EPILEPSIA / CONVULSÃO - ATAQUE EPILÉPTICO Sinônimos

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EPILEPSIA
EPILÉPTICO
/
CONVULSÃO
-
ATAQUE
Sinônimos: epilepsia, ter um ataque, finar-se;
desmaio com tremor
O que é?
Epilepsia é uma doença neurológica
crônica, podendo ser progressiva em
muitos casos, principalmente no que
se relaciona a alterações cognitivas,
freqüência e gravidade dos eventos
críticos. É caracterizada por crises
convulsivas recorrentes, afetando cerca de 1% da
população mundial.
Uma crise convulsiva é uma descarga elétrica
cerebral desorganizada que se propaga para todas as
regiões do cérebro, levando a uma alteração de toda
atividade cerebral. Pode se manifestar como uma
alteração comportamental, na qual o indivíduo pode
falar coisas sem sentido, por movimentos
estereotipados de um membro, ou mesmo através de
episódios nos quais o paciente parece ficar "fora do
ar", no qual ele fica com o olhar parado, fixo e sem
contato com o ambiente.
A descarga elétrica neuronal anômala que geram as
convulsões podem ser resultante de neurônios com
atividade funcional alterada (doentes), resultantes de
massas tumorais, cicatrizes cerebrais resultantes de
processos
infecciosos
(meningites,
encefalites),isquêmicos ou hemorrágicos (acidente
vascular cerebral), ou até mesmo por doenças
metabólicas (doenças do renais e hepáticas), anóxia
cerebral (asfixia) e doenças genéticas. Muitas vezes,
a origem das convulsões pode não ser estabelecida,
neste caso a epilepsia é definida como criptogênica.
Como se desenvolve?
O mecanismo desencadeador das crises pode ser
multifatorial. Em muitas pessoas, as crises
convulsivas podem ser desencadeadas por um
estímulo visual, auditivo, ou mesmo por algum tipo
específico de imagem. Nas crianças, podem surgir
na vigência de febre alta, sendo esta de evolução
benigna, muitas vezes não necessitando de
tratamento.
Nem toda crise convulsiva é caracterizada como
epilepsia. Para tal, é preciso que o indivíduo tenha
apresentado, no mínimo, duas ou mais crises
convulsivas no período de 12 meses, sem apresentar
febre, ingestão de álcool , intoxicação por drogas ou
abstinência, durante as mesmas.
O que se sente?
A sintomatologia apresentada durante a crise vai
variar conforme a área cerebral em que ocorreu a
descarga anormal dos neurônios. Pode haver
alterações motoras, nas quais os indivíduos
apresentam movimentos de flexão e extensão dos
mais variados grupos musculares, além de alterações
sensoriais, como referidas acima, e ser acompanhada
de perda de consciência e perda do controle
esfincteriano.
As crises também podem ser precedidas por uma
sintomatologia vaga, como sensação de mal estar
gástrico, dormência no corpo, sonolência, sensação
de escutar sons estranhos, ou odores desagradáveis e
mesmo de distorções de imagem que estão sendo
vistas.
A grande maioria dos pacientes, só percebem que
foram acometidos por uma crise após recobrar
consciência, além disso podem apresentar, durante
este período, cefaléia, sensibilidade à luz, confusão
mental, sonolência, ferimentos orais (língua e
mucosa oral).
Como o médico faz o diagnóstico?
O diagnóstico é realizado pelo médico neurologista
através de uma história médica completa, coletada
com o paciente e pessoas que tenham observado a
crise. Além disso, pode ser necessário exames
complementares como eletroencefalograma (EEG) e
neuroimagem, como tomografia e/ou ressonância
magnética de crânio. O EEG é um exame essencial,
apesar de não ser imprescindível, pois o diagnóstico
é clínico.
Ele ao serve apenas para o diagnóstico, como
também para monitorar a evolução do tratamento.
Outro exame complementar que pode ser utilizado é
o vídeo-EEG, no qual há registro sincronizado da
imagem do paciente tendo a crise e o traçado
eletroencefalográfico deste momento. As técnicas de
neuroimagem são utilizadas para investigação de
lesões cerebrais capazes de gerar crises convulsivas,
fornecendo informações anatômicas, metabólicas e
mesmo funcionais.
Como se trata?
O tratamento da epilepsia é realizado através de
medicações que possam controlar a atividade
anormal dos neurônios, diminuindo as cargas
cerebrais anormais. Existem medicamentos de baixo
custo e com poucos riscos de toxicidade.
Geralmente, quando o neurologista inicia com um
medicamento, só após atingir a dose máxima do
mesmo, é que se associa outro , caso não haja
controle adequado da epilepsia.
Mesmo com o uso de múltiplas medicações, pode
não haver controle satisfatório da doença. Neste
caso, pode haver indicação de cirurgia da epilepsia.
Ela consiste na retirada de parte de lesão ou das
conexões cerebrais que levam à propagação das
descargas anormais. O procedimento cirúrgico pode
levar à cura, ao controle das crises ou à diminuição
da freqüência e intensidade das mesmas.
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