O MAL DITO Espetáculo Prorroga temporada Figura 1 Fransérgio Araújo, foto de Vinicius Carvalho Inspirado em Isidore Ducasse e interpretado por Fransérgio Araújo, da Cia Ópera Ritual, o espetáculo O Mal Dito prorroga temporada no Espaço dos Satyros I. A partir de 04 de junho o espetáculo acontece as terças e domingos, às 21h e no mês de julho (07) somente aos domingos às 21h. Fransérgio Araújo, sozinho em cena, propõe uma construção teatral inusitada e visceral dos Cantos de Maldoror, de Isidore Ducasse. O livro poético foi escrito entre os anos de 1868 e 1869 e descreve cenas brutais, em que a crueldade, a maldade, a covardia e a estupidez humanas são os principais protagonistas da violência extrema. Trazer à cena a poética maldita de Isadore Ducasse é um desafio para qualquer ator. O autor é referência para grandes intelectuais de todo o mundo, e atemporal, foi admirado por importantes nomes da literatura universal como André Gide, Breton, Gaston Barchelard, Sartre, Camus, entre outros. Sinopse Um homem atormentado por sua existência questiona a razão da sua vida. Sua revolta contra o Criador o transforma em um individuo cruel, seu pessimismo o deprime. Ter assistido a morte de sua mãe quando era adolescente fez o autor impor a si ações humanas virulentas. Acreditando na morte como saída do seu desespero, ele dá seus últimos suspiros para fugir da crucificação, imposta pela providência divina. A Montagem Com uma pesquisa corporal baseada no Teatro da Crueldade de Antonin Artaud, a montagem desse espetáculo busca um vínculo com a exposição dos sentidos, apoiando-se na radicalidade, em busca de uma interpretação hipersensorial, para fugir ao naturalismo e autocontrole dos dias atuais. A pesquisa vivenciou também processos esquizofrênicos e bipolares e surtos psicóticos do próprio ator-autor durante sua pesquisa de atuação. A montagem pretende, por meio do trabalho performativo do ator, mostrar as entranhas que movem a revolta contra sua própria existência, especificamente aquela apoiada na maldade humana. A peça se propõe a desumanizar o individuo para que ele descubra de fato o que é ser humano. A Cia Ópera Ritual e o Teatro Selvagem A Cia Ópera Ritual nasceu para investigar e se aprofundar no conceito do Teatro Selvagem, que se baseia no "teatro e a peste", de Antonin Artaud. Em busca de um aprimoramento das técnicas para execução de um teatro que possa causar impacto sensorial e energético, a Cia Ópera Ritual quer despertar o pensamento transformador no intérprete e no espectador. O Teatro Selvagem é um teatro xamânico, fundamentado na fúria santa e no desregramento das emoções. É a força da metamorfose a serviço da vida. A identificação com a natureza selvagem é a inspiração para um rito desumanizador no sentido da extirpação do automatismo humano. A respiração fixada nos órgãos do corpo humano é o apoio para o salto vigoroso em direção à concentração ritualística. A atuação e direção de Fransérgio Araújo Trabalho autoral construído por Fransérgio Araújo, o objetivo aqui nesta performance é personalizar a atuação de forma a construir uma nova situação dramática a cada nova temporada, onde o a encenação se torne apenas objeto de execução da verve do ator. Fransérgio Araújo já atuou, em sua trajetória, com muitos diretores consagrados: José Celso Martinez Corrêa, Márcio Aurélio, Ron Daniels, Hamilton Vaz Pereira, Gleides Pamplona, Marcelo Drummond, Renée Gumiel, Tica Lemos, Antonio Mercado, Cesár Augusto, Lourival Paris, Roger Avanzi e Jacqueline Laurence. O autor Isidore Ducasse Segundo o ator Fransérgio Araújo, “a obra de Isidore Ducasse é enigmática, estranha. Diria que ela se utiliza da revolta, comum ao homem, para expressar o contrário, ou seja, a máxima docilidade que pode se encontrar no ser humano. Ele trabalha nestes dois extremos: entre a maldade humana e a vontade de superação deste sentimento. Lautréamont é um poeta para se saborear lentamente, degustando bem devagar. Sua imaginação delirante é de uma lucidez visionária”. Conde de Lautréamont é o pseudônimo do escritor francês Isidore Ducasse, nascido em 1846 e morto em 1870. Nestes vinte e quatro anos de existência, deixou um violento e longo livro intitulado "Cantos de Maldoror", admirados por Verlaine, André Gide e André Breton e estudados por Gaston Bachelard. Nascido no Uruguai, o autor morreu misteriosamente em 1870, desconhecido, em Paris. Serviço Maio – Até 31 de maio ->>> Sextas às 23h59 e domingos às 21h Junho – 04 de junho ->>> Terças e Domingos às 21h Julho – 07 de julho ->>> Domingos às 21h Ingressos 30 reais (meia 15 reais para idosos, estudantes e classe teatral) Local Teatro Satyros I - Praça Roosevelt, 214 - Fone: (11) 3258-6345 Lotação 60 lugares Duração 50 minutos Recomendação 14 anos Ficha Técnica Atuação e direção - Fransérgio Araújo Tradução - Claudio Willer Supervisão de Figurinos - Flávio Arciole Supervisão de Luz - Rudolfo García Vázquez Supervisão de Cenário - Rita Peripato Fotos de divulgação - Vinicius Carvalho Observação: O espetáculo conta também com uma participação especial de um guitarrista convidado para compor ao vivo uma trilha sonora a cada espetáculo. Produção Cia Ópera Ritual Informações para a imprensa Canal Aberto Assessoria de Imprensa Márcia Marques Fones: 011 2914 0770/ 3798 9510 Celular: 011 9 9126 0425 Email: [email protected] SKYPE: canal.aberto www.facebook.com/CanalAbertoAssessoriaDeImprensa www.canalaberto.com.br