Desconheço o Mundo, revelo. E a paz também, reconheço. Mas

Desconheço o Mundo, revelo. E a paz também, reconheço.
Mas afinal, o que é a Paz? O que é para ti a Paz?
Eu questiono, porque acredito que, apesar de a paz ser um conceito universal,
julgo que todos nós a interpretamos de diversas maneiras, a observamos e sentimo-la
de forma diferente.
Geralmente, não a associo a pombas ou a qualquer gesto, mas sim à cor
branca, que é uma cor sólida e neutra, sem distinções. Associo-a à cor do infinito céu,
ao azul, à cor do mar, a um abismo perigoso. E associo-a também ao amarelo, à cor do
sol, à cor mais quente e brilhante.
Eu vejo-a. Pode parecer absurdo, mas eu vejo-a.
Eu vejo-a mas não lhe toco. Por mais que estique o braço e por mais que
alongue o meu corpo, eu não a alcanço, eu não a consigo atingir.
É frustrante vê-la e não lhe tocar!
Eu encontro-a a percorrer o vento, a circular pela humanidade e a dançar nos
pequenos e finos ramos das árvores. Por vezes, também encontro a paz a caminhar
pelo horizonte. E muitas vezes, encontro-a no largo oceano, ali, sozinha, a respeitar o
infinito.
Contudo, em certas ocasiões sinto que ainda não a encontrei e são raras as
vezes que a encontro no coração.
Inês Azevedo – 10.º A