é o leite de vaca.
Dependendo da reação, a mãe pode
ter de beber leite sem lactose ou até
eliminar o leite de vaca da alimentação, assim como todos os alimentos
feitos com leite.
“A principal recomendação para
a nutriz é uma alimentação menos
industrializada e ingestão de água. É
importante ficar atenta ao controle
de sal nos alimentos e fazer substituições. Ao ingerir carboidratos, preferir os que contêm uma maior quantidade de fibras e menor carga glicêmica”, concluiu a nutricionista. ALIMENTOS
ricos em
vitaminas
garantem saúde
para mãe e bebê
QUAIS ALIMENTOS A GRÁVIDA DEVE EVITAR
Peixes e frutos do mar crus, como ostras
e sushi (o sushi pode ser ingerido se o peixe
tiver sido congelado antes);
com gema mole e algumas sobremesas mousses, por exemplo). A precaução é para
evitar bactérias que possam afetar o bebê;
Queijos de casca branca, como brie e
camembert, e queijos com fungos, como
roquefort e gorgonzola. Evite também
queijos do tipo frescal (ou "minas"), que
podem ser feitos com leite não-pasteurizado.
O problema é a possível presença de uma
bactéria que causa a listeriose, doença que
pode prejudicar o bebê;
Bife de fígado e miúdos, para evitar a
sobrecarga da forma retinoica da vitamina A,
que pode ser prejudicial ao feto;
Carne bovina malpassada ou crua (como
carpaccio), carne de porco malpassada e ovos
crus (como massa de bolo, gemada, ovo frito
Cação, peixe-espada e tubarão, que
podem conter níveis perigosos de mercúrio.
O atum deve ser limitado a uma lata por
semana ou dois filés frescos por semana, pelo
mesmo motivo. Outros peixes são seguros e
fazem bem ao bebê e a você. As
recomendações quanto ao mercúrio valem
também para quem está pensando em
engravidar e para o período de
amamentação;
Se você tiver na família pessoas com
alergias (a nozes, castanhas ou amendoim,
por exemplo), é bom evitar esses alimentos
na gravidez;
Bebidas alcoólicas. O consumo de álcool
pode causar sérios problemas no bebê. Por
isso, os especialistas recomendam cortar
totalmente as bebidas alcoólicas na gravidez;
Bebidas e alimentos com cafeína. Não
tome mais que duas xícaras de café por dia, e,
se possível, prefira bebidas descafeinadas.
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