Dissertação - José Gonzalo Tapia Rivera

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UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO
MESTRADO EM ORTODONTIA
AVALIAÇÃO CLÍNICA DAS CONDIÇÕES PERIODONTAIS EM
PACIENTES SOB TRATAMENTOS ORTODÔNTICOS CONVENCIONAL E
LINGUAL
JOSÉ GONZALO TAPIA-RIVERA
São Paulo
2012
UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO
MESTRADO EM ORTODONTIA
AVALIAÇÃO CLÍNICA DAS CONDIÇÕES PERIODONTAIS EM
PACIENTES SOB TRATAMENTOS ORTODÔNTICOS CONVENCIONAL E
LINGUAL
JOSÉ GONZALO TAPIA-RIVERA
Dissertação apresentada em formato alternativo
(projeto para o Exame de Qualificação revisado e
artigo científico que tornará os resultados públicos)
ao Programa de Mestrado em Ortodontia da
Universidade Cidade de São Paulo - UNICID.
Orientadora: Profa. Dra. Rívea Inês Ferreira
São Paulo
2012
Ficha Elaborada pela Biblioteca Prof. Lúcio de Souza. UNICID
T172a Tapia-Rivera, José Gonzalo.
Avaliação clínica das condições
periodontais em pacientes sob tratamentos
ortodônticos convencional e lingual. / José
Gonzalo Tapia-Rivera. --- São Paulo, 2012.
66 p.; anexos.
Bibliografia
Dissertação (Mestrado) – Universidade
Cidade de São Paulo - Orientadora: Profa.
Dra. Rívea Inês Ferreira.
1. Braquetes ortodônticos. 2. Placa
dentária. 3. Higiene bucal. 4. Gengivite. I.
Ferreira, Rívea Inês, orient. II. Título.
BLACK D41
DEDICATÓRIA
Para Deus Pai e a Virgem de Chapi, por ter repleta minha vida de bênçãos.
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, José e Gladys, minha irmã Sandra e todas aquelas pessoas que
sempre estiveram ao meu lado, embora não seja fisicamente, sempre estiveram
comigo.
A toda a equipe de Professores e funcionários do Mestrado em Ortodontia da UNICID,
em especial, a minha orientadora, Rívea Inês Ferreira-Santos, por sua incansável
ajuda, compreensão e orientação para minha pessoa.
RESUMO
O objetivo neste estudo foi avaliar comparativamente as condições de saúde
periodontal em pacientes sob tratamento ortodôntico pelas técnicas convencional e
lingual. Foram recrutados pacientes de ambos os gêneros, em duas clínicas
particulares nas cidades de São Paulo-SP (N = 41) e Campo Grande-MS (N = 42). As
médias de idade variaram conforme o tratamento nas clínicas SP (convencional: 19,6
anos ± 8,9; lingual: 34 anos ± 12,1) e MS (convencional: 28,8 anos ± 14,2; lingual: 29,2
anos ± 10,5). A coleta de dados envolveu anamnese e registro clínico das frequências
de placa bacteriana visível e sangramento à sondagem, do índice de higiene oral
simplificado (IHO-S) e do índice gengival modificado (IGM), por examinador calibrado
(κ: 0,9-1). Os efeitos do tipo de tratamento e da procedência dos pacientes sobre as
características avaliadas foram analisados por regressão logística (α = 5%). Nos
pacientes sob tratamento convencional, a frequência de placa bacteriana foi
significativamente mais elevada nas superfícies vestibulares dos dentes anteriores (OR
= 12,5; p < 0,0001) e posteriores superiores (OR = 3,6; p = 0,0072), comparados aos
que utilizavam aparelho lingual. O sangramento à sondagem nas superfícies livres dos
dentes posteriores também foi mais frequente no grupo convencional (superiores: OR =
3,4; inferiores: OR = 3,8; p < 0,05). Por outro lado, os pacientes sob tratamento lingual
apresentaram frequência significantemente mais alta de placa bacteriana nas
superfícies linguais dos dentes anteriores (OR = 4,3; p = 0,0034). Não houve diferença
estatística significativa para o IHO-S. Conforme o IGM, pacientes sob tratamento
convencional apresentaram frequências significativamente elevadas de gengivite leve
nas regiões vestibulares dos dentes anteriores (OR = 9,0; p = 0,0064), posteriores
superiores (OR = 16,7; p = 0,0113) e de papilas anteriores (OR = 9,0; p = 0,0003), se
comparados aos que utilizavam aparelho lingual. Entretanto, estes pacientes
evidenciaram gengivite leve mais frequentemente nas superfícies linguais dos dentes
(OR = 54,5; p = 0,0002) e papilas (OR = 10,2; p = 0,0034) anteriores. Não se observou
efeito significativo da procedência dos pacientes. Sugere-se que as condições de saúde
periodontal foram razoáveis para ambos os tipos de tratamento. No entanto, afora as
regiões linguais dos dentes anteriores, constatou-se que foram mais favoráveis para os
pacientes sob tratamento lingual.
Palavras chave: Braquetes ortodônticos; Placa dentária; Higiene bucal; Gengivite;
Periodonto.
ABSTRACT
The aim of this study was to compare periodontal health conditions in patients
undergoing conventional and lingual orthodontic therapy. Patients of both sexes were
recruited in two private clinics from São Paulo-SP (N = 41) and Campo Grande-MS (N =
42). Mean age varied according to treatment type in both clinics, SP (conventional: 19.6
years ± 8.9, lingual: 34 years ± 12.1) and MS (conventional: 28.8 years ± 14.2, lingual:
29.2 years ± 10.5). Data collection involved anamnesis and clinical assessment of
visible dental plaque and bleeding on probing frequencies, as well as registration of
simplified oral hygiene index (OHI-S) and modified gingival index (MGI), by a calibrated
examiner (κ: 0.9-1). The effects of treatment type and patient origin on the registered
features were analyzed using logistic regression (α = 5%). In patients under
conventional treatment, the frequency of dental plaque was significantly higher on the
buccal surfaces of anterior (OR = 12.5; p < 0.0001) and maxillary posterior (OR = 3.6; p
= 0.0072) teeth, compared with those using lingual fixed appliance. Bleeding on probing
in the free gingival margins of posterior teeth was also more frequent in the conventional
group (maxilla: OR = 3.4; mandible: OR = 3.8; p < 0.05). On the other hand, patients
under lingual treatment presented significantly higher frequency of dental plaque on the
lingual surfaces of anterior teeth (OR = 4.3; p = 0.0034). No statistically significant
differences were found for OHI-S. Concerning the MGI, patients under conventional
treatment had significantly higher frequencies of mild gingivitis in the buccal regions of
anterior (OR = 9.0; p = 0.0064) and maxillary posterior (OR = 16.7; p = 0.0113) teeth
and anterior papillae (OR = 9.0; p = 0.0003) compared with those using lingual fixed
appliance. Nevertheless, these patients evidenced mild gingivitis more often in the
lingual regions of anterior teeth (OR = 54.5; p = 0.0002) and papillae (OR = 10.17; p =
0.0034). No significant effects were found for origin. It may be suggested that
periodontal health conditions were suitable for the two treatment modalities. However,
except for the lingual regions of the anterior teeth, it was observed to be more favorable
for patients under lingual treatment.
Key words: Orthodontic brackets; Dental plaque; Oral hygiene; Gingivitis; Periodontium.
1 INTRODUÇÃO
A desmineralização do esmalte dentário e as alterações na saúde
periodontal durante o tratamento ortodôntico constituem um problema clínico sério,
especialmente em pacientes com hábitos de higiene bucal insuficientes. A
desmineralização aparece clinicamente como manchas esbranquiçadas ao redor dos
braquetes, caracterizando lesões de cárie incipientes que podem ser remineralizadas
com aplicações de flúor. No entanto, a cavidade bucal dos pacientes ortodônticos
apresenta mudanças tais como diminuição do pH, aumento da atividade metabólica e
patogenicidade da microflora local, bem como maior número de áreas de retenção, que
propiciam a colonização bacteriana, incrementando a produção de ácidos orgânicos e
outras toxinas que, respectivamente, desmineralizam o esmalte dentário e favorecem o
desenvolvimento de doença periodontal.
Tem sido demonstrado em diversas pesquisas que o tratamento ortodôntico
aumenta a propensão para o desenvolvimento de lesões de cárie (BATONI et al., 2001;
CHAUSSAIN et al., 2009; GORTON; FEATHERSTONE, 2003; LARA-CARRILLO et al.,
2010; LOVROV; HERTRICH; HIRSCHFELDER, 2007; OPSAHL VITAL et al., 2010;
ORTENDAHL; THILANDER; SVANBERG, 1997; ROSENBLOOM; TINANOFF, 1991).
Os acessórios ortodônticos dificultam a manutenção de uma boa higiene bucal,
ocasionando maior acúmulo de restos alimentares e um aumento na porcentagem de
Streptococcus mutans e Lactobacilli. Os braquetes metálicos possuem uma tensão
superficial altamente crítica, promovendo mais retenção bacteriana e, portanto, um
maior risco para desmineralização do esmalte (AHN et al., 2002; ELIADES; ELIADES;
BRANTLEY, 1995). Os aparelhos ortodônticos aumentam o nível de carboidratos na
10
placa, o que torna mais difícil sua remoção (BALENSEIFEN; MADONIA, 1970). Todos
esses fatores podem contribuir potencialmente para o desenvolvimento de lesões de
mancha branca, frequentemente observadas ao final do tratamento ortodôntico.
Os estudos clínicos de Paolantonio et al. (1996) e Lee et al. (2005)
demonstraram que os dispositivos ortodônticos também afetam a microflora bucal com
uma
maior
prevalência
de
patógenos
periodontais,
como
Aggregatibacter
actinomycetemcomitans (Aa) e Porphyromonas gingivalis (Pg). Além disso, outros
fatores próprios de cada paciente ortodôntico podem alterar a saúde periodontal e
prejudicar ainda mais os periodontos de proteção e sustentação. O tabagismo, por
exemplo, acelera a reabsorção óssea alveolar e provoca maior perda de inserção
clínica, já que a nicotina inibe a proliferação de fibroblastos gengivais, a produção de
fibronectina e colágeno tipo I (ZERBINATTI; BORELLI NETO, 2000).
Demling et al. (2010) estudaram a influência, a curto prazo, do tratamento
ortodôntico lingual nos parâmetros microbianos e no estado de saúde periodontal.
Realizaram análise longitudinal dos parâmetros clínicos e microbianos após a
instalação de braquetes linguais em uma amostra de 10 pacientes (oito homens e duas
mulheres), na faixa etária de 23 a 36 anos (média de idade: 29 anos). A pesquisa teve
duas etapas: antes do tratamento (T0) e 3 meses após o tratamento (T1); os dentes
avaliados (“dentes índice”) foram o primeiro molar superior, o primeiro premolar superior
e o incisivo central superior, sendo controle as superfícies vestibulares. Foram utilizados
os índices BOP (sangramento à sondagem), PI (índice de placa), PPD (profundidade de
bolsa à sondagem) e PCR (reação em cadeia da polimerase), para detectar
Aggregatibacter actinomycetemcomitans (Aa) e Porphyromonas gingivalis (Pg) no fluido
11
crevicular. Observou-se que dispositivos ortodônticos linguais agravam os parâmetros
clínicos restritos aos locais de aplicação do referido acessório, enquanto que as
prevalências
relativas
de
Aggregatibacter
actinomycetemcomitans
(Aa)
e
Porphyromonas gingivalis (Pg) permaneceriam inalteradas.
Atualmente, percebe-se uma demanda crescente por estética, dos
adolescentes aos adultos que procuram algum tipo de tratamento ortodôntico “invisível”.
Essa inquietude pode ser resolvida com o uso de aparelho ortodôntico lingual. Mesmo
assim, após a colagem de braquetes, seja por qual for a técnica empregada, lesões de
mancha branca podem ser observadas a curto e longo prazo, como resultado das
alterações supracitadas na cavidade bucal. Ademais, existem diversos relatos sobre os
efeitos periodontais e microbiológicos do tratamento ortodôntico (BATONI et al., 2001;
CHANG; WALSH; FREER, 1999; GLANS; LARSSON; OGAARD, 2003; JORDAN;
LEBLANC, 2002; SINCLAIR et al., 1987).
Alguns estudos enfocaram os materiais usados para a colagem dos
braquetes à superfície dentária ou o próprio braquete (ANHOURY et al. 2002;
DEMLING et al., 2010; LIN et al., 2008; PASCHOS et al., 2009; SCHMIDLIN et al.,
2008), mas a investigação comparativa entre pacientes sob tratamentos ortodônticos
convencional e lingual tem sido limitada, à exceção de Valente e Eto (2006), que
realizaram uma comparação da profundidade de sulco gengival e Van der Veen et al.
(2010), que avaliaram aspectos relativos à cárie dentária. Portanto, o objetivo deste
estudo foi realizar uma análise comparativa da presença e dos efeitos do biofilme
dentário sobre a saúde periodontal em pacientes sob tratamentos ortodônticos
convencional e lingual, visando contribuir para uma avaliação clínica mais abrangente
12
dos periodontos de proteção e sustentação mediante o uso de braquetes linguais. A
hipótese nula indica que não há diferenças nos parâmetros clínicos avaliados em
pacientes submetidos a tratamento ortodôntico com braquetes convencionais e linguais.
2. PROPOSIÇÃO
Este estudo transversal teve por objetivo:
Analisar comparativamente, em pacientes sob tratamento ortodôntico
pelas técnicas convencional e lingual, alguns parâmetros clínicos periodontais que
refletem alterações na microflora bucal, quais sejam: Índice de Higiene Oral
Simplificado (IHO-S), Índice Gengival Modificado (IGM), Sangramento Gengival à
Sondagem e Lesão de Furca.
3. MATERIAL E MÉTODOS
O presente estudo foi realizado em conformidade com as normas e os
princípios universalmente aceitos para a pesquisa com seres humanos, tendo sido
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Cidade de São Paulo –
UNICID, sob protocolo # 13580292 (ANEXO A).
3.1 SELEÇÃO DA AMOSTRA
Este estudo clínico foi realizado com base em dados coletados por meio de
pesquisa transversal em uma amostra de pacientes sob tratamento ortodôntico fixo
pelas técnicas convencional e lingual. Foram avaliados 83 pacientes de ambos os
gêneros, regularmente atendidos em duas clínicas particulares, uma na cidade de São
Paulo-SP (clínica SP) e outra situada em Campo Grande-MS (clínica MS). Conforme a
Tabela 3.1, os pacientes sob tratamento ortodôntico lingual foram predominantemente
13
do gênero feminino em ambas as clínicas. As médias de idade variaram mais na clínica
SP (convencional: 19,6 anos ± 8,9; lingual: 34 anos ± 12,1) do que na MS
(convencional: 28,8 anos ± 14,2; lingual: 29,2 anos ± 10,5).
Tabela 3.1 – Distribuição da amostra conforme o gênero e a idade, nas duas clínicas de Ortodontia.
Idade (anos)
Clínica
Tratamento
Convencional
SP
Lingual
Convencional
MS
Lingual
Gênero
N
Média
DP*
Feminino
9
18,6
6,7
Masculino
11
20,5
10,6
Feminino
15
34,5
13,7
Masculino
6
32,8
7,8
Feminino
10
31,2
15,8
Masculino
10
26,4
12,8
Feminino
17
26,2
7,7
Masculino
5
39,4
13,3
N
Média
DP*
20
19,6
8,9
21
34,0
12,1
20
28,8
14,2
22
29,2
10,5
* DP: desvio padrão
O tempo médio (meses) que os pacientes iniciaram tratamento ortodôntico
lingual foi menor (SP: 20.7 meses ± 16,6; MS: 16,8 meses ± 9,3) em relação ao
calculado para o convencional (SP: 28,9 meses ± 20; MS: 18,4 meses ± 11,1). Convém
ressaltar que o tempo mínimo de dois meses foi observado para um único paciente sob
tratamento convencional. O restante da amostra utilizava aparelho há períodos
superiores.
3.1.1 Critérios de inclusão
Os pacientes incluídos na amostra atenderam aos seguintes critérios:
Anuência certificada pela assinatura do termo de consentimento livre e
esclarecido (APÊNDICE A);
14
Boa saúde geral e ausência de doenças sistêmicas, investigadas por
anamnese (APÊNDICE B);
Ausência de lesões de cárie extensas, destruições coronárias ou perda
óssea alveolar severa;
Ausência de uso contínuo de medicamentos que alterem a fisiologia bucal.
3.2 COLETA DOS DADOS CLÍNICOS
Os voluntários responderam a um questionário anamnésico individual,
contendo perguntas sobre a saúde geral e os métodos de higiene bucal, após o
fornecimento de instruções verbais. Subsequentemente, foram agendadas consultas
para o exame clínico de cada paciente, individualmente. A seleção da fase de
tratamento ortodôntico foi aleatória.
Previamente ao início da fase de avaliação clínica, o examinador
(Ortodontista) recebeu treinamento prático de um Periodontista, objetivando padronizar
a avaliação das características periodontais e dirimir dúvidas quanto à utilização dos
instrumentos selecionados. Subsequentemente, o examinador realizou os exames de
calibração com pacientes que não foram incluídos na amostra. Um grupo de 15
pacientes sob tratamento ortodôntico convencional, foi avaliado pelo pesquisador
executante em dois momentos com um intervalo mínimo de 15 dias entre as avaliações.
A concordância intraexaminador foi analisada por meio da estatística Kappa (κ). Com
base nas características pesquisadas, os coeficientes κ variaram de 0,9-1, indicando
concordância quase perfeita entre avaliações e, portanto, boa reprodutibilidade.
15
O examinador calibrado, paramentado com avental, gorro, óculos, bem como
máscaras e luvas descartáveis, e equipamento odontológico, realizou a avaliação da
quantidade de placa bacteriana visível, do Índice de Higiene Oral Simplificado (IHO-S),
do Sangramento Gengival à Sondagem, do Índice Gengival Modificado (IGM) e a
pesquisa de Lesão de Furca. Para tanto, foram utilizados, espelho clínico e sondas
periodontais OMS – Organização Mundial da Saúde (Hu-Friedy®, Chicago, Il, EUA) e
de Nabers (Hu-Friedy®, Chicago, Il, EUA). Os dados coletados foram registrados em
uma ficha clínica elaborada para o presente estudo (APÊNDICE B).
O Índice de Higiene Oral Simplificado (IHO-S) de Greene e Vermillion
(1964) permite atribuir valores de forma quantitativa aos diferentes graus de higiene
bucal. É considerado útil quando se estuda a epidemiologia das doenças periodontais e
do cálculo dentário, pretende-se determinar a eficiência da escovação dos dentes,
avaliar as práticas de higiene bucal de uma população e os efeitos imediatos ou
mediatos dos programas de educação odontológica utilizados para esta finalidade.
Com o IHO-S se avalia a presença de placa bacteriana e cálculo dentário
nas superfícies vestibular e lingual dos dentes padronizados (ou dentes chave):
Vestibular do primeiro molar superior direito (16 V);
Vestibular do incisivo central superior direito (11 V);
Vestibular do primeiro molar superior esquerdo (26 V);
Lingual do primeiro molar inferior esquerdo (36 L);
Vestibular do incisivo central inferior esquerdo (31 V);
Lingual do primeiro molar inferior direito (46 L).
16
Entretanto, na tentativa de registrar a presença de placa bacteriana visível
diretamente relacionada aos braquetes linguais dos dentes anteriores, foram avaliadas
as superfícies vestibulares e linguais de todos os dentes chave do parâmetro IHO-S.
O IHO-S é a combinação dos índices de acúmulo de placa bacteriana e de
cálculo. As notas para acúmulo de placa e cálculo variam de zero a três, de acordo com
os seguintes critérios:
Acúmulo de placa:
Grau zero (0) - ausência de placa;
Grau um (1) - presença de placa cobrindo não mais de 1/3 da superfície
examinada;
Grau dois (2) - presença de placa cobrindo mais de 1/3, mas não mais de
2/3 da superfície examinada;
Grau três (3) - presença de placa cobrindo mais de 2/3 da superfície
examinada.
Acúmulo de cálculo:
Grau zero (0) - ausência de cálculo supra ou subgengival;
Grau um (1) - presença de cálculo supragengival cobrindo não mais de 1/3
da superfície examinada;
Grau dois (2) - presença de cálculo supragengival cobrindo mais de 1/3 da
superfície, mas não mais de 2/3 da superfície examinada, ou presença de
pequenas porções de cálculo subgengival em torno da área cervical do
dente;
17
Grau três (3) - presença de cálculo supragengival cobrindo mais de 2/3 da
superfície examinada ou uma faixa contínua de cálculo subgengival ao
longo da região cervical do dente, ou ambos.
Calculam-se separadamente os índices de acúmulo de placa e cálculo e
posteriormente através do somatório dos graus atribuídos e da posterior divisão pelo
número de superfícies examinadas (6 superficies) será obtido o valor para o IHO-S:
Adequado: 0.0-1.2
Aceitável: 1.3-3.0
Deficiente: 3.1-6.0
O Índice Gengival Modificado (IGM) de Lobene et al. (1986) é um método
para avaliar a gravidade e a quantidade da inflamação gengival em indivíduos ou entre
membros de um grande grupo populacional. Este índice, derivado do Índice Gengival
de Löe and Silness (1963), não valoriza o potencial sangramento dos tecidos gengivais
tornando-se um índice não invasivo. Com a redefinição dos critérios para a inflamação
leve e moderada do índice gengival, o Índice Gengival Modificado aumenta a
sensibilidade na parte inferior da escala de avaliação. Os critérios de avaliação são:
0 = Ausência de inflamação
1 = Inflamação leve: ligeiras mudanças na cor e textura de qualquer porção,
mas não em toda a unidade gengival marginal ou papilar
2 = Inflamação leve: como o critério anterior, mas envolvendo toda a unidade
gengival marginal ou papilar
3 = Inflamação moderada: superfície brilhante, eritema, edema e/ou
hipertrofia da unidade gengival marginal ou papilar
18
4 = inflamação grave: eritema intenso, edema e/ou hipertrofia da unidade
gengival marginal ou papilar, sangramento espontâneo, congestão ou
ulceração
A gengiva circundante ao dente avaliado é dividida em 6 unidades de
pontuação gengival: papila vestibular distal, margem vestibular, papila vestibular mesial,
papila lingual distal, margem lingual, papila lingual mesial. Cada uma das 6 unidades
gengivais é valorizada segundo os critérios de avaliação do índice.
Se as pontuações ao redor de cada dente são somadas e divididas por 6, é
obtida a qualificação IGM para este dente. Somar todas as qualificações por dente e
dividir entre a quantidade de dentes examinados gera a qualificação IGM por pessoa. O
IGM também pode ser utilizado para valorizar uma região da boca ou apenas um grupo
de dentes. No caso desta pesquisa, foram avaliados os dentes chave do IHO-S (16, 11,
26, 36, 31 e 46).
As qualificações numéricas do IGM se relacionam com diversos graus de
gengivite clínica da seguinte maneira:
Qualificações do IGM
Grau de gengivite
0.1 – 1.0
Gengivite leve
1.1 – 2.0
Gengivite moderada
2.1 – 3.0
Gengivite severa
19
O Índice de Sangramento Gengival (ISG) de Ainamo e Bay (1975) foi
criado como recurso simples e apropriado para que o cirurgião dentista valorize o
avanço do paciente no controle da placa. O índice refere-se à presença ou ausência de
sangramento após de 10 segundos de uma delicada sondagem do sulco gengival com
sonda periodontal OMS. O sangramento pode aparecer mesmo sem características
clínicas visíveis de alterações marginais. O sangramento gengival é um sinal de
diagnóstico objetivo da inflamação. O sangramento frente a uma sondagem delicada do
sulco gengival pode ocorrer antes que mudanças na cor, forma ou textura estejam
aparentes. Para começar a avaliação, o examinador seca com ar a umidade excessiva
em um hemiarco superior e o hemiarco oposto inferior, a decisão de começar no
hemiarco direito ou esquerdo superior se toma aleatoriamente. A seguir, começando
pelo dente mais anterior do quadrante (incisivo central), o examinador coloca a sonda
periodontal OMS dentro do sulco no local vestibular e cuidadosamente desliza a sonda
em direção à área interproximal distal do último dente do quadrante (segundo ou
terceiro molar, se houver). Depois de sondar os locais do quadrante, o examinador
registra a presença ou ausência de sangramento no local sondado, e isto se expressa
como uma porcentagem do número total de margens gengivais analisadas. Para fins
estatísticos, foi considerada a presença ou ausência de sangramento à sondagem em
dentes e papilas (anteriores/posteriores; superiores/inferiores).
A Lesão de Furca determina a destruição do ligamento e/ou osso na região
da furca no sentido horizontal dos elementos dentários multirradiculares. Para a
inspeção da furca foi utilizada a sonda Nabers e as áreas de avaliação foram:
Região vestibular média de molares superiores e inferiores.
20
Região lingual média de molares inferiores.
Região proximal mesial e distal de molares superiores.
O valor com que se registra cada avaliação corresponde aos seguintes
critérios:
F1: perda horizontal do tecido periodontal de suporte não excedendo 1/3 da
largura do dente (a gengiva recobre a furca)
F2: perda horizontal do tecido de suporte excedendo1/3 da largura do
dente, mas não envolvendo toda a extensão da área da furca (a gengiva
recobre a furca)
F3: destruição horizontal de “lado a lado” (de vestibular para lingual, ou da
proximal para vestibular ou lingual nos trirradiculares) ou dos tecidos
periodontais na área da furca (a gengiva recobre a furca)
F4: a gengiva esta mais apical em relação à furca
No presente estudo, houve sondagem na região de furca dos dentes 16, 26,
36 e 46.
3.3 DIAGNÓSTICO DE SAÚDE PERIODONTAL
Após o exame clínico, cada paciente recebeu um breve parecer sobre suas
condições de saúde periodontal. Em adição, o examinador forneceu a cada paciente
instruções verbais e práticas sobre higiene bucal e um conjunto de escova e creme
dental (Colgate®).
21
3.4 ANÁLISES ESTATÍSTICAS
A análise descritiva compreendeu a distribuição das frequências de
pacientes que apresentavam placa bacteriana visível em dente anterior e posterior
(neste caso, superior e inferior), nas superfícies vestibular e lingual, conforme o
tratamento e a clínica (procedência). O sangramento à sondagem foi classificado como
presente/ausente em um ou mais dentes e papilas interproximais anteriores e
posteriores (nos arcos superior e inferior).
Após aplicação do IHO-S, constatou-se ausência de pacientes com nota > 3
(deficiente). Dos 83 pacientes observados, 79 (95,2%) apresentaram IHO-S igual a 1
(adequado) e apenas 4 (4,8%) tiveram IHO-S igual a 2 (aceitável). Portanto, para
finalidades estatísticas os pacientes foram dicotomizados em IHO-S adequado/IHO-S
aceitável. Com base nos dados do IGM, verificou-se que os pacientes apresentaram
notas variando de 0 (adequado) a 0,7 (gengivite leve), sendo que nos pacientes com
alteração, as notas variaram de 0,1 a 0,7 (esta última para apenas um paciente). Desse
modo, esta variável também foi dicotomizada em: adequado/gengivite leve. Apenas
dois pacientes apresentaram lesão de furca em grau 1, o que inviabilizou as
comparações.
Para analisar possíveis efeitos do tipo de tratamento e da procedência dos
pacientes sobre as frequências de placa bacteriana visível, sangramento à sondagem,
o IHO-S e o IGM, foram ajustados modelos de regressão logística. O nível de
significância pré-estabelecido foi de 5%. As análises foram realizadas por meio do
software R versão 2.15.1 (The R Foundation for Statistical Computing, Viena, Áustria).
22
CONCLUSÕES
Com base nos resultados deste estudo, conclui-se que as condições clínicas de
saúde periodontal foram aceitáveis para ambos os tipos de tratamento. Houve
frequências significativamente maiores de placa bacteriana nas superfícies vestibulares
dos dentes anteriores e posteriores superiores em pacientes sob tratamento
convencional.
Os
pacientes
sob
tratamento
lingual
apresentaram
frequência
significantemente elevada de placa bacteriana nas superfícies linguais anteriores.
Contudo, não foi possível observar qualquer efeito do tratamento sobre o IHO-S.
Os
pacientes
sob
tratamento
convencional
apresentaram
frequências
significativamente altas de gengivite leve nas regiões vestibulares dos dentes
anteriores, posteriores superiores e de papilas anteriores. Estes pacientes também
apresentaram frequências de sangramento à sondagem significativamente maiores nas
superfícies livres posteriores. Os pacientes sob tratamento lingual tiveram gengivite leve
com maior frequência nas regiões linguais de papilas anteriores.
23
REFERÊNCIAS∗
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of oral streptococci to various orthodontic brackets. J Dent Res. 2002;81(6):411-5.
Ahn SJ, Lim BS, Lee SJ. Prevalence of cariogenic streptococci on incisor brackets
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2007;131(6):736-41.
Ainamo J, Bay I. Problems and proposals for recording gingivitis and plaque. Int
Dent J. 1975 Dec;25(4):229-35.
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