Brasil: Crescimento exógeno e viesado para o

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Brasil: Crescimento exógeno e viesado para o desequilíbrio regional
Resumo: O principal fenômeno a ser estudado é o desequilíbrio regional entre o Nordeste e o
Sudeste brasileiro considerando estas duas regiões como relevantes para entender o desequilíbrio
do país como um todo. Para isso, o trabalho foi dividido em três partes. As duas primeiras analisam
a formação econômica do Brasil, nas quais se evidenciam ter ocorrido um crescimento viesado
para o desequilíbrio regional e exógeno. Na terceira parte será analisado o modelo de crescimento
dessas regiões com base na literatura de crescimento endógeno e desagregando as variáveis para
os estados procurando fazer inferências a respeito da dinâmica do crescimento nos últimos anos.
Entende-se que o desequilíbrio regional entre as regiões de um país pode ter um efeito perverso
no desenvolvimento da economia como um todo, já que ele representa o uso ineficiente dos
fatores produtivos, como a mão-de-obra, terra e capital. A revisão bibliográfica realizada converge
para o fato de que o Brasil tem em sua formação econômica um viés de produção voltado para os
desequilíbrios regionais e convivendo com o crescimento regional exógeno. Ou seja, estruturas
regionais de desenvolvimento fortemente dependente de variáveis externas e, com isso, bastante
vulneráveis a choques externos, pois não estão lastreados em um sistema bem articulado e de um
nível razoavelmente complexo de desenvolvimento. Justificam-se estas assertivas a partir do
exame dos setores que comandaram o desenvolvimento econômico em cada período. No período
colonial três produtos foram os carros chefes do desenvolvimento: açúcar, ouro e o café; no
monárquico, o café e no republicano, o café e a indústria, todos intrinsecamente ligados ao modelo
de desenvolvimento econômico e, de certa forma, o modelo econômico quase sempre dirigido pela
estrutura política. O resultado foi a falta de autonomia na produção e crescimento desequilibrado
entre as regiões.
O material utilizado está agregado em livros e artigos pertinentes que, em parte, encontram-se
listados abaixo. As inferências estão estruturadas nos bancos de dados do IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística).
ARAÚJO, T.B. Nordeste, Nordestes. Que Nordeste? In: AFFONSO, R.B.A; SILVA,
BAER, W. A industrialização e o desenvolvimento econômico do Brasil. 7ª ed. Rio de Janeiro:
Fundação Getúlio Vargas, 1988.
_____.A economia brasileira. São Paulo: Nobel, 2002.
CANO, W. Raízes de concentração industrial em São Paulo. São Paulo: Difel, 1977.
_____. Desequilíbrios regionais e concentração industrial no Brasil 1930-1970. São Paulo:
Global/Unicamp, 1985.
FUGITA, M. Economia Espacial: urbanização prosperidade econômica e desenvolvimento humano
no mundo, São Paulo: Futura, 2002.
FURTADO, C. Formação econômica do Brasil, 13ª ed. São Paulo: Nacional, 1977.
_____. O Brasil pós-"milagre". Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.
_____. A fantasia desfeita. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989.
JOHANSSON, B.; KATLSSON, C.H.; STOUGH, R.R. Theories of Endogenous Regional Growth:
lessons for regional policies. Berlin/Heidelberg/New York: Springer, 2001.
MENEZES T.; FERREIRA JR; “Migração e convergência de renda”. Fortaleza-CE: Anais do VII
Encontro de Economia Regional da ANPEC, 2002.
SIMONSEN, R. História econômica do Brasil, 3ª ed. São Paulo: Nacional, 1957
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