descobrimento do brasil

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DESCOBRIMENTO DO BRASIL
História do Brasil Colônia, a história do descobrimento do Brasil, os
primeiros contatos
entre portugueses e índios, o escambo, a exploração do pau-brasil
Primeiros contatos entre portugueses e índios
Em 22 de abril de 1500 chegava ao Brasil 13 caravelas portuguesas lideradas
por Pedro Álvares Cabral. A primeira vista, eles acreditavam tratar-se de um
grande monte, e chamaram-no de Monte Pascoal. No dia 26 de abril, foi
celebrada a primeira missa no Brasil.
Após deixarem o local em direção à Índia, Cabral, na incerteza se a terra
descoberta tratava-se de um continente ou de uma grande ilha, alterou o nome
para Ilha de Vera Cruz. Após exploração realizada por outras expedições
portuguesas, foi descoberto tratar-se realmente de um continente, e novamente o
nome foi alterado. A nova terra passou a ser chamada de Terra de Santa Cruz.
Somente depois da descoberta do pau-brasil, ocorrida no ano de 1511, nosso
país passou a ser chamado pelo nome que conhecemos hoje: Brasil.
A descoberta do Brasil ocorreu no período das grandes navegações, quando
Portugal e Espanha exploravam o oceano em busca de novas terras. Poucos
anos antes da descoberta do Brasil, em 1492, Cristóvão Colombo, navegando
pela Espanha, chegou a América, fato que ampliou as expectativas dos
exploradores. Diante do fato de ambos terem as mesmas ambições e com
objetivo de evitar guerras pela posse das terras, Portugal e Espanha assinaram o
Tratado de Tordesilhas, em 1494. De acordo com este acordo, Portugal ficou
com as terras recém descobertas que estavam a leste da linha imaginária ( 200
milhas a oeste das ilhas de Cabo Verde), enquanto a Espanha ficou com as
terras a oeste desta linha.
Mesmo com a descoberta das terras brasileiras, Portugal continuava empenhado
no comércio com as Índias, pois as especiarias que os portugueses encontravam
lá eram de grande valia para sua comercialização na Europa. As especiarias
comercializadas eram: cravo, pimenta, canela, noz moscada, gengibre,
porcelanas orientais, seda, etc. Enquanto realizava este lucrativo comércio,
Portugal realizava no Brasil o extrativismo do pau-brasil, explorando da Mata
Atlântica toneladas da valiosa madeira, cuja tinta vermelha era comercializada
na Europa. Neste caso foi utilizado o escambo, ou seja, os indígenas recebiam
dos portugueses algumas bugigangas (apitos, espelhos e chocalhos) e davam em
troca o trabalho no corte e carregamento das toras de madeira até as caravelas.
Foi somente a partir de 1530, com a expedição organizada por Martin Afonso
de Souza, que a coroa portuguesa começou a interessar-se pela colonização da
nova terra. Isso ocorreu, pois havia um grande receio dos portugueses em
perderem as novas terras para invasores que haviam ficado de fora do tratado de
Tordesilhas, como, por exemplo, franceses, holandeses e ingleses. Navegadores
e piratas destes povos, estavam praticando a retirada ilegal de madeira de nossas
matas. A colonização seria uma das formas de ocupar e proteger o território.
Para tanto, os portugueses começaram a fazer experiências com o plantio da
cana-de-açúcar, visando um promissor comércio desta mercadoria na Europa.
Grandes Navegações
Dentre os acontecimentos que assinalaram a passagem para os tempos modernos,
destacam-se, pela profundidade de suas conseqüências, as Grandes Navegações.
Nessa época, os europeus contornaram a África, estabeleceram novas rotas comerciais
com o Oriente, circunavegaram o mundo e chegaram às Américas. Reconhecido como o
primeiro passo no complexo processo d e globalização do planeta, o expansionismo
marítimo possibilitou aos europeus o domínio de várias regiões do mundo durante um
longo período.
A expansão marítima
De forma geral, podemos dizer que os europeus foram impelidos a empreender as
Grandes Navegações por duas razões econômicas: a necessidade de expandir o
comércio e de obter grandes quantidades de metais preciosos.
Entretanto, nem só de causas econômicas se faz a história. Havia também naquelas
circunstâncias uma influência de outros estímulos pessoais, espírito de aventura e favor
religioso. Na Península Ibérica, por exemplo, disseminou-se a idéia de que, uma vez
expulsos os muçulmanos do território, seria preciso propagar a fé cristã por todas as
regiões do mundo.
Reunidos esses anseios, o Estado moderno, com sua monarquia fortalecida e unificada,
surgiu como instrumento capaz de concretizá -los. Graças ao apoio da burguesia, aos
impostos cobrados da população e aos empréstimos contraídos junto aos banqueiros, o
rei pôde reunir o capital necessário para financiar as viagens marítimas.
O Atlântico como solução
Já vimos que o comércio, tendo ressurgido na Europa a partir do século XI, vinha
crescendo rapidamente, estimulado em gran de parte pela abertura do Mediterrâneo e
pelo restabelecimento dos contatos com o Oriente, após as Cruzadas. Esse crescimento,
que havia sido interrompido em virtude da crise do século XIV, foi retomado em
seguida, ainda com mais vigor.
No início do século XV, era intenso o comércio de produtos orientais: as chamadas
especiarias – cravo, canela, pimenta – seda e outros artigos. Esses produtos eram
trazidos do Oriente pelos árabes até os portos do Mediterrâneo, onde eram comprados,
principalmente, pelos mercadores da península Itálica, que os revendiam na Europa.
Esse quase monopólio encarecia muito os artigos orientais. Impedidos de efetuar
negócios mais lucrativos, os comerciantes de outras regiões começaram a procurar no
Atlântico a saída para esse entrave.
Especiarias
As especiarias eram vegetais tropicais inexistentes na Europa, como pimenta, cravo,
gengibre, noz-moscada, cominho, açafrão, canela, ruibarbo, sândalo e aloés. Eram
utilizadas de muitos modos pelos europeus: na farmacopéia, serviam para a composi ção
de remédios; na culinária, eram usadas no tempero dos alimentos, tornando -os mais
saborosos e digestivos, e ajudando na sua conservação, principalmente na das carnes,
que estragavam com facilidade; na fabricação de corantes, algumas especiarias (aloés,
açafrão) eram usadas na composição de tintas e no tingimento de tecidos. Eram usadas
também na preparação de perfumes ou de cosméticos.
A queda de Constantinopla
Por muito tempo, um grande número de historiadores considerou decis iva para a
expansão marítima a tomada de Constantinopla pelos turcos, em 1453. Com a queda da
cidade, acreditava-se que o comércio entre o Ocidente e o Oriente teria sido
interrompido na região do Mediterrâneo.
Entretanto, é importante ressaltar que esse acontecimento, embora tenha dificultado o
comércio das especiarias, não o impediu. Ele passou a ser monopolizado ainda mais
pelas cidades da Península Itálica. Além disso, quando os turcos tomaram
Constantinopla, os portugueses já haviam dado início às suas viagens marítimas e à
exploração da costa africana.
O mercantilismo e a procura de metais preciosos
Outro fator que levou os europeus a realizar as navegações foi a busca de metais
preciosos. De fato, a expansão do comércio acarretava uma necessidade crescente
desses metais para a cunhagem de moedas. Ora, boa parte do ouro e da prata existentes
na Europa era destinada ao pagamento de merca dorias no comércio com o Oriente. Por
isso, os dois metais se tornaram escassos no continente, forçando a procura por novas
fontes fora da Europa.
Progressos técnicos e científicos
Contribuíram também para as conquistas marítimas os avanços efetuados na técnica de
navegação em alto-mar e o aprofundamento dos conhecimentos científicos alcançado
pelos europeus no século XV.
Entre os progressos técnicos estavam instrumentos como a bússola e o astrolábio, além,
é claro, da caravela. Muitos desses equipamentos já eram utilizados por outros povos e
foram aperfeiçoados e adaptados pelos portugueses à navegação marítima.
Duas outras novidades estavam no campo bélico e foram decisivas para o domínio
europeu sobre outros povos: a pólvora e o canhão, trazidos do Oriente. De posse da
bússola, do astrolábio e da caravela, os europeus puderam ir muito longe com suas
expedições marítimas. Os canhões e a pólvora, por sua vez, possibilitaram a conquista
de terras de outros continentes.
Portugal e o desafio do Atlântico
A que se deveu o papel pioneiro desempenhado por Portugal no processo das Grandes
Navegações? Por que foi possível a esse país tã o pequeno lançar-se ao Atlântico e
construir um império transoceânico muito antes que o fizessem reinos maiores e mais
poderosos?
Caravela Vera Cruz no rio Tejo, nas comemorações dos 150 Anos da Associação Naval
de Lisboa
Até meados do século XV, a principal rota comercial do mundo europeu era a que
ligava por terra as cidades da costa do Mediterrâneo às do norte da Europa. Com a
Guerra dos Cem Anos (1337 – 1453), essa via entrou em decadência. O comércio
passou a ser realizado por uma rota marítima que partia do mar Báltico e do mar do
Norte e chegava ao Mediterrâneo. Essa troca de rotas foi possível graças aos progress os
obtidos na arte de navegar e nas técnicas de construção naval.
Com a mudança, as regiões centrais do continente europeu acabaram perdendo
importância comercial. As regiões costeiras ao Atlântico, ao contrário, foram
beneficiadas, tornando-se passagem obrigatória dos mercadores que transitavam entre o
norte e o sul do continente em busca de negócios lucrativos.
Assim, a nova rota marítima deu a Portugal, no século XIV, a oportunidade de integrar se às atividades mercantis efetuadas entre as regiões mais prósperas do continente
europeu. As conseqüências imediatas para os portugueses foram o crescimento de
cidades portuárias, como Lisboa e Porto, e a realização de contatos comerciais regulares
com as cidades da Península Itálica e com a França, a Inglaterra, Flandres e as cidades
do Sacro Império Romano-Germânico.
Mas efetuar as navegações costeiras entre o norte da Europa e o Mediterrâneo constituía
um empreendimento inteiramente diferente de enfrentar o oceano Atlântico para além
dos limites da costa. Na época o Atlântico era chamado de "Mar Tenebroso", pois
acreditava-se, entre outras coisas, que fosse formado por águas ferventes e precipícios.
Povoado por monstros, era o limite do mundo conhecido, de onde nenhum marinheiro
retornava.
A atividade pesqueira, prática largamente difundida no litoral português, sem dúvida
contribuiu para que os portugueses se familiarizassem com o oceano Atlântico e
aprendessem a enfrentar o mar aberto.
Além disso, as cidades portuárias de Portugal funcionavam como uma espécie de
entrepostos para o abastecimento das embarcações que utilizavam a rota marítima do
Atlântico. Como conseqüência, Portugal acabou se transformando em um importante
centro onde circulavam as idéias mais avançadas a respeito de navegação.
Nessa época, o Infante D. Henrique, o navegador – filho do rei dom João I –, reuniu
muitos cartógrafos, navegadores e astrônomos para desenvolver em Sagres estudos e
experiências náuticas. Mais tarde, o conjunto de idéias ali gerado foi denominado
Escola de Sagres.
Navegar é preciso
Diversos setores da sociedade portuguesa estavam interessados nos benefícios
propiciados pelas navegações. Os motivos eram os mais variados e compreendiam,
entre outros, aspectos políticos, econômicos e religiosos.
A monarquia portuguesa desejava fortalecer seu poder e construir um império. Para
isso, fazia-se necessário conquistar novas terras e controlar uma vasta rede comercial.
Os motivos da nobreza não eram muito diferentes. Os nobres vislumbravam na
expansão territorial uma oportunidade para conquistar terras, riqueza, títulos e, claro,
mais prestígio. A Igreja, por sua vez, estava interessada em expandir a fé católica e
aumentar o número de fiéis.
Para a burguesia, os motivos eram bastante evidentes: a expansão territorial e o contato
com outros povos só fariam aumentar as atividades comerciais e os lucros. Finalmente,
para o chamado “povo miúdo” as navegações abriam possibilidades de trabalho, de
ascensão social, de aventuras e de enriquecimento rápido.
Pela costa africana
A expansão portuguesa começou em 1415, com a tomada de Ceuta, importante centro
comercial dominado pelos muçulmanos no norte da África.
Em seguida, Portugal ocupou as ilhas de Madeira, Açores e Cabo Verde, no oceano
Atlântico. Aí, a colônia portuguesa realizou uma experiência de colonização,
implantando o cultivo de cana-de-açúcar. Essa experiência serviria mais tarde de
modelo para a ocupação das terras americanas.
A expansão estendeu-se ao longo do litoral africano, onde os portugueses obtinham
produtos como pimenta, ouro e marfim. Em 1434, Gil Eanes venceu o desafio da
ultrapassagem do cabo Bojador, onde vários navegadores já haviam na ufragado. Nessa
mesma época, deram início ao tráfico de escravos africanos, levando -os para as colônias
nas ilhas no Atlântico ou comercializando -os na Europa.
Somente várias décadas mais tarde, entre 1487 e 1488, Bartolomeu Dias alcançou o
cabo das Tormentas, no extremo sul da África, rebatizado pelo rei de Portugal de cabo
da Boa Esperança.
Este último feito abriria caminho para a realização de um projeto mais ambicioso, que
havia se esboçado após a conquista d o cabo Bojador: chegar às Índias contornando a
África.
Em 1497, dez anos após a viagem de Bartolomeu Dias, o rei dom Manuel o Venturoso
(1495 – 1521), entregou a Vasco da Gama o comando de uma expedição que deveria
estabelecer relações comercias com as Índias. Dez meses depois da partida, em maio de
1498, Vasco da Gama chegava a Calecute, próspera cidade do litoral indiano. Seu
retorno a Lisboa ocorreu em setembro de 1499. De sua expedição, restaram apenas dois
navios e 55 homens e a certeza de poder estabelecer uma rota comercial entre a Europa
e o Oriente contornando o litoral da África.
Vera Cruz
Mapa antigo do Brasil feito pelos exploradores portugueses em 1519.
Animado com as possibilidades de lucros qu e a rota recém-aberta oferecia, dom Manuel
organizou uma nova expedição. Seu objetivo principal era impor o domínio português
sobre o comércio dos produtos orientai s.
Comandada por Pedro Álvares Cabral, a frota partiu em março de 1500. Mas não tomou
diretamente o rumo para as Índias. Provavelmente, tinha um outro objetivo não
declarado: tomar posse de uma enorme porção de terras no Atlântico sul. Assim,
abandonou o litoral africano em direção ao mar aberto e, em 22 de abril, chegou às
terras que denominou ilha de Vera Cruz e que, mais tarde, passariam a se chamar Brasil.
Depois de formalizar a posse das terras em nome de Portugal, Cabral enviou a Lisboa
um navio com informações sobre a conquista e prosseguiu viagem em direção ao
Oriente.
Os europeus ainda não sabiam, mas a porção de terras encontrada fazia parte de um
enorme continente, que seria batizado com o nome de América e que desde 1492 era
explorado na parte norte, pelos espanhóis.
Controvérsias
A chegada de Pedro Álvares Cabral à América teria sido intencional ou ocasional? Esse
debate ocupou por várias décadas os historiadores. Hoje, muitos acreditam já não haver
motivos para insistir nessa velha discussão. Há muito se sabe que alguns navegantes
estiveram no litoral brasileiro pouco antes de Cabral. Sabe -se também que este não
chegou ao Brasil por acaso. Essa convicção encontra apoio em várias fontes. Bastante
citado, por exemplo, é o livro Esmeraldo de Situ Orbis, escrito entre 1505 e 1508, por
Duarte Pacheco Pereira, membro da expedição de Cabral, q ue a certa altura menciona:
"[...]temos sabido e visto como no ano de Nosso Senhor de 1498, vossa Alteza nos
mandou descobrir a parte ocidental da grandeza do mar Oceano, onde é achada e
navegada grande terra firme e com muitas e grandes ilhas adjacentes a ela".
Portugal comanda o comércio
Com a descoberta do caminho marítimo para as Índias, intensificou -se o comércio de
especiarias. o aumento da oferta desses produtos levou à queda dos preços no mercado.
À medida que mais pessoas podiam comprá -los, ampliavam-se as atividades comerciais
na Europa.
A partir desse momento, a rota do Mediterrâneo entraria em decadência, provocando o
enfraquecimento das cidades mercantes da Península Itálica.
Portugal alçou-se ao primeiro plano entre os Estados mais poderosos da Europa. Essa
condição, todavia, duraria pouco tempo, pois logo a rota das Índias começou a ser
disputada por outras potências européias. Portugal voltou -se então para a exploração das
terras americanas.
Colombo chega à América
Cristóvão Colombo
Embora os espanhóis já tivessem, no início do século XV, tomado posse das ilhas
Canárias, no oceano Atlântico, a noroeste da África, sua expansão marítima e comercial
só começou efetivamente em 1492, após a expulsão definitiva dos muçulmanos da
Península Ibérica.
Ainda em 1492, uma expedição comandada por Cristóvão Colombo tomou posse, em
nome dos reis espanhóis, de terras localizadas na região central da América.
Colombo tinha a intenção de atingir o Oriente navegando em direção ao Ocidente. Ao
contrário do senso comum, defendia a idéia de que a terra era redonda, e não plana
como a maior parte da população acreditava ser.
Navegando conforme seus planos, Colombo encontrou a atual Ilha de São Domingos,
na América Central. Imaginou ter chegado às Índias. Por essa razão, chamou de índios
os habitantes do lugar.
O feito de Colombo criou um problema para Portugal. Supõe -se que os portugueses já
desconfiavam da existência de território a sudoeste do oceano Atlântico.
Para tentar solucionar a disputa entre os dois reinos ibéricos, foi feita uma série de
acordos. Contudo, somente em 1494 celebrou-se um acordo definitivo: o Tratado de
Tordesilhas. Nele ficava estabelecida uma divisão de territórios entre portugueses e
espanhóis.
O Tratado de Tordesilhas
Para estabelecer os domínios no Atlântico foi necessária uma longa batalha diplomática
entre Espanha e Portugal.
Pouco depois da volta de Cristóvão Colombo, o papa expediu, em maio de 1493, a Bula
Inter Coetera, que reconhecida ao reino de Castela o domínio sobre todas as terras que
se encontrassem a oeste de um meridiano localizado a 100 léguas a oeste das ilhas de
Açores e Cabo Verde.
Portugal, sentindo-se prejudicado, não aceitou a bula papal e exigiu uma negociação
direta. O resultado foi o Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494, em que os reinos
ibéricos estabeleceram uma divisão do mundo.
Segundo o tratado, terras e mares encontrado s ou por encontras (desde que não
pertencentes a nenhum rei cristão) seriam divididos entre Espanha e Portugal. O
meridiano que passa a 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde foi tomado como
linha divisória. As terras localizadas a leste pertenciam a P ortugal. As restantes seriam
da Espanha.
Para os portugueses, o tratado era altamente positivo, pois lhes assegurava a posse do
litoral atlântico da África, região que já vinham explorando. A Espanha acabaria
impondo seu domínio a grande parte do continent e americano e sobre os povos que o
habitavam. Com os metais preciosos encontrados no novo continente, tornar -se-ia a
nação mais rica da Europa. Por isso na história espanhola o século XVI ficou conhecido
como "o século de ouro".
Inglaterra, França e Holanda
Descontentes com a divisão do mundo entre Espanha e Portugal pelo Tratado de
Tordesilhas, Inglaterra, França e Holanda desconheceram o acordo e procuraram atuar
por diversos meios contra as colônias e os navios ibéricos. Um desses meios era a
pirataria.
Mais tarde, iniciaram a conquista de áreas não colonizadas pelos espanhóis na América
do Norte e nas Antilhas, e foram aos poucos tomando pela força terras já ocupadas pelos
dois reinos ibéricos, além de diversas tentativas de retirar o Brasil do controle dos
portugueses.
Navegações e mercado mundial
As Grandes Navegações deram ao comércio europeu um impulso extraordinário. Para se
ter uma idéia desse crescimento, basta lembrar que, em sua viagem às Índias, Vasco da
Gama trouxe de lá especiarias que renderam a Portugal um lucro de 6000%.
Além de colocar no mercado europeu quantidades inusitadas de mercadorias, o novo
comércio estabeleceu um intercâmbio sem precedentes entre os diversos continentes . O
mundo todo começava a ser unificado pelo comércio.
Essas mudanças operaram uma verdadeira revolução nas relações internacionais, nos
hábitos de consumo, nas mentalidades, na organização das sociedades européias e
nãoeuropéias.
Além disso, consolidaram o poder absolutista dos reis e fizeram da burguesia
o grande agente das transformações sociais. Esse processo ficaria conhecido mais tarde
como Revolução Comercial.
Fonte: Wikipédia.
www.marexsupply.com.br
Pela costa africana
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